Ontem, passando pelo site Women & Hollywood, vi uma discussão sobre papéis de gênero e mulheres como personagens de ação no cinema americano. Mais do que apontar para uma mudança favorável ou qualquer progresso em termos de equivalência com os homens, a pesquisa discutida lá apontou para um re-arranjo dos papéis de gênero reforçando que as mulheres são sidekicks, submissas ao herói, ou seu interesse romântico. Como a discussão começou em um artigo do Yahoo India, traduzi o original. O Women & hollywood faz uma entrevista com a autora da pesquisa, a professora Katy Gilpatric. Segue o texto do Yahho traduzido.
Filmes de ação americanos ainda retratam as mulheres como o sexo frágil
22 de abril, Washington (ANI): Apesar do crescimento no número de personagens femininas fortes e mesmo violentas nos filmes americanos, mulheres ainda são retratadas como sidekicks de personagens masculinos mais poderosos e elas também estão freqüentemente envolvidas em relações românticas com eles, aponta um novo estudo.
O trabalho de Katy Gilpatric, do departamento de Ciências Sociais da Universidade de Kaplan no EUA, aponta para a persistência dos estereótipos de gênero num quadro de violência do cinema americano contemporâneo. Eles têm o potencial para influenciar a jovem audiência e suas idéias sobre gênero e violência. Seu estudo foi publicado no jornal Sex Roles de Springer.
Teóricos de cinema acreditam que a personagem de ação tenente Ripley, representada por Sigourney Weaver no filme Alien de 1979, abriu o caminho para um novo tipo de representação feminina na cultura pop americana. E agora é comum ver personagens de ação femininas tomando parte em combates corpo-a-corpo, atirando com armas de fogo, e usando armamentos high-tech para destruir pessoas e propriedades – comportamentos que uma vez foram exclusivos de heróis de filmes de ação.
Ao fazer uma análise das personagens femininas nos filmes de ação americanos, o estudo de Katy Gilpatric explorou a forma como as heroínas são retratadas para ver se a realidade transcendia aos papéis de gênero, ou talvez, ou melhor, rearticula e representa os estereótipos de gênero sob um novo olhar. Ela levou em consideração os filmes de ação mais populares e lucrativos (um total de 112) lançados entre 1991 e 2005 representando personagens femininas de ação com foco nos estereótipos de gênero, demografia (Nota da tradutora: idade, etnia.) e quantidade e tipo de violência.
Mais de 58% das personagens femininas violentas era retratada em um papel submisso em relação ao herói do filme, e 42% estavam romanticamente envolvidas com ele. A média das personagens femininas violentas era jovem, branca, com ensino superior e não era casada. Essas mulheres envolvidas em tipos masculinos de violência (luta contra outros homens e estranhos na maior parte do tempo, freqüentemente usando armas e causando alto nível de destruição), ainda mantém estereótipos femininos graças ao seu papel submisso e envolvimento romântico com o homem protagonista.
“O debate continua sendo se as poucas heroínas de ação com as quais estamos familiarizadas, como Sarah Connor e Lara Croft, quebraram as barreiras de gênero nos filmes de ação. Esta pesquisa oferece evidência de que a maioria das personagens femininas de ação mostradas no cinema americano não são imagens que promovem o empoderamento; elas não exploram a sua feminilidade como fonte de poder, e elas não são uma espécie de ‘mulher pós-gênero’ operando fora dos limites tradicionais das restrições de gênero. Ao invés disso, “elas operam dentro de um conjunto de normas de gênero altamente construída socialmente, confiam na força e na liderança de uma personagem dominante masculina de ação, e terminem re-articulando os estereótipos de gênero,” concluiu Katy Gilpatric. (ANI)
22 de abril, Washington (ANI): Apesar do crescimento no número de personagens femininas fortes e mesmo violentas nos filmes americanos, mulheres ainda são retratadas como sidekicks de personagens masculinos mais poderosos e elas também estão freqüentemente envolvidas em relações românticas com eles, aponta um novo estudo.
