Quarta-feira assisti ao filme Inverno da Alma (Winter's Bone) e acredito que seja o último dos dez concorrentes ao prêmio principal que verei antes de domingo. Pois bem, apesar da demora em escrever este texto, eu gostei bastante do filme, que resumiria em uma frase “mundo cão com um pouquinho de açúcar”. Também é o tipo de filme que eu incluiria na categoria “para assistir com a minha mãe”. Acho que ela ia gostar muito e se identificar com a protagonista, interpretada por uma excelente Jennifer Lawrence. Sorte dessa menina é que ela ainda terá outras chances de mostrar seu talento, pois este ano, ela realmente não tem vez.
Winter’s Bones conta a história de Ree Dolly (Jennifer Lawrence), uma moça de 17 anos que assumiu o papel de chefe da família depois que o pai, traficante de drogas (*na verdade, ele produzia crack*), foi preso. Ree cuida do irmão de doze anos, da irmãzinha de seis, e da mãe depressiva que pouco interage com o mundo, além de um monte de animais que seus irmãozinhos recolhem. A garota trabalha o tempo todo, especialmente cortando e vendendo a lenha da propriedade da família, mas, ainda assim, eles vivem no limite da fome. Um belo dia, o xerife vem avisar que o pai saiu em condicional e deu a casa e toda a propriedade da família como penhor. Se ele não aparecer na audiência, Ree e o resto da família serão jogados na rua. A moça só tem duas opções, encontrar o pai e levá-lo ao tribunal ou provar que ele está morto.
Há quem diga que os EUA é a sociedade dos dois terços, isto é, um terço da população sempre estará excluída dos benefícios do sistema para que os demais possam usufruir dele. Ree faz parte desse um terço, ou daquilo que também é chamado por lá de “white trash” (lixo branco). Ela não vai à escola, ela não tem perspectiva de melhoria de vida, a cidade é um ovo e estagnada, e sua única forma de tentar romper com o ciclo de miséria é se alistar no exército. E é interessante que, quando Ree visita o colégio, ela observa duas “aulas especiais”, uma é de puericultura, a outra é um curso de formação de cadetes (*há escolas americanas que têm isso*). Eis os dois caminhos delineados, o exército, que paga 40 mil dólares quase imediatos por cinco anos que podem ser na linha de frente no Iraque ou Afeganistão, ou a maternidade compulsória e precoce. Não é coincidência que a melhor amiga de Ree já seja mãe e tenha largado o colégio.
Ree, no entanto, se sacrifica para dar uma vida melhor. O filme, aliás, é centrado em uma mulher, mas reforça – e só estou pontuando, não desqualificando – um papel feminino assentado no imaginário social, que é o do sacrifício, o que minha orientadora chamava de “dispositivo amoroso”. Ree está aà serviço da família, ela não tem vida, da mesma forma que a menina de Bravura Indômita luta “Em nome do pai”. Só que Ree acredita que isso é o certo, e se esforça para que seus irmãos possam ter uma vida melhor. E aí está o açúcar no mundo cão. O filme abre com as crianças, e a menininha é lindinha, e fecha com elas. Há futuro? Há esperança? Em Inverno da Alma, apesar de toda a miséria, parece existir, sim.
Ao longo do filme, um dos grandes medos de Ree é que seus irmãos sofram. Os primos, que são vizinhos e vivem também em situação de pobreza e metidos com drogas, oferecem ajuda. Mas só querem ficar com o menino. Talvez, porque ele já possa ser usado como mão de obra barata. Já a menina, ninguém quer. A possibilidade de deixá-la com o irmão do pai, desespera Ree. Um futuro de drogas ou outros abusos é o que as crianças provavelmente terão. Mas o que fazer? Nem no exército ela pode entrar, afinal, ela ainda é menor de idade e precisa que alguém assine. E, se se tornar militar, quem cuidará dos irmãos e da mãe? Ela é como se diz no jargão militar “arrimo de família”. Em um determinado momento da busca pelo pai, a menina é perguntada “Não há nenhum homem para fazer isso”. Não há. Ree não tem alternativa.
