Estava passando pelo site Manga News e me deparei com essa entrevista com Yumiko Igarashi. Imagino que ela tenha sido dada quando a autora visitou a França para o 15º Japan Expo. É uma entrevista bem interessante, acho a Yumiko Igarashi uma figura muito animada. Agora, ela chama para si (*e o editor*) toda a responsabilidade por criar Candy Candy (キャンディ・キャンディ) e Georgie! (ジョージィ!). Ela nem cita a Kyoko Mizuki, a roteirista, pelo nome. Não em espanta que ela esteja brigando na justiça por se sentir lesada... Enfim, en não acredito muito que tudo tenha saído da cabeça da Igarashi, mas isso não diminui o fato de Candy Candy ser um marco do shoujo mangá e anime. Também é interessante ver as explicações da autora sobre as mudanças que as obras originais sofreram para chegarem na TV. E eu concordo com o pessoal do MangaNews, ela é empolgada demais com as autoras de hoje, na década de 1970 a arte de muitas autoras era magnífica, sem retoque. Eu tive que adaptar algumas coisas, meu francês não é lá muito bom, mas fui o mais fiel que pude ao original. Segue a entrevista:
Como nasceu a personagem Candy?
Foi bem no momento que eu estava pensando sobre a próxima série ia escrever, e eu estava trabalhando junto com o meu editor, quando ele chegou em casa, viu a sua esposa e filha assistindo a animação de Heidi que estava passando na televisão na época. Naquele momento, ele me pediu para criar um mangá que pudesse ser lido por mães e filhas, que poderia ser apreciado por duas gerações.
Por que você escolheu o nome Candy?
Eu sou fã de uma atriz americana chamada Candice Bergen. E o diminutivo desse nome é Candy. Eu acho esse apelido muito bonitinho, e foi assim que tive a idéia de dar o nome de Candy ao meu personagem.
Você era a desenhista das séries de Georgie e Candy. Mas você tinha poder para intervir no roteiro caso desejasse?
Para Candy e Georgie, eu já tinha pensado na história em conjunto com o editor. Então, eu recorri a uma escritora para colocar no papel o roteiro. Fui eu quem deu o nome de Georgie à persoangem, e Candy da mesma forma. Então sim, eu tive grande participação no roteiro.
Em qual medida você participou da adaptação das suas obras para animação?
Para as obras que foram adaptados para anime, eu criei o character design das personagens, com sua aparência, e todos os seus detalhes. Os personagens foram evoluindo por elas mesmas ao longo da série animada, porque não fui eu quem fez o desenho para a TV, mas outra pessoa.
Para Na adaptação de Candy, constatamos grandes diferenças em relação ao mangá, principalmente a presença de animais. Por que?
A versão em anime é, na verdade, uma adaptação para crianças ainda mais jovens do que a versão manga, para um público que pode nem saber ler ainda. A presença de animais pode atrair crianças mais jovens, por serem fofinhos. Durante a sessão de autógrafos, fãs me disseram que assistiam Candy desde que tinham três anos de idade! Isto prova que o anime alcançou aqueles que estavam na primeira infância. (Yumiko Igarashi parecia feliz em atender os fãs de adultos que não tinham esquecido os seus heróis de infância)
Na versão animada de Georgie, sua infância é parte importante da história, diferentemente do mangá. Qual a razão dessa diferença?
Quando eu escrevi Georgie, eu queria fazer um mangá para um público um pouco mais velho, com temas mais adultos e sexy. Georgie é mais mulher que Candy, e fisicamente é mais adulta. Mesmo quando vemos as calcinhas de Candy, não há nada de erótico nelas! Para a infância na Georgie na versão animada, havia o desejo dos responsáveis pela animação de estender essa parte da história, a fim de alcançar um público mais jovem. Esta versão da história é muito bonita, e eu gosto dela também.
Candy continua sendo uma série cult na frança. Como é no Japão?
É igual no Japão, todo mundo conhece Candy, mesmo quando nem sabem o meu nome! (risos)
Nas suas histórias as heroínas precisam enfrentar situações difíceis. Que mensagem você quer transmitir?
Que é na aceitação da perda de algo importante para nós, algo que é muito querido, que conseguiremos alcançar muita felicidade com outras coisas. Eu sempre tento passar a mensagem que precisamos vencer os obstáculos e ter sucesso na vida após tempos difíceis.
Por que as suas séries sempre se passam no Ocidente?
Se as persoangens são japonesas, as leitoras se identificam muito mais. O problema das férias escolares, a razão para a heroína não ter pais, tudo geraria perguntas. A leitora não consideraria a história plausível. Então, se os personagens são loiros de olhos azuis, elas são parte de um universo completamente diferente daquele da leitora. Ela, então, aceita a história mais facilmente, e se diverte muito mais.
Que mudanças você percebeu no shoujo, especialmente em relação às personagens femininas?
O nível dos desenhos é muito superior! Hoje, as primeiras obras de uma autora dão a impressão de que ela desenhou por anos e anos. No nível técnico, tem havido uma evolução incrível. (Nós fizemos notar que os desenhos de sua época eram por vezes incrivelmente elaborados, especialmente graças aos olhos cheios de estrelas, as variações de flores que davam cor aos mangás, apesar das páginas serem em preto e branco. Mas Yumiko Igarashi parecia deslumbrada pelos novos talentos) E existem os modismos no mundo do mangá. E talvez o tipo de desenhos com os olhos brilhantes e as flores possam voltar!
Quais são os seus projetos?
