Seguindo a fila das minhas resenhas pendentes, chegou a vez de escrever um primeiro texto sobre Parade’s End, série de época da BBC, e que está no ar neste momento. Hoje, mais tarde, será exibido o terceiro episódio de cinco ao todo. Assim sendo, podem ter certeza de que teremos pelo mais um posts sobre a série. Duas coisas me levaram a assistir Parade’s End, ser de época e ter o Benedict Cumberbatch, mais conhecido pela maioria como Sherlock Holmes, como protagonista. Não conhecia nada da história original, a tetralogia de Ford Madox Ford, nem conhecia o autor.
Em linhas gerais, e não pensem que estou contando tudo, porque não estou mesmo, a história da minissérie (*até o momento*) é a seguinte: Christopher Tietjens (Benedict Cumberbatch) é um jovem de família aristocrática e funcionário do departamento de estatísticas do Governo Britânico. Intelectualmente brilhante, é também conhecido por um código de honra que o torna uma peça de museu entre seus colegas de ofício que almejam galgar os altos postos políticos que ele despreza. Tietjens conhece a socialite Sylvia Satterthwaite (Rebecca Hall) e os dois tem um envolvimento rápido, mas que coloca o protagonista em um dilema. A mulher diz que está grávida e que o filho é dele. Tietjens não tem certeza, mas é compelido por seu código de honra a aceitar o casamento. De bônus, recebe o desprezo de seu irmão mais velho, Mark (Rupert Everett), de quem herdará o título de nobreza um dia, por ser tão idiota e entrar em um casamento com uma vagabunda católica.
O tempo passa e o casamento de Sylvia e Christopher é profundamente infeliz. Sylvia é insensível e intelectualmente muito inferior ao marido e o rapaz se consola sendo um pai amorosíssimo do menino que pode nem ser seu. Além disso, Sylvia comete adultério abertamente, humilhando sempre que pode o marido que se finge de impassível e a ignora. Sylvia vai embora com um amante, mas já pensando em retornar para o marido que considera um perfeito idiota. Tietjens mente socialmente dizendo que a mulher está cuidando da mãe doente na Alemanha. Enquanto isso, no trabalho, ele é pressionado a falsificar balancetes e relatórios para satisfazer interesses políticos. Em viagem ao campo, depois de receber carta da esposa propondo reconciliação e respondê-la impondo condições, Tietjens conhece a jovem sufragista Valentine Wannop (Adelaide Clemens). Os dois se apaixonam, mas Tietjens é incapaz de pedir o divórcio ou sequer beijar a jovem. O tempo passa, a infelicidade doméstica e profissional do protagonista se torna mais pesada, e começa a I Guerra. É a chance de ele fazer diferença neste mundo, mas nenhuma das duas mulheres de sua vida parece compreender aquilo que ele vê como um dever: lutar por um mundo que está prestes a terminar.
Quando li os primeiros artigos e vi as primeiras fotos da minissérie, no geral o povo fazia a ponte com Downton Abbey, dizendo que era a resposta da BBC. Olha, sendo fã de Downton Abbey e apaixonada que estou por Parade’s End, tenho que dizer o seguinte, fora a época, e o argumento do the Guardian de que a TV inglesa vive um momento de nostalgia em relação ao partido Conservador e seus membros (Tories), elas têm pouco em comum. Downton Abbey, especialmente na segunda temporada, tornou-se um novelão, e é um painel muito vivo das mudanças sociais que a Inglaterra e o mundo estão passando na década de 1910 e 1920. O primeiro nome a aparecer é de Hugh Bonneville, Lorde Grantham, o bom patrão, mas o foco não é nele, especificamente. Aí mora a riqueza de Downton Abbey.