O trabalho de Katy Gilpatric, do departamento de Ciências Sociais da Universidade de Kaplan no EUA, aponta para a persistência dos estereótipos de gênero num quadro de violência do cinema americano contemporâneo. Eles têm o potencial para influenciar a jovem audiência e suas idéias sobre gênero e violência. Seu estudo foi publicado no jornal Sex Roles de Springer.
Teóricos de cinema acreditam que a personagem de ação tenente Ripley, representada por Sigourney Weaver no filme Alien de 1979, abriu o caminho para um novo tipo de representação feminina na cultura pop americana. E agora é comum ver personagens de ação femininas tomando parte em combates corpo-a-corpo, atirando com armas de fogo, e usando armamentos high-tech para destruir pessoas e propriedades – comportamentos que uma vez foram exclusivos de heróis de filmes de ação.
Ao fazer uma análise das personagens femininas nos filmes de ação americanos, o estudo de Katy Gilpatric explorou a forma como as heroínas são retratadas para ver se a realidade transcendia aos papéis de gênero, ou talvez, ou melhor, rearticula e representa os estereótipos de gênero sob um novo olhar. Ela levou em consideração os filmes de ação mais populares e lucrativos (um total de 112) lançados entre 1991 e 2005 representando personagens femininas de ação com foco nos estereótipos de gênero, demografia (Nota da tradutora: idade, etnia.) e quantidade e tipo de violência.
Mais de 58% das personagens femininas violentas era retratada em um papel submisso em relação ao herói do filme, e 42% estavam romanticamente envolvidas com ele. A média das personagens femininas violentas era jovem, branca, com ensino superior e não era casada. Essas mulheres envolvidas em tipos masculinos de violência (luta contra outros homens e estranhos na maior parte do tempo, freqüentemente usando armas e causando alto nível de destruição), ainda mantém estereótipos femininos graças ao seu papel submisso e envolvimento romântico com o homem protagonista.
“O debate continua sendo se as poucas heroínas de ação com as quais estamos familiarizadas, como Sarah Connor e Lara Croft, quebraram as barreiras de gênero nos filmes de ação. Esta pesquisa oferece evidência de que a maioria das personagens femininas de ação mostradas no cinema americano não são imagens que promovem o empoderamento; elas não exploram a sua feminilidade como fonte de poder, e elas não são uma espécie de ‘mulher pós-gênero’ operando fora dos limites tradicionais das restrições de gênero. Ao invés disso, “elas operam dentro de um conjunto de normas de gênero altamente construída socialmente, confiam na força e na liderança de uma personagem dominante masculina de ação, e terminem re-articulando os estereótipos de gênero,” concluiu Katy Gilpatric. (ANI)
18 pessoas comentaram:
É triste falar isso, mas tirando algumas exessões, até mesmo as mulheres fortes dos filmes só estão lá para faer par com os heróis e/ou mostrar o corpo em roupas coladas, curtas... Tomara que com essa nova geração de mulheres diretoras e roteiristas, essa cena mude :D
No que depender da Bigelow, a que levou o Oscar, as mulheres nem vão aaprecer nos filmes...
Olha, filmes de ação são majoritariamente voltados para o público masculino então eu não acho anormal a maioria dos protagonistas serem do sexo masculino e as mulheres estarem presentes em forma coadjuvante ou submissa.
Se for comparar com os mangás shonen eu me lembraria de Nausicaä, Claymore, Soul Eater (que é protagonizado pelo casal, mas ele se transforma em foice e quem luta de verdade é a Maka) e Fairy Tail (tudo se passa pela ótica da Lucy e se ela não é forte é pq ela não confia em sue próprio potêncial e a série foca bastante nisso, em como ela se torna mais confiante das próprias habilidades em magia)em que as mulheres são protagonistas.
Em mangás shoujos os protagonistas do sexo masculino também não são fáceis de se encontrar, eu me lembro de Aishiteruze Baby e Otomen de cabeça.
Acho que em um produto voltado para a população masculina (principalmente a americana) não é anormal ver mulheres em posição de coadjuvante.
