Hoje, estréia nos Estados Unidos – e outros países – o novo filme de Jane Eyre. Queria muito poder voltar do trabalho hoje e ir ao cinema para ver mais uma versão de um dos meus livros favoritos, no entanto, isso não será possível, pois a previsão (*nada me garante que será cumprido*) de chegada aos cinemas aqui no Brasil é outubro. Jane Eyre vai sofrer do mesmo fenômeno que Scott Pilgrim, mas sem a pressão nerd para tentar reverter essa data absurda de estréia. Eu tinha traduzido uma matéria sobre Jane Eyre – Um outro Passeio na Charneca para “Jane Eyre” – na segunda-feira e fiquei de comentá-la. Se você reler ou ler esse texto, poderá acompanhar melhor esse post aqui. O objetivo dele é marcar que hoje o filme está estreando e que eu estou, sim, muito aborrecida porque estou excluída da festa.
O texto em si é bem interessante. Ele me deu alguns dados que eu não tinha. Jane Eyre – a história da menina órfã, mas tenaz e nada submissa, que se dedica aos estudos e contra todas as expectativas encontra o amor e a felicidade – é o livro do século XIX favorito do cinema. Uma adaptação a cada cinco anos, sete no máximo. Se a gente entra no IMDB até se assusta. E com um saldo positivo, nenhuma versão é ruim, todas são medianas para cima.
Eu consegui dar uma olhada – não tive tempo ou possibilidade de rever – a versão de 1973, celebrada por muitos como a melhor, e a de 1997, com o Ciáran Hinds, vista por muita gente como a pior. Sinceramente? Hinds não é um Rochester pior do que a média, muito pelo contrário. E ele, a meu ver, consegue superar o William Hurt, o mais fraco dos que eu vi. Curiosamente, confirmei aquilo que a matéria diz sobre uma produção citar a outra tanto quanto cita o livro. A versão de 2006 – que no conjunto é a minha favorita – se remete a versão de 1973. Com certeza o Tobby Stephens tentou interpretar o Rochester tomando o ator de 1973 como modelo... E o resultado foi excelente. Mas eu comprei a série de 1973, quando chegar, assistirei com calma e vou comentar aqui.
Voltando às refilmagens, segundo a produtora, Jane Eyre é filmado e refilmado, porque é relativamente barato. Olha, é filmado e refilmado, porque é bom. Eu conheço vários livros que seriam muito baratos de filmar e que não deram certo. O que me preocupou nesse filme é o diretor tomar como modelo o filme de 1943. Orson Welles não é o melhor Rochester, Joan Fontaine não foi a melhor Jane, e, claro, um filme em que o amado da protagonista, que dá nome ao livro, tem mais peso que ela, tem algum problema. No entanto, se a roteirista – e me alegra que seja uma mulher – diz que vai narrar a partir de Jane, eu confio mais. Além disso, ela vai inovar, narrando em flashback, quando Jane já fugiu de Rochester. Vai ser, pelo menos, um filme diferente.
Concordo com a produtora em louvar os méritos de Wasikowska, pois ela é muito boa, confirmei isso em Minhas Mães e Meu Pai, e tem quase a idade da personagem no início da história, que é 18 anos. Ela tem tudo para ser uma das melhores Janes. De resto, a matéria tenta ser pop e comparar Jane Austen com “gossip girl” e as Brontë com “irmãs góticas” é bobagem. Outra bobagem é dizer que o mundo de "Jane Eyre" e dos romances de Jane Austen são diferentes. Ora, a situação de Rochester, caçula, sem direito à herança, obrigado a um casamento arranjado, é idêntica a do primo do Darcy, o Coronel Fitzwilliam. A sorte do Rochester é que o irmão morreu e ele gherdou tudo... sorte em termos, já que o casamento que arrumaram para ele foi encrenca das grossas. É Jane que é diferente das heroínas de Jane Austen, mas a situação dela é a mesma da Harriet, amiga de Emma. Jane é órfã, de origem duvidosa (*ou assim a sua tia quer que ela veja a coisa*), e é obrigada a trabalhar para ganahr a vida. Coisa, aliás, que ela faz muito bem e com orgulho. Enfim, em Jane Eyre o mundo não tinha mudado tanto, o foco é que é diferente.