Já em Parade’s End, tudo que vemos do mundo exterior – Movimento Sufragista, mudanças na música e nas artes, política interna e externa, a I Guerra em si – está em função da personagem de Benedict Cumberbatch, o aristocrático e infeliz Christopher Tietjens, que preferia estar no século XVIII jogando bilhar com Mr. Darcy (*provavelmente*) em uma casa de campo, mas está preso nesse infernal século XX, no qual nem os homens de seu partido têm honra, palavra e respeito pelas boas tradições inglesas. Duas coisas salvam a personagem de ser desagradável, a interpretação de Cumberbatch e o fato da série o apresentar como um homem bom, essencialmente bom. De repente, a interpretação do The Guardian é que eles estão empurrando para o público a idéia de que se todos os lordes fossem como eles, não haveria necessidade de leis trabalhistas, mulheres no mercado de trabalho e tudo mais, porque eles cuidariam muito bem do povo. Será que é isso?
Eu entendo a crítica do The Guardian, esse saudosismo pelos conservadores e aristocratas como se fossem a salvação em um mundo em crise. Também compreendo que a primeira filmagem de Parade’s End – de 1964 e com Judi Dench (*nenhuma foto encontrada*) – tenha apresentado um Tietjens muito menos simpático e digno de pena, enquanto essa transforma uma personagem até certo ponto miserável em alguém que ficamos torcendo para ser feliz no final. Carisma de Cumberbatch, mais um roteiro que ajuda Tietjens a parecer um idealista perdido no meio de lobos. Mas o que me amarrou na personagem de Tietjens é que ele é um sujeito que está sob pressão violenta de padrões de comportamento de gênero. Ser homem em uma sociedade patriarcal e machista é muito difícil, também, não se enganem, ainda que não exista simetria entre os “sofrimentos”. Se Tietjens terminar essa série em um sanatório depois de um colapso nervoso, não seria surpresa nenhuma para mim.
Em uma das suas primeiras cenas com Rupert Everett – quase que perpetuamente com uma cara de desprezo pelo mundo – começa-se a desenhar a personalidade atribulada de Tietjens. Ele é filho caçula e temporão de um segundo casamento do pai, os homens da família o consideram um fraco, mimado e protegido pela mãe. Assim, sendo, Tietjens vive se policiando sobre como se comportar, temendo estar mimando o filho, que ele ama e trata com uma ternura que eu pouco vi na ficção. Aliás, todas as cenas dele com o menino são muito comoventes. Ele é o pai presente que toda crianças gostaria de ter, enquanto Sylvia, como a maior parte das mães aristocratas e burguesas da época, delega a responsabilidade de educar e amar seu filho para uma babá. Ele também é muito gentil com os animais. E, bem, quem é bom com crianças e animais ganha muitos pontos comigo. Só que ele não pode expressar suas emoções em público, chorar então, nem pensar! É aí que entra o grande trabalho de interpretação de Cumberbatch que usa muito bem (*seus belos*) olhos e, principalmente, a boca que nas suas contorções nervosas (*que o enfeiam*) mostra toda a ansiedade do protagonista.
Ele também não pode fazer como o Coronel Jesuíno de Gabriela e dar uns tiros na adúltera, primeiro, porque ele jamais faria isso, segundo, porque um cavalheiro inglês – que quer continuar a conviver na boa sociedade – não pode fazer isso. Também não quer se divorciar, porque um homem honrado não arrastaria uma mulher ao tribunal. Leia-se aqui, ele, Tietjens, não faria isso. Já li por aí que Sylvia recusa o divórcio por ser católica, bem, até agora, ela nada disse sobre isso. Só que ser corno sabido também não é bom para a imagem dele. O problema é que Sylvia não arruma amantes em cervejarias de quinta, ela tem casos com filhos de grandes figurões e o escândalo seria grande. Em um dado momento, um dos colegas aristocratas de Tietjens o adverte de que se ele se separasse da mulher, coisa que ele nem está cogitando, metade das casas se fechariam para ele. Ora, essa minissérie é o primeiro material que vejo no qual um homem é que está mais oprimido e constrangido pelas amarras sociais do que as mulheres da história. Mas vejam que é o adestramento da própria personagem que o constrange. Afinal, Tietjens não tem pretensões políticas, daí, por exemplo, pouco importaria se pessoas divorciadas não podem ser recebidas pelos monarcas (*começou com Albert & Vitória*), já que ele nem faria questão de conhece-los mesmo.
