Guestpost: Comentando Abraham Lincoln - caçador de vampiros

Na minha lista dos filmes que não vou assistir (*mesmo*) está Abraham Lincoln - caçador de vampiros. Achei o conceito absurdo e bobo, o trailer de uma ruindade só. Fora isso, Seth Grahame-Smith não me convence como criador de coisa nenhuma. eu sei que ele tem dedo em Sombras da Noite, mas falo em romance (*capa do livro aí em cima*) e roteiro. Orgulho & Preconceito & Zumbis está entalado até hoje... Só que a Perséfone postou uma crítica no Facebook e no grupo do Shoujo Café e eu perguntei se ela não queria publicar o texto direto no blog. Afinal, eu não ia fazer mesmo e o texto dela ficou legal, bem objetivo (*coisa que eu não sou...*).

Ela aceitou e eu agradeço. Certamente, há muita gente interessada neste filme, seja pelo fator “vampiro” ou por uma série de outros. Falando em Lincoln, Steven Spielberg prepara um filme sobre o presidente, com Daniel Day-Lewis como protagonista. Este eu devo conferir no cinema. Então, segue a crítica da Perséfone. Podem escrever direto para ela, caso queiram, ou comentar aqui no site.

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Vi ontem "Abraham Lincoln - caçador de vampiros" e vou fazer uma breve analise sobre o filme e minhas impressões, obviamente não darei spoilers, já que pode ter muita gente por aqui que ainda não viu o filme. Então vamos lá.

Pontos que eu gostei:

A boa estruturação do roteiro, contextualizando de forma coerente, os acontecimentos sobrenaturais com os factuais/históricos. Tudo que aconteceu na realidade na história dos Estados Unidos, tinha um propósito, dentro do contexto dos vampiros.

Figurino, cenário e caracterização, tudo dentro dos padrões esperados para a época em que a história se passa, me fazendo pensar que o diretor e o produtor foram bastante detalhistas no desenvolvimento estético do filme.

O filme, a meu ver, tem um ritmo gostoso e constante, que não passa por aquele típico momento modorrento em que o personagem fica estagnado em alguma coisa e não faz nada. Claro que por ser um filme de ação, isso era o esperado.

Utilização de um elenco quase totalmente desconhecido do grande publico, de todos ali, o único que eu reconheci, foi o ex-noivo da sr.ª Lincon, que fez um personagem na série de comédia Suburgatory. Utilizar rostos novos serve para tornar tudo fresco e único. Às vezes apostar em Hollywood não é a melhor jogada.

A cena final, que nos poupa da terrível morte (verídica) de Lincoln, assassinado com um tiro na cabeça, no teatro pelo ator John Wilkers. Conhecedores de história, ao verem o fim com certeza saberão o que acontece, mas aos que não sabem deste fato, fiquem tranquilos, isso não foi um spoiler, afinal, não é citado no filme. E eu o mencionei apenas a cargo de curiosidade histórica.

Pontos que me desagradaram:

Uma determinada cena de perseguição em que se pode notar nitidamente o uso de computação gráfica de forma quase grosseira, além de cenas de acrobacia impossíveis de serem feitas, pelo menos por um humano, como é Abraham.

Quase no final do filme, em uma das sequencias de luta, abusaram das explosões e das cenas de câmera lenta, lembrando terrivelmente o outro trabalho do diretor, "O procurado", o qual começa bem, mas vai perdendo o fôlego aos poucos.

O filme apresenta...

Me disseram que este filme foi baseado em um best-seller homônimo, mas, durante a película, não pude deixar de notar referencias gritantes a outras obras do mundo vampiresco. Entre as quais estão: "Drácula 2000", "Entrevista com o vampiro", "Blade - o caça-vampiros" e "O trem de carne da meia-noite". Não estou aqui acusando o autor do livro e muito menos o diretor ou roteirista do filme de plágio, assim como J.K. Rowling assumiu publicamente que lia Tolkien e que teve muita influência dele para criar Harry Potter, acredito que algo semelhante pode ter acontecido com a produção deste livro/filme.

Enfim, para mim, de 0 a 10 o filme ganha 8,5. Não lhe dou a nota máxima apenas pelos pequenos pecados do excesso de cenas de ação e explosões que foram cometidos, mas merece sim uma recomendação aqui, pelo conjunto da obra, que no fim das contas, me satisfez culturalmente. Infelizmente quase não pude sentir o Tim Burton no filme, afinal ele foi apenas o produtor. Acredito que se ele tivesse dirigido (assim como se tivesse dirigido Alice) o filme seria mais sombrio, gótico e... Divertido, por que não?

Então para quem ainda não foi ver, vai ver ou estava pensando em ver, fica aqui a dica, o filme é bom, vale o ingresso e as quase 2h00 na frente da telona.