Mulheres em posições de destaque eu me lembro decabeça de: V de vingança (que pode ser lido como a história de como Eve amadurece e deixa de ter medo), Resident Evil, Anjos da Noite, X-men (a Jean era a toda-poderosa no fim das contas), Kill Bill e Final Fantasy: The Spirits Within (que eu amo). Não acho uma proporção tão baixa assim, são filmes de bastante destaque e alguns são muito bons (só desgosto de X-men e Anjos da Noite), em um gênero dirigido para homens acho que as mulheres estão tendo um espaço digno. Acho que pedir mais é como pedir mais shoujos em que homens são protagonistas.
Aliás, acabei de me lembrar que o Capitão do remake de Patrulha Estelar agora é uma mulher.
Vamos por partes:
1. O texto e a pesquisa são sobre cinema americano, não sobre mangá ou anime.
2. A questão não é qualidade, mas quantidade. Ela quis ver como as mulheres são representadas e não a quantidade de filmes protagonizados por heroínas de ação.
Mulheres em filmes de ação – e é isso o que é discutido – ou são cockteasers (uma mulher ou uma moça que provoca um homem sexualmente mas se recusa a fazer sexo com o mesmo) nem que seja da audiência, ou são sidekicks, ou o interesse romântico do protagonista real. Jean Grey é exatamente isso, se você não percebeu: a namoradinha de um (Ciclope) e o interesse romântico do protagonista (Wolverine). A questão, e você não entendeu, não é quantidade, mas QUALIDADE.
No mais, você parece acreditar que mulheres são seres passivos, ou as que não são exceção. E que, exatamente por isso, não gostam de filmes de ação. Ora, se nos oferecessem algo que nos interessasse – e veja que heroínas fortes de verdade poderia ser o caso – a coisa poderia ser diferente. Mulheres “fortes” peitudas e de decotão e mini-short não estão lá para a audiência feminina, mas, de novo, para ser o cockteaser da audiência masculina. Releia o texto e reflita, ou não reflita se não quiser.
E mais, mudar o gênero e não mudar a lógica dos papéis de gênero não adianta. Alien inova porque questiona papéis. E há babacas que ainda vêm dizer que o filme é sucesso por causa do monstro SOMENTE. E falando em Patrulha Estelar: o capitão Avatar pode até ter virado mulher (*li que o doutor tinha, não o capitão*), mas o herói, o protagonista é o Sussumo/Wild Star. Todo mundo que conhece a série sabe disso. E mais, se a Yuki/Lola continua servindo cafezinho e dando gritinhos nos momentos de tensão, pouco importa enfiar meia dúzia de mulheres figurantes, porque ela é o modelo, a personagem feminina principal. Entendeu agora?
Xena e Buffy mostraram ser bem interessantes. E a Buffy nunca usou microssaia e decote para poder executar sua missão. Aliás, é por isso que um filme como Alice – acabei de voltar do cinema – tem algum valor, pois oferece para a audiência uma protagonista, guerreira e que questiona os papéis de gênero.
Acho que uma atriz q representa as heroinas no cinema é Angelina Jolie.
Tirando Lara Croft ñ vejo um filme q explore seu corpo nesse contexto.
O seu novo filme de ação mesmo, Salt.No trailer ñ tem uma cena com esse apelo.Ela sempre esta de roupas convencionais e nesse filme ela q protege seu marido e não é a protegida.
Em kill Bill o que não falta é mulher em momentos de ação! E a única que parece ter um certo apelo sexual é a Gogo Yubari (Chiaki kuriyama). Beatrix Kido, Vernita Green, O'ren Ishii e Elle Driver não são nem um pouco sexuais. São totalmente guerreiras, cada uma com sua personalidade.
E pra não repetir algumas coisas que alguns já falaram, eu assumo que prefiro mil vezes uma mulher ou um homem gay arrazando numa cena de ação e sem ajuda de ninguém. É muito difícil ver mulheres ou homens gays em momentos de ação e sem depender de nenhum machão do lado...Enfim, quero muito ver certas mudanças...
