Hoje soube pelo Facebook que em 2013 teremos um filme sobre Effie Gray, que foi esposa de John Ruskin e, depois, do pintor pre-rafaelita Everett Millais. Fiquei muito contente, primeiro é uma história bem filmável – e espero que o foco seja nela mesma e/ou no romance e vida dela com Millais – e Dakota Fanning vai ser Effie. Me preocupa que a descrição diga que o filme vai se centrar na relação dela com Ruskin, que será interpretado por Greg Wise, o Willoughby de Razão & Sensibilidade de 1995. Outra atriz no filme é Emma Thompson. Ela está na foto com Dakota Fanning. Eu confesso que poucas personagens me causam tanta repulsa quanto John Ruskin, desde que li sobre ele a primeira vez, lá na minha adolescência. Desculpem, mas eu montei uma imagem muito ruim do sujeito e muito positiva de Effie e Millais. Enfim, o resuminho que eu fiz da história desse triângulo foi adaptada do meu post sobre Desperate Romantics, dêem um desconto para minha má vontade com Ruskin (*se necessário*):
John Ruskin era um rico crítico de arte, e dele dependeu parte do sucesso inicial dos Pré-Rafaelitas. Ele aprecia o trabalho de Everett Millais e o toma como seu protegido, levando-o consigo em viagem e propondo que o artista use sua esposa como modelo. Millais na série protesta, pois o trabalho de modelo poderia manchar a reputação de uma mulher. Ruskin se impõe. Millais se apaixona por Effie, que revela que Ruskin nunca consumou o casamento, apesar da união já durar cinco longos anos e que ela sofre a tirania do marido e da mãe dele. Depois que Ruskin parece tentar se livrar de Effie infamando Millais, a moça pede a dissolução do casamento e é obrigada pelo marido a fazer um teste de virgindade. Resultado? Apesar da humilhação de Effie, Ruskin acaba saindo com um atestado de impotente. Tudo isso está registrado, é história. Effie se casa com Millais logo em seguida e Ruskin passa a persegui-lo, desqualificando seu trabalho. O casamento de Effie e Millais é tido como muito feliz, mas o artista teve que adotar uma linha mais “comercial” para sustentar a (grande) família e sobreviver à perseguição de Ruskin.
Ruskin tinha se apaixonado por Effie quando ela era criança, mas a moça era somente 9 anos mais nova que o marido, algo bem normal dentro da sociedade Vitoriana e mesmo hoje. O problema é que John Ruskin costumava se apaixonar por crianças e acaba caindo de amores por uma menina chamada Rose La Touche, mais de trinta anos mais nova. Ele se declarou apaixonado quando ela tinha somente 9 anos. Quando a menina faz 16 anos, Ruskin a pede em casamento, mas seus pais, muito prudentementes, escrevem para Effie perguntando por qual motivo seu casamento tinha sido anulado. Resultado, os pais de La Touche não deixam que a jovem de 16 anos case com ele. Ruskin quase enlouquece e La Touche se recusa a casar com ele mesmo depois de adulta. E morre antes dos trinta, internada em um sanatório. Para mim, Ruskin era um pedófilo manso, com o Lewis Carroll, do tipo que faz versinhos, se masturba, mas não encosta a mão na garotinha. Só que ele casou com Effie e queria casar com La Touche. Infernizou Effie – e está nos registros do tribunal – culpando-a por não ser aquilo que ele imaginava, dizendo que ela tinha algum defeito físico que o repugnava. Afinal, ele casou com a mulher, e tinha se apaixonado pela criança.
É isso, agora é aguardar trailer e maiores informações. A produção e o reoteiro é de Emma Thompson, o que dá muito peso, mas deve ser outro filme que vai direto para DVD, assim como Jane Eyre.
É isso, agora é aguardar trailer e maiores informações. A produção e o reoteiro é de Emma Thompson, o que dá muito peso, mas deve ser outro filme que vai direto para DVD, assim como Jane Eyre.
1 pessoas comentaram:
Eu já havia ouvido falar sobre esse filme, e Emma Thompson, seja no elenco ou atrás das câmeras, para mim, é sempre sinônimo de qualidade. Sobre a história de Effie Gray e seus dois casamentos, eu desconhecia, e confesso, é bem interessante.
Postar um comentário