Realmente, este ano estou acertando nas minhas escolhas de filmes para assistir no cinema. Não, claro, que eu tivesse qualquer dúvida sobre a qualidade de Toy Story 3. Simplesmente confirmei que esta é a trilogia do cinema americano que mais gosto. Não foi um golpe comercial lançar esse terceiro filme, é um fechamento de um ciclo, e um dos mais felizes que eu já acompanhei. Eu já comentei antes que, por puro preconceito, não assisti o primeiro Toy Story no cinema. Um amigo elogiou horrores, ele sempre foi bem confiável em suas análises, nossos gostos batiam bem, mas pensei “Americano?! Desenho animado?! Computação gráfica?!” e não fui. Perdi eu.
Nesse novo Toy Story, Andy cresceu e está indo para a faculdade. Sei que isso é cultural e que nos EUA não é visto como problema, mas nunca vi em filme nenhum a pressa daquela mãe e irmã para limparem o quarto do moleque, como se nunca mais ele fosse voltar nem para visitar. Sei lá, muito estranho. Também me parece muito esquisito a ausência do pai até em foto, mas, deixa pra lá, os protagonistas são os bonecos e suas angústias. Sótão ou lixo? As perspectivas não eram nada boas. As crises de pânico de Jessie são de cortar o coração. Alguns bonecos inclusive já tinham ido embora e o grupo nem sabia para aonde... Uma das ausências é a pastora, a namorada de Woody. Para completar, Andy escolhe levar Woody com ele para a faculdade, deixando meio implícito para todos que era o único boneco que ele amava.
A partir daí, temos o drama dos bonecos que acabam indo parar na creche Sunnydale. Contar os percalços seria spoiler, mas digamos que até chegarem lá, temos uma aventura. Woody quer voltar para casa, ele insiste que foram todos parar lá por erro. Só que a creche parece ser um lugar muito acolhedor e o brinquedo mais antigo do local, Lotso, o urso cor de rosa com cheiro de morango, parece ser o chefe do local. Woody quer ir embora, os outros ficam excitados com a possibilidade das crianças brincarem com eles de novo. Crianças que vão e vem em um ciclo sem fim, nenhum brinquedo será abandonado. Woody consegue fugir. Só que toda a alegria dos brinquedos que ficam se desfaz, quando eles descobrem que, na verdade, a creche é controlada por uma máfia de brinquedos e que Lotso é um psicopata. Woody decide voltar para ver como seus amigos estão e Toy Story 3 vira um genuíno filme de prisão, com direito a uma fuga espetacular. Mas ainda não é o fim... Assistam, pois chega de spoilers! :)
Eu gostei muito mesmo. Há vários destaques no filme. Buzz torturado, resetado e enganado pelos inimigos. Mais tarde, entra em seu modo espanhol (*um pouco do Spanish Buzz*). Sei que foram usados clichês sobre latinos e tudo mais, só que foi muito engraçado. Muito mesmo! Eu senti genuína angústia quando os brinquedos quase foram parar na fornalha. Lembrei do conto de fadas que acho mais triste (*e romântico*) que é O Soldadinho de Chumbo. Vocês conhecem a história, não é? Todo dando as mãos e esperando pelo fim, ainda que eu soubesse que não seria o fim, foi de cortar o coração. Enfim, não chorei no filme, mas meus olhos marejaram. Meu marido estava comigo e ele sentiu o mesmo. :)
Agora, o destaque do filme é o Ken! (*veja o vídeo com a entrevista do boneco*) Ele cai de amores desde o início pela Barbie, que foi rejeitada pela irmã de Andy. Aliás, a boneca sai da depressão quando vê Ken com todo amor para dar, um carrão cor de rosa e uma mansão. E ele é absolutamente metrossexual, insiste que é brinquedo de menino e tem um closet cheio de roupas ma-ra-vi-lho-sas. A melhor cena foi a cena do sapato. Prestem atenção, por favor. ^_^ De resto, toda a cena em que o Ken aparece é dele, o sujeito rouba mesmo e faz todo mundo gargalhar. O final discoteca com Ken, Barbie e os brinquedos da Sunnydale foi bem legal. E, depois, temos Amigo Estou Aqui em espanhol com Buzz dançando com Jessie. Não saia da sessão logo que o filme termine, espere os clipes musicais. :)
Agora um conselho: não assista em 3D. Não faz diferença alguma. Eu não chequei direito e acabei entrando na sessão 3D do Embracine aqui de Brasília. Falta de atenção minha, mas até a estréia de Eclipse havia duas salas com Toy Story. Economize e veja em cinema normal, mas veja no cinema se puder, pois vale muito a pena. E a dublagem brasileira está excelente. Perfeita. Pena que ultimamente eu só veja este esmero em produtos como Toy Story, queria ver a nossa excelente dublagem em todos os desenhos,seriados e filmes, não em uns poucos privilegiados.
