Anteontem, não sei por qual motivo, tive vontade de assistir ao primeiro episódio de Life On Mars. Acho que o fator viagem no tempo me atraiu, só pode. Mas, enfim, assisti e tenho que comentar algumas coisinhas. Life On Mars (BBC, 2006-2007) é uma série inglesa (*que tem versão norte americana*), sobre um policial Sam Tyler (John Simm) que está investigando o caso de um psicopata que estrangula mulheres. Como não consegue prender o assassino, ele termina se desentendendo com sua namorada, uma policial sua subordinada, chamada Maya, ele a retira da investigação. Só que a moça decide investigar por conta própria e cai nas mãos do psicopata. Tyler, muito abalado, acaba sendo atropelado por um carro e acordando em 1973. Todo o primeiro episódio mostra o drama da personagem, que em 1973 é policial, na mesma região, mas um cargo abaixo do que ele ocupava, mas não tem acesso à tecnologia com que está tão acostumado, e se sente um peixe fora d’água. Para completar, ele não sabe se está louco, morto, em coma e ainda parece estar enfrentando o mesmo assassino que perseguia mais de trinta anos depois.
Bem, não sei se vou continuar assistindo, especialmente agora que li o spoiler brochante do final da série na Wikipedia. Mas, enfim, o primeiro episódio foi curioso. Eu não me apaixonei pela série, mas senti a angústia da personagem. Celular é muito útil, computador é muito útil... E, bem, aquela delegacia limpinha e high tech do personagem em 2006 é muito legal, fora que o cara era o chefe; em 1973, tudo é sujo, escuro, os caras fumam... E, claro, destroem a cena do crime, ou seja, não melhoraram nada desde o tempo do Lestrade no final do século XIX. Fora que são truculentos com as testemunhas, especialmente as mulheres, e corruptos, ou não tão certinhos...
E foi o que mais me chamou a atenção, o sexismo, e, talvez, para ver como a personagem da policial é desenvolvida, eu tente ver mais alguns episódios. E o legal é que a personagem protagonista se incomoda muito com aquilo e de como ele reage. Annie Cartwright é a única que acredita na história de Tyler, ou, pelo menos, se dispõe a ouvi-lo. Ela é psicóloga e policial servindo em uniforme. Ela é mais inteligente e competente que a maioria dos colegas, mas ouve piadas machistas (*a maioria de cunho sexual*) o tempo inteiro e é tratada como alguém menos inteligente e capaz. Pelo que vi nos spoilers, ela passa a ser detetive. Como não entendo nada de polícia britânica, achei que em 1973, as detetives ainda não existissem. Como as coisas mudam e como a situação das mulheres em certas funções já foi muito, muito pior.
Tyler tenta usar métodos de investigação modernos, ao estilo CSI, mas falta o suporte e ele não é um gênio como Sherlock Holmes para compensar essa lacuna. Dá pena dele. O final do episódio foi muito, muito, muito bom. Uma das coisas chatas é que o assassino, o mesmo do futuro, é preso logo no primeiro episódio. Pensei que iriam estender. Periga, também, virar um seriado policial comum... E, claro, a idéia de que a personagem SPOILER (está num purgatório para policiais, não me agradou). Nem sei se dá para chamar de ficção científica. Já que baixei, o segundo e o terceiro episódio e são, afinal, somente 16. Eu vou ver mais um pouquinho, sim. ^_^
Bem, não sei se vou continuar assistindo, especialmente agora que li o spoiler brochante do final da série na Wikipedia. Mas, enfim, o primeiro episódio foi curioso. Eu não me apaixonei pela série, mas senti a angústia da personagem. Celular é muito útil, computador é muito útil... E, bem, aquela delegacia limpinha e high tech do personagem em 2006 é muito legal, fora que o cara era o chefe; em 1973, tudo é sujo, escuro, os caras fumam... E, claro, destroem a cena do crime, ou seja, não melhoraram nada desde o tempo do Lestrade no final do século XIX. Fora que são truculentos com as testemunhas, especialmente as mulheres, e corruptos, ou não tão certinhos...
E foi o que mais me chamou a atenção, o sexismo, e, talvez, para ver como a personagem da policial é desenvolvida, eu tente ver mais alguns episódios. E o legal é que a personagem protagonista se incomoda muito com aquilo e de como ele reage. Annie Cartwright é a única que acredita na história de Tyler, ou, pelo menos, se dispõe a ouvi-lo. Ela é psicóloga e policial servindo em uniforme. Ela é mais inteligente e competente que a maioria dos colegas, mas ouve piadas machistas (*a maioria de cunho sexual*) o tempo inteiro e é tratada como alguém menos inteligente e capaz. Pelo que vi nos spoilers, ela passa a ser detetive. Como não entendo nada de polícia britânica, achei que em 1973, as detetives ainda não existissem. Como as coisas mudam e como a situação das mulheres em certas funções já foi muito, muito pior.
Tyler tenta usar métodos de investigação modernos, ao estilo CSI, mas falta o suporte e ele não é um gênio como Sherlock Holmes para compensar essa lacuna. Dá pena dele. O final do episódio foi muito, muito, muito bom. Uma das coisas chatas é que o assassino, o mesmo do futuro, é preso logo no primeiro episódio. Pensei que iriam estender. Periga, também, virar um seriado policial comum... E, claro, a idéia de que a personagem SPOILER (está num purgatório para policiais, não me agradou). Nem sei se dá para chamar de ficção científica. Já que baixei, o segundo e o terceiro episódio e são, afinal, somente 16. Eu vou ver mais um pouquinho, sim. ^_^
3 pessoas comentaram:
Eu me atraio pelos motivos mais estranhos ou mínimos: o sotaque, a década de 70 e ter o mesmo título de uma música do David Bowie que gosto me deram vontade de assistir. 8D
Ele está ouvindo a música do David Bowie quando volta no tempo. ^_^
Desde que vi o John Simm como o Mestre em "Doctor Who", sempre quis ver "Life on Mars". Vou dar uma chance à série. =]
Postar um comentário