domingo, 8 de maio de 2011

O inverno está chegando: Guerra dos Tronos estreia hoje no Brasil



Ainda não assisti nenhum episódio (*e meu volume 1 está comprado aqui faz tempo*), mas, acredito, que o que há de mais importante hoje na TV (Fechada) é a estréia de A Guerra dos Tronos. Acredito que nenhum nerd esteja ignorando a questão, ainda mais com a quantidade de propaganda que a Editora Leia parece ter investido. Aí embaixo, estão os textos da Folha de São Paulo de hoje. Com o bônus de avisarem que The Borgias estréia no TCM no segundo semestre. Prometo que meu texto sobre essa série, não vai tardar.

VANESSA VÊ TV - O inverno está chegando

Vanessa Bárbara

ESTREIA HOJE, às 21h, na HBO a superprodução "A Guerra dos Tronos", baseada no best-seller de fantasia épica "As Crônicas de Gelo e Fogo", de George R. R. Martin. A saga se passa nos sete reinos de Westeros, uma terra onde "o verão se estende por décadas e o inverno pode durar uma vida inteira". Depois de nove anos de clima ameno, o frio está prestes a chegar, condenando gerações inteiras à morte por inanição e congelamento. Tudo começa quando o conselheiro do rei morre de forma suspeita e várias famílias passam a disputar o poder, nesta história com clima medieval e pinta de anti-"Senhor dos Anéis".

A trama é suja e tem sua cota de incesto, tragédia, conspiração, decapitações e luxúria. Ao perder seu ajudante, o rei Robert (vivido por Mark Addy) diz que procura "alguém para governar meu reino enquanto eu como, bebo e transo com prostitutas até morrer cedo demais". Este é o lado civilizado da trama.
Do lado selvagem estão os Dothraki, uma tribo sangrenta cujo líder se casa com a princesa loira do clã dos Targaryen, numa aliança feita para engrossar os exércitos e devolver o trono a estes últimos.

Sobre essa simpática turminha de aborígenes, diz-se que "um casamento dothraki sem ao menos três mortes é considerado um fracasso". Após as bodas, a noiva tenta dizer "obrigada" em dialeto, mas alguém observa: "Não existe tal palavra em dothraki".

Os únicos que podem ser chamados de mocinhos – e olhe lá – são os Stark, uma família de "temperamento explosivo e raciocínio lento". O patriarca é Eddard (vivido por Sean Bean, o Boromir de "O Senhor dos Anéis"). Seus maiores inimigos são os Lannister, de quem se pode esperar todo tipo de torpeza: ao jovem príncipe que demonstrou covardia, provocando a morte de uma criança e de um filhote de lobo, a rainha diz: "Quando você estiver no trono, a verdade será o que você quiser que ela seja".

Em lugar de hobbits expansivos e trapalhões, temos Tyrion Lannister (Peter Dinklage), um anão cínico, lascivo e cruel, mas que é solidário aos párias e desajustados como ele. Em lugar de um anel, temos uma muralha de gelo guardada por vigilantes de negro, a proteger o reino de uma misteriosa ameaça sobrenatural.

"Game of Thrones" coroa era dos épicos

Série que estreia hoje na HBO se une a ao menos outras três do mesmo gênero que vão ao ar neste ano no Brasil

Disputa de famílias pelo trono em mundo fictício movimenta produção com clima de "O Senhor dos Anéis"

CLARICE CARDOSO
DE SÃO PAULO

É tempo de lutas de espada, discursos de honra, cabeças decepadas e cavalheiros sangrentos na TV. Com a estreia de "Game of Thrones" hoje, na HBO, os canais pagos brasileiros receberão neste ano ao menos quatro séries com estilo de épico e megaproduções (leia mais no quadro ao lado).

"Game of Thrones", que tem cenários grandiosos, gravados em grande parte na Irlanda e em Malta, leva para a TV um universo comparável ao de "O Senhor dos Anéis" -um dos protagonistas, Sean Bean, será logo reconhecido pelos fãs como o Boromir da saga do cinema.

Entre batalhas, cenas de sexo e traições, criaturas mágicas e estações que duram anos dão o tom de fantasia na história em que o trono dos sete reinos de Westeros é objeto de disputas sangrentas. Destacam-se as famílias Stark e Lannister, que compõem um intricado e interessante jogo político.

Com produção de David Benioff (que trabalhou em "Troia"), o inteligente roteiro é baseado na série "As Crônicas de Gelo e Fogo", de George R. R. Martin, que já teve dois títulos publicados no Brasil pela Leya: "A Guerra dos Tronos" (592 págs., R$ 49,90), "A Fúria dos Reis" (656 págs., R$ 49,90).

VIDA E MORTE
Além de compartilhar com "Game" os visuais elaborados e certa nudez despudorada, "Spartacus" recupera o estilo "espada e sandália" e, como em "Roma", volta aos romanos para retratar gladiadores em ascensão. No segundo ano, no ar no Globosat HD, o protagonista Gannicus (Dustin Clare) brinca com a vida e a morte em batalhas bem coreografadas em câmera lenta.

Já "Camelot", que tem sua estreia prevista para julho no mesmo canal, enfoca a mítica corte do Rei Arthur e de seu fiel mentor Merlin. Com Joseph Fiennes e Eva Green no elenco, a série começará com a morte do rei Uther e, diante da previsão de tempos sombrios, o mago (Fiennes) designando o jovem Arthur (Jamie Campbell Bower) como sucessor. As forças sobrenaturais voltarão a aparecer também graças à antagonista, a meia-irmã de Arthur, Morgan (Green), que fará de tudo para chegar ao poder.

HISTÓRIA
E, na tendência, que inclui também romances históricos, como "The Tudors", está prevista para o segundo semestre a estreia de "The Borgias", no TCM. As estrelas, aqui, são o criador, Neil Jordan, que ganhou o Oscar por "Traídos pelo Desejo" (1992), e o ator Jeremy Irons, que interpreta Rodrigo Borgia em campanha para se tornar papa.

3 pessoas comentaram:

ja assisti os tres primeiros eps de game pela internet, li algumas partes do livro e já posso dizer que virei fã :)

o fato de que o autor está diretamente ligado à produção ajuda muito para manter a qualidade da produção, ao contrário do que ocorreu com true blood :P

Winter is coming strong and well, for sure :)

O texto da Vanessa Bárbara é o que está mais próximo do que é Guerra dos Tronos, sério.

Queria muito que você assistisse à série; seria ótimo saber sua opinião - especialmente sobre as mulheres (Catelyn, Arya, Sansa, Daenerys e Cersei). =]

Leia os livros, Valéria. Vale muito a pena!

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