Valéria, eu quis dizer que filmes de ação são normalmente feitos para o público masculino, não estou dizendo que todas as mulheres são "seres passivos" e que não curtem filmes de ação. Estou dizendo mesmo as mulheres curtindo filmes de ação o público-alvo da maioria dos filmes é masculino queira você ou não. Cockteasers são fanservice e servem para alavancar o público, boa parte dos marmanjos vão ver um filme para ver as pernas da Angelina Jolie e eu não acho que um diretor seja malvado ou machista por usar uma mulher bonita em seus filmes. Uma das cenas mais comentadas de Thelma & Louise não é o Brad Pitt seminu? Quantos atores não aparecem sem camisa nos filmes para fazer um monte de mulheres suspirarem?
Você diz que a Jean é a namorada do Ciclope e interesse amoroso do Wolverine, sim ela é. E isso desmerce a participação dela? Ela deixa de ser uma das melhores alunas do professor Xavier e braço direito (e a Tempestade também não fica muito atrás)? Deixa de ser a mutante mais poderosa de todas?
Particularmente eu amo Buffy, decote sempre teve mas nunca muito ousados, talvez isso se deva à faixa de horário que a série passava e pq o público alvo era de adolescentes a censura tinha que ser leve.
Enfim, eu acho que os filmes de ação são um dos redutos masculinos (assim como o futebol, os carros etc.) sempre tem aquelas mulheres que estão no meio e são fãs de verdade, mas elas ainda são minoria.
Agora eu te faço uma pergunta, se as mulheres gostam tanto de ação assim pq a maioria das histórias shoujos são romances em estilo slice of life e os mangás commais ação são minoria e um Nana, Kimi ni Todoke ou Nodame Cantabile vende muito mais que um Vampire Knight (que em tese tem ação), Angel Sanctuary etc.?
Mesmo séries de mangás shonen que o fandom feminino tem mais força têm protagonistas masculinos (Reborn!, One Piece).
Eu acredito que o que move o mundo é o lucro, enquanto o lucro estiver no estilo de filme em que o mocinho que salva o mundo e na mocinha que é resgatada nós veremos poucas mudanças, se o gosto do público não mudar a gente não vai ver coisa muito diferente.
Kadu, de novo: HOLLYWOOD.
Você está fugindo do texto. Você está deixando de discutir qualidade e papéis de gênero. Jean Grey entra como "a namoradinha", "a sidekick" nessa análise. Gostando você disso, ou não.
É assim porque dá lucro, pode contentar parcialmente PORÉM o que dá lucro muda ao longo do tempo. Voc~e nega isso?
Quanto ao gosto das mulheres, você esquece - e quem fala em lucro deveria lembrar - que são os homens que controlam Hollywood. Eles, em sua maioria escolhem o que é filmado e, a parte mais radical, o que é filmado. E determinam que homens gostam disso e mulheres gostam daquilo e que é arricado fugir, porque dá lucro.
Agora, não sei quais mulheres você conhece, mas quando vejo as pessoas - homens e mulheres - comentando Thelme & Louisie, elas geralmente falam da fuga, da angústia e do fim apoteótico. O Brad Pitt é detalhe. Sabe por que? Ele sem camisa ou pelado é detalhe, porque ele tem uma CARREIRA. Entendeu?
Outra coisa, slice of life é um dos gêneros favoritos dos japoneses, homens ou mulheres e você sabe. Qualquer revista seinen que se preza tem um. 99% dos slice of life que saem por aí são seinen, shounen, ou derivados de jogos para rapazes.
E olha, ou é apra discutir O TEXTO ou, por favor, não fuja. Você não quer discuti-lo. Você quer dizer que é assim, porque é assim. E desculpe, sabemos que não e. Se as coisas fossem assim NATURALMENTE, eu perdia o meu emprego. Afinal, estaríamos repetindo a mesma história, ou mais divertido ainda, ainda estaríamos nas CAVERNAS.
Uma Thurman nunca deixará de ter sexy appeal, Pedro. E tudo que a move é a VINGANÇA. Contra quem mesmo? E o Tarantino sabe que mexe com fetiche. Ele faz filmes para homens, ainda que as mulheres possam gostar deles.
