domingo, 18 de dezembro de 2011

Comentando Black Bird #11



Já faz bem mais de uma semana (*acho que foi logo depois que fiquei de licença médica*) que terminei de ler Black Bird #11 e é melhor fazer logo esta resenha. Foi um volume morno, de altos e baixos, por assim dizer. Como comentei nas resenhas do volume 9 e 10, a inexperiência de Sakurakouji faz com que ela prejudique a sua própria história. Só refrescando a memória de quem não se lembra mais, só um youkai – e conseqüentemente o seu clã – poderia ter a senka maiden, uma vez deflorada, Misao não poderia ser tomada de Kyo.

Em nenhum momento Sakurakouji sequer sinalizou, por exemplo, que se Kyo fosse morto em duelo, Misao seria do vencedor. Mas eis que, agora, Kyo está em disputa com Sho e a autora reforça uma certa dubiedade de caráter no irmão mais velho para tentar fazer com que as leitoras fiquem em dúvida. Até o tapa-olho – que é o adereço ao ferimento do herói – funciona para torná-lo mais atraente. Pois bem, o volume foi basicamente a tentativa de Sho de queimar Kyo dentro do clã e de tentar minar o elo entre o tengu e Misao. Ajudando Sho, está Kaede, uma figura que tem potencial para se tornar mais vilão do que o irmão de Kyo. Kaede tem a sua própria agenda e não duvidaria se, lá no final do mangá, Sho tivesse que matá-la e talvez morrer para salvar Misao.

Já Misao é o motivo dos maiores problemas de Kyo. Os membros do clã exigem que ele divida o sangue da senka maiden com a comunidade. Kyo sabe que isso é potencialmente perigoso e se nega. Misao, então, chama para si a culpe, fingindo-se de egoísta e fútil. É uma ação inteligente, alivia-se um pouco a pressão sobre Kyo, mas tudo é muito temporário, pois Kaede, mais do que Sho, está à espreita. Há, também, o conflito entre os clãs. Sho estimula os tengu a submeterem clãs que são amigáveis, como aquele liderado pelo amigo de Kyo, Tadanobu. Kaede utiliza da piedade de Misao para acusá-la de traição. Enquanto isso, como se fossem adesivos de LSD, Sho distribui pedacinhos de um kimono sujo com o sangue de Misao. Parte do clã está com ele.


De resto, há alguns momentos ternos entre Kyo e Misao, a mocinha chora litros de lágrimas, Kyo faz cara de quem está carregando o mundo nas costas (*e está mesmo*), os dois se desentendem um pouco, e Misao se culpa por não poder restaurar os laços entre Kyo e Sho. E, bem, há o grande evento do volume, porque terá influência sobre o que virá depois, que é a restauração das memórias de Misao. Sho se oferece para fazê-lo. Misao tem medo de esquecer Kyo e de tudo ser um plano de Sho para destruir o amor dos dois. Ela está apavorada. E aí Kyo faz a maior de todas as declarações de amor "Se ela esquecesse dele, ele faria com que ela se apaixonasse de novo tantas vezes fosse necessário e lhe daria memórias ainda melhores". Ai... Ai... Bonitinho isso e Sakurakoji está desenhando cada vez melhor.

Enfim, não foi o melhor volume de Black Bird. Há essas várias contradições da autora, sua inexperiência, mas as personagens continuam simpáticas e eu continuo achando o mangá divertido. Como caminha para o final, a autora terá que se esforçar bastante para destruir tudo. Mas que é difícil engolir que o Sho foi aceito de volta pelo clã, ah, isso é! Em janeiro meu volume #12 de Black Bird chega. No final do mês, quando voltar das férias, eu resenho. Falando em Black Bird, eu estou com um volume #10 americano repetido. Estou pensando em sortear e enviar para algum leitor ou leitora do blog como presente de Natal. Quem achar que vale a pena, e quiser participar, deixe um comentário no post. Eu preciso enviar antes do dia 24.

10 pessoas comentaram:

Acho uma ótima idéia! =P

Apesar de nunca ter me disposto a comprar Black Bird...(pensando se faço isso ao ler suas várias resenhas)

Não coleciono a edição brasileira de Black Bird, mas leio da minha namo. E sempre "reclamei" com ela que cada volume traz mais fanservice que desenvolvimento da trama... rsrs

Seria bem legal poder dar de presente a edição americana de BB pra elag, visto que a qualidade deve ser bem superior que a da Panini Brasil...

Adoraria dar esse agrado em nossa 4ª passagem de ano (e natal) juntos! =*

Agora eu apareço pra comentar :3 *cara de inocente* lol

Acho muito boa idéia sortear *-*
Eu mesmo, nunca vi um mangá americano... seria uma boa oportunidade -s

____

E a resenha está ótimo *3*

Adoro estas resenhas...
Também acho o sorteio uma ótima ideia
:D

Também doro Black Bird, é um dos poucos mangás que compro aqui no Brasil. Infelizmente, só li até o 8, preciso comprar o 9 e o 10. Espero que a obra acabe da melhor maneira possível. Ótima resenha, Valéria.

E a ideia do sorteio de Natal é mais que benvinda. =]

Eu pretendo colecionar Black Bird americano, seria uma ótima oportunidadeter um volume grátis. No caso de se fazer sorteio, muito obrigado :D

Poxa, eu acho uma ótima ideia tbm. :D

que bom q vc continua gostando do Black Bird ^^ é um dos mangas que eu acompanho desde a época que mal tinha scans dele xD

Waaaaah! Adoraria concorrer a uma edição americana de Black Bird! Gosto muito mesmo da série (e sempre acompanho as suas resenhas!).

Por favor, sorteie! :)

Sou meio suspeita para falar sobre Black Bird, gosto muito e gosto ainda mais de ler suas resenhas, são ótimas =D

Considero a capa do volume 10 a mais bela de todas por enquanto e me parece que a capa do volume 11 segue o mesmo esquema de beleza...

Alguns detalhes e certos defeitos do mangá percebi sozinha e muitos outros você lembrou e ressaltou nas resenhas, por isso leio sempre (ás vezes antes e depois de por as mãos em algum volume)...

Um sorteio? Adorei a ideia...

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