domingo, 19 de dezembro de 2010

O Discurso do Rei na Folha de São Paulo



Não pensem que o Shoujo Café virou blog de cinema, o problema é que não tenho nada de mangá urgente para postar e apareceu essa matéria sobre o filme do Colin Firth... Enfim, não acredito que a fofocagem sobre a nobreza, ainsa mais sobre uma personagem terciária no filme, Eduardo VIII, seja a razão do sucesso. Muito provavelmente, as atuações inspiradas do trio principal - Firth, Bonham Carter, Rush - somadas a um roteiro e direção de primeira linha é que tenham feito diferença. Fosse somente a realeza e suas fofocas a razão do sucesso, filmes péssimos como O Enigma do Colar, com a Hillary Swank, seriam indicados para todos os prêmios. É isso.

A matéria comenta Another Country, eu não assisti todo, porque baixei uma cópia muito ruim. Mas o papel do Firth não é do rabugento, ele faz um aluno em um colégio de elite inglês no início do século XX, e que acaba se tornando amigo do outro pária da escola, o homossexual (Rupert Everett). Aliás, o filme é baseado em peça famosa (*baseada no livro... baseada em uma história real...*) e, parece, toda uma geração de atores ingleses participou da peça ou do filme quando em início de carreira (Colin Firth, Daniel Day-Lewis, Rupert Everett, Kenneth Branagh, Cary Elwes, etc.). Talvez, finalmente eu pegue para assistir... Aliás, tenho um monte de coisas para ver aqui no HD. Segue a matéria.

Globo de Ouro aposta em dramas da realeza

"O Discurso do Rei" soma sete indicações

FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES

Um filme sobre a superação da gagui-gui-gui-ce pode ser tão arriscado quanto uma piada de mau gosto no começo de um texto. Mas coloque na tela personagens excêntricos e picuinhas da monarquia e você terá um trabalho com potencial para muitos prêmios. "O Discurso do Rei", o filme do ano sobre a família real britânica, foi indicado na semana passada para 11 categorias do Critics" Choice Awards, sete do Globo de Ouro e quatro do sindicato dos atores.

Mais uma vez, o inglês Colin Firth, 50, surge como um dos favoritos ao Oscar e já foi premiado por críticos de Washington e Nova York. Ambientada numa chuvosa Londres dos anos 20 e 30, a história fala sobre o príncipe Albert (Firth), duque de York, segundo na linha de sucessão do rei George 5º. Numa época marcada por pomposos discursos ao vivo, Albert tem um problema: ele gagueja sempre que fica nervoso.

As tentativas de cura o levam a experiências humilhantes e a frustrantes discursos para grandes plateias, cenas um tanto aflitivas. Para ajudar o marido, Elizabeth (Helena Bonham Carter) procura um médico pouco ortodoxo, aspirante a ator e fã de Shakespeare, Lionel Logue, interpretado pelo excelente Geoffrey Rush. O filme gira em torno desta relação, o carismático plebeu e o irritadiço príncipe. Os dois passam a se encontrar diariamente e a executar exercícios no simplório escritório de Lionel, como rolar no chão e gritar impropérios pela janela.

Em breve, Albert será coroado como rei George 6º, após a morte de seu pai e a abdicação ao trono de seu irmão, rei Eduardo 8º (Guy Pearce), já que este não quer largar a boa vida e deixar de se casar com uma mulher divorciada. São fofocas assim, além das confissões do então príncipe no consultório de Lionel, que fazem o espectador espiar os rituais e fraquezas da família real.

Firth volta a chamar atenção pela sisudez da interpretação, algo notável também no premiado "Direito de Amar" (2009), no qual faz um gay que acabou de perder o parceiro de longa data. Tais trejeitos de mau humor também podem ser vistos no seu filme de estreia, sobre a mesma época do filme do rei, "Another Country" (1984), no qual faz um estudante fechadão numa escola de burgueses.

4 pessoas comentaram:

Pior que sempre vou me lembrar porque a Hillary Swank topou fazer esse filme do colar – ela sabia que o filme não era essas coisas. É que de acordo com suas próprias palavras, ela precisava se sentir feminina após a filmagem de Meninos não Choram, que emocionalmente foi dolorosa para ela. Ou seja, ela escolheu o filme para ser embrulhada em vestidos. XD

A Razão do fracasso do Affair of the Necklace é um só: Jeanne pode ser humana, é até desejável que seja (*vide A Rosa de Versalhes*), mas ela não pode ser pintada como vítima. A graça toda é apresentá-la como uma golpista que apostou alto e perdeu alto. Simples assim. É como Ana Bolena, apostou e perdeu. Pintar a Jeanne como coitada, matou o filme completamente.

Talvez não haja conexão alguma, mas talvez faça todo o sentido: a realeza inglesa está novamente na moda por causa do noivado do William com a Kate.

Qual o plot do filme "O discurso do Rei"?

Para a imprensa brasileira, talvez possa parecer que ess enoivado "real" seja a fonte do sucesso, mas eu realmente não acredito.

O Plot está escrito no texto da Folha. Dê uma olhada.

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