Falando em dinheiro, 40 mil dólares explicam muito a adesão de meninos e meninas miseráveis ao exército americano. É um dinheiro que faria muita diferença, especialmente em uma cidade terrivelmente pobre. Algumas casas mostradas no filme sempre tem uma fotinho discreta de alguém em uniforme, normalmente, alguém muito jovem. Será que ainda vive? O caso é que o dinheiro do alistamento deve ter sido muito bem investido. A cidade de Ree é como a Bon Temps de Sookie, só que sem vampiros, lobisomens e negros. E não estou dizendo que deveriam ter colocado personagens negras, pois essas cidades brancas paupérrimas existem. Mas é exatamente essa condição de “lixo branco” que exacerba o racismo. Afinal, aquele branco excluído precisa se sentir melhor que alguém, superior. Nem que para isso precise usar da violência.
A violência, aliás, está presente quase o tempo inteiro. Não nas brincadeiras dos irmãos de Ree, que são absolutamente não-agressivas, mas na presença das armas. Ree ensina seu irmão a atirar, porque precisa disso para sobreviver. Já que eles caçam esquilos para não morrer de fome. Depois, ela obriga o menino a enfiar as mãos nas entranhas do bicho para ajudá-la a limpar, pois isso também é questão de sobrevivência. A relação com os familiares também é pautada pela desconfiança e violência, assim como a forma como os homens se relacionam com as mulheres também é pautada pelo medo e ameaça. É assim na casa do tio de Ree, é assim na casa da melhor amiga da menina.
A jornada de Ree ao longo do filme é muito difícil. Ela procura os companheiros de crime do pai. Ninguém, nem seu primo, nem mesmo seu tio, querem ajudá-la. Obviamente, mexer com bandidos é perigoso e, lá pelas tantas do filme, Ree descobre que o pai estava “soltando a língua” em troca de diminuição da pena. Por conta disso, as possibilidades dele estar morto são grandes. Neste caso, trata-se de encontrar o cadáver. E Ree vai destemida e sem uma lágrima até encontrar o pai. Mesmo quando ela é espancada – por mulheres da gague que o pai estava traindo – ela não se dobra, ela tem um objetivo. Lembrei de Enrolados, com Rapunzel amolecendo o coração dos bandidos com “I have a dream”. Aqui, Ree também consegue, de uma certa maneira, tocar o coração de bandidos, com sua obstinação, coragem, persistência, e resistência diante da violência dos adultos. Até o tio, bem cruel e indiferente com ela no início, decide dar uma mãozinha, ainda que contra a vontade e ainda de forma grosseira. Já as mulheres que as espancaram, têm função chave para a resolução do problema.
Essa solidariedade entre mulheres – a melhor amiga, a prima, as mulheres do bando de traficantes – não torna o filme essencialmente feminista, mas reforça a idéia de que mulheres podem e são aliadas de mulheres. E já ia esquecendo, Ree chora duas vezes no filme, a outra é quando tenta arrancar da mãe quase catatônica alguma palavra de conforto e conselho. E, sim, Ree encontra o pai, mas não espere a menina se derretendo ou se lançando nos braços dele. Ela quer salvar os mais fracos, não o pai de volta, ainda que, mesmo que contra a vontade, ela demonstre algum amor com ele. Aliás, uma das coisas que marcam o filme é que família é família, e o sangue fala mais alto. Não digo que acredito nisso, vejam bem, nem que isso seja bom, já que há casos na minha própria família que mostram que, não. Simplesmente é uma idéia do filme.
Inverno da Alma é um bom filme, se fosse vencedor do prêmio principal, eu não reclamaria. Mas não espero que seja, acredito que nem roteiro adaptado leve. Jennifer Lawrence é uma atriz corajosa e convincente. Não é tão jovem quanto a personagem que interpreta, mas está bem perto, já que deve ter gravado o filme com 19 anos. A personagem precisa lutar contra as limitações impostas pela pobreza, pela idade, pelo gênero, e consegue se sair bem, ainda que com alguns dentes quebrados... Ela passa uma força que eu vejo em mulheres como a minha mãe, que não ficou em situação tão miserável quanto a da protagonista, mas que faria o que ela fez sem pestanejar. Só para constar, minha mãe é filha mais velha, ficou órfã de pai com cinco anos e sempre se sacrificou pela família... E sobreviveu. Até em favela controlada pelo tráfico ela entrou para encontrar parentes desaparecidos... Ree fez mais, é verdade, mas é esse apego pela família, que eu vejo em minha mãe, que eu vi na personagem. Por isso, eu acho que ela gostaria do filme.
Tudo em Inverno da Alma muito bem, até a música que é ótima, e, mesmo sujo e cruel, a película não semeia desesperança. Assim como Minhas Mães e Meu Pai, o outro filme independente entre os indicados, a diretora é uma mulher, só que em Inverno da Alma eu percebo uma compreensão muito grande de como as mulheres atuam no social. Sue limites e possibilidades, as limitações das suas condições de produção (*crenças, valores, ideologias, condições materiais, etc.*). Assim como a diretora de Minhas Mães e Meu Pai, Debra Granik não foi indicada ao Oscar. Vejam só são dez filmes indicados e cinco diretores. Dos dez filmes, dois são dirigidos por mulheres, mas 100% dos indicados por direção são homens. Discriminação? Imagina? É porque elas não são tão boas assim... Sore isso, recomendo o último vídeo do feministfrequency.
Inverno da Alma preenche bem a Bechdel Rule e é um filme centrado em uma mulher. Temos mais de uma persoangem feminina com nome. Lembro de ree, da irmãzinha Ashley Dawn, da prima-vizinha Sonia, a tia que se chama Victoria, mas a amiga tem nome, e outras mulheres, também. As mulheres conversam e a amiga de Ree, que enfrenta o marido, é um apoio muito grande para ela. E falam de outras coisas além de um homem, mesmo que encontrar o pai de Ree seja fundamental. É bom ter outro filme protagonizado por uma mulher forte competindo. O primeiro é Bravura Indômita. A rainha do Discurso do Rei é uma mulher forte, mas é coadjuvante... Nina de Cisne Negro é uma mulher destruída, então não conta. Enfim, para quem não tem problemas com filmes que mostram a miséria, ainda que sem perder a ternura, Inverno da Alma é uma boa pedida. Ah, sim! Quer participar do bolão do Oscar do Shoujocast? Tem até prêmio! Basta ouvir o programa e saber como faz.
Winter’s Bones conta a história de Ree Dolly (Jennifer Lawrence), uma moça de 17 anos que assumiu o papel de chefe da família depois que o pai, traficante de drogas (*na verdade, ele produzia crack*), foi preso. Ree cuida do irmão de doze anos, da irmãzinha de seis, e da mãe depressiva que pouco interage com o mundo, além de um monte de animais que seus irmãozinhos recolhem. A garota trabalha o tempo todo, especialmente cortando e vendendo a lenha da propriedade da família, mas, ainda assim, eles vivem no limite da fome. Um belo dia, o xerife vem avisar que o pai saiu em condicional e deu a casa e toda a propriedade da família como penhor. Se ele não aparecer na audiência, Ree e o resto da família serão jogados na rua. A moça só tem duas opções, encontrar o pai e levá-lo ao tribunal ou provar que ele está morto.
Há quem diga que os EUA é a sociedade dos dois terços, isto é, um terço da população sempre estará excluída dos benefícios do sistema para que os demais possam usufruir dele. Ree faz parte desse um terço, ou daquilo que também é chamado por lá de “white trash” (lixo branco). Ela não vai à escola, ela não tem perspectiva de melhoria de vida, a cidade é um ovo e estagnada, e sua única forma de tentar romper com o ciclo de miséria é se alistar no exército. E é interessante que, quando Ree visita o colégio, ela observa duas “aulas especiais”, uma é de puericultura, a outra é um curso de formação de cadetes (*há escolas americanas que têm isso*). Eis os dois caminhos delineados, o exército, que paga 40 mil dólares quase imediatos por cinco anos que podem ser na linha de frente no Iraque ou Afeganistão, ou a maternidade compulsória e precoce. Não é coincidência que a melhor amiga de Ree já seja mãe e tenha largado o colégio.
Ree, no entanto, se sacrifica para dar uma vida melhor. O filme, aliás, é centrado em uma mulher, mas reforça – e só estou pontuando, não desqualificando – um papel feminino assentado no imaginário social, que é o do sacrifício, o que minha orientadora chamava de “dispositivo amoroso”. Ree está aà serviço da família, ela não tem vida, da mesma forma que a menina de Bravura Indômita luta “Em nome do pai”. Só que Ree acredita que isso é o certo, e se esforça para que seus irmãos possam ter uma vida melhor. E aí está o açúcar no mundo cão. O filme abre com as crianças, e a menininha é lindinha, e fecha com elas. Há futuro? Há esperança? Em Inverno da Alma, apesar de toda a miséria, parece existir, sim.
Ao longo do filme, um dos grandes medos de Ree é que seus irmãos sofram. Os primos, que são vizinhos e vivem também em situação de pobreza e metidos com drogas, oferecem ajuda. Mas só querem ficar com o menino. Talvez, porque ele já possa ser usado como mão de obra barata. Já a menina, ninguém quer. A possibilidade de deixá-la com o irmão do pai, desespera Ree. Um futuro de drogas ou outros abusos é o que as crianças provavelmente terão. Mas o que fazer? Nem no exército ela pode entrar, afinal, ela ainda é menor de idade e precisa que alguém assine. E, se se tornar militar, quem cuidará dos irmãos e da mãe? Ela é como se diz no jargão militar “arrimo de família”. Em um determinado momento da busca pelo pai, a menina é perguntada “Não há nenhum homem para fazer isso”. Não há. Ree não tem alternativa.
Falando em dinheiro, 40 mil dólares explicam muito a adesão de meninos e meninas miseráveis ao exército americano. É um dinheiro que faria muita diferença, especialmente em uma cidade terrivelmente pobre. Algumas casas mostradas no filme sempre tem uma fotinho discreta de alguém em uniforme, normalmente, alguém muito jovem. Será que ainda vive? O caso é que o dinheiro do alistamento deve ter sido muito bem investido. A cidade de Ree é como a Bon Temps de Sookie, só que sem vampiros, lobisomens e negros. E não estou dizendo que deveriam ter colocado personagens negras, pois essas cidades brancas paupérrimas existem. Mas é exatamente essa condição de “lixo branco” que exacerba o racismo. Afinal, aquele branco excluído precisa se sentir melhor que alguém, superior. Nem que para isso precise usar da violência.
A violência, aliás, está presente quase o tempo inteiro. Não nas brincadeiras dos irmãos de Ree, que são absolutamente não-agressivas, mas na presença das armas. Ree ensina seu irmão a atirar, porque precisa disso para sobreviver. Já que eles caçam esquilos para não morrer de fome. Depois, ela obriga o menino a enfiar as mãos nas entranhas do bicho para ajudá-la a limpar, pois isso também é questão de sobrevivência. A relação com os familiares também é pautada pela desconfiança e violência, assim como a forma como os homens se relacionam com as mulheres também é pautada pelo medo e ameaça. É assim na casa do tio de Ree, é assim na casa da melhor amiga da menina.
A jornada de Ree ao longo do filme é muito difícil. Ela procura os companheiros de crime do pai. Ninguém, nem seu primo, nem mesmo seu tio, querem ajudá-la. Obviamente, mexer com bandidos é perigoso e, lá pelas tantas do filme, Ree descobre que o pai estava “soltando a língua” em troca de diminuição da pena. Por conta disso, as possibilidades dele estar morto são grandes. Neste caso, trata-se de encontrar o cadáver. E Ree vai destemida e sem uma lágrima até encontrar o pai. Mesmo quando ela é espancada – por mulheres da gague que o pai estava traindo – ela não se dobra, ela tem um objetivo. Lembrei de Enrolados, com Rapunzel amolecendo o coração dos bandidos com “I have a dream”. Aqui, Ree também consegue, de uma certa maneira, tocar o coração de bandidos, com sua obstinação, coragem, persistência, e resistência diante da violência dos adultos. Até o tio, bem cruel e indiferente com ela no início, decide dar uma mãozinha, ainda que contra a vontade e ainda de forma grosseira. Já as mulheres que as espancaram, têm função chave para a resolução do problema.
Essa solidariedade entre mulheres – a melhor amiga, a prima, as mulheres do bando de traficantes – não torna o filme essencialmente feminista, mas reforça a idéia de que mulheres podem e são aliadas de mulheres. E já ia esquecendo, Ree chora duas vezes no filme, a outra é quando tenta arrancar da mãe quase catatônica alguma palavra de conforto e conselho. E, sim, Ree encontra o pai, mas não espere a menina se derretendo ou se lançando nos braços dele. Ela quer salvar os mais fracos, não o pai de volta, ainda que, mesmo que contra a vontade, ela demonstre algum amor com ele. Aliás, uma das coisas que marcam o filme é que família é família, e o sangue fala mais alto. Não digo que acredito nisso, vejam bem, nem que isso seja bom, já que há casos na minha própria família que mostram que, não. Simplesmente é uma idéia do filme.
Inverno da Alma é um bom filme, se fosse vencedor do prêmio principal, eu não reclamaria. Mas não espero que seja, acredito que nem roteiro adaptado leve. Jennifer Lawrence é uma atriz corajosa e convincente. Não é tão jovem quanto a personagem que interpreta, mas está bem perto, já que deve ter gravado o filme com 19 anos. A personagem precisa lutar contra as limitações impostas pela pobreza, pela idade, pelo gênero, e consegue se sair bem, ainda que com alguns dentes quebrados... Ela passa uma força que eu vejo em mulheres como a minha mãe, que não ficou em situação tão miserável quanto a da protagonista, mas que faria o que ela fez sem pestanejar. Só para constar, minha mãe é filha mais velha, ficou órfã de pai com cinco anos e sempre se sacrificou pela família... E sobreviveu. Até em favela controlada pelo tráfico ela entrou para encontrar parentes desaparecidos... Ree fez mais, é verdade, mas é esse apego pela família, que eu vejo em minha mãe, que eu vi na personagem. Por isso, eu acho que ela gostaria do filme.
Tudo em Inverno da Alma muito bem, até a música que é ótima, e, mesmo sujo e cruel, a película não semeia desesperança. Assim como Minhas Mães e Meu Pai, o outro filme independente entre os indicados, a diretora é uma mulher, só que em Inverno da Alma eu percebo uma compreensão muito grande de como as mulheres atuam no social. Sue limites e possibilidades, as limitações das suas condições de produção (*crenças, valores, ideologias, condições materiais, etc.*). Assim como a diretora de Minhas Mães e Meu Pai, Debra Granik não foi indicada ao Oscar. Vejam só são dez filmes indicados e cinco diretores. Dos dez filmes, dois são dirigidos por mulheres, mas 100% dos indicados por direção são homens. Discriminação? Imagina? É porque elas não são tão boas assim... Sore isso, recomendo o último vídeo do feministfrequency.
Inverno da Alma preenche bem a Bechdel Rule e é um filme centrado em uma mulher. Temos mais de uma persoangem feminina com nome. Lembro de ree, da irmãzinha Ashley Dawn, da prima-vizinha Sonia, a tia que se chama Victoria, mas a amiga tem nome, e outras mulheres, também. As mulheres conversam e a amiga de Ree, que enfrenta o marido, é um apoio muito grande para ela. E falam de outras coisas além de um homem, mesmo que encontrar o pai de Ree seja fundamental. É bom ter outro filme protagonizado por uma mulher forte competindo. O primeiro é Bravura Indômita. A rainha do Discurso do Rei é uma mulher forte, mas é coadjuvante... Nina de Cisne Negro é uma mulher destruída, então não conta. Enfim, para quem não tem problemas com filmes que mostram a miséria, ainda que sem perder a ternura, Inverno da Alma é uma boa pedida. Ah, sim! Quer participar do bolão do Oscar do Shoujocast? Tem até prêmio! Basta ouvir o programa e saber como faz.
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