Outra coisa que fica difícil de entender é porque todos os membros daquele mundinho aristocrático – homens e mulheres, inclusive – parecem ver nele o sortudo que se casou com uma mulher extraordinária. Sylvia é católica, e vide o desprezo de Mark por ela, de família irlandesa, e tudo mais. Isso em um ambiente inglês, conservador e protestante a coloca em séria desvantagem. Parece que somente o irmão de Tietjens e sua própria sogra reiteram (*pelos motivos diferentes, claro*) que foi Sylvia quem se casou muito bem. É incompreensível, para mim, que Tietjens seja visto como o sortudo da situação. E, bem, quando vocês (*que assistirem a série*) conhecerem Sylvia, irão entender.
Rebecca Hall é uma atriz belíssima, isso é algo que poucos irão discordar, e sua Sylvia é muito sensual, sinuosa. Um dos “escândalos” em torno da minissérie são as cenas de nudez e sexo da personagem. Bobagem desses tempos puritanos, pois em Desperate Romantics (2009) a coisa era muito ostensiva e em The Camomile Lawn (1992) temos cenas de sexo de montão e nu frontal feminino e masculino, tudo está bem comedido até. Sylvia, vejam bem, não é uma mulher à frente de seu tempo, ela é, sim, uma mulher que gosta de sexo e gosta de manipular os seus homens, e que sabe muito bem manipular as estruturas da sociedade em que vive. Ela seduz Tietjens em um vagão de trem. E aqui temos outra coisa que não consigo encaixar: como um homem tão cioso de seu comportamento, tão controlado, iria fazer sexo selvagem em um vagão de trem com uma desconhecida? Talvez o livro explique, a série não explica, não. Principalmente, quando na porta da igreja, em resposta a uma provocação do irmão, Tietjens dá um sorriso maroto (*naughty boy*). Pensei que ele tinha segundas intenções, que iria mergulhar em uma vida sexual bem movimentada e sancionada pelas leis de Deus e dos Homens com uma mulher deslumbrante. Coisa nenhuma! Ele casa e parece impor abstinência à Sylvia.
Veja bem, ela transou com o amante na véspera do casamento, ela aparentemente não sabe quem é o pai de seu filho, e arrastou Tietjens para o altar, porque, bem, ele é um homem honrado (*que inexplicavelmente faz sexo selvagem em vagões de trem com desconhecidas*). Depois do casamento, ela o atormenta, porque ele, apesar de estar queimando (*vide a interpretação excelente do ator*), se recusa a fazer sexo com ela. Ele prefere corrigir a Enciclopédia Britânica. Sério, Tietjens me faz imaginar “E se Sherlock Holmes não pudesse ser um detetive? E se fosse obrigado a levar uma vida convencional?”. Acho que ele seria como Tietjens. Ela o trai abertamente, mas o deseja. E temos um jogo perverso com Sylvia infernizando o protagonista. Há algo nelson rodrigueano na relação esquisita dos dois. Ela visivelmente quer que ele perca a calma e desça ao nível dela.
E em Parade’s End pela primeira vez vi alguém dizendo, a mãe de Sylvia, que alguém casou “acima de seu intelecto”. Porque é bem isso, não é riqueza que os separa, mas a insensibilidade, a vulgaridade e a falta de interesses intelectuais de Sylvia. Para se ter uma idéia, no enterro da mãe do marido, e isso pouco depois de voltar dos braços do amante, ela se exibe no pretinho mais última moda que há, tornando-se o centro das atenções. Mas Tietjens fez sexo com ela, ele escolheu entrar na enrascada. Vai entender? Tietjens só toma uma medida mais severa em relação à Sylvia que é separá-la do filho. Como ela mesma pontua, isso lhe causa mais sofrimento do que a ela, porque, bem, Sylvia não está nem aí para o menino.