Para terminar, não era criança quando o primeiro Toy Story estreou em 1995, já era adulta e estava na faculdade. Sei que para aqueles que cresceram com a trilogia, a sensação deve ter sido bem diferente. No entanto, todos tiveram brinquedos. Deixaram de brincar com eles, os trataram bem ou mal no processo. Alguns, como eu, devem ter fantasiado sobre seus sentimentos durante esse processo de abandono. Alguns brinquedos, como os do filme foram parar em outras mãos, cuidadosas ou nem tanto, outros, foram descartados da pior maneira. Crianças mal educadas, ou com muitos brinquedos, normalmente não valorizam os que têm. Destroem mesmo, sem dó nem piedade. Eu conheci crianças assim, e pais que nãos e importam.
Enfim, Toy Story é uma série que passa boas mensagens, é educativo sem ser piegas e fala não somente de amizade, mas que brinquedos só tem vida se fazem a alegria de alguma criança. É um filme que pode ser assistido por pessoas de qualquer idade, visto em camadas, que oferece mensagens que podem ser lidas de múltiplas formas. Por isso mesmo, acho a série obrigatória. Quando sair o Box com os três filmes, vou comprá-los. Espero ter filhos que possam assistir Toy Story, pois sei que Woody, Buzz, Jessie e a turminha de brinquedos continuarão tendo o que dizer a muitas gerações de adultos e crianças.
Nesse novo Toy Story, Andy cresceu e está indo para a faculdade. Sei que isso é cultural e que nos EUA não é visto como problema, mas nunca vi em filme nenhum a pressa daquela mãe e irmã para limparem o quarto do moleque, como se nunca mais ele fosse voltar nem para visitar. Sei lá, muito estranho. Também me parece muito esquisito a ausência do pai até em foto, mas, deixa pra lá, os protagonistas são os bonecos e suas angústias. Sótão ou lixo? As perspectivas não eram nada boas. As crises de pânico de Jessie são de cortar o coração. Alguns bonecos inclusive já tinham ido embora e o grupo nem sabia para aonde... Uma das ausências é a pastora, a namorada de Woody. Para completar, Andy escolhe levar Woody com ele para a faculdade, deixando meio implícito para todos que era o único boneco que ele amava.
A partir daí, temos o drama dos bonecos que acabam indo parar na creche Sunnydale. Contar os percalços seria spoiler, mas digamos que até chegarem lá, temos uma aventura. Woody quer voltar para casa, ele insiste que foram todos parar lá por erro. Só que a creche parece ser um lugar muito acolhedor e o brinquedo mais antigo do local, Lotso, o urso cor de rosa com cheiro de morango, parece ser o chefe do local. Woody quer ir embora, os outros ficam excitados com a possibilidade das crianças brincarem com eles de novo. Crianças que vão e vem em um ciclo sem fim, nenhum brinquedo será abandonado. Woody consegue fugir. Só que toda a alegria dos brinquedos que ficam se desfaz, quando eles descobrem que, na verdade, a creche é controlada por uma máfia de brinquedos e que Lotso é um psicopata. Woody decide voltar para ver como seus amigos estão e Toy Story 3 vira um genuíno filme de prisão, com direito a uma fuga espetacular. Mas ainda não é o fim... Assistam, pois chega de spoilers! :)
Eu gostei muito mesmo. Há vários destaques no filme. Buzz torturado, resetado e enganado pelos inimigos. Mais tarde, entra em seu modo espanhol (*um pouco do Spanish Buzz*). Sei que foram usados clichês sobre latinos e tudo mais, só que foi muito engraçado. Muito mesmo! Eu senti genuína angústia quando os brinquedos quase foram parar na fornalha. Lembrei do conto de fadas que acho mais triste (*e romântico*) que é O Soldadinho de Chumbo. Vocês conhecem a história, não é? Todo dando as mãos e esperando pelo fim, ainda que eu soubesse que não seria o fim, foi de cortar o coração. Enfim, não chorei no filme, mas meus olhos marejaram. Meu marido estava comigo e ele sentiu o mesmo. :)
