Há filmes que, efetivamente, eu não faço questão de assistir, foi o caso de Marido por Acaso (The Accidental Husband). Nem o Colin Firth no elenco foi capaz de me comover. Aliás, esse filme é famoso por ter alguns dos piores pôsteres dos últimos tempos (*um deles ilustra esse post*) Mas, como estava esperando o arquivo bruto do Shoujocast subir para o 4Shared fui ficando, ficando, ficando... E, bem, assisti o filme do Super Cine inteiro. Fazia séculos que não via um Super Cine! Como me comprometi a comentar todos os filmes que assistisse (*e estou devendo alguns*) e essa resenha será curta, decidi escrever alguma coisa sobre essa bomba de filme.
Em Marido por Acaso, a Drª. Emma Lloyd (Uma Thurman) tem um programa de rádio no qual dá conselhos para mulheres. Ela é prática e extremamente fria em relação às questões do coração. Lloyd está de casamento marcado com o seu editor, Richard Bratton (Colin Firth), e os dois tem um relacionamento marcado pela disciplina e não pelos arroubos emocionais. Uma ouvinte do programa, que está de casamento marcado com o bombeiro Patrick Sullivan (Jeffrey Dean Morgan), decide acabar com tudo depois de ouvir um os conselhos da Dr.ª Lloyd. Por conta disso, ele decide se vingar da protagonista e consegue que o seu vizinho hacker os transforme em marido e mulher. Sim! Essa é a vingança do sujeito! Muito adulto, não? Lloyd fica confusa, quando seu processo de casamento com Bratton é rejeitado e tem que correr atrás de Sullivan para resolver o problema. Só que, claro, os dois acabam se apaixonando.
Se há uma coisa boa no filme dirigido por Griffin Dunne é a frase/conselho que a Dr.ª Emma Lloyd (*estou doida pra escrever “debilóide”*) dá para uma ouvinte: "Quer a pior coisa do que ficar sozinha? Ficar sozinha com o cara errado por toda a sua vida". Muitas mulheres, inclusive eu, devem conhecer alguém que passa por essa situação, uma amiga idosa da mãe ou avó, uma tia, uma senhora da igreja, etc. Achei o conselho perfeito, seria o mesmo que o “Antes só, do que mal acompanhada”, porém, a lógica do filme é que qualquer racionalidade deve ser abandonada em aspectos do coração. Daí a Dr.ª Debi Lóide tem que se despir de todas as suas reservas e mergulhar de cabeça em um louco amor com o bombeiro Sullivan.
Quando li a sinopse desse filme, logo desconfiei do fetiche do bombeiro... Tipo, não seria mais fácil vestir o Colin Firth de bombeiro se o problema era esse? Assim, tipo em um dos episódios de Eu, a Patroa e as Crianças? Mas, não, além de manter um relacionamento frio com a noiva, a personagem de Colin Firth é um bestalhão. Sei bem que não foi o primeiro, nem o único bestalhão que ele fez em filmes americanos, especialmente em supostas comédias românticas. Se quiser ver Colin Firth atuando de forma consistente, pegue um filme britânico. Pelo menos, ele tem um final digno e pouco dá as caras durante a película.
Já o bombeiro, Patrick Sullivan, é aquele “cara legal”: curte futebol (*o nosso*), uma cervejinha com os amigos, fala alto e de boca cheia, é expansivo... Ah, sim, e tem pegada! Porque vocês sabem que isso é tudo que uma mulher deseja! Assim, a Dr.ª Debi Lóide se apaixona perdidamente pelo bombeiro, que já tinha esquecido da vingança, especialmente depois que ele lhe dá uns amassos no elevador. Tudo resolvido e Emma Lloyd passa a aconselhar as mulheres a chutarem qualquer lógica, bom senso ou racionalidade e mergulhar de cabeça no amor. Pelo menos, ela não larga o emprego no fim do filme para virar dona de casa em tempo integral...
Enfim, comédias românticas geralmente seguem fórmulas convencionais. Nem é disso que estou reclamando. Não espero que toda comédia romântica seja brilhante ou que tenha algo de feminista. Mas há uns roteiros que subestimam a inteligência das pessoas e umas tramas que são tão esdrúxulas que a gente fica imaginando porque alguém quis investir nelas. Não consegui rir nenhuma vez, as personagens são rasas, caricatas e infantis. Os poucos méritos do filme são eclipsados pelos muitos defeitos. Um desperdício de bons atores, inclusive Isabella Rossellini, que faz uma ponta e é uma das responsáveis por empurrar a Dr.ª Lloyd nos braços do bombeiro. Sugestão? Fuja desse filme!
Em Marido por Acaso, a Drª. Emma Lloyd (Uma Thurman) tem um programa de rádio no qual dá conselhos para mulheres. Ela é prática e extremamente fria em relação às questões do coração. Lloyd está de casamento marcado com o seu editor, Richard Bratton (Colin Firth), e os dois tem um relacionamento marcado pela disciplina e não pelos arroubos emocionais. Uma ouvinte do programa, que está de casamento marcado com o bombeiro Patrick Sullivan (Jeffrey Dean Morgan), decide acabar com tudo depois de ouvir um os conselhos da Dr.ª Lloyd. Por conta disso, ele decide se vingar da protagonista e consegue que o seu vizinho hacker os transforme em marido e mulher. Sim! Essa é a vingança do sujeito! Muito adulto, não? Lloyd fica confusa, quando seu processo de casamento com Bratton é rejeitado e tem que correr atrás de Sullivan para resolver o problema. Só que, claro, os dois acabam se apaixonando.
