Pretendo fazer um post por dia durante a campanha, se possível postando link para alguma notícia relacionada à questão da violência contra as mulheres ou seu combate. Como pontuei ontem, basta abrir o jornal, qualquer jornal, para tropeçar em algum ato de violência contra uma ou mais mulheres. Normalmente, o criminoso é o ex-companheiro ou o pai ou o namorado/noivo ou o marido, alguém que dizia te amar, não raro alguém que já tinha sido denunciado e não ficou preço por complacência ou porque a lei não permitia, mas, também, não foi obrigado a freqüentar algum curso ou recebeu algum apoio psicológico para controlar o seu MACHISMO, em alguns casos, MISOGINIA mesmo.
Hoje abri o G1 e nem precisei olhar com cuidado, porque já estava lá bem grande: Mãe e filhas são encontradas mortas às margens de rodovia, na Grande BH. A notícia do G1 dizia que o suspeito era o companheiro da mulher, padrasto das moças. A Record – o jornal da TV – já me situou melhor, foi o marido e padrasto, tinha recebido um indulto, não voltou para a cadeia depois do fim do benefício, queria fugir da cidade e a mulher não quis ir com ele. Resultado? Ele matou a mulher – que tinha minha idade – e as duas adolescentes.
Abri o jornal Estado de Minas, a notícia estava lá ainda sem os detalhes da Record, mas ainda me dava de bônus uma outra morte: ex-companheiro invadiu a casa e esfaqueou a mulher no pescoço, ela morreu, ele fugiu. É isso. Até quando mulheres serão vítimas de violências múltiplas? Até quando essa cultura de violência que sinaliza que as mulheres são propriedade dos homens irá se perpetuar? Até quando? Denuncie. Não se cale. Eduque as crianças, ajude a mudar a sociedade. E, citando Rosa Parks: "Eu faço o melhor que posso para encarar a vida com otimismo e esperança e ansiosa por um dia melhor." Ela fez a parte dela, façamos a nossa.
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