Eu estou mal e mal assistindo a novela. E, sim, estou gostando muito. Acho que fazia uns dez anos que não acompanhava uma novela das sete. As tramas fracas, as historinhas repetitivas do Lombardi, o trabalho, tudo isso me afastou. Mas Ti-Ti-Ti era uma das novelas que eu mais amei assistir na minha infância e as chamadas da nova trama me pegaram. Até refizeram a abertura original! Cláudia Raia está arrasando, todas as cenas dela são bárbaras. Eu não gargalhava com uma novela fazia muito tempo, parece até que o espírito da TV Pirata baixou ali. Adoro o Alexandre Borges e seu Jacques Leclair está uma graça. O núcleo da vila onde mora o Murilo Benício/Victor Valentim lembra as melhores novelas dos anos 80. Tem uns atores e atrizes meia boca, verdade, mas os ótimos atores seguram. Rafael Zulu é ótimo ator e lindo de se ver, adoro a personagem dele. E o núcleo da Giulia Gam é um presente. Todo mundo ali (*talvez não o carinha que vai fazer par com a Ísis Valverde, mas ele atrapalha pouco*) está trabalhando muito bem e eu nunca vi a homossexualidade tratada de forma tão humana e sensível em uma novela, mesmo a discussão da religião versos orientação sexual está sendo muito bem tratada. É ótimo sair da comédia rasgada para cenas tão bem conduzidas, com diálogos que me soam tão verdadeiros. Estou amando. E convém não esquecer de Macos Ricca e Cristiane Torloni. Eu recomendo. É a melhor novela no ar em muito tempo, eu acho. O único ponto baixo é a menina que faz a Valquíria. A garota é muito, muito fraca e atrapalha o rapz que faz o Luti, que também não é lá essas coisas. Aliás, é até difícil aturar aquela menina quando temos a Malu Mader no elenco para lembrar da outra Valquíria. É isso. Segue a matéria do Correio Braziliense.
TI-TI-TI - A trama da moda
Com muito humor e muitos trunfos, remake dá quase a mesma audiência da atual novela das oito
Márcio Maio
Ti-ti-ti já pode ser considerada um sucesso na faixa das sete horas. O remake de Maria Adelaide Amaral raríssimas vezes deixa o horário abaixo dos 30 pontos durante a semana e fica, geralmente, a três pontos de Passione, novela das oito, que costuma ter média de 33. Uma audiência que a antecessora Tempos modernos jamais sonhou conquistar. Alívio para a direção da emissora e também uma prova de que a disputa de egos entre o malandro Ariclenes Martins (Murilo Benício) e o afetado André Spina (Alexandre Borges) ainda dá muito pano para manga. Na pele dos personagens, os atores fazem valer com segurança toda a liberdade cômica que aquele horário proporciona.
Difícil mensurar qual dos dois aspirantes a ditador da moda se sai melhor. Mas é nítida a vantagem de Murilo Benício no que diz respeito às parcerias. Alexandre aparece, na maior parte das vezes, contracenando com Nicete Bruno, que vive Júlia, a mãe de Jacques, e com os adolescentes que encarnam os três filhos do costureiro, entre eles, o talentoso Davi Lucas. Mas o garoto interpreta um menino nerd e que fala difícil o tempo todo, destoando demais do ambiente descontraído da trama. Enquanto isso, Murilo consegue se destacar ao ter como “escada” os promissores Humberto Carrão, que dá vida ao batalhador Luti, e Rodrigo Lopez, o atrapalhado e divertido Chico. Isso sem contar que as cenas de Victor Valentim com Jaqueline, bem defendida por Cláudia Raia, chamam muito mais atenção que as dela com Leclair. Talvez por serem menos comuns e sempre carregadas de elementos que reforçam a farsa de Ariclenes. Ponto para Murilo.
Cláudia Raia mostra que sabe bem como trabalhar vários tons acima. Aliás sempre soube. Depois de dividir as atenções com Patrícia Pillar, que roubou a cena como a implacável vilã Flora de A favorita, em 2008, Cláudia não deixa espaço para que nenhuma outra personagem feminina se destaque mais que a dela em Ti-ti-ti. A atriz parece saber exatamente até onde pode e deve chegar em seus exageros, tanto em situações engraçadas da personagem como em dramas familiares envolvendo o interesseiro Breno (Tato Gabus) e a avoada Thaísa (Fernanda Souza).
Outro trunfo de Ti-ti-ti é a história de Marcela (Ísis Valverde) e do sofrido Julinho (André Arteche). Ísis começa a mostrar que, mais uma vez, deve chamar a atenção explorando conflitos românticos em um folhetim — a atriz estreou com elogios ao encarnar a ingênua Ana do Véu em Sinhá Moça, brilhou como a burra Rakelly de Beleza pura e se destacou na pele da inquieta Camila de Caminho das Índias. E André parece ter tirado a sorte grande ao ser escalado como o viúvo de Osmar (Gustavo Leão). Ele e Giulia Gam, que vive a religiosa Bruna, já começam a mostrar que a doença dela e o desenvolvimento de uma relação de afeto entre os dois prometem render boas pitadas dramáticas. Pelo menos enquanto Bruna não descobrir que Julinho e Osmar tinham uma relação amorosa.
