Ontem terminei de ler From Dead to Worse, oitavo livro da série de Sookie Stackhouse, que deram origem a True Blood. Ao contrário do livro sete, que resenhei recentemente, este não tem uma história coesa. Na verdade, é a primeira vez que tive a impressão de que Charlaine Harris poderia ter feito dois livros de um só. Vejam bem, o livro oito aborda dois incidentes importantíssimos, a guerra dos lobisomens de Shreveport, e a tomada a conquista a Louisiania pelo rei vampiro de Nevada. Duas histórias que poderiam ter sido narradas em separado, que poderiam ter sido enriquecidas com subtramas melhor desenvolvidas, tendo ao fundo a desgraça provocada pelo Katrina (*o furacão, lembram?*), a descoberta do bisavô fada de Sookie, o rompimento com o Quinn... Enfim, Charlaine Harris poderia ter expandido esse livro que eu não reclamaria, mas ela não o fez.
Não sei quem ouviu o Shoujocast sobre os coadjuvantes, mas lá, eu insisti – sim, eu sei que estava errada – que o Eric era co-protagonista da série. A Lina disse que não e o Anderson, meu companheiro de leituras da série True Blood, lembrou do fator narrativa em primeira pessoa nos e-mails. (*Eu estou querendo estimular você, a ouvir o programa, tenha certeza*) Pois é, uma narrativa em primeira pessoa pode ser bênção ou maldição. Neste caso, foi maldição. Eu queria ver a trama da guerra, os passos seguidos pelos invasores, mas dependemos dos olhos da Sookie. Queria ver a invasão dos vampiros de Nevada, ler sobre o massacre, a resistência, a Pam tocaiando e executando os vampiros do rei de Nevada até que o Eric interviesse... Mas Sookie não estava presente. Dito isso, no geral, se eu ainda levasse o seriado de TV a sério, eu estaria muito ansiosa para ver esse livro na tela... mas nem adianta criar expectativas... não adianta mesmo!
Mas o livro é ruim? De forma alguma! Ele ajuda no desenvolvimento das personagens e isso o torna interessante. É muito bom ver uma das minhas personagens favoritas, o Sam, aparecendo muito. Ele participa, para ajudar a Sookie, da guerra com os lobisomens. Isso, claro, depois de tentarem assassinar a Sookie. Sam deixa o lado cachorro de lado e, no meio da luta, se transforma em um leão. ^_^ A amizade entre os dois é muito bem trabalhado no livro, o carinho que sentem um pelo outro, uma certa intimidade que somente os amigos de verdade tem. Obviamente, eu acabo imaginando como é injusto que o Sam não possa terminar com a Sookie, que ele talvez fosse o sujeito ideal para ela. É neste livro oito que Sam conta da sua família, que nada tem a ver com o que fizeram em True Blood. Neste livro, também, a autora define bem aquilo que ela mesma bagunçou antes... claro, que a questão dos “sangues puro” ainda continua confusa. Shapeshifters, como Sam, não se organizam em grupos, não elegem representantes, são solitários. Os Were (*lobos, tigres, panteras, e sei mais lá eu o quê...*) podem se organizar, viver em bandos, como as panteras de Hotshot, tem leis. Uma das coisas sugeridas nesse livro é que, mais cedo ou mais tarde, os metamorfos terão que se revelar. Neste livro, depois da sangrenta guerra dos lobisomens, Alcide se torna líder da alcatéia. Ele me pareceu menos babaca e burrinho, mas a carga de sofrimento dele é muito grande...
O livro oito começa com o casamento duplo dos Bellefleur – Andy e a irmã se casam no mesmo dia – e como Sookie vira dama de honra “por acaso” e arrasa. A partir daí a autora vai desenvolvendo a trama da redenção de Bill. Ele corteja Sookie, se declara, jura que morreria por ela (*tentando colocar Eric contra a parede*) durante a invasão dos vampiros de Nevada*), se desculpa, é chutado pela atual namorada (*uma chata*) e, enfim, consegue pela primeira vez me parecer realmente “gente” depois de algumas partes do livro um. Ele quer convencer Sookie que, apesar da missão dada pela Rainha (*morta neste livro longe de nossos olhos*), ele se apaixonou pela mulher que havia na heroína. Sookie começa a perdoá-lo, mas como está muito enrolada com Quinn e Eric, não vejo chance para Bill, mas ele pode se tornar interessante de novo.
