Estou abrindo esse post por pura especulação e indignação. Primeiro, o crime da escola em Realengo, as 11 alunas mortas, sim, no feminino, porque foram 10 meninas e 1 menino, me deixaram profundamente triste e amargurada. Agora, sim, estamos no primeiro mundo! Temos nosso Columbine... ou algo do gênero. Em segundo lugar, as proporções de 10 meninas para apenas 1 menino entre os mortos e de 13 meninas feridas para somente 3 meninos feridos, me deixaram de cabelo em pé. A carta do assassino, carregada de surtos religiosos (*cristãos, não islâmicos, como muita gente começou a inventar*) e sexuais sobre castidade e pureza, me deixou muito, muito desconfiada. Para mim, e estou fazendo essa afirmação sem nenhuma informação posterior, trata-se de um crime de ódio. Ofereço, para quem duvida, dois outros crimes semelhantes em números: o da Universidade em Montreal, no Canadá e o da Escola Amish, nos EUA.
Em 1989, Montreal, um sujeito invadiu a École Polytechnique, entrou em uma sala, rendeu todos, separou homens de mulheres e disse que estava lutando contra o feminismo. Atirou em nove moças, matou seis. Deixou uma carta de suicídio com uma lista de “feministas” que queria matar. O caso da escola Amish é mais recente. Em 2006, um sujeito invadiu uma escola Amish (*Lembram do filme A Testemunha?*), tomou uma classe como refém, liberou os meninos, ficou com as dez menininhas. Matou cinco, e não terminou o serviço, porque ao perceber a aproximação da polícia, ele se matou.
Agora, alguém me diga qual escola do Rio de Janeiro ou de qualquer lugar do Brasil que não seja curso normal, enfermagem (*e aqui pode nem ser*) ou algo semelhante que tenha uma proporção próxima de 10 meninas para cada 1 menino em sala. Eu lecionei em curso normal e a proporção chegava perto disso. Esse não era o caso da escola do Realengo. Contudo vem alguém e me diz que temos estes números, porque as meninas sentam na frente. E, sim, ninguém se mexeu. Eu dou aula para adolescentes, posso até ter mais meninas na frente, mas a proporção é quase meio a meio.
Desculpem, mas meu desconfiômetro está ligado aqui. Não acho que existam culpados. Não é algo que se espere que aconteça em uma escola brasileira, ninguém pode comprar armas de forma indiscriminada neste país salvo se estiver envolvido com o crime, e torço para que não tenhamos ninguém imitando o criminoso em outras escolas por aí. Eu realmente acredito que ocorreu um crime de ódio e o uso do masculino, o suposto universal, que esconde o número de vítimas mulheres, meninas, na verdade, é ofensivo. Torço, também, para que nenhuma das feridas morra e estou incluindo os três meninos.
Quanto ao assassino, era alguém que sofria de transtorno mental. Deveria estar internado, mas o Estado abriu mão de tratar de forma adequada os doentes mentais, para cortar custos. Claro, que tudo é disfarçado em belas teorias que dizem que é melhor o paciente estar com os seus familiares... Sei! Nem sempre isso é possível e/ou aconselhável. Eu defendo o tratamento humanizado, que hospitais psiquiátricos não pdoem ser prisões, no entanto, é preciso dar todo o apoio especializado aos parentes e ao paciente. Isso, o Estado não tem feito. Eis a minah crítica. Outra coisa, vi gente especulando que o policial executou o sujeito. Armado do jeito que ele estava (*vi a foto dele morto no jornal O Dia, com os carregadores em volta do corpo. Se abrir, está avisad@!*), se o policial o matou, fez o que deveria ter feito naquelas condições. Não lamento isto, eu lamento, sim, pelas crianças. E que me chamem de fascista se quiserem, pois assumo integralmente o que digo. Cabe agora investigar como o sujeito conseguiu as armas, tanta munição e os carregadores rápidos (speed loaders). Qual o significado do seu traje imitando a indumentária militar? E o conhecimento e o treinamento que, apesar de ser mentalmente doente, ele certamente possuía? Isso, sim, é importante!
O relato de uma das meninas sobreviventes (*1-2*) só reforça que o criminoso tinha um modus operandi. a cosia foi planejada e ele escolheu matar meninas. Meninas mesmo, já que ele entrou e a primeira pessoa que encontrou foi uma professora.
Em 1989, Montreal, um sujeito invadiu a École Polytechnique, entrou em uma sala, rendeu todos, separou homens de mulheres e disse que estava lutando contra o feminismo. Atirou em nove moças, matou seis. Deixou uma carta de suicídio com uma lista de “feministas” que queria matar. O caso da escola Amish é mais recente. Em 2006, um sujeito invadiu uma escola Amish (*Lembram do filme A Testemunha?*), tomou uma classe como refém, liberou os meninos, ficou com as dez menininhas. Matou cinco, e não terminou o serviço, porque ao perceber a aproximação da polícia, ele se matou.
