Recebi algumas perguntas sobre josei no Brasil via Formspring e acredito que fui negligente nas respostas. Acho que estou mal humorada hoje, talvez seja o início da seca. Ela definitivamente começou essa semana e se começou cedo, a tortura aqui em Brasília será longa. Pois bem, eu acredito que as editoras – a Panini, especialmente – deve investir em josei caso Honey & Clover (ハチミツとクローバー) tenha atingido os objetivos. Como ninguém sabe o que vende ou não no Brasil, pois as editoras não publicam, não é possível afirmar nada. Quem o faz ou tem acesso aos dados, e eu não tenho, ou inventa, o que é muito mais provável.
Vamos lá, é josei se saiu em revista josei, este é meu critério. Para mim, não existe essa de “os japoneses colocaram na revista errada”. Eu posso, por exemplo, dizer que a Petite Comics não deveria ser chamada de revista shoujo, mas tenho que dizer como é considerado no Japão. Para quem não entendeu o exemplo, vamos lá, 90% das protagonistas dessa revista são mulheres adultas, a maioria delas profisisonais (*Office Ladies, jornalistas, professoras, etc.*), enfrentando problemas adultos. Por que então não é josei? Não faço idéia, pergunte aos japoneses.
Nana (ナナ) poderia ser josei ou mesmo seinen, mas sai na Cookie, logo, é shoujo. Para um público mais velho? Com certeza, mas é shoujo. Só que um shoujo, sabemos bem, com um público muito amplo que reúne desde adolescentes, até adultos de ambos os sexos. Já os títulos da NewPop, (supostamente) Red Garden (レッド ガーデン) – que meu marido brinca dizendo que é o encontro de Paradise Kiss com Gantz – e 1 Litro de Lágrimas (1 Rittoru no Namida - 1リットルの涙) são seinen, porque saíram na Comic Birz.
A NewPop quer vender esses dois mangás como josei ou shoujo, mas isso é irrelevante se usarmos o critério da revista. E mais irrelevante ainda se você não compra mangá baseado em gênero. Oras, se você acha que vale a pena, compre. E as revistas seinen são, a meu ver, as que publicam hoje a maior e melhor variedade de mangás, contemplando inclusive as mulheres e puxando autoras competentes de shoujo e josei mangá. Se Kodomo no Jikan (こどものじかん) é seinen, Hataraki-Man (働きマン), também é. Percebem o abismo? Ambos são de autoria feminina. Mas essa coisa de tentar vender mangá seinen como josei não é coisa de brasileiro, não. A Glénat espanhola criou o selo “josei” e jogou dentro dele o citado Hataraki-Man e Subaru (スバル), que é um mangá de balé seinen. Os sites especializados reclamaram, mas isso não quer dizer que você vá deixar de comprar em protesto.
Assim, quais seriam os josei que saíram ou saem no Brasil hoje? O primeiro foi Paradise Kiss (パラダイス・キス) que saiu em uma revista de moda no Japão, foi uma das escolhas felizes da Conrad e trouxe Ai Yazawa para o Brasil. Pela Panini temos Honey & Clover, para mim um dos melhores mangás que já saíram em nosso país. Shinshoku Kiss (侵食KiSS) da NewPop é josei. Unordinary Life (Kanojoiro no Kanojo – 彼女色の彼女) da Savana, também é josei. Acho que é somente isso e, venhamos e convenhamos, é muito pouca coisa, muito espaçado e por editoras que nem sempre tem alcance nacional. Acho que somente Honey & Clover deve chegar na maioria das bancas, e é o tipo de mangá que exige paciência no início.
Dá para falar que temos lançamentos consistentes de josei no Brasil? Eu acho que não, ainda nem deu para sentir o gostinho. É como perguntar se há mercado para BL-Yaoi no Brasil quando somente apareceu Gravitation (グラビテーション) em nossas bancas. Vamos esperar um pouco e ver o que acontece, OK?
Vamos lá, é josei se saiu em revista josei, este é meu critério. Para mim, não existe essa de “os japoneses colocaram na revista errada”. Eu posso, por exemplo, dizer que a Petite Comics não deveria ser chamada de revista shoujo, mas tenho que dizer como é considerado no Japão. Para quem não entendeu o exemplo, vamos lá, 90% das protagonistas dessa revista são mulheres adultas, a maioria delas profisisonais (*Office Ladies, jornalistas, professoras, etc.*), enfrentando problemas adultos. Por que então não é josei? Não faço idéia, pergunte aos japoneses.