Sookie neste livro conhece seu bisavô fada, Niall Brigant, e começamos a conhecer um pouquinho mais sobre esse outro povo que trafega entre três mundos (*a autora disse isso em um livro lá atrás... não lembro qual*) e dos segredos que sua avó querida guardava (*adorava a avó da Sookie, lembrava a Melanie de E o Vento Levou... como ela teria se tornado se ficasse velhinha no século XXI... mas ela morreu no livro 1*). Ele é muito poderoso e fica decepcionado, porque Sookie não pede favores para ele, salvo a sua companhia. No final, ela recorre ao avô para achar o primo, filho de Hadley, a parente de Sookie que virou vampira e foi executada entre os livros cinco e seis. O menininho é telepata como Sookie.
A bobagem que Sookie faz no livro oito é aceitar ser substituta do irmão em seu casamento com uma moça, Crystal, membro da comunidade de werepanthers de Hotshot. Ela não sabia qual seria a pena, mas em caso de traição haveria julgamento e punição. Nem Jason, nem Cristal, são confiáveis e sabíamos desde o início que iria dar m****. Como resultado, Sookie tem que ferir Calvin Norris, tio da noiva. Essa era a trama óbvia. Chato foi ver, de novo, o caso Deby Pelt entrando na história... Nem o Alcide se lembra mais dessa mala, por que a autora insiste? Bom foi ver que Amelia, e agora a sua mentora bruxa Octavia, continuam na história. Amelia é a melhor amiga que Sookie poderia desejar. E, claro, a reconstituição de eventos passados por meio de bruxaria é uma forma – que pode se tornar cansativa – de compensar a narrativa em primeira pessoa. É a segunda vez que Charlaine Harris recorre a isso.
O ponto mais baixo do livro é como a autora descarta Quinn. A trama foi fraca, a personagem excelente foi descartada sem a mínima cortesia. Se Charlaine Harris não tinha o que fazer com o Quinn, se Sookie está ligada ao Eric definitivamente, por que criá-lo? Por que colocar a Sookie descartando o sujeito de forma tão leviana? Para compensar, temos ótimos – embora poucos – momentos Eric-Sookie. Eric recobra a memória e parece (*PARECE*) que o relacionamento dos dois vai andar no próximo livro. Alguns diálogos entre os dois são muito ternos (*e há os engraçados, também, claro*) e o clímax do livro, quando Sookie salva (*sim, no livro Sookie não é a idiota que fizeram dela no seriado*) Eric, Sam e Felipe de Castro (*o rei de Nevada*) da vingança do infeliz Sigebert é emocionante. Aliás, pobre dele... foi o único sobrevivente do massacre da entourage da Rainha da Louisiania.
Ah, sim, e Felipe de Castro é o espanhol clichê, lendo a descrição do homem só me vinha à cabeça “VICTOR VALENTIM”. Muito bom poder rir... Os livros de Charlaine Harris servem para isso. E Pam? Ela é minha segunda personagem feminina favorita. O humor dela, a coragem, o figurino, a provocação descarada que ela faz dos caras da Irmandade da Luz... Haha! Impagável! ^_^
Bem, não foi o melhor dos livros, é um livro de passagem, que termina sem chegar a lugar algum, foi meio colcha de retalhos, mas é sempre bom ler Charlaine Harris. As personagens já viraram parte da minha vida. Mais do que isso, ele tira o gosto ruim da boca que o seriado de TV, a fonte que me levou até a literatura, tem me deixado na boca. Vou partir direto para o próximo, Dead and Gone, pois não dá para parar de ler.
Não sei quem ouviu o Shoujocast sobre os coadjuvantes, mas lá, eu insisti – sim, eu sei que estava errada – que o Eric era co-protagonista da série. A Lina disse que não e o Anderson, meu companheiro de leituras da série True Blood, lembrou do fator narrativa em primeira pessoa nos e-mails. (*Eu estou querendo estimular você, a ouvir o programa, tenha certeza*) Pois é, uma narrativa em primeira pessoa pode ser bênção ou maldição. Neste caso, foi maldição. Eu queria ver a trama da guerra, os passos seguidos pelos invasores, mas dependemos dos olhos da Sookie. Queria ver a invasão dos vampiros de Nevada, ler sobre o massacre, a resistência, a Pam tocaiando e executando os vampiros do rei de Nevada até que o Eric interviesse... Mas Sookie não estava presente. Dito isso, no geral, se eu ainda levasse o seriado de TV a sério, eu estaria muito ansiosa para ver esse livro na tela... mas nem adianta criar expectativas... não adianta mesmo!
