Ontem eu fiz um pequeno post sobre o Cosplay in Rio e hoje, ao abrir o Jornal O Dia (*sempre leio para estar mais ou menos atualizada sobre o que acontece no meu estado de origem*) tropecei nessa matéria. Parece que o evento pode ser legal. Eu gosto de ver os cosplays, adoraria poder estar por lá. Segue a matéria.
Mundo de fantasia
Aficionados em ‘cosplay’ encarnam seus personagens favoritos para participar de evento que acontece na Tijuca e reúne competidores de toda a América do Sul
POR PEDRO LANDIM
Rio - Na escola rolava um certo ‘game-bullying’, vamos dizer assim. Na hora da discussão, o pessoal provocava: “O que foi, vai me dar uma espadada?”. Só porque a garota aparecia de vez em quando vestida de princesa guerreira, ou um personagem qualquer de algum mundo distante, não raro inserido no Playstation. “É como se eu tivesse saído de meu corpo e entrado em outro. Muito emocionante”, descreve a estudante Natalia Maggessi, 18, legítima ‘cosplayer’. Ou seja, no exemplo em questão: indivíduo que representa, devidamente fantasiado, figuras geralmente saídas de HQs, desenhos japoneses ou videogames clássicos.
Então é bom ficar atento se estiver passeando pela Tijuca no feriado do dia 15, terça-feira, ou pode se ver no meio de combate mortal entre um ninja vingativo e um kung fu ciborgue. E nem adianta chamar Natalia, que estará de princesa Zelda, tentando livrar seu reino do maldoso Ganondor. O Cosplay in Rio Show — Gamer’s Edition ocorrerá no Teatro da UERJ, das 12h às 19h, com 12 duplas do Brasil inteiro fantasiadas atrás do prêmio de R$ 3 mil e, principalmente, diversão entre amigos enfeitados.
“Estamos trabalhando para manter o nível e mostrar o potencial do Nordeste”, afirma o cearense Paulo Roberto Lacerda, atual campeão do evento, com a parceira Marah Suely da Silva. “No Rio, vamos nos apresentar de ‘Samurai Warriors 3’, para PlayStation 3”, revela.
O evento terá também campeonatos, lançamentos de games, apresentação de tambores japoneses e show da banda Gamebys, que faz arranjos para trilhas de jogos e segue um novo trinômio, como dizem: “Princesas, cogumelos e rock’n’roll”.
Outra dupla de responsa será formada por Lucas Paladino e Raphael Punisher, conhecidos assim não só no Facebook, mas na vida, com sobrenomes já adotados de personagens. Paladino — figura dos quadrinhos nacionais ‘Holy Avenerg’ —, que namora Natalia, é também ‘cosmaker’, habilidoso artesão de roupas e adereços que já fez por encomenda uma fantasia de R$ 2.500.
“Você esquece quem é na hora, tem que viver o personagem com as expressões, movimentos e a voz do game. É muito bom ver as pessoas empolgadas ao reconhecer”, diz Lucas, 25, que é colecionador de jogos clássicos, tem 15 consoles e 150 games em casa.
Na edição de fevereiro da festa, ele e o parceiro Raphael fizeram sucesso como as criaturas Remu e Ryuuku, das série de animação japonesa ‘Death Note’. Na terça, travarão batalha do game ‘Devil Kings’, baseado na história de Oda Nobunaga, imperador sangrento do Japão.
No feriado de Finados, dezenas de integrantes da tribo cosplay marcharam pela praia de Copacabana vestidos de zumbis, mostrando que a classe está unida. “A maior parte das pessoas que conheço hoje é fã de animações japonesas e games”, diz Natalia, a princesa Zelda. “Tem gente que joga RPG online o dia inteiro, só para na hora de comer, dormir e tomar banho, às vezes”, diz, rindo. Faz sentido. Ou alguém já viu Mario e Luigi no chuveiro?
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