Agora, alguém me diga qual escola do Rio de Janeiro ou de qualquer lugar do Brasil que não seja curso normal, enfermagem (*e aqui pode nem ser*) ou algo semelhante que tenha uma proporção próxima de 10 meninas para cada 1 menino em sala. Eu lecionei em curso normal e a proporção chegava perto disso. Esse não era o caso da escola do Realengo. Contudo vem alguém e me diz que temos estes números, porque as meninas sentam na frente. E, sim, ninguém se mexeu. Eu dou aula para adolescentes, posso até ter mais meninas na frente, mas a proporção é quase meio a meio.
Desculpem, mas meu desconfiômetro está ligado aqui. Não acho que existam culpados. Não é algo que se espere que aconteça em uma escola brasileira, ninguém pode comprar armas de forma indiscriminada neste país salvo se estiver envolvido com o crime, e torço para que não tenhamos ninguém imitando o criminoso em outras escolas por aí. Eu realmente acredito que ocorreu um crime de ódio e o uso do masculino, o suposto universal, que esconde o número de vítimas mulheres, meninas, na verdade, é ofensivo. Torço, também, para que nenhuma das feridas morra e estou incluindo os três meninos.
Quanto ao assassino, era alguém que sofria de transtorno mental. Deveria estar internado, mas o Estado abriu mão de tratar de forma adequada os doentes mentais, para cortar custos. Claro, que tudo é disfarçado em belas teorias que dizem que é melhor o paciente estar com os seus familiares... Sei! Nem sempre isso é possível e/ou aconselhável. Eu defendo o tratamento humanizado, que hospitais psiquiátricos não pdoem ser prisões, no entanto, é preciso dar todo o apoio especializado aos parentes e ao paciente. Isso, o Estado não tem feito. Eis a minah crítica. Outra coisa, vi gente especulando que o policial executou o sujeito. Armado do jeito que ele estava (*vi a foto dele morto no jornal O Dia, com os carregadores em volta do corpo. Se abrir, está avisad@!*), se o policial o matou, fez o que deveria ter feito naquelas condições. Não lamento isto, eu lamento, sim, pelas crianças. E que me chamem de fascista se quiserem, pois assumo integralmente o que digo. Cabe agora investigar como o sujeito conseguiu as armas, tanta munição e os carregadores rápidos (speed loaders). Qual o significado do seu traje imitando a indumentária militar? E o conhecimento e o treinamento que, apesar de ser mentalmente doente, ele certamente possuía? Isso, sim, é importante!
O relato de uma das meninas sobreviventes (*1-2*) só reforça que o criminoso tinha um modus operandi. a cosia foi planejada e ele escolheu matar meninas. Meninas mesmo, já que ele entrou e a primeira pessoa que encontrou foi uma professora.
13 pessoas comentaram:
Concordo com você, a grande quantidade de meninas mortas quer dizer algo sim para a mente doentia deste louco.
O Brasil está de luto com esta tragédia.
Penso que a carta de suicídio, completa sandice, foi a "justificativa" inventada pelo assassino para de certa forma ocultar da sociedade, e de si próprio dentro de sua mente doentia, a sua real motivação sexual para cometer o crime. Para mim um caso óbvio de ódio contra mulheres, que se manifestou não em sua forma mais comum de estupro e assassinato, mas sim no massacre de meninas adolescentes. Talvez tenha sentido prazer ao ver o desespero e terror das meninas ao serem executadas uma a uma. Não vou afirmar que isto seja provável, porém ele pode até ter atirado contra uns poucos meninos como disfarce de qual seriam seus alvos preferenciais. De qualquer forma, por que alguém mata crianças e jovens, a priori inocentes de qualquer coisa, se não for por um motivo torpe e depravado? É necessário reconstituir o crime e descobrir as reais motivações do celerado. Não me venham dizer que ele fez o que fez porque era aidético e filho adotivo, isto é ridículo!
Desconfiei da exata mesma coisa quando vi o número de vítimas. É ainda mais do que um massacre cometido por um louco, é um crime de ódio, de ódio contra mulheres. A carta de suicídio dele deixa as coisas ainda mais evidente.
É tudo muito triste...
Valéria,
Suas considerações são extremamente pertinentes...ainda mais neste momento em que tantos jornais criam um sensacionalismo sem respeitar os fatos e, sobretudo, as pessoas envolvidas.
Eu concordo com você.
Estão confirmadas suas considerações Valéria.
http://goo.gl/j3kSI
"'Ele atirava nas meninas para matar', diz aluno que sobreviveu a ataque"
http://g1.globo.com/Tragedia-em-Realengo/noticia/2011/04/ele-atirava-nas-meninas-para-matar-diz-aluno-que-sobreviveu-ataque.html
O aluno sobrevivente afirma que o assassino atirava nas meninas na cabeça, pra matar; nos meninos, só pra machucar, mirando nos braços e pernas o_o
Algo que um menino de 13 anos conseguiu observar, deixe-se claro.
