Acabei de voltar da sessão 3D de Alice no País das Maravilhas de Tim Burton. Sim, porque é isso que o filme é, uma releitura de Alice no País das Maravilhas e Através do Espelho, uma continuação com Alice assumindo o papel de grande salvadora do mundo subterrâneo. Mas vamos começar com a experiência sensorial, depois comento o filme.
Alice foi meu primeiro filme 3D. E a primeira coisa a pontuar é que os óculos são muito incômodos, pois são padronizados. Eu tive que tirar meus óculos e ficar com o 3D. Meu grau é fraco, mas e quem não enxerga? De resto, ver os detalhes 3D é uma experiência e tanto. Algumas coisas parecem saltar da tela e se aproximarem. É algo que antes a gente só imaginava em ficção científica. Eu amei no geral, mas não quero que todo filme comece a usar recursos 3D. Cinema não é somente tecnologia.
Como nunca fui lá muito fã de Alice, não fiquei nem um pouco decepcionada ou chateada com as mudanças feitas. Aliás, a parte boa do filme, para mim, não se liga ao aspecto visual ou à personagens como o Chapeleiro Louco ou a rainha Vermelha, mas, sim, à discussão dos papéis de gênero. Alice, agora com 19 anos, está sendo empurrada para o casamento. As opções são casar ou ficar solteirona onerando a família. Veja bem, como moça aristocrata, ela tem pouquíssimas opções. Lembrei imediatamente do drama da Gwendolen de Daniel Deronda. A diferença é que tudo tem um tom de ironia e sarcasmo. Nada é sério.
Vendo o filme, entendi porque houve gente que se incomodou. Afinal, Alice não é passiva, não é fresca, não é histérica e se torna uma dragon slayer de espada na mão. Uma legítima heroína de ação. Meu marido a associou à Joanan D’Arc, eu não vi assim. Entendi que diretor e roteirista, Linda Woolverton, quiseram transformar Alice em alguém que reflete sobre a sociedade, que questiona os papéis impostos, e que vai à luta. Mensagem feminista e aprovada, pois temos uma heroína, que precisa encontrar coragem para cumprir uma missão, que toma as rédeas de sua vida e, detalhe, não tem um homem do seu lado, nem como companheiro, sidekick ou amante. Percebem porque alguns se ofenderam? Como assim sozinha? Como assim Alice guerreira? Ponto para a equipe que bolou o filme.
Houve quem reclamou de excessos de Johnny Depp, eu, de minha parte, achei a participação do Chapeleiro bem adequada e sem exageros. A Helena Borham Carter também me surpreendeu. Gosto muito dela, mas nos últimos tempos ela estava exagerada demais. Sempre um tom ou dois acima do necessário. Mas como sua Rainha Vermelha era galhofa, ela se soltou. O Valete também estava bem, e eu identifique de cara que a Lagarta Azul era o Alan Rickman. Estou boa de ouvido!
De resto, o filme ficou no regular para bom, uns 6,5 ou 7,0, talvez. Achei a atriz que faz a Alice, Mia Wasikowska, competente e já não tenho medo de vê-la como Jane Eyre. A discussão dos papéis de gênero ultrapassou as minhas expectativas. Agora, o final, a forma simplista de resolver a história é que foi o ponto fraco. Muito, muito, muito fraco. Alice poderia ter ficada no País das Maravilhas. Por que, não? Lá ela era respeitada, a salvadora, uma guerreira. E o mundo era tão mais legal e menos hipócrita. Mas ela volta e lhe dão um final fantasioso. O absurdo do filme está ali em um final infantilóide e simplista, com tudo se resolvendo de forma rápida e sem conflito.
P.S.: Linda Woolverton é roteirista de A Bela e a Fera e Mulan. Já entendi agora o motivo da discussão ter ficado tão boa e, ao mesmo tempo, por ser material Disney ter perdido a força no final. Espero que ela tenha mais coragem e/ou liberdade em outros materiais. Quem sabe?