Se há uma coisa boa no filme dirigido por Griffin Dunne é a frase/conselho que a Dr.ª Emma Lloyd (*estou doida pra escrever “debilóide”*) dá para uma ouvinte: "Quer a pior coisa do que ficar sozinha? Ficar sozinha com o cara errado por toda a sua vida". Muitas mulheres, inclusive eu, devem conhecer alguém que passa por essa situação, uma amiga idosa da mãe ou avó, uma tia, uma senhora da igreja, etc. Achei o conselho perfeito, seria o mesmo que o “Antes só, do que mal acompanhada”, porém, a lógica do filme é que qualquer racionalidade deve ser abandonada em aspectos do coração. Daí a Dr.ª Debi Lóide tem que se despir de todas as suas reservas e mergulhar de cabeça em um louco amor com o bombeiro Sullivan.
Quando li a sinopse desse filme, logo desconfiei do fetiche do bombeiro... Tipo, não seria mais fácil vestir o Colin Firth de bombeiro se o problema era esse? Assim, tipo em um dos episódios de Eu, a Patroa e as Crianças? Mas, não, além de manter um relacionamento frio com a noiva, a personagem de Colin Firth é um bestalhão. Sei bem que não foi o primeiro, nem o único bestalhão que ele fez em filmes americanos, especialmente em supostas comédias românticas. Se quiser ver Colin Firth atuando de forma consistente, pegue um filme britânico. Pelo menos, ele tem um final digno e pouco dá as caras durante a película.
Já o bombeiro, Patrick Sullivan, é aquele “cara legal”: curte futebol (*o nosso*), uma cervejinha com os amigos, fala alto e de boca cheia, é expansivo... Ah, sim, e tem pegada! Porque vocês sabem que isso é tudo que uma mulher deseja! Assim, a Dr.ª Debi Lóide se apaixona perdidamente pelo bombeiro, que já tinha esquecido da vingança, especialmente depois que ele lhe dá uns amassos no elevador. Tudo resolvido e Emma Lloyd passa a aconselhar as mulheres a chutarem qualquer lógica, bom senso ou racionalidade e mergulhar de cabeça no amor. Pelo menos, ela não larga o emprego no fim do filme para virar dona de casa em tempo integral...
Enfim, comédias românticas geralmente seguem fórmulas convencionais. Nem é disso que estou reclamando. Não espero que toda comédia romântica seja brilhante ou que tenha algo de feminista. Mas há uns roteiros que subestimam a inteligência das pessoas e umas tramas que são tão esdrúxulas que a gente fica imaginando porque alguém quis investir nelas. Não consegui rir nenhuma vez, as personagens são rasas, caricatas e infantis. Os poucos méritos do filme são eclipsados pelos muitos defeitos. Um desperdício de bons atores, inclusive Isabella Rossellini, que faz uma ponta e é uma das responsáveis por empurrar a Dr.ª Lloyd nos braços do bombeiro. Sugestão? Fuja desse filme!
5 pessoas comentaram:
Apesar dos inúmeros clichês e dá história sem pé nem cabeça eu gostei do filme. E gostar dele não me fará menos feminista, nem menos inteligente, sei o que sou e o que defendo. Ri de algumas situações e mesmo amando o Colin Firth aquele bombeiro era tudo de bom! Esse filme serve para não ser levado a sério e foi isso que fiz, por isso me pareceu legal, talvez em outro contexto concordaria contigo Valéria, como muitas vezes já fiz, mas hoje não. Quem quiser assistir uma comedia romântica, sem compromisso ele é uma boa pedida.
Ao meu ver as comédias românticas dos últimos anos (só alguns pra cá), pecam REALMENTE em roteiro, em ideia boa, havendo alguns MUITO fracos mesmo. Infelizmente me parece o caso desse. Essa concepção horrorosa de pôster, um trabalho ruim mesmo (pra não dizer outro nome), já diz alguma coisa do conteúdo. Pode ser engraçado, divertido, sem compromisso, mas não é com essa premissa que eu vou assistir a qualquer coisa. Valéria, que tal um TOP com as comédias românticas mais interessantes, votadas pelos(as) leitores(as)? Penso que seria bem legal de conhecer.
Concordo totalmente com vc! Minha irmã assistiu, disse que era divertido e me emprestou o DVD, mas acabei pegando no sono depois de 1h de filme mais ou menos. Muuuuuuuuito chato, realmente é um desperdicio ver o Colin Firth assim ;(
Há outras comédias românticas bem melhores que essa (tipo Noiva em Fuga), mas essa aí é uma bomba mesmo.
Não gostei do filme. Os conselhos que ela dá no começo são bons e lógicos e depois ela joga tudo fora. Não gosto disso no cinema estadunidense, não existe meio termo ou é uma coisa ou é outra. Quer dizer que eu não posso construir um relacionamento adulto, saudável, carinhoso,caloroso de forma equilibrada?
Exato, Esther. E isso, nesse filme, é levado ao exagero.
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