Até o momento eu estava achando o número de meninas suspeito, mas assumia que sem fatos concretos, só havia como especular...
...Mas quem somos nós pra duvidar de quem estava lá e viu tudo?
triste é ver que agora a globo e outros poderosos que têm condições de andar com seguranças armados até os dentes estão de novo querendo impor o desarmamento da população. não sou a favor que as pessoas saiam se matando, obviamente. tampouco ando armada por aí. mas é hipocrisia e canalhice querer tomar as armas de colecionadores, por exemplo, ou de pessoas que vivem em sítios e precisam ter uma espingarda porque a polícia está a milhas e milhas dali e ninguém vai ouvir se a pessoa gritar por socorro. É uma canalhice culpar a arma legalizada do cidadão que não sai por aí assaltando, nem matando porque não é doido nem burro de fazer isso com uma arma legalizada pois seria identificado e preso.
O que precisa ser combatido não são as armas legalizadas, mas sim as armas ilegais que os criminosos usam. São essas as armas usadas para matar, assaltar e etc.
Se a escola de Realengo tivesse um segurança armado, o assassino teria sido abatido antes de matar um monte de crianças e adolescentes. O estrago teria sido bem menor. Talvez nenhuma criança tivesse morrido. Isso ninguém vê. Se o policial Alves não estivesse ali perto, o assassino teria continuado o massacre, e muito mais meninas teria matado. A arma do policial evitou mais mortes.
O ideal seria vivermos TODOS sem armas. Ou ter armas só de chumbinho pra brincar de tiro ao alvo, sei lá...Mas desarmar a população e deixar bandidos, assassinos, traficantes e criminosos diversos armados me parece idiotice. Ou canalhice. Vai ver as autoridades querem mais é que os cidadãos de boa índole se danem mesmo.
pelo teor da carta do maluco, certamente foi crime de ódio contra meninas mesmo. só descobri agora que ele matou praticamente só meninas. na tv não estão divulgando isso. ou se chegaram a divulgar, eu não vi. mas no jornal nacional, nem um pio sobre esse fato.
Valéria, escrevo agora, no final do dia, quando o noticiário deixa claro que o grande número de vítimas femininas não foi mero acaso.
As ações do autor dos disparos, descrita pelos sobreviventes, demonstra a clara intenção de eliminar as meninas, preferencialmente apenas ferindo garotos.
A carta deixada por ele também sujere que ele se imaginava como alguém "puro", talvez até "superior".
O pior é perceber, pelas informações até agora obtidas, que o jovem não tinha histórico de violência, seja física ou verbal. Era um sujeito descrito como pacato, reservado, "na dele".
Sua familia não o via como alguém problemático, talvez apenas um tanto quieto demais. Sinto até que a idéia dele ter problemas psiquiátricos nem foi imaginada pela familia.
Não consigo imaginar como alguém poderia prever o que fervia naquela mente cinzenta.
Fico na torcida para que esse incidente levente o questionamento sobre a forma de tratamento para quem demonstra ter transtornos graves e violentos de conduta.
E que Deus tenha compaixão das mães, pais e avós que choram por suas flores, destruídas muito cedo, sem chance de desabrocharem.
Bia, não acredito que deixando os cidadão armados você evitaria tragédias. Eu realmente não vejo os donos de armas legalizadas como vítimas, mas como pessoas que, indiretamente, com seu discurso do "todo cidadão tem direito a estar armado" dificultam políticas para reprimir a produção de armas e sua entrada no país.
Eu sou a favor do desarmamento.
Como assim no Jornal Nacional nem um pio sobre o fato das vítimas terem sido mais meninas que meninos?!
A Fátima Bernardes comentou isso junto com o comentarista no fim do programa, que fez inclusive um apelo sobre armas ilegais.
E eles divulgaram a lista de mortos com o nome de todos os mortos identificados, onde dá pra notar claramente que a maioria era de meninas o_o
Pois é... eu não vi o Jornal Nacional, mas que a maioria das vítimas era menina foi amplamente divulgado o dia inteiro. Até o último jornal que asissti, o que estava em dúvida, é se os pais liberariam a divulgação dos nomes.
O que falta é a enunciação clara de que foi um crime de gênero, um crime de ódio, como em Montreal e na Escola Amish.
Será, Valéria, que a violência contra a mulher é vista como algo tão "normal" que o que aconteceu não chama a atenção da mídia?
Não quero acreditar que essa questão esteja simplesmente sendo ignorada.
Espero, do fundo do coração, não ser esse o caso.
É claro que uma tragédia dessa magnitude traga alguma reflexão sobre várias questões: acesso a armas, tratamento de problemas mentais, etc.
Rezemos apenas para que o claro objetivo do ataque, em destruir mulheres, também seja trazido à discussão.
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