Não pensem que Sylvia não tem seus encantos, ela tem. (*Pelo que li, nos livros ela é muito menos simpática, por assim dizer.*) Já entrou no meu top 10 de melhores vilãs, porque, bem, amamos odiá-la. Assim, ela é tipo a Nazaré de Senhora do Destino. O que eu imagino que ela vai pirar nesse capítulo 3 quando descobrir que o marido ama outra e que essa outra, mesmo que bem menos rica, é muito melhor que ela. A coisa vai ferver. E podem dizer tudo de Sylvia, mas ela é muito, muito corajosa. E não falo em relação ao casamento, porque ela (*acha que*) conhece seu marido e que ele não vai se separar dela em nenhuma hipótese. Falo da capacidade de humilhar o amante – o Mr. Bingley de Lost in Austen – compará-lo com o sujeito intelectualmente brilhante que é sei marido, e dar-lhe as costas e continuar escrevendo sua carta de reconciliação enquanto o sujeito está de arma na mão e pronto para atirar nela. Sylvia tem nervos de aço, é fria e cruel. E como é capaz de tudo, acho que Tietjens e Valentine terão muitos problemas.
Falando em Valentine Wannop, ela é sufragista e feminista. Faz parte de uma família disfuncional, com uma mãe que ganha a vida como novelista, porque seu marido, ao morrer, a deixou sem recursos suficientes, e tem um irmão adolescente comunista ou anarquista (*ainda não descobri*) daqueles bem chatinhos. O pai era um professor renomado de latim e grego, e conhecido dos Tietjens. Seu irmão vai para Eton por intervenção do pai de Christopher. Eles pertencem ao mesmo meio aristocrático, mas a atividade política da moça, que participa de passeatas e demonstrações públicas (*é assim que ela conhece Tietjens*), e sua família, os separam. Adelaide Clemens no início da série está bem andrógina e parece muito jovem, adolescente, até. Seus cabelos curtíssimos foram até criticados por serem “anos 20” antes da I Guerra. O que alguns não pensam é o seguinte, ela é uma militante e poderia ter cortado os cabelos por rebeldia. Pesquisando sobre "bob cut", o tipo de corte que ela usa, descobri que havia várias mulheres de vanguarda - artistas, intelectuais, socialites - que usavam "bob cut". Mas o povo quer ver problema em tudo nessa competição entre Downton Abbey e Parade's End. Ou poderia ser algo muito mais simples, em caso de doença, era comum cortarem os cabelos das moças. Não me perguntem por que faziam isso, mas era comum, talvez porque não desse para ficar de cama e cuidar dos cabelos adequadamente. As filhas do Czar Nicolau II da Rússia têm uma foto muito curiosa com as cabeças raspadas mesmo. Entre outros exemplos que eu poderia pinçar, até de um caso famoso de Sherlock Holmes. No trailer do capítulo 3, ela já aparece com cabelos longos.
Valentine, além de militante, é inteligente e sensível, tudo aquilo que Sylvia não é. Tietjens primeiro fica curioso e seu senso de cavalheirismo o obriga a impedir que ela e sua companheira de protesto sejam presas. Aliás, ele não pode ser a favor das sufragistas ou dos sindicatos, ele é um Tory às antigas, mas, mesmo antes de conhece-la, ele recriminou publicamente um ministro – eis porque ele é tão impopular – por ter prometido debater com o Parlamento a questão dos direitos das mulheres e não ter feito isso. De novo a questão da honra. Ele também se preocupa, como cavalheiro, com o bom nome de Valentine, porque as sufragistas são xingadas de todos os nomes (*feministas de hoje continuam sendo*), e só dele falar com ela, os fofoqueiros começam a aventar que eles sejam amantes. Enfim, quando os dois passam uma noite sozinhos (*e vejam o capítulo ou o vídeo aí embaixo*), têm tempo suficiente para se conhecerem. Ela mostra interesse pelas coisas que ele gosta, diz que nada há de mais importante no mundo do que “fazer um trabalho bem feito”, coisa na qual ele acredita e que tantas dores de cabeça lhe dão no ministério. E, bem, quando começa aquele papo de cotovia e rouxinol com citações de Romeu e Julieta de ambas as partes, já era! E ele ainda canta! Que bela voz tem o Benedict Cumberbatch! Mas ele é incapaz de beijá-la e se comporta da forma mais casta possível, assim, como se a donzela fosse ele. Já ela, além de inexperiente, é ignorante de muitas coisas, o que mostra o quanto a educação vitoriana era daninha.
Há uma cena mais adiante em que sua amiga Edith (Anne-Marie Duff), grávida do amante, quer que Val lhe indique um abortista. Afinal, se ela é feminista deve ser entendida nessas questões. A moça, claro, fica chocada! Primeiro, porque achava que o romance de Edith, casada com um pastor mentalmente desequilibrado (Rufus Sewell), com MacMaster (Stephen Graham), amigo de Tietjens, fosse platônico. Segundo, porque, bem, ela achava que toda relação sexual produzia obrigatoriamente uma gravidez. Constrangedora a cena e Valentine cai em prantos. E não sei se por vergonha de sua ignorância, ou por imaginar que, bem, ela não necessariamente engravidaria de Tietjens se acontecesse alguma coisa entre os dois. O fato é que essas questões de costumes e moral (decadente) estão na ordem do dia em Parade’s End. Por isso mesmo, acho que ou Tietjens fica com Sylvia no final, que é astuta e capaz de tudo, ou ele morre. E eu não tenho spoilers, salvo que Tietjens mal aparece no último livro e há quem o considere estranho à narrativa dos três primeiros romances. A adaptação dos anos 1960 só usou os três primeiros livros (*1-2-3*).
O que mais tenho a dizer? A série não está alheia às questões sociais, mas elas não são foco central da narrativa como em Downton Abbey. Achei a Miranda Richardson, mãe de Valentine, muito, muito exagerada e inoportuna. Parecia quase tão doida quando o reverendo de Rufus Sewell. Já ele, como o reverendo casado com Edith, estava de engasgar de rir. Ele é um intelectual, é um sujeito muito rico, mas totalmente maluco e quando surta só fala de sexo e vê sexo (*e o diabo*) em tudo. A esposa morre de vergonha e o constrangimento é geral. Mas a participação é curta. Se a mãe de Val parece exagerada, já que é sã, Rufus Sewell é um doido encantador. Rupert Everett também está muito bem, ainda que aparecendo pouco. Não entendo, repito, nem a cena do trem, nem a forma excessivamente severa com a qual a conduta de Tietjens é julgada, enquanto outros “pecam” abertamente, homens e mulheres.
E há árvore dos Tietjens, um elemento quase fantástico na história, onde eles penduram de tudo um pouco, e que Christopher usa nas histórias que conta para o filho. A árvore era muito amada pela mãe dele, e existe há séculos. Valentine adoraria vê-la, mas sabe que Christopher jamais a levaria até a sua casa. Sylvia deseja derrubá-la. Não duvidaria se a doida colocasse a árvore abaixo enquanto ele estiver fora na guerra... Enfim, hoje o capítulo 3 passa na BBC. Eu queria poder assistir simultaneamente e espero que caia na rede bem rápido. No máximo amanhã, com legendas ou sem legendas, eu preciso assistir. Quero ver o quanto o Benny vai chorar nesse episódio... O trailer do capítulo 3 está aí embaixo.
7 pessoas comentaram:
No começo juro que achei que ele estava usando a Sylvia de alguma maneira, porque sinceramente também não entendi porque ele ficou com ela. Adoro a atuação do Benny, mas sou suspeita para falar, mas como ele deixa passar todas as emoções reprimidas é um espetáculo. Adoro o personagem do Benny o Christopher lado reprimido, o apego dele ao filho (aliás a cena dele pondo o filho para dormir logo no começo foi que a série me ganhou) apego aos animais, a grande inteligência.... A Sylvia, como vc disse, adoro odiá-la. Ela é louca e não tenho outra definição para essa pessoa... ela só vai ficar satisfeita quando ver ele na lama mesmo. Adoro a Val, acho ela corajosa e ingênua, vou adorar ver mais ela e o Christopher juntos, e vou adorar ver a Sylvia pirar com isso. E concordo, não prevejo um bom final para o Christopher... nem para a árvore dos Tory
Faço coro a sua comparação, Tietjens parece mesmo um Sherlock Holmes que foi obrigado a ser burocrata. Ser interpretado pelo Benedict só ajuda. ^^
Confesso aqui que fui fisgada pela série apenas no 2º episódio, depois que notei o lance "nelson rodrigueano" da relação entre Christopher e Sylvia. Enxergando as coisas dessa maneira, preciso rever o 1º epi.
Fiquei pensando... Será que um casamento desses poderia ser evitado se a época fosse outra? Se não houvesse essa pressão para que ambos casassem (ela como mulher, ele, como gentleman)? Fiquei com a impressão de que seriam muito mais felizes como pessoas solteiras...
Enfim, a Valentine é ingênua mas uma fofa, porém não acredito que um romance entre ela e Christopher irá se desenvolver. Para mim, a série terminará em amargura e muitas lágrimas.
Sabe, Sarah, com o livro na mão estou com mais medo ainda do final dessa história...
Enfim, no caso da criança, eles não inventaram nada. O amor dele pelo filho (*que pode não ser biológico*) é enorme. E eu acho interessante que um autor tenha tratado a questão assim. Assumir um filho de outro até hoje pode ser um problema, mas Christopher, tão cioso de tudo, não tem nenhum medo ou reserva. Ele ama Michael.
Agora, como ele se deixou enredar pela Sylvia... Não cheguei nessa parte no livro, até localizei alguma coisa, mas é recordação superficial... Se for só aquilo, é chato. Mas comecei a imaginar que uma coisa é quase certa: ele deveria ser virgem quando encontrou com ela.
Kotsuki, por que você não gostou do primeiro capítulo? Ele tem tantos momentos legais... E o Benny chora tanto... :D
Quanto ao casamento ser evitado, ele podia. Quer dizer, quem obrigou o Chrissie a fazer sexo selvagem com a louca no vagão de trem? e muitos homens abandonariam a Sylvia sem problema. Ela mesma poderia ter o filho em segredo e se livrar dele, ou abortá-lo. Lembra do escãndalo com Mr. Pamuk que queriam enviar a Mary para os EUA ou a Itália até as coisas se acalmarem? É, claro, que o bom nome da moça nunca mais seria totalmente limpo.
Quanto à Valentine, acho que qualquer coisa que fizerem dela e do Christopher, será melhor que no livro... Vou tentar ler tudo, mas duvido que chegue ao final.
Olá gostei muito da série e me interessei em ler os livros, você sabe aonde posso encontrá-los?
eu me interessei muito pela série e agora quero ver queria sugestões de links pra assistir on line ou baixar.
Acabei de ver o segundo episódio e devo dizer que acho que nunca uma série me deixou tão melancólica e triste como essa.
Sinceramente, apesar da Sylvia ter ares de vilã e infernizar a vida de Christopher, não a vejo como uma pessoa má. Pelo menos, não com esses dois episódios.
O que me passou é a impressão de uma personagem verdadeiramente infeliz e amargurada. Acho mesmo que ela ama o Christopher, ao seu modo.
E esse só se salva por causa da interpretação de Benedict. Dava vontade de bater em Christopher, sacudi-lo um pouco, para ver se ele tomava uma atitude diferente, seja cedendo à esposa ou à Val.
Enfim, gostei muito desse segundo episódio, mais ainda que o primeiro, mas esses três personagens são muito tristes, quase trágicos. Não vejo um futuro promissor para nenhum deles... acho que vou chorar horrores ao final da série.
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