Alice foi meu primeiro filme 3D. E a primeira coisa a pontuar é que os óculos são muito incômodos, pois são padronizados. Eu tive que tirar meus óculos e ficar com o 3D. Meu grau é fraco, mas e quem não enxerga? De resto, ver os detalhes 3D é uma experiência e tanto. Algumas coisas parecem saltar da tela e se aproximarem. É algo que antes a gente só imaginava em ficção científica. Eu amei no geral, mas não quero que todo filme comece a usar recursos 3D. Cinema não é somente tecnologia.
Como nunca fui lá muito fã de Alice, não fiquei nem um pouco decepcionada ou chateada com as mudanças feitas. Aliás, a parte boa do filme, para mim, não se liga ao aspecto visual ou à personagens como o Chapeleiro Louco ou a rainha Vermelha, mas, sim, à discussão dos papéis de gênero. Alice, agora com 19 anos, está sendo empurrada para o casamento. As opções são casar ou ficar solteirona onerando a família. Veja bem, como moça aristocrata, ela tem pouquíssimas opções. Lembrei imediatamente do drama da Gwendolen de Daniel Deronda. A diferença é que tudo tem um tom de ironia e sarcasmo. Nada é sério.
Vendo o filme, entendi porque houve gente que se incomodou. Afinal, Alice não é passiva, não é fresca, não é histérica e se torna uma dragon slayer de espada na mão. Uma legítima heroína de ação. Meu marido a associou à Joanan D’Arc, eu não vi assim. Entendi que diretor e roteirista, Linda Woolverton, quiseram transformar Alice em alguém que reflete sobre a sociedade, que questiona os papéis impostos, e que vai à luta. Mensagem feminista e aprovada, pois temos uma heroína, que precisa encontrar coragem para cumprir uma missão, que toma as rédeas de sua vida e, detalhe, não tem um homem do seu lado, nem como companheiro, sidekick ou amante. Percebem porque alguns se ofenderam? Como assim sozinha? Como assim Alice guerreira? Ponto para a equipe que bolou o filme.
Houve quem reclamou de excessos de Johnny Depp, eu, de minha parte, achei a participação do Chapeleiro bem adequada e sem exageros. A Helena Borham Carter também me surpreendeu. Gosto muito dela, mas nos últimos tempos ela estava exagerada demais. Sempre um tom ou dois acima do necessário. Mas como sua Rainha Vermelha era galhofa, ela se soltou. O Valete também estava bem, e eu identifique de cara que a Lagarta Azul era o Alan Rickman. Estou boa de ouvido!
De resto, o filme ficou no regular para bom, uns 6,5 ou 7,0, talvez. Achei a atriz que faz a Alice, Mia Wasikowska, competente e já não tenho medo de vê-la como Jane Eyre. A discussão dos papéis de gênero ultrapassou as minhas expectativas. Agora, o final, a forma simplista de resolver a história é que foi o ponto fraco. Muito, muito, muito fraco. Alice poderia ter ficada no País das Maravilhas. Por que, não? Lá ela era respeitada, a salvadora, uma guerreira. E o mundo era tão mais legal e menos hipócrita. Mas ela volta e lhe dão um final fantasioso. O absurdo do filme está ali em um final infantilóide e simplista, com tudo se resolvendo de forma rápida e sem conflito.
P.S.: Linda Woolverton é roteirista de A Bela e a Fera e Mulan. Já entendi agora o motivo da discussão ter ficado tão boa e, ao mesmo tempo, por ser material Disney ter perdido a força no final. Espero que ela tenha mais coragem e/ou liberdade em outros materiais. Quem sabe?
27 pessoas comentaram:
Tbm vi Alice hoje! Concordo totalmente com o final ter sido meio decepcionante e tbm acho que a luta contra o dragão poderia ter sido um pouco melhor. Independente disso, saí do cinema muito satisfeito! Aquele mundo, as personagens, tudo ali é encantador demais! Não achei a atuação do Johnny Depp ruim como falaram e amei as rainhas Vermelha e Branca! Muito engraçadas! Os bichinhos, tipo o gato, aquela ratinha e a Lebre doida eram muito bons tbm. A interpretação de Alice da Mia ficou muito boa! Ela é a Alice! E não tem como não dizer que ela é linda linda linda!