Pouco antes de vir para a França, eu estava trabalhando no projeto de um livro, em que 65 imagens feitas por mim. Este livro será publicado em setembro de 2011. E vou começar uma nova série sobre a primeira esposa de Napoleão: Joséphine de Beauharnais.
Como nasceu a personagem Candy?
Foi bem no momento que eu estava pensando sobre a próxima série ia escrever, e eu estava trabalhando junto com o meu editor, quando ele chegou em casa, viu a sua esposa e filha assistindo a animação de Heidi que estava passando na televisão na época. Naquele momento, ele me pediu para criar um mangá que pudesse ser lido por mães e filhas, que poderia ser apreciado por duas gerações.
Por que você escolheu o nome Candy?
Eu sou fã de uma atriz americana chamada Candice Bergen. E o diminutivo desse nome é Candy. Eu acho esse apelido muito bonitinho, e foi assim que tive a idéia de dar o nome de Candy ao meu personagem.
Você era a desenhista das séries de Georgie e Candy. Mas você tinha poder para intervir no roteiro caso desejasse?
Para Candy e Georgie, eu já tinha pensado na história em conjunto com o editor. Então, eu recorri a uma escritora para colocar no papel o roteiro. Fui eu quem deu o nome de Georgie à persoangem, e Candy da mesma forma. Então sim, eu tive grande participação no roteiro.
Em qual medida você participou da adaptação das suas obras para animação?
Para as obras que foram adaptados para anime, eu criei o character design das personagens, com sua aparência, e todos os seus detalhes. Os personagens foram evoluindo por elas mesmas ao longo da série animada, porque não fui eu quem fez o desenho para a TV, mas outra pessoa.
Para Na adaptação de Candy, constatamos grandes diferenças em relação ao mangá, principalmente a presença de animais. Por que?
A versão em anime é, na verdade, uma adaptação para crianças ainda mais jovens do que a versão manga, para um público que pode nem saber ler ainda. A presença de animais pode atrair crianças mais jovens, por serem fofinhos. Durante a sessão de autógrafos, fãs me disseram que assistiam Candy desde que tinham três anos de idade! Isto prova que o anime alcançou aqueles que estavam na primeira infância. (Yumiko Igarashi parecia feliz em atender os fãs de adultos que não tinham esquecido os seus heróis de infância)
Na versão animada de Georgie, sua infância é parte importante da história, diferentemente do mangá. Qual a razão dessa diferença?
Quando eu escrevi Georgie, eu queria fazer um mangá para um público um pouco mais velho, com temas mais adultos e sexy. Georgie é mais mulher que Candy, e fisicamente é mais adulta. Mesmo quando vemos as calcinhas de Candy, não há nada de erótico nelas! Para a infância na Georgie na versão animada, havia o desejo dos responsáveis pela animação de estender essa parte da história, a fim de alcançar um público mais jovem. Esta versão da história é muito bonita, e eu gosto dela também.
Candy continua sendo uma série cult na frança. Como é no Japão?
É igual no Japão, todo mundo conhece Candy, mesmo quando nem sabem o meu nome! (risos)
Nas suas histórias as heroínas precisam enfrentar situações difíceis. Que mensagem você quer transmitir?
Que é na aceitação da perda de algo importante para nós, algo que é muito querido, que conseguiremos alcançar muita felicidade com outras coisas. Eu sempre tento passar a mensagem que precisamos vencer os obstáculos e ter sucesso na vida após tempos difíceis.
Por que as suas séries sempre se passam no Ocidente?
Se as persoangens são japonesas, as leitoras se identificam muito mais. O problema das férias escolares, a razão para a heroína não ter pais, tudo geraria perguntas. A leitora não consideraria a história plausível. Então, se os personagens são loiros de olhos azuis, elas são parte de um universo completamente diferente daquele da leitora. Ela, então, aceita a história mais facilmente, e se diverte muito mais.
Que mudanças você percebeu no shoujo, especialmente em relação às personagens femininas?
O nível dos desenhos é muito superior! Hoje, as primeiras obras de uma autora dão a impressão de que ela desenhou por anos e anos. No nível técnico, tem havido uma evolução incrível. (Nós fizemos notar que os desenhos de sua época eram por vezes incrivelmente elaborados, especialmente graças aos olhos cheios de estrelas, as variações de flores que davam cor aos mangás, apesar das páginas serem em preto e branco. Mas Yumiko Igarashi parecia deslumbrada pelos novos talentos) E existem os modismos no mundo do mangá. E talvez o tipo de desenhos com os olhos brilhantes e as flores possam voltar!
Quais são os seus projetos?
Pouco antes de vir para a França, eu estava trabalhando no projeto de um livro, em que 65 imagens feitas por mim. Este livro será publicado em setembro de 2011. E vou começar uma nova série sobre a primeira esposa de Napoleão: Joséphine de Beauharnais.
2 pessoas comentaram:
Q raiva dessa mulher!!!! Eu acredito q qm escreveu o roteiro e a essencia da série foi a Kyoko Mizuki,mas não podemos negar q o desenhista tem seu papel e influencia qm escrever.Mas,é mta cara dura ela querer se gabar assim, ainda mais todos sabendo q as questões dos direitos autorais estão pendentes e por isso não se comercializa mais nada d Candy Candy legalmente.Pelo q já li da Yumiko sozinha não axo ela mto boa como autora.Mas, enfim...
Eu concordo com você. Mas veja que ela quis enfatizar que foi ela que criou e eliminar a roteirista como se ela fosse uma peça sem importância...
Postar um comentário