Nada sério, nem longo, só algumas coisinhas que queria pontuar:
1. A chegada desse engenheiro, o fraco do Henri Castelli, acabou diminuindo um pouco a Malvina. Ela apareceu menos esses dias e passou a orbitar em torno desse sujeito que vai aprontar com ela. Aliás, ao contrário do Marcos Paulo, que era bonito e galante, esse novo engenheiro tem cara de boa bisca. Malvina está sendo terrivelmente ingênua e foi bom pelo menos livrarem a cara do Mundinho Falcão que deu uma prensa no picareta, Aliás, Mundinho só trouxe gente picareta para a cidade até agora. Já esse papo de "Minha esposa é doente" é uma das desculpas mais furadas. Até imaginei que o autor iria montar uma grande cena hoje quando o Berto apareceu com aquela cara de canalha para provocar, mas nem para isso o tal engenheiro serve. Quero mais Malvina por ela mesma.
2. Lindinalva e Juvenal são fofos, mas muito bobocas. O romance dos dois andou rápido demais e ainda caíram no papo do Berto. Gosto deles, mas ingenuidade tem limite, parece reedição de Sinhazinha e do Dentista.
4. Já os diálogos excessivamente grosseiros, como o Cel. Jesuíno dizendo “Com licença, eu vou cagar”, estão exagerados. Aliás, há coisas que estão ficando caricaturais demais.
5. D. Arminda é uma inútil nas artes de parteira, nem uma himenoplastia na pobre da Iracema ela foi capaz de fazer. Mas o gancho final com o Coronel Jesuíno perguntando para a moça o que ela tinha na mão foi fraco. Ela obviamente vai se safar (*ou os sites de fofoca já teriam dito alguma coisa*) e eu apostaria que vai dar um filho para o Coronel assassino... Só que filho de outro.
6. Mateus Solano é espetacular e seu Mundinho Falcão é brilhante. Expressão facial, gestual, tom de voz, tudo perfeito. E colocou os pingos nos “is” com a Jerusa, "Jerusa, eu te amo profundamente, mas eu tenho meus princípios!". E ela entendeu. Seria um saco se a coisa rendesse para além do necessário. Acho bem oportuno que Mundinho, apesar de lutar por justiça (*ou assim parece*), não seja um tolo ingênuo, mas que use do poder que possui sem pudores, pois vai precisar. Já há bobos demais nessa história e os coronéis não brincam em serviço.
7. Nacib está insuportável. Estava previsto que ele iria reprimir Gabriela, mas Walcyr Carrascvo está se esmerando. Acho que ele usou a frase “Estou mandando” pelo menos umas três vezes nesse capítulo. Está pedindo para tomar um pé na bunda em grande estilo. E podem falar o que quiserem da Juliana Paes, mas ela está passando no olhar toda a tristeza da personagem que, agora, está presa em um casamento infeliz. A metáfora óbvia do passarinho na gaiola foi bem usada e, pela primeira vez, Gabriela – a protagonista – está em evidência na novela. Pena que ela vá “trair”, se é que o verbo se aplica, já que ele se apossou da liberdade da personagem e a está oprimindo, com o inútil do Tonico Bastos. Lembro que na outra novela, fiquei com pena de Nacib, dessa vez, estou achando o sujeito intragável, porque se deixa influenciar por gente sem importância e fica replicando um discurso machista que só torna a ele e Gabriela muito infelizes.
É isso, acho que foi um post bem inútil, mas achei que valia a pena fazer alguns comentários curtos. Não é falta do que fazer, mas comentar no Twitter, às vezes, não dá conta.
3 pessoas comentaram:
Pra mim, essa novela desandou um bocado nas últimas semanas. As mudanças nítidas que o autor está fazendo na trama, por conta da baixa audiência ou sei lá o quê, têm diminuído a qualidade da história, na minha opinião. O retorno da Zarolha e sua união à la novela das 8 com o Tonico Bastos para acabar com o casamento do Nacib, aquela lenga-lenga da dançarina e do mágico, e agora esse "mistério" para saber quem é o coronel que se deita com o Mispiragibe, tudo me parece meio fora de propósito. Realmente, a entrada do personagem do Henri Castelli só serviu para esvaziar a história de Malvina, que estava tão interessante; e a trama envolvendo o Juvenal e a Lindinalva - cheia de potencial - foi tratada de uma maneira extremamente superficial. Torço para que ela fique com o Fagundes, mas dúvido muito que isso aconteça. Já o Cel. Jesuíno virou uma caricatura de si mesmo, já que o personagem ficou popular, acho. Enfim, a novela enfraqueceu um bocado, o que segura é o Mundinho Falcão e a própria Gabriela.
Também acho que a novela desandou... e pra mim tá ainda pior que ainda não nutro toda essa simpatia por Mundinho e Gerusa.
Juvenal e Lindinalva, que eram meu maior motivo de ver a novela, foi pro espaço (ficou boboca mesmo).
Malvina, minha pesonagem favorita, está tristemente apagada (quem escalou esse Henri Casteli, affe...).
Mas o pior foi o retorno de Zarolha. Pra mim foi um rompimento com o espírito da obra do Jorge Amado. Achava que o "antagonista" da Gabriela era a própria sociedade machista, agora não... A antagonista tem nome e é uma mulher possessiva e ciumenta. A crítica ao machismo fica reduzida dessa forma clichezenta. E a Zarolha ainda por cima parece uma vilã mexicana ai ai...
Ainda torço pra que volte a ficar boa.
Adriana, Lívia, não acho que a novela desandou ou que as críticas ao machismo foram diluídas. Elas continuam lá. Gabriela, a personagem em si, é a crítica constante.
concordo que essas tramas inseridas forçadamente - o que não é o caso do engenheiro, ele está no livro - acabam comprometendo a novela.
Agora, o que mais me incomoda mesmo é essa história de mulheres como inimigas das mulheres. Caso da Zarolha, mas, enfim, novela é adaptação mesmo e vamos ver como termina.
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