Agora, a roteirista é a msm de "Abela e a Fera" e "Mulan"? Então agora eu estou totalmente convencido do pq de eu ter gostado tanto filme! Sou muito fã de Mulan! Melhor desenho da disney!
Eu vi Alicia na versão normal mesmo, porque me disseram que 3D não vale a pena (e seria impossível que eu tirasse meus óculos pra ver com os outros), e adorei. Nos blogs que eu sigo todo mundo se queixa de que isso, de que aquilo, de que sendo de Burton podia ser melhor, mas eu não entendo o que eles esperavam sendo um filme de Disney XD, e amei a crítica que você acaba de fazer. Nem o Chapeleiro é tão protagonista como dizem, nem o filme em sí é ruim; agora bem, no final também concordo com você.
E segundo o que eu li pela net, Alicia foi rodada em 2D mas depois colocaram os efeitos em 3D (como Fúria de Titãs), pelo que eu acho que, infelizmente, começaram a abusar desse efeito nos filmes mais ou menos atrativos u_u.
Tim Burton transformou o "País das Maravilhas", um dos locais imaginários mais intrigantes e psicodélicos, num mero espaço para uma luta entre o bem e mal.
O Senhor dos Anéis foi bem melhor nisso.
Como eu não gosto de Sr. dos Anéis - vi os três no cinema - e considero o último deles, além de misógino, racista. Eu fico com Alice sem pestanejar. O filme me deixou satisfeito. Sr. dos Anéis me deixou decepcionada e em alguns momentos furiosa mesmo.
Eu só fui ver 3D porque era o que havia legendado. E gostei. Não sei o que as pessoas esperam, foi minha primeira experiência, mas eu gostei.
Eu vou ver Alice em 3D segunda que vem e fiquei feliz em ouvir a sua critica ^_^!Ouvi muita gente dizendo que não gostou e não entendo o por quê(talvez tenham acho que era para ser meio disney sendo que dizem a obra original não é infantil)
Valéria, concordo com os seus comentários sobre a independência e a coragem de decidir e de agir da Alice, isso ficou muito legal. Junto com o visual do filme, pra mim foram as melhores coisas.
Achei o enredo em si, o roteiro, muito fraco, sem graça e previsível..O clima de fantasia psicodélica que o filme supostamente deveria ter se perdia ao tentar classificar todos os personagens como "aliados" da Alice e a "força do mal", comandada pela Rainha Vermelha.
Talvez por ser da Disney, tentaram fazer uma história mais digerível do que a original, totalmente nonsense e com eventos aleatórios.. Pra mim não colou :(
Eu vi o filme no sábado, não tive chance de vê-lo em 3D, seria meu primeiro filme em 3D, mas td bem, tbm não pude ver o filme legendado, outra coisa ruim... fala sério.
Amei, mesmo que a critica estivesse totamente contra Tim Burton.
Alegaram ter pirralhada no cinema... VÉI Alice é infantil cara... não gostei do rato invocadoXDDD ratinho idiota aquele, preferia o sonâmbulo mesmo do desenho da DisneyXD
Gostei da Alice guerreira, mas se não me engano ela tem 16/17 anos o.o não é ocntinuação de Alice no País das Maravilhas!!! Foi uma misturada bem a la Tim Burton, mas amei mesmo assim, disseram que não era engraçado, eu ri -.- e mt, tbm gostei do Deep *O* desde o ano passado que eu tava louca pra ver e não era por causa do DeepXD eu amo Alice^^ e pra finalizar Deep realmente foi mt bom pq conseguiu não trazer à memória os seus outros personagens, Ponto pra ele^^ isso eh mt bom pra carreira, eu tava com receio de ver um Chapeleiro meio Sparrow ou Mãos de TesouraXPPP saushaushua
AMEI^^ e cara a trilha sonora pra mim foi a melhor [não toh falando da musica da Avril, apesar de que o clipe ficou bom] não gostei mt da atriz que fez Alice, não gostei do final dado à Rainha Cabeçuda, apesar de que o Valete bem que mereceu>D achei incrível o fato de todos ao lado da rainha serem pessoas falsas MESMO, literalmente as partes do corpo cairem o.o perfeito cara, a mulher fofoqueira com orelhão a característica dos fofoqueiros foi exaltada com exatidãoXD fora isso gostei^^
Oi, Valéria!