Enfim, já que não vão me deixar assistir o filme no cinema, como se deve, tão cedo, vou aproveitar para rever e ver as versões que não assisti ainda. De repente, dá até para reler o livro. E eu recomendo, se você não leu, não sabe o que está perdendo. E recomendo essa excelente review feita por quem já assistiu o novo filme.
O texto em si é bem interessante. Ele me deu alguns dados que eu não tinha. Jane Eyre – a história da menina órfã, mas tenaz e nada submissa, que se dedica aos estudos e contra todas as expectativas encontra o amor e a felicidade – é o livro do século XIX favorito do cinema. Uma adaptação a cada cinco anos, sete no máximo. Se a gente entra no IMDB até se assusta. E com um saldo positivo, nenhuma versão é ruim, todas são medianas para cima.
Eu consegui dar uma olhada – não tive tempo ou possibilidade de rever – a versão de 1973, celebrada por muitos como a melhor, e a de 1997, com o Ciáran Hinds, vista por muita gente como a pior. Sinceramente? Hinds não é um Rochester pior do que a média, muito pelo contrário. E ele, a meu ver, consegue superar o William Hurt, o mais fraco dos que eu vi. Curiosamente, confirmei aquilo que a matéria diz sobre uma produção citar a outra tanto quanto cita o livro. A versão de 2006 – que no conjunto é a minha favorita – se remete a versão de 1973. Com certeza o Tobby Stephens tentou interpretar o Rochester tomando o ator de 1973 como modelo... E o resultado foi excelente. Mas eu comprei a série de 1973, quando chegar, assistirei com calma e vou comentar aqui.
Voltando às refilmagens, segundo a produtora, Jane Eyre é filmado e refilmado, porque é relativamente barato. Olha, é filmado e refilmado, porque é bom. Eu conheço vários livros que seriam muito baratos de filmar e que não deram certo. O que me preocupou nesse filme é o diretor tomar como modelo o filme de 1943. Orson Welles não é o melhor Rochester, Joan Fontaine não foi a melhor Jane, e, claro, um filme em que o amado da protagonista, que dá nome ao livro, tem mais peso que ela, tem algum problema. No entanto, se a roteirista – e me alegra que seja uma mulher – diz que vai narrar a partir de Jane, eu confio mais. Além disso, ela vai inovar, narrando em flashback, quando Jane já fugiu de Rochester. Vai ser, pelo menos, um filme diferente.
Concordo com a produtora em louvar os méritos de Wasikowska, pois ela é muito boa, confirmei isso em Minhas Mães e Meu Pai, e tem quase a idade da personagem no início da história, que é 18 anos. Ela tem tudo para ser uma das melhores Janes. De resto, a matéria tenta ser pop e comparar Jane Austen com “gossip girl” e as Brontë com “irmãs góticas” é bobagem. Outra bobagem é dizer que o mundo de "Jane Eyre" e dos romances de Jane Austen são diferentes. Ora, a situação de Rochester, caçula, sem direito à herança, obrigado a um casamento arranjado, é idêntica a do primo do Darcy, o Coronel Fitzwilliam. A sorte do Rochester é que o irmão morreu e ele gherdou tudo... sorte em termos, já que o casamento que arrumaram para ele foi encrenca das grossas. É Jane que é diferente das heroínas de Jane Austen, mas a situação dela é a mesma da Harriet, amiga de Emma. Jane é órfã, de origem duvidosa (*ou assim a sua tia quer que ela veja a coisa*), e é obrigada a trabalhar para ganahr a vida. Coisa, aliás, que ela faz muito bem e com orgulho. Enfim, em Jane Eyre o mundo não tinha mudado tanto, o foco é que é diferente.
Enfim, já que não vão me deixar assistir o filme no cinema, como se deve, tão cedo, vou aproveitar para rever e ver as versões que não assisti ainda. De repente, dá até para reler o livro. E eu recomendo, se você não leu, não sabe o que está perdendo. E recomendo essa excelente review feita por quem já assistiu o novo filme.
1 pessoas comentaram:
Scott Pilgrim vai passar aqui na minha cidade (Aracaju) amanhã, em uma unica seção, em um horario horrivel(00h00m) e com um precinho bem salgado(mais de 30 reais).
Pior é quando o filme não passa e nem chega em DVD.
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