Por que as adaptações de animes para o cinema americano são tão ruins?

A pesquisa foi feita por um site japonês e eu vi o resultado, os cinco pontos abaixo, no Sankaku (+18). Fui até a página original e confirmei que é somente anime mesmo. Bem, eu vajo toda adaptação como um trabalho delicado. Como pegar um anime de, sei lá, bem mais de 100 episódios, como Dragon Ball, e transformar em um filme de no máximo duas horas? Já um Death Note parece sob medida para virar um thriller. Mars, de Fuyumi Souryou, poderia virar um belo drama com adolescentes, com a vantagem de não ter marca nenhuma que sugira que a história se passa no Japão. No entanto, não raro, o problema torna-se ainda maior porque entregam o serviço para roteiristas incompetentes, ou o filme é filme de produtor, não de diretor. E há, claro, os imperativos da indústria, como produzir filmes para uma faixa etária o mais ampla possível. Pense em muitos animes que mesmo sendo infanto-juvenis poderiam ter que ser pesadamente censurados para se adequar ao puritanismo americano. De resto, concordo com os itens 1, 2, e 4. Segue os resultados da pesquisa:

1. O elenco original e o do filme não se parecem em nada – 42.9%
2. O herói não é um japonês, mas um estrangeiro – 39%
3. É totalmente diferente do original – 36.8%
4. Os persoangens tem o seu background totalmente alterado – 23.7%
5. É apenas mais um filme de ação – 19.7%

Enfim, a cada novo suposto anúncio de adaptação, eu suspiro e imagino que vem por aí um filme ruim. Alita, que poderia ser razoavelmente adaptado, é projeto eternamente futuro de James Cameron. Cowboy Bebop, que tinha todos os ingredientes para virar um bom filme hollywoodiano, parece que fez água. E Akira parece condenado ao fracasso. Sei que muita gente reclama por reclamar, mas quando se trata de filme baseado em anime, e/ou mangá, a gente não tem muita coisa para comemorar, não. Eu quero esquecer Speedy Racer, por exemplo.