Agora, o destaque do filme é o Ken! (*veja o vídeo com a entrevista do boneco*) Ele cai de amores desde o início pela Barbie, que foi rejeitada pela irmã de Andy. Aliás, a boneca sai da depressão quando vê Ken com todo amor para dar, um carrão cor de rosa e uma mansão. E ele é absolutamente metrossexual, insiste que é brinquedo de menino e tem um closet cheio de roupas ma-ra-vi-lho-sas. A melhor cena foi a cena do sapato. Prestem atenção, por favor. ^_^ De resto, toda a cena em que o Ken aparece é dele, o sujeito rouba mesmo e faz todo mundo gargalhar. O final discoteca com Ken, Barbie e os brinquedos da Sunnydale foi bem legal. E, depois, temos Amigo Estou Aqui em espanhol com Buzz dançando com Jessie. Não saia da sessão logo que o filme termine, espere os clipes musicais. :)
Agora um conselho: não assista em 3D. Não faz diferença alguma. Eu não chequei direito e acabei entrando na sessão 3D do Embracine aqui de Brasília. Falta de atenção minha, mas até a estréia de Eclipse havia duas salas com Toy Story. Economize e veja em cinema normal, mas veja no cinema se puder, pois vale muito a pena. E a dublagem brasileira está excelente. Perfeita. Pena que ultimamente eu só veja este esmero em produtos como Toy Story, queria ver a nossa excelente dublagem em todos os desenhos,seriados e filmes, não em uns poucos privilegiados.
Para terminar, não era criança quando o primeiro Toy Story estreou em 1995, já era adulta e estava na faculdade. Sei que para aqueles que cresceram com a trilogia, a sensação deve ter sido bem diferente. No entanto, todos tiveram brinquedos. Deixaram de brincar com eles, os trataram bem ou mal no processo. Alguns, como eu, devem ter fantasiado sobre seus sentimentos durante esse processo de abandono. Alguns brinquedos, como os do filme foram parar em outras mãos, cuidadosas ou nem tanto, outros, foram descartados da pior maneira. Crianças mal educadas, ou com muitos brinquedos, normalmente não valorizam os que têm. Destroem mesmo, sem dó nem piedade. Eu conheci crianças assim, e pais que nãos e importam.
Enfim, Toy Story é uma série que passa boas mensagens, é educativo sem ser piegas e fala não somente de amizade, mas que brinquedos só tem vida se fazem a alegria de alguma criança. É um filme que pode ser assistido por pessoas de qualquer idade, visto em camadas, que oferece mensagens que podem ser lidas de múltiplas formas. Por isso mesmo, acho a série obrigatória. Quando sair o Box com os três filmes, vou comprá-los. Espero ter filhos que possam assistir Toy Story, pois sei que Woody, Buzz, Jessie e a turminha de brinquedos continuarão tendo o que dizer a muitas gerações de adultos e crianças.
13 pessoas comentaram:
Nunca assisti a Toy Story. Como você, também foi por preconceito. Descobri tardiamente os desenhos da Pixar... Estou com muito serviço no momento, mas vou tentar ver Toy Story 3 antes que - novamente - seja tarde.
Fiquei bem triste quando tive que dar meus brinquedos; eu não os usava mais, tampouco tinha espaço para continuar guardando-os. Dei para uma vizinha três anos mais nova que eu, e que tenho certeza que não deu valor algum a eles.
Ainda guardo meus bichinhos de pelúcia - aliás, até hoje compro alguns. Tenho também duas bonecas de pano que não tive coragem de dar. Não sei explicar, o apego é forte. =]
A crítica esta perfeita! É um filme infantil que tenho minhas dúvidas não é mais agradável aos mais "velhos". Tenho 16 anos e assisti 3D, infelizmente legendado, com meu primo de 3 anos.Nós ficamos os dois sem nem piscar e ele assistiu todo o filme sem o óculos. Com certeza é mágico e não nego que meus olhos encheram de lágrimas no final por me sentir exatamente no papel do Andy.
Todos devem ver.
Assisti ontem como namorado, e só vimos 3D porque era o filme que tinha no horário (o próximo ia demorar e atrapalhar a volta dele pra casa, de ônibus). O 3D não faz a menor diferença mesmo, inclusive nos trailers e em alguns momentos antes do filme começar há alguns enxertos do 3D "real", que salta na sua cara... enfim, como nós dois pagamos meia entrada, não achei tão salgado.