Olha, mas gays volta e meia são os vilões. Você viu o documentário sobre os gays no cinema? Ele fala sobre isso.
Então Valéria, concordo, apesar de particulamente eu achar Uma Thurman bastante exótica. Mas enfim, sex apeal não tem nada a ver com a minha opinião sobre a Uma.
E sobre o documentário dos vilões gays, fiquei curioso. Mas acredito que seja mais fácil para o grande público ver um vilão gay, afinal, este é feito inicialmente para ser odiado (mesmo acontecendo o contrário muitas vezes). Agora, engolir um herói gay, as vezes até com alguns trejeitos é tão difícil ou mais de engolir qto uma garota sem sex apeal e vestida comportadamente.
Enfim, graças a Deus eu não tenho a minha mente limitada,tão pouco sou preconceituoso.
E que venham mais filmes com heroínas do tipo da sigourney Weaver, Mulan, Alice... Eu particulamente gosto bastante de ver um ser aparentemente fraco arrasando. Pra alguém que um dia foi vítima de bullying, isso é algo louvável!
Pedro, o filme não é sobre vilões gays é sobre como o cinema americano retratou os homossexuais ao longo das décadas. O nome do documentário é THE CELLULOID CLOSET http://www.sonypictures.com/classics/celluloid.
Você entendeu os meus exemplos, mulheres não dão tanta atenção aos filmes de ação quanto os homens e isso é fato. Sempre há uma corajosa no meio, mas elas são exceções e a indústria vai continuar produzir o que der lucro.
Thelma & Louise é um filme lembrado por tudo isso que você falou, mas abra uma revista estilo "Nova" para você ver se o fanservice do Brad Pitt (aliás, ele tem carreira? Pensei que ele fosse um fansevice ambulante xD) não é citado. E queira você ou não a Nova é feita por mulheres para mulheres, quem diz isso são as jornalistas/diretora.
Goste você ou não a Jean Grey é uma personagem forte e importante para os filmes, o fato dela ter namorado e ser objeto de paixão do Wolverine não muda isso. Ela não é uma simples namoradinha, ela é uma mulher bonita, forte, inteligente, sexualmente ativa e os poderes dela são os mais fortes do universo no filme e quando ela perde o controle deles não é o amorzinho que ela sente pelo Ciclope que faz tudo parar. Então no meu ponto de vista a sua opinião está errada, ela não é só uma figurante fazendo poses e usando roupas sensuais como você quer acreditar.
E não adianta querer mudar as coisas na marra, as coisas mudarão conforme os gostos das pessoas mudarem, e eles mudam de acordo com a educação que recebem.
E eu gosto de que haja certos nichos voltados para homens, as vezes eu sinto que as mulheres querem dominar o mundo.
Pessoalmente eu gosto muito de Kill Bill. Apesar de ver bem que ele cai na mesma laia de As Panteras, com mulheres hiper poderosas que estão a serviço de um homem. Em Kill Bill elas trabalhavam para o Bill, e depois a Beatrix Kiddo quer matá-lo por vingança por ter tentado matá-la e por ter pegado sua filha.
Apesar desse contexto não achei o papel das mulheres de Kill Bill fraco.
Mas assim como em As Panteras, não consigo entender como mulheres tão poderosas respondem de forma tão submissa à um homem. Elas poderiam fazer o que quisessem, não?
A Jean Grey é isso mesmo que vc falou, sempre achei ela um pé no saco. Mas a Tempestade tem um papel mais afirmativo na minha opinião.
E eu gosto de que haja certos nichos voltados para homens, as vezes eu sinto que as mulheres querem dominar o mundo.
Essa última frase mostra bem que você não entendeu o texto, nem deseja. Só quis afirmar o quanto se sente ameaçado e, apesar das posições de mando mais importantes serem ocupadas por homens, ainda assim deseja culpar as mulheres.
Você não entendeu, mas acho que os outros que comentaram compreenderam bem a questão. Isso me basta.
E, sim, a Jean Grey é a prova viva de que o estudo tem razão. Mas ela não é ameaçadora, salvo como vilã, como a Fênix, daí, ela é ótima para você.