Com muito humor e muitos trunfos, remake dá quase a mesma audiência da atual novela das oito
Márcio Maio
Ti-ti-ti já pode ser considerada um sucesso na faixa das sete horas. O remake de Maria Adelaide Amaral raríssimas vezes deixa o horário abaixo dos 30 pontos durante a semana e fica, geralmente, a três pontos de Passione, novela das oito, que costuma ter média de 33. Uma audiência que a antecessora Tempos modernos jamais sonhou conquistar. Alívio para a direção da emissora e também uma prova de que a disputa de egos entre o malandro Ariclenes Martins (Murilo Benício) e o afetado André Spina (Alexandre Borges) ainda dá muito pano para manga. Na pele dos personagens, os atores fazem valer com segurança toda a liberdade cômica que aquele horário proporciona.
Difícil mensurar qual dos dois aspirantes a ditador da moda se sai melhor. Mas é nítida a vantagem de Murilo Benício no que diz respeito às parcerias. Alexandre aparece, na maior parte das vezes, contracenando com Nicete Bruno, que vive Júlia, a mãe de Jacques, e com os adolescentes que encarnam os três filhos do costureiro, entre eles, o talentoso Davi Lucas. Mas o garoto interpreta um menino nerd e que fala difícil o tempo todo, destoando demais do ambiente descontraído da trama. Enquanto isso, Murilo consegue se destacar ao ter como “escada” os promissores Humberto Carrão, que dá vida ao batalhador Luti, e Rodrigo Lopez, o atrapalhado e divertido Chico. Isso sem contar que as cenas de Victor Valentim com Jaqueline, bem defendida por Cláudia Raia, chamam muito mais atenção que as dela com Leclair. Talvez por serem menos comuns e sempre carregadas de elementos que reforçam a farsa de Ariclenes. Ponto para Murilo.
Cláudia Raia mostra que sabe bem como trabalhar vários tons acima. Aliás sempre soube. Depois de dividir as atenções com Patrícia Pillar, que roubou a cena como a implacável vilã Flora de A favorita, em 2008, Cláudia não deixa espaço para que nenhuma outra personagem feminina se destaque mais que a dela em Ti-ti-ti. A atriz parece saber exatamente até onde pode e deve chegar em seus exageros, tanto em situações engraçadas da personagem como em dramas familiares envolvendo o interesseiro Breno (Tato Gabus) e a avoada Thaísa (Fernanda Souza).
Outro trunfo de Ti-ti-ti é a história de Marcela (Ísis Valverde) e do sofrido Julinho (André Arteche). Ísis começa a mostrar que, mais uma vez, deve chamar a atenção explorando conflitos românticos em um folhetim — a atriz estreou com elogios ao encarnar a ingênua Ana do Véu em Sinhá Moça, brilhou como a burra Rakelly de Beleza pura e se destacou na pele da inquieta Camila de Caminho das Índias. E André parece ter tirado a sorte grande ao ser escalado como o viúvo de Osmar (Gustavo Leão). Ele e Giulia Gam, que vive a religiosa Bruna, já começam a mostrar que a doença dela e o desenvolvimento de uma relação de afeto entre os dois prometem render boas pitadas dramáticas. Pelo menos enquanto Bruna não descobrir que Julinho e Osmar tinham uma relação amorosa.
Editor: José Carlos Vieira // tv.df@dabr.com.br
4 pessoas comentaram:
Nós aqui seguimos a novela pela Internet e gostamos muito, ainda que o horário seja um pouquinho tarde (meia-noite e algo), e ainda que eu perca alguns capítulos, minha mae nem louca =P.
Concordo com tudo que a senhora disse \o
Fazia anos que não olhava uma novela, mas tenho visto alguns episódios dessa. É hilariante/cativante.
Vale a pena ver XD
Não vi a primeira versão... não sei nem se ja tinha nascido. Mas deve ter sido tão boa quanto.
Eu vivo comentando no twitter sobre TiTiTi e como essa novela tem me surpreendido e é bem legal ver que várias pessoas que eu gosto estão ligadas na novela também.
o núcleo da comédia está excelente! Murilo Benício, Alexandre Borges, Cláudia Raia e Rodrigo Lopez estão arrasando na minha opinião. Sempre me fazem rir muito.
O núcleo dramático como a Valéria mesmo disse, foi um presente. Eu como homossexual, por ser de uma família religiosa e como uma pessoa que perdeu duas pessoas queridas da família por causa de câncer (mãe e tia) fico extremamente realizado com essa parte da trama. São temas importantíssimos a serem discutidos e já me peguei emocionado algumas vezes, principalmente com o Julinho (André Arteche) e a dona Bruna (Giulia Gam).
Eu gosto muito da atriz que interpreta a Desiré. É uma mulher de beleza diferente e verdadeiramente talentosa. Muito tempo que eu não via algo assim na Globo. Eu estou totalmente encantado com essa atriz.
Realmente tinha tempos que eu nao me divertia tanto com uma novela da globo. Não é sempre que eu vejo, mas sempre que posso eu dou uma conferida.
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