quinta-feira, 12 de maio de 2011

As Várias Faces de Orgulho & Preconceito - Parte 3


Outro lote de cenas comparando as adaptações Orgulho & Preconceito (Pride & Prejudice). As duas outras seleções podem ser vistas aqui e aqui. Pensei que demoraria mais para cortar e editar, mas estava empolgada e fiz tudo na segunda-feira. Só não postei antes, porque o Youtube cismou de encrencar com a cena do filme de 2005. Como já carreguei outras, sei que a coisa é bem aleatória. Só que não teria que usar o laptop para consertar o problema já eu o computador de mesa está bugado. Decidi, então, fazer o upload no Vimeo, daí, a diferença. Espero que não incomode. Como a cena de Rosings é uma das mais importantes da história, decidi colocar a versão de Lost in Austen, também. É galhofa, mas o Elliot Cowan é um Darcy inesquecível. Só peguei as cenas dentro da casa de Lady Catherine De Bourgh. Vocês vão perceber o quanto a versão de 1995 é pequena em comparação com a de 1980 e 1940, que é gigantesca para um filme, mas na versão com o Colin Firth, há as cenas em que ele visita Lizzy na casa de Mr. Collins e isso está praticamente ausente de outras versões. Seguem as cenas:


No filme de 1940, esta é a primeira vez que Elizabeth Bennet (Greer Garson) vê Lady Catherine de Bourgh (Edna May Oliver) e Rosings. Não é tão ruim assim, é uma das mais longas na adaptação cinematográfica de 1940. O tom comédia é mantido, afinal, o filme acredita que o livro de Jane Austen é uma peça de humor, uma farsa, sei lá. Lady Catherine está OK nessa cena, especialmente se comparada com quando ela vai falar com Lizzy sobre as intenções de Darcy. Darcy (Laurence Olivier), no entanto, já está completamente apaixonado pela Elizabeth e só falta rastejar diante dela e essa Anne De Bourgh(Gia Kent) nada tem de doente e parece bem maldosa ao invés disso. Mr. Collins (Melville Cooper) bebe muito e começa a dizer coisas sem sentido ... bem, no original, ele não precisa de nenhum álcool para fazer essas coisas.


Elizabeth Bennet (Elizabeth Garvie) visita Rosings e conhece Lady Catherine de Bourgh (Judy Parfitt). Judy Parfitt é o melhor que Lady Catherine, em minha opinião, nesta cena ela mostra toda a arrogância e a vontade que esta dama tem de controlar a vida das pessoas. E David Rintoul começa a mostrar alguma emoção, e as caras que ele faz quando a tia o interrompe ou não o deixa falar são bem interessantes, ele também esboça vergonha quando a tia diz que Lizzy pode tocar no piano do quarto da governanta. É uma das suas melhores seqüências dele como Darcy. Não é uma cena única, mas duas partes que tive que juntar. Há também muito mais conversa entre Lizzy e o Coronel Fitzwillian (Desmond Adams), que é um ator bem simpático. Na série 1980, Darcy está em Rosings desde o início, e Lizzy não tem a chance de falar sobre o amor entre irmãs que é uma das minhas falas favoritas dela. ^ _ ^


Agora a primeira vez que Elizabeth Bennet (Jennifer Ehle) vê Lady Catherine de Bourgh (Barbara Leigh-Hunt) no filme de 2005. Darcy (Colin Firth) não está em cena na primeira vez em que Lizzy vê sua tia. A versão de 1995 é a única que coloca na passagem por Rosings o pai e a irmã de Charlotte (Lucy Scott). Eles são cortados em todas as outras versões. É por essas e outras coisas que, apesar de admitir a qualidade da série de 1980, ela não é de forma alguma mais fiel que a adaptação de 1995. E eu gosto bastante do Coronel Fitzwillian (Anthony Calf), aliás, a personagem só é uma nulidade na versão de 1940. Uma das cenas mais legais é a conversa no piano, tanto aqui, quanto na versão de 1980. Barbara Leigh-Hunt é uma Lady Catherine muito autoritária, mas sem o humor de Judy Parfitt.


Elizabeth (Keira Knightley) encontra com Lady Catherine (Judi Dench) pela primeira vez e, da mesma forma que em 1980, Darcy (Matthew Macfadyen) também está em cena desde o início. A parte da mesa de jantar foi uma improvisação tola, mas que cumpre a sua função de colocar as personagens para conversar. Eu gosto da forma como Keira Knightley fala as frases sobre a amizade entre irmãs. Ela está muito bem nessa parte, ao contrário do momento em que nota a presença de Darcy e parece cobrar satisfações por ele estar ali. Dá para entender? E, sim, a seqüência do piano só reforça a minha teoria de que o Darcy do Matthew Macfadyen é tímido, não orgulhoso. Aliás, o tom dos outros Darcy, Colin Firth e David Rintoul, estão mexendo (“teasing”) com Elizabeth, na verdade, um duelo espirituoso. Já neste filme, Darcy fala miudinho, baixinho... ele parece acuado o tempo inteiro. Mas é uma cena bonitinha, não pensem que eu estou dizendo que, não.


Dessa vez, decidi colocar Lost in Austen, também. Deveria ter cortado o confronto entre a Amanda e Lady Catherine, porque existe na série... Depois, aliás, eu vou cortá-la e colocar no outro post. Claro, que é tudo uma grande piada, pois a história original foi toda virada de ponta a cabeça. Por conta disso, Bingley (Tom Mison), Jane (Morven Christie), e Caroline Bingley (Christina Cole) estão em Rosings. Jane casou com Mr. Collins, Bingley está se tornando alcoólatra e Darcy está angustiado por achar que fez uma bobagem e, também, por estar apaixonado pela doida da Amanda. Jemina Rooper é Amanda Price, uma fã de Jane Austen que entrou no livro Orgulho & Preconceito. Elliot Cowan é um magnífico Mr. Darcy, só perde mesmo para o Colin Firth.

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