Mas o livro é ruim? De forma alguma! Ele ajuda no desenvolvimento das personagens e isso o torna interessante. É muito bom ver uma das minhas personagens favoritas, o Sam, aparecendo muito. Ele participa, para ajudar a Sookie, da guerra com os lobisomens. Isso, claro, depois de tentarem assassinar a Sookie. Sam deixa o lado cachorro de lado e, no meio da luta, se transforma em um leão. ^_^ A amizade entre os dois é muito bem trabalhado no livro, o carinho que sentem um pelo outro, uma certa intimidade que somente os amigos de verdade tem. Obviamente, eu acabo imaginando como é injusto que o Sam não possa terminar com a Sookie, que ele talvez fosse o sujeito ideal para ela. É neste livro oito que Sam conta da sua família, que nada tem a ver com o que fizeram em True Blood. Neste livro, também, a autora define bem aquilo que ela mesma bagunçou antes... claro, que a questão dos “sangues puro” ainda continua confusa. Shapeshifters, como Sam, não se organizam em grupos, não elegem representantes, são solitários. Os Were (*lobos, tigres, panteras, e sei mais lá eu o quê...*) podem se organizar, viver em bandos, como as panteras de Hotshot, tem leis. Uma das coisas sugeridas nesse livro é que, mais cedo ou mais tarde, os metamorfos terão que se revelar. Neste livro, depois da sangrenta guerra dos lobisomens, Alcide se torna líder da alcatéia. Ele me pareceu menos babaca e burrinho, mas a carga de sofrimento dele é muito grande...
O livro oito começa com o casamento duplo dos Bellefleur – Andy e a irmã se casam no mesmo dia – e como Sookie vira dama de honra “por acaso” e arrasa. A partir daí a autora vai desenvolvendo a trama da redenção de Bill. Ele corteja Sookie, se declara, jura que morreria por ela (*tentando colocar Eric contra a parede*) durante a invasão dos vampiros de Nevada*), se desculpa, é chutado pela atual namorada (*uma chata*) e, enfim, consegue pela primeira vez me parecer realmente “gente” depois de algumas partes do livro um. Ele quer convencer Sookie que, apesar da missão dada pela Rainha (*morta neste livro longe de nossos olhos*), ele se apaixonou pela mulher que havia na heroína. Sookie começa a perdoá-lo, mas como está muito enrolada com Quinn e Eric, não vejo chance para Bill, mas ele pode se tornar interessante de novo.
Sookie neste livro conhece seu bisavô fada, Niall Brigant, e começamos a conhecer um pouquinho mais sobre esse outro povo que trafega entre três mundos (*a autora disse isso em um livro lá atrás... não lembro qual*) e dos segredos que sua avó querida guardava (*adorava a avó da Sookie, lembrava a Melanie de E o Vento Levou... como ela teria se tornado se ficasse velhinha no século XXI... mas ela morreu no livro 1*). Ele é muito poderoso e fica decepcionado, porque Sookie não pede favores para ele, salvo a sua companhia. No final, ela recorre ao avô para achar o primo, filho de Hadley, a parente de Sookie que virou vampira e foi executada entre os livros cinco e seis. O menininho é telepata como Sookie.
A bobagem que Sookie faz no livro oito é aceitar ser substituta do irmão em seu casamento com uma moça, Crystal, membro da comunidade de werepanthers de Hotshot. Ela não sabia qual seria a pena, mas em caso de traição haveria julgamento e punição. Nem Jason, nem Cristal, são confiáveis e sabíamos desde o início que iria dar m****. Como resultado, Sookie tem que ferir Calvin Norris, tio da noiva. Essa era a trama óbvia. Chato foi ver, de novo, o caso Deby Pelt entrando na história... Nem o Alcide se lembra mais dessa mala, por que a autora insiste? Bom foi ver que Amelia, e agora a sua mentora bruxa Octavia, continuam na história. Amelia é a melhor amiga que Sookie poderia desejar. E, claro, a reconstituição de eventos passados por meio de bruxaria é uma forma – que pode se tornar cansativa – de compensar a narrativa em primeira pessoa. É a segunda vez que Charlaine Harris recorre a isso.
O ponto mais baixo do livro é como a autora descarta Quinn. A trama foi fraca, a personagem excelente foi descartada sem a mínima cortesia. Se Charlaine Harris não tinha o que fazer com o Quinn, se Sookie está ligada ao Eric definitivamente, por que criá-lo? Por que colocar a Sookie descartando o sujeito de forma tão leviana? Para compensar, temos ótimos – embora poucos – momentos Eric-Sookie. Eric recobra a memória e parece (*PARECE*) que o relacionamento dos dois vai andar no próximo livro. Alguns diálogos entre os dois são muito ternos (*e há os engraçados, também, claro*) e o clímax do livro, quando Sookie salva (*sim, no livro Sookie não é a idiota que fizeram dela no seriado*) Eric, Sam e Felipe de Castro (*o rei de Nevada*) da vingança do infeliz Sigebert é emocionante. Aliás, pobre dele... foi o único sobrevivente do massacre da entourage da Rainha da Louisiania.