Vi o filme ontem também em 3D e, quer saber, achei um cocô. Sim, eu gosto muito de Alice por causa das associações com o universo feminino, o descobrimento de si (e dos homens, diga-se), as metáforas relacionadas ao tempo. Gosto mesmo. Mas esse filme conseguiu destruir tudo isso, transformando a história numa briguinha rasa entre bem e mal (que, na Alice original, nem sequer se distinguem. Ou existem).
Como essa foi uma releitura, e como Alice já está crescida e tomando decisões adultas, acho que foi mesmo bonito ela ter virado uma heroína. Mas o desenvolvimento dessa heroína que me pareceu muito fraco. Não houve questionamento, ou conhecimento adquirido na jornada, nada: só muitos efeitos visuais que esconderam a total falta de história e crescimento. É o que eu acho, pelo menos.
Bom, o Gato (o que mostra os caminhos, que confunde a Alice e faz com que ela se descubra, o que é uma das personagens mais importantes!) foi tosco e só apareceu pra desaparecer e aparecer de novo e desaparecer. O Johnny Depp como Chapeleiro foi médio, e o Chapeleiro foi um personagem ruim (de romancinho com a Alice, de onde tiraram isso?!). E a lagarta (para mim, a mais importante) não acrescentou muito. Só aquela voz maravilhosa do Alan Rickman salvou.
Para mim, o filme foi uma afronta à minha inteligência. E eu acho que crianças conseguem entender coisas mais complexas que isso.
Mas, pra não dizer que não gostei de nada, a Rainha de Copas foi fofa! Manteve muitos dos elementos originais de uma mulher ferida em uma personagem por quem a gente acaba por ter compaixão. Não fosse por ela e por aqueles objetos voando na nossa direção o tempo todo, eu teria me entediado.
Luísa
Dammy, no filme ela começa menian e há um salto de 13 anos. Ela tinha 19.
E nem diria releitura. É uma continuação se apropriando de elementos do livro. E, também, não achei o filme tolo, porque o que é para criança não percisa ser assim. E o livro é para crianças.
Alice no País das Maravilhas foi o filme que eu mais aguardei. Aguardava desde o final de 2008, quando veio a notícia de que estava sendo produzido. E fiquei muito satisfeita.
Achei que os personagens foram bem desenvolvidos e adorei o Cheshire <33
De resto, achei que a luta podia ter sido mais longa, mas eu gostei do final. E se ela ficasse em Underland, então a metáfora do filme ia por água abaixo xD
Toda a luta foi o necessário pra fazer a Alice crescer. E ver que ela podia encarar o mundo real e controlar a própria vida. Ao matar o monstro, ela viu que nada era impossível e que a vida dela era dela. E que ela não precisava casar com o infeliz com problemas de digestão porque a sociedade esperava isso dela.
Toda a viagem era uma metáfora, não faria sentido ela ficar por lá.
E aqui, um comentário a parte, de algo que eu não vi ninguém falar.
Eu odiei a Rainha Branca. Sério, achei ela pior que a Rainha Vermelha.
A Rainha Branca manipula as pessoas. Como a Iracebeth falou, ela não merecia o trono, por ser a mais nova. Mas "enfeitiçou" os pais e virou rainha.
Todo o papo de não matar seres vivos era rídiculo. A Rainha Branca não matava, mas fazia os outros matarem por ela. Ela conquistava as pessoas com o jeitinho doce e conseguia o que queria.
E de certa forma, manipulou a Alice. A menina não queria matar o monstro, mas a Mirana fez que fez que ela teve que ir lá. Lembra do que a Iracebeth disse?
"Era só piscar os olhinhos que papai e mamãe se derