sexta-feira, 13 de julho de 2012

Comentando o livro The Scarlet Pimpernel



Finalmente, terminei de ler The Scarlet Pimpernel, da Baronesa Emmuska Orczy. Acho que desde que li Zorro: The Curse of Capistrano, de Johnston McCulley, e The Mask of Zorro, a versão romanceada do primeiro filme com o Antonio Banderas, não lia um livro nesse estilo mais “capa e espada”, por assim dizer. Não que a gente tenha muita capa, espada ou mesmo tiros em The Scarlet Pimpernel, o primeiro livro. Acredito mesmo que, apesar da identidade secreta, o Pimpernel é muito mais próximo de Sherlock Holmes, com sua capacidade de observação afiada, seu raciocínio rápido e habilidade para disfarces do que propriamente do Zorro e do Batman. Aliás, a Baronesa também era escritora de romances policiais, então...

De qualquer forma, foi Orczy quem inventou (*ao que parece*) essa história de herói-justiceiro com identidade secreta. O mérito é todo dela e, bem, o Pimpernel foi criado em 1903, como peça de teatro, saiu em livro saiu em 1905 e foram mais 11 livros, dois deles com um ancestral de Sir Percy e um deles com um descendente durante a I Grande Guerra. O Zorro só seria criado em 1919. A primazia é dela e tenho muito prazer em começar a conhecer a sua obra e apreciar sua competência como escritora de romances populares. Aliás, não sou a única, são vários livros, filmes, séries de TV e citações diretas e indiretas ao seu herói. E, bem, se eu consigo me distanciar do fato de que a autora é uma aristocrata e está defendendo o direito divino de sua classe, eu até consigo me divertir com a personagem. Aliás, estou me divertindo muito. Já estou com I Will Repay – o segundo livro da série – aqui no tablet e devo começar a ler hoje.

Enfim, o romance começa em 1792, quando o Pimpernel faz o resgate espetacular da Condessa de Tournay, seu filho e filha. O Pimpernel consegue tirá-los de Paris passando pelas barricadas disfarçado de velhinha tricoteira, ou seja, mulher que passava o dia assistindo as execuções na guilhotina e vibrando. O disfarce se torna ainda mais tétrico, porque a velha tem como souvenir um chicote com mexas de cabelo de pessoas executadas. Mesmo os jacobinos e Saint-Culottes mais engajados têm arrepios diante desse tipo de mimo. Pois bem, a “velhinha” passa a preciosa carga para dois dos membros da liga, Lord Antony Dewhurst e Sir Andrew Ffoulkes, e desaparece.


A ação segue em uma estalagem inglesa em Dover com a aparição Sir Percy Blackney, o homem mais rico e mais tolo da Inglaterra; Lady Marguerite, francesa, ex-atriz e conhecida como a mulher mais astuta da Europa; e Armand Saint-Just, irmão de Marguerite e funcionário do governo revolucionário francês. O jovem está retornando para a França e eles vieram trazê-lo e despedir-se dele. Na taberna, a Condessa de Tournay revela todo o seu desprezo por Marguerite, acusando-a de ter denunciado o Marquês de St. Cyr e sido responsável pela morte do aristocrata e toda a sua família. A Condessa proíbe então a filha, a jovem Suzanne, de continuar sua amizade de colégio com Lady Blackney.

Marguerite mantém a fleuma, mas fica profundamente arrasada, afinal, foi ofendida na frente dos amigos de Sir Percy. Quando o marido chega, a situação se torna ainda mais constrangedora, porque o jovem Visconde de Tournay, filho da Condessa, desafia Sir Percy para um duelo e ele recusa com desprezo. Para ele, o Pimpernel tinha que parar de trazer esses nobres franceses mal educados para a Inglaterra, ou largá-los no meio do Canal (*da Mancha*), pois o ambiente está ficando insuportável. Percy sugere ainda que Mr. Pitt – o primeiro-ministro – deveria cobrar uma taxa por cabeça de cada aristocrata francês emigrado e acrescente que duelos são proibidos na Inglaterra. Marguerite faz pouco do marido e do visconde, enquanto tenta esconder sua profunda humilhação.


Depois de despedir-se de Armand e expor para o irmão o quanto é infeliz, ela é interceptada à caminho da taberna por um velho conhecido, Monsieur Chauvelin, alto funcionário do Comitê de Salvação Pública. O homem lhe propõe que espione para a França em nome dos velhos tempos e o ajude a pegar o Scarlet Pimpernel. Marguerite recusa e, mais tarde, Chauvelin volta a encontrá-la, não para pedir, mas para chantagear: seu irmão, Armand, faz parte da Liga do Scarlet Pimpernel (*onde existe um líder e dezenove bravos que lhe obedecem*), ou Marguerite descobre a identidade do justiceiro, ou... Marguerite não tem outra alternativa, a não ser buscar a identidade do Pimpernel, um homem que ela admira, ao contrário do seu preguiçoso e espalhafatoso marido. Mais tarde, Marguerite acaba por descobrir que realmente entregou, sem querer, a identidade do herói e que ele é, na verdade, seu marido, Sir Percy Blackney. Culpada e subitamente ciente do quanto ama Sir Percy, ela fará de tudo para salvá-lo de Chauvelin.

Marguerite: a Personagem Central

Lendo o primeiro livro, e repito que são muitos, só posso dizer que a protagonista é Marguerite. É através dos olhos dela que vemos boa parte dos acontecimentos. A narradora não aprece ser onisciente, ela simplesmente se guia pelas personagens. Vemos rapidamente a ação por outros olhos, os de Chauvelin, os de Sir Andrew, os de Suzannne, mas são os pensamentos e sentimentos de Marguerite que seguimos. E ela é uma personagem ativa e rica, não é uma inocente, como boa parte das adaptações a pintam. Ela é orgulhosa, ela brincou com os sentimentos e a honra de Sir Percy, ela casou fascinada pela riqueza e mimos que o inglês atirava a seus pés, ela se acha, também, intelectualmente superior ao marido e meio que o trata como um bichinho de estimação. Quando Percy descobre que ela foi responsável pela morte de St. Cyr e sua família – porque ela foi leviana e entregou o sujeito de bandeja para Chauvelin – ela simplesmente lhe diz que não lhe deve explicações e que “se ele ama” deve acreditar nela e vai passar umas semanas com o irmão. Ao voltar, ela encontra o marido mudado, pois a trata com uma frieza cerimoniosa e pouco se importa com o que ela faça ou deixe de fazer.

E o que Marguerite faz? Ela fere, ela ofende, ela ridiculariza Percy. E ele, claro, nem aí. Aliás, faz parte de seu disfarce ser idiota. Mas não pensem que eu não gosto da Marguerite, pois a partir do momento que ela começa a olhar para o marido, a única pessoa que pode ajudá-la a salvar o irmão, ela percebe o quanto foi injusta e que, bem, ele ainda ama. Será que ela o amou alguma vez? Se não amou, ela passa a amá-lo e vai correr todos os riscos para salvar o marido. Quer dizer, ela acredita que o Pimpernel precisa ser salvo, e vai comer o pão que o diabo amassou por conta disso já que Chauvelin não é um sujeito bonzinho, e não se deixa fascinar por ela. Se houve alguma coisa entre os dois, é passado, pelo menos para ele. Essa mudança de Marguerite, a tentativa de se aproximar do marido e, depois, salvar o Pimpernel, redimem a personagem, pelo menos para mim.


Engraçado é que salvo na série de 1999, Marguerite é sempre pintada como inocente. Ela ama o marido e ele não foi muito compreensivo com ela, não quis ouvir suas explicações quanto ao caso de St. Cyr, ou, pior, nem lhe contou o que tinha descoberto. É assim até no musical – da Broadway e do Takarazuka – Marguerite é uma pobre mulher que ama e é rejeitada pelo marido. Não sei qual a razão dessa repetição. Desconfio que quem adaptou o romance imagina que uma mulher que erra não pode ter uma segunda chance. Daí, Marguerite precisa ser inocente, uma coitada. Também é curioso que nenhuma adaptação que eu tenha visto coloca Marguerite como ela é descrita no livro, uma mulher muito alta, muito forte, e loura quase ruiva. Ser ruiva não depõe muito para a inocência de uma heroína, mas imagino por qual motivo não a colocaram loura em nenhuma adaptação, já que lourice é sinônimo de beleza e, a depender do caso, de inocência. Marguerite nas adaptações é sempre morena (*mesmo no musical*), o que se remete a um caráter passional – coisa que Marguerite tem – e sedutor. Mas ela, normalmente, é uma pobre morena que não é culpada de metade das coisas que o marido acredita que ela fez.

uriosamente, o livro, obra de uma mulher, não pinta nenhuma pobrezinha, mas uma mulher que fere e é ferida, que depois de reconhecer que errou, faz o possível para tentar ser feliz com o homem que escolheu para marido. Marguerite não é uma personagem adiante de seu tempo, feminista, nada disso. Depois que se arrepende de seu egoísmo, ela passa a ser movida pelo amor que tem por dois homens, Percy e Armand. Seu desejo é ser útil, servi-los de alguma forma. Ela não é vítima, mas não rompe com as estruturas, o que ela quer mesmo é ajudar a salvar Percy, se perder nos braços do amado e ter a certeza de que, sim, pode depender dele sem medo, que ele está muito longe de ser o bobão que ela imagina. Aliás, uma das coisas interessantes do livro é perceber como Marguerite vai tomando consciência de que ela, que se achava tão astuta, não via o que estava diante do seu nariz...

Sir Percy e seus Mistérios

Como nós raramente entramos na mente de Percy durante este primeiro livro, aliás, se bem me lembro, nós não entramos, ele é um grande mistério. E isso é importante para compor a personagem. Em seu disfarce ele se apresenta como um cabeça de vento que tem como grandes preocupações a aparência e os jogos. Mas é de se questionar se isso é realmente um disfarce. Ele e seus companheiros parecem se dedicar a resgatar aristocratas franceses mais por esporte do que propriamente por qualquer outra convicção. Não sei se é Tony ou Andrew, mas acho que é o segundo, que fala da paixão dos ingleses pelos esportes, pelo jogo em si. Lembrem que Sherlock Holmes, por exemplo, se dedica a sua arte pelo prazer da arte em si. Com o Pimpernel parece ser o mesmo. Salvar gente da guilhotina parece ser o jogo que dá sentido a sua vida. Não transparece no primeiro livro nenhum compromisso de classe, embora ele exista por parte da autora. Quanto à aparência, me pergunto se é tudo um disfarce. Percy parece realmente valorizar as belas roupas, brocados e tudo mais. Ele parece ter parzer em ser o “árbitro da elegância” da “juventude dourada” inglesa. Os filmes não exageram muito nesse aspecto, não.

E o Pimpernel não é definitivamente uma personagem de ação. Se ele puder resolver um problema sem derramar uma gota de sangue, sem puxar uma arma, ela vai resolver. E assim, pelo menos neste livro, não temos um duelo. Eu gosto dessas farofadas de duelos em livros e filmes de capa & espada, mas não me decepcionei. O Pimpernel precisava manter seu disfarce até o fim. Era a única forma de conseguir salvar seus aliados, impedir que todos caíssem nas mãos de Chauvelin, e, claro, ajudar Marguerite, que tinha sido corajosa e audaz, mas não era super-humana. É importante ressaltar isso, porque Marguerite não é a donzela em perigo, nem é a mulher que está na história para atrapalhar o herói. Ela simplesmente está, como todo mundo no livro, pelo menos uns dois passos atrás do herói.

Eu só lamento que a cena do fuzilamento não estivesse nesse livro. De repente, é uma cena de outro livro. Se não for, foi uma invenção genial do cinema e levada à perfeição no filme de 1982. Na verdade, depois de ler o livro, eu a vejo como mais importante (*apesar de seu caráter mirabolante*) do que o duelo em si. Mas há cenas do livro que poderiam muito bem estar. Uma delas, no capítulo a Águia e a Raposa, quando Marguerite está escondida observando em silêncio, temos o confronto entre Sir Percy e Chauvelin. Percy faz Chauvelin, que estava disfarçado de padre, perder a fala várias vezes com as bobagens que diz e sua tranqüilidade. Até que, por fim, sem que o vilão veja, ele coloca pimenta em um potinho de rapé e oferece para o sujeito... aliás, o Chavelin do livro é viciado em rapé ou usava a prática como uma espécie de disfarce para seus olhares e expressões faciais. Bem, aspirar pimenta não é algo nada bom...

Agora, um dos mistérios de Sir Percy, um que a autora não revelou, era qual a doença da mãe dele. É dito que ela era louca, mas a autora se apressa em explicar que em nossos (*dela*) dias, seu problema não seria considerado doença. Sabemos que o pai de Percy levou a esposa e o filho para o exterior. Sabemos que a mãe do herói morreu cedo e é seu retrato – não o de um ancestral do sexo masculino, como nos filmes – que decora seu austero escritório, lugar que Marguerite invade sem que ele saiba. Há quem acredite que as idiotices de Percy sejam um traço herdado de sua mãe maluca... Mas era ela realmente louca? Qual a sua doença? Não fui investigar para ver se Orczy voltou ao caso, mas fico imaginando se a “loucura” da mãe de Sir Percy não seria possuir talentos pouco apropriados para uma mulher. Talvez, o engenho do filho tenha sido herdado dela...

Tão Longe, Tão Perto...

Como comentei na resenha dos filmes, acusar alguma das adaptações de infidelidade ao livro é meio que uma grande bobagem. Primeiro, que com Sir Percy são, pelo menos, nove livros. Vai que alguma coisa está em outros livros e, não, no primeiro? Segundo, porque são adaptações. Terceiro, porque há muitas cenas que estão na maioria das adaptações, ainda que com mudanças e outras que, não. Uma coisa curiosa é que Chauvelin tem um lacaio sinistro no livro e este só aparece na série da BBC de 1999.

Há, claro, outros exemplos. Em nenhuma das adaptações se segue o final do primeiro livro. O disfarce de judeu que Percy usa e a insistência da autora em ressaltar o antissemitismo dos franceses, foi cortado totalmente. A adaptação de 1934 chega a mostrar a taverna onde Marguerite foi procurar o marido, mas somente para colocar Sir Percy lá para salvá-la, já que ela é pega por Chauvelin. No livro, ela consegue entrar e sair sem problemas, o disfarce de judeu é posterior a isso. O filme termina antes. Nas outras adaptações que vi, nem a taverna é citada, o desenvolvimento é totalmente diferente. Mas voltando ao antissemitismo, bem, o livro foi escrito pouco depois do vergonhoso Caso Dreyffus, que expôs o antissemitismo arraigado entre os franceses. E, na II Guerra, metade da França ficou do lado nazista e entregou os judeus para o extermínio. Foi opção. Não que ingleses não fossem na média tão antissemitas quanto... De qualquer forma, o disfarce de velhinha e o de judeu normalmente ficam de fora.

A cena do baile – que era uma continuação da do teatro, que é sempre cortada – é quase idêntica na adaptação de 1934 e 1982. Com Marguerite chantageada por Chauvelin e enganando Sir Andrew para descobrir quem era o Pimpernel. Daí, ela dá a informação de que ele estaria na sala de banquete à uma da manhã. Nos filmes, o lugar pode mudar para biblioteca, a hora muda um pouco, mas é praticamente a mesma coisa. Chauvelin chega ao local e encontra sir Percy dormindo... No primeiro momento, ele não entende, mas depois junta dois mais dois e tema identidade do Pimpernel. A cena da conversa entre Marguerite e o Pimpernel na biblioteca (1982), com Marguerite não reconhecendo a voz e a mão do marido, não existem no livro, mas foram colocadas no musical...


No livro, Sir Andrew não é tão inocente com Marguerite quando ela tenta enganá-lo, afinal, ele sabe que ela denunciou St. Cyr... Mas ela consegue, boa atriz que é, convencê-lo de que ela não está armando nada. A cena quando Marguerite tem certeza da identidade do marido também é um pouco diferente dos filmes. Ela não invade de forma violenta o escritório de Percy, ameaçando inclusive o seu criado pessoal, como no filme de 1999. Ela também não tem livre entrada, como em 1934 e 1982. Ela entra em um terreno que lhe é proibido e se compara com a esposa curiosa do Barba Azul. Lá, ao contrário do que esperava, encontra um aposento extremamente organizado, sóbrio, um lugar de trabalho de fato, nada que se parecesse com seu vaidoso marido. Mapas da França nas paredes, o retrato da mãe do herói (*que tem seus mesmos olhos*) e, no chão, já que Percy saiu correndo, o anel selo do Pimpernel. Não se trata, como nos filmes, do brasão de família e de um anel que ele sempre usasse. Marguerite, afinal, era a mulher mais astuta da Europa e não uma tola distraída... E não há a cena da gravata, ainda que ela consiga sintetizar bem a personalidade de Sir Percy... fora que são muito, muito engraçadas.

Agora, o que eu lamento é que dois capítulos tenham sido praticamente tirados. E são exatamente os capítulos em que Marguerite conta para Percy das ameaças de Chauvelin, que conta o caso de St. Cyr, e o marido tenta se manter frio e distante. De novo, vemos tudo pelos olhos de Marguerite ou pela presunção da narradora, mas são dois capítulos tão bonitos e dá para sentir a tensão e a dúvida do herói. Ele deve perdoar a esposa? Tomá-la nos braços? Manter o disfarce? E seu orgulho e sentimentos feridos? E ele – e um pedacinho do diálogo está no filme de 1934 – finalmente coloca para Marguerite o quanto ela o magoou. Ela conta do perigo que Armand corre, mas não tem coragem de lhe confiar toda a verdade. O outro capítulo, é o que vem em seguida, quando Percy mente dizendo que vai resolver negócios urgentes no norte da Inglaterra, mas está indo para a França salvar o irmão de Marguerite. Ela percebe que ele está indo, sai correndo, descalça, de camisola e com o cabelo solto atrás dele, para falar com ele, e já está desconfiada, claro, de que ele esconde alguma coisa e de que o ama de verdade... E há o final do livro, claro, quando ele se revela, se declara e a chama de Margot e de querida, e não mais de Madame ou “Your Ladyship”. Mas nenhuma das versões é nem de longe fiel aos momentos mais ternos do livro... Nem de longe!



Terminando...

Bem, as adaptações conseguem captar muito bem a personalidade de Sir Percy. Com algumas variações é a personagem dos livros. O problema é que nenhum ator é alto como a personagem. Esse traço é marcante em Sir Percy e só coloca em evidência o seu talento com os disfarces (*parece Holmes outra vez*). Já o Scarlet Pimpernel, nem tanto. A versão de 1999, por exemplo, o tornou uma personagem de ação. Porque é preciso perceber como duas personagens. Armand só se parece com o do livro na sua versão de 1934, nas outras, ele é sempre um moleque galinha e maio cabeça oca. Chauvelin teve um retrato mais fiel em 1999 e, talvez, no musical. Ele não é um sujeito distraído ou engraçadinho como o do filme de 1982. Já Marguerite, bem, podemos até gostar dela nos filmes, mas ela não é de longe a mulher astuta e cheia de imperfeições do livro.


É isso, já escrevi horrores, mas não queria fazer dois textos. Ainda estou devendo o segundo texto de Mockingjay, lembram? Queria escrever tudo o que me viesse a cabeça. Faltou coisa, claro. A prosa no início do livro é cansativa. Muitos arcaísmos, mas, depois, a gente se acostuma e vai em frente. Daí, acabei achando graça na forma como Sir Percy fala. :) Eu li em inglês, mas vários dos livros do Pimpernel saíram em português, pois a personagem fez (*e ainda faz*) muito sucesso. Tomara que não demore muito a sair uma nova adaptação. E, agora, preciso descobrir quem vai se vingar no segundo livro: Chauvelin, porque foi enganado? Percy pela surra dada no judeu e a humilhação de Marguerite pelo vilão? Quem vai se vingar?

2 pessoas comentaram:

Caramba.

Fazzzzzzzz, muito tempo que não vejo nada do Pimpinela, rs.

Mas sua maratona me deu voltade de rever. Acho que vou atraz do livros e da serie da BBC.

Obrigado pela dica :)

Ah, esta é a melhor versão audiovisual da personagem:
http://www.dailymotion.com/video/xjeoy3_s3e3-blackadder-the-third-nob-and-nobility_creation

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