Nana (ナナ) poderia ser josei ou mesmo seinen, mas sai na Cookie, logo, é shoujo. Para um público mais velho? Com certeza, mas é shoujo. Só que um shoujo, sabemos bem, com um público muito amplo que reúne desde adolescentes, até adultos de ambos os sexos. Já os títulos da NewPop, (supostamente) Red Garden (レッド ガーデン) – que meu marido brinca dizendo que é o encontro de Paradise Kiss com Gantz – e 1 Litro de Lágrimas (1 Rittoru no Namida - 1リットルの涙) são seinen, porque saíram na Comic Birz.
A NewPop quer vender esses dois mangás como josei ou shoujo, mas isso é irrelevante se usarmos o critério da revista. E mais irrelevante ainda se você não compra mangá baseado em gênero. Oras, se você acha que vale a pena, compre. E as revistas seinen são, a meu ver, as que publicam hoje a maior e melhor variedade de mangás, contemplando inclusive as mulheres e puxando autoras competentes de shoujo e josei mangá. Se Kodomo no Jikan (こどものじかん) é seinen, Hataraki-Man (働きマン), também é. Percebem o abismo? Ambos são de autoria feminina. Mas essa coisa de tentar vender mangá seinen como josei não é coisa de brasileiro, não. A Glénat espanhola criou o selo “josei” e jogou dentro dele o citado Hataraki-Man e Subaru (スバル), que é um mangá de balé seinen. Os sites especializados reclamaram, mas isso não quer dizer que você vá deixar de comprar em protesto.
Assim, quais seriam os josei que saíram ou saem no Brasil hoje? O primeiro foi Paradise Kiss (パラダイス・キス) que saiu em uma revista de moda no Japão, foi uma das escolhas felizes da Conrad e trouxe Ai Yazawa para o Brasil. Pela Panini temos Honey & Clover, para mim um dos melhores mangás que já saíram em nosso país. Shinshoku Kiss (侵食KiSS) da NewPop é josei. Unordinary Life (Kanojoiro no Kanojo – 彼女色の彼女) da Savana, também é josei. Acho que é somente isso e, venhamos e convenhamos, é muito pouca coisa, muito espaçado e por editoras que nem sempre tem alcance nacional. Acho que somente Honey & Clover deve chegar na maioria das bancas, e é o tipo de mangá que exige paciência no início.
Dá para falar que temos lançamentos consistentes de josei no Brasil? Eu acho que não, ainda nem deu para sentir o gostinho. É como perguntar se há mercado para BL-Yaoi no Brasil quando somente apareceu Gravitation (グラビテーション) em nossas bancas. Vamos esperar um pouco e ver o que acontece, OK?
6 pessoas comentaram:
Nossa, não sabia que Shinshoku Kiss era josei. Espero que H&C esteja fazendo sucesso para a Panini poder trazer mais títulos.
eu pensei que 1 Litro de lagrimas fosse josei D:
Não é bem um comentário, mas a matéria me deixou realmente curiosa.
Valéria, você menciona que Honey & Clover precisa de paciência no començo.
Eu comprei a primeira edição, e tive muita dificuldade de chegar até o fim.
Será que foi somente questão de gosto pessoal, ou a história realmente melhora e/ou se desenvolve nas edições posteriores?
Um abraço da joaninha trekker
Valeria gostaria que saissem mais joseis como Nodame, Midnight Secretary, 7 Seeds ou ate coisas da ohzora, afinal as editoras devem perceber que as leitoras que leem shoujo crescem. ^^ Já disseram que o publico feminino e´ uma grande parcela do publico q compra manga, mas os ultimos lançamentos em numero e generos são bem diferentes disso. Não que eu quisessem uma enxurrada de shoujo/josei, mas podiam equilibrar e variar.
Voce soube que vai sair 1 josei pela newpop "Made in Heaven" da autora de Unordinary Life? Saiu no catálogo da editora no stand lá no Anime friends.
Vc tá de ferias em MG? aproveite!!! deve ser lindo ^^
Paradise Kiss é meu favorito. Uma história que se encaixou muito bem nos poucos 5 volumes e me emocionou no final. Honey & Clover deve ser bom, pelos comentários que leio por aí, mas ainda não tive paciência para continuar.
Honey e Clover e Paradise Kiss realmente foram escolhas inteligentes, eu acho que Nodame cantabile pode sair por aqui no futuro não é?
Postar um comentário