Lina, eu também prefiro a Tempestade. Aliás, o mundo das super-heroínas é complicado. a pobre da Mulher Maravilha que o diga.
Opa, valeu pelo link Valéria!
entendo os resultados dessa pesquisa.
Mas entendo em parte o q o Kadu quis dizer citando shoujo, pq ele está colocando as coisas em termos de produtos segmentados para públicos específicos.
Mas só que, Kadu, não existem filmes de ação segmentados para mulheres, e ação é um gênero como qualquer outro.
Pra mim vc dizer q mulher não gosta de ação é o mesmo q dizer q menina não gosta de brincar com carrinhos ou bola, só com bonecas. Ou seja: este gosto é tb socialmente construído. E Hollywood é um dos agentes midiáticos que fazem parte dessa construção.
Eu, pessoalmente, arrancava as cabeças das minhas bonecas bebês e jogava bola com elas com meus vizinhos. E adorei ver um curta infanto-juvenil alternativo mostrando q um monte de meninas fazem isso.
Acho que seus exemplos se equivocam, como quando cita a revista NOVA. Mais machista que revista feminina brasileira, só a playboy. A coisa piora quando é pras adolescentes. Pq sou menina, só curto Jonas Brother e Crepúsculo 20 edições seguidas nas capas? Não mesmo.Na nova, ainda tem o desdobro da dupla jornada da mulher: casa e trabalho.
Lembrando q não há nenhuma revista feminina intermediária: ou é pra aborrecentes, ou pra mulheres q já trabalham.
Infelizmente, todos os filmes do X-men o protagonista é o Wolverine. E, infelizmente, ele é o pegador: não só a jean, mas ele flerta com a vampira no 1ª(!) e até a Mística tem uma queda por ele(!!!). Essa importância da Jean só se faz notar do 2ª pro 3ª, pq antes disso ela só está lá pra mostrar o quanto o Wolverine é másculo e irresistível.O ciclope virou "o babaca que escuta boyband".Nem conta.
Fui me acordar mais ultimamente pra esse pseudo-protagonismo quando assisti Hellboy.
Lembro q até q gostei da idéia da personagem feminina do filme no início, pois me lembrou a vampira de x-men, que gosto muito.
Mas realmente me incomodei, por que ela não crescia e tudo girava em torno da ladainha entre ela e o semi-chifrudo. Apesar de eu ter achado um filme divertido, isso me incomodou.
Sabe a última de filmes, Val? Um colega meu chegou pra mim e disse q Preciosa era planfetário. Quando eu perguntei pq, ele respondeu: "Quer coisa mais planfetária q uma protagonista mulher, pobre, negra e gorda?".
Como se essas mulheres não existissem, não fossem a maioria e não tivessem o direito de protagonizar um filme...¬¬'
Adivinha: era um fã de Tarantino.
Filme de ação é mais ou menos como comercial de cerveja: é feito pensando no público médio masculino, eles não tem obrigação de agradar mulher porque elas não vão deixar de ver o filme/consumir cerveja por ele não dialogar com elas - já que não existem quem dialogue mesmo. Ou resumindo: elas (nós) não tem pra onde correr.
Só porque citaram revista Nova aí: ela não é feita de mulheres pra mulheres. Tenho amiga que já fez entrevista pra trabalhar em revista feminina, com editorzão poderoso. Ela deu algumas sugestões e o cara soltou "ah, esquece isso, mulher só curte besteirinha mesmo". Quem manda em editoras são homens, logo, são eles pautando o gosto feminino.
Eu pensei bastante a respeito desse assunto quando vi o Terminator Salvation. Quando você compara as personagens do filme com a Sarah Connor, dá vontade de chorar. Porque elas não fazem nada, estão ali apenas de enfeite mesmo, e até a piloto de caça (que parecia durona) vira cockteaser e interesse romântico do robô. Nem se defender sozinha numa cena ela conseguiu.
Infelizmente vejo uma regressão, se a gente compara aos já citados anos 80 e a Ripley e Sarah Connor.
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