Quanto ao filme, eu faço coro aos seus comentários: achei absolutamente fantástico, e nem um pouco desnecessário. Eu e namorado saímos chorando do cinema. Vale a pena mesmo.
(e lamentei demais minha mãe ter dado as minhas bonecas moranguinho, nem ela sabe porque fez isso, já q elas ocupavam pouco espaço. É que tenho visto um pessoal fazendo custons dessas bonecas que ficam fantásticas)
Confesso que logo no começo do filme já fiquei com um nó na garganta, no final não aguentei, foi dificil conter as lágrimas.
E o curta Dia & Noite é espetacular, adorei a citação no final.Para mim, é um dos melhores curtas da pixar.
Quando eu soube da estréia do filme já fiquei com uma louca vontade de rever os dois anteriores, faz tanto tempo que não vejo! D<
E como sempre, sua crítica foi sensacional!
Eu achei o filme um remake piegas do Toy Story 2 - salvo as piadas da Barbie e do Ken. A história que a própria Disney pretendia fazer antes da compra da Pixar era muito mais interessante do que "precisamos voltar pro Andy" de novo. A única cena emocional que achei sincera é quando o Andy vê o Woody dentro da caixa e pensa duas vezes se realmente vai deixá-lo com a menina. Saudades dos tempos de "Ducktales - O Filme - O Tesouro da Lâmpada Perdida".
Eu cito o filme do Ducktales porque este tem apenas UMA cena "emocional". Suficiente, crível e nada forçada. MUITO diferente do estilo Pixar de contar histórias.
Fernando, eu acho Ducktales raso, gosto da Pixar. Estamos, claro, em campos opostos. Para minha sorte, ou azar, acredito que a maioria concorda comigo a respeito de Toy Story 3 e da Pixar, também.
Remake do filme 2, Toy Story 3 definitivamente não é.
Pois é! Hoje em dia pessoas entram em um cinema 3-D e assistem o filme sem os respectivos óculos porque "não precisa". Realmente não dá pra esperar que um personagem como o Tio Patinhas seja reverenciado pela atual geração.
Com todo respeito, nenhuma personagem deve ser reverenciada. E nem vou entrar no mérito do Tio Patinhas. Você não gostou de Toy Story, ou não gosta da Pixar, sei lá, mas não venha querer ridicularizar as outras pessoas. Você não precisa disso, Fernando.
Desculpe - eu exagerei. Acho que poderia ter escrito apenas o seguinte: "A mãe do Bambi foi morta com apenas um tiro". Acho que isso exemplifica o "exagero emocional" que eu, pessoalmente, não aprecio no estilo da Pixar.
Vou ser breve...
Chorei em vários momentos. Realmente a Pixar mostrou a q veio com esse filme. Tenho medo se a Disney tivesse tocado esse projeto sozinha como tentaram uns anos atrás, duvido q o resultado tivesse sido tão satisfatório.
Quando o primeiro filme saiu eu tinha 11 anos. E posso dizer, ter visto esse filme 15 anos depois fez realmente meu coração se encher de alegria assim como poucas coisas conseguem hj em dia. Fora q agora toda vez q abro meu guarda roupa sempre fico pensando se meus brinquedos (tenho uma sailor moon de pelúcia, uma gata Luna, uma coruja e um rato do Harry Potter) fossem "vivos" q nem os do filme.
Realmente perfeito. semana q vem to de férias se bobiar vejo o filme de novo. Vale super a pena!!!!
Chorei, solucei, me emocionei profundamente. Para mim esse foi o melhor filme de 2010 com Sex & The City 2 empatado ali do ladinho (se você puder dar uma chance eu recomendo para você, eu sei que você não gosta da série, mas esse filme é incrível e faz muitas críticas à nossa sociedade, ao papel das mulheres, ao casamento como instituição e principalmente à situação da mulher nos países árabes [o filme deveria se chamar Sex & Abu Dhabi], não recomendo o primeiro filme para você, mas o segundo filme é excelente e pode ser visto sozinho [o problema são as milhares de referências ao que se passou na série]. Se a série falava do comportamento das mulheres de 30 solteiras na cidade de NYC os filmes falam sobre as mulheres casadas(ou não) acima de 40).
P.s. Só de lembrar de Toy Story 3 fico com os olhos marejados.
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