Ah, sim, e Felipe de Castro é o espanhol clichê, lendo a descrição do homem só me vinha à cabeça “VICTOR VALENTIM”. Muito bom poder rir... Os livros de Charlaine Harris servem para isso. E Pam? Ela é minha segunda personagem feminina favorita. O humor dela, a coragem, o figurino, a provocação descarada que ela faz dos caras da Irmandade da Luz... Haha! Impagável! ^_^
Bem, não foi o melhor dos livros, é um livro de passagem, que termina sem chegar a lugar algum, foi meio colcha de retalhos, mas é sempre bom ler Charlaine Harris. As personagens já viraram parte da minha vida. Mais do que isso, ele tira o gosto ruim da boca que o seriado de TV, a fonte que me levou até a literatura, tem me deixado na boca. Vou partir direto para o próximo, Dead and Gone, pois não dá para parar de ler.
8 pessoas comentaram:
Olas.
Oba resenhas sobre a saga da Sookie são sempre bem vindas. :)
Bem, concordo com a questão de que o livro poderia ser melhor desenvolvido.
A narração totalmente em primeira pessoa acaba privando os leitores de um material que poderia ser muito bom.
Ja nos outros livros, eu achei meio enrolados...como se o plot principal demora-se a acontecer.
Sobre o Quinn, tb achei perda de tempo...se ao menos o Alcides tivesse essa personalidade, ele teria sido uma opção mais interessante.
Mas pelo menos não foi a coisa tosca e vergonhosa da serie...
E falando no cara...tenho pena que o mau gosto dele p/ mulher continue nos proximos livros...
E sobre a Delb...sinto contar, mas o assunto ainda vai render ... rs
E apesar de temer que a autora se alongue demais,, admito que vai ser estranho quando a serie acabar. Ja me habituei aos personagens.
Apesar de fazer um tempo que li esse livro, posso dizer que o começo foi bem lento. Muito lento pro meu gosto. A parte do Eric (sempre minha preferida) foi bem interessante, mas no final ficou uma sensação de "quero mais".
Sobre Alcides, para mim é uma grande decepção. Logo quando apareceu no Club Dead tinha esperanças de alguma coisa rolar, mas depois do que ele vai fazer um pouco mais pra frente da série, entrou pra minha lista negra, vamos dizer assim! ^_^
E concordo com o Anderson quando fala da Delb. eheheh ainda tem história!
Apesar de ser super fã da Charlaine, sinto dizer que esse livro não está entre os meus favoritos.
Oh, não! Tem mais Debby Pelt! Não me diga que a nova namorada do Alcide vai ser a irmà caçula dela? Eu acho essa a trama mais cansativa de toda a série de livros...
Fabi, não é dos melhores livros da série, mas não achei ruim como o livro 5. Na verdade, ela deveria ter partido esse livro e escrito dois. A Rainha merecia ter sua morte mostrada e não referida como algo menor...
"Não me diga que a nova namorada do Alcide vai ser a irmà caçula dela?"
heheheheh
Poxa, isso seria tão novela da Globo...hehehe
Não,é só o "fastasma" dela que vai assombrar rs
Ou seja, a questão do corpo dela ainda vai atormentar a Sookie e os leitores.
Anderson, eu não duvido de nada. ^_^
heheheh
Verdade.
Mas de mexicanização ja basta o Alcides, hehhehe
Bem, vc tem razão na parte da rainha. Eu gosto muito dela tanto na série quanto nos livros, e acho que deveríamos ter tido mais informações sobre sua morte. Ao invés disso temos a morte do André em detalhes... vai entender!
Sobre os livros, na verdade quando olho as capas e vejo que o Eric não está já fico decepcionada, pois sei que ele não irá aparecer tanto quanto eu gostaria. Esse sentimento sempre fica mais claro ao ver o Bill, que vc diz que agora pareceu gente. Tentei evitar comentar sobre ele, pois simplesmente não vou com a cara, mas ele me irrita profundamente. Do que ele fez, as desculpas que dá, tudo. Acredito que daqui pra frente vc vai gostar dele cada vez mais, e eu cada vez menos... rs
Já o Quinn, sinceramente não fez falta. Mas depois de ler seus comentários tenho que concordar que a trama dele foi superficial e descartável, e vc sendo simpatizadora dele, devo informar que as coisas até o momento não ficam mto melhores :)
Assim não tem ninguém pra mim que se compara ao Eric, e fico mto feliz em saber que ele vai aparecer no próximo livro, apesar de ser bem pouco.
De novo, o próximo livro tb não está no meu top. Nem tudo é perfeito! Mas espero que aprecie mais do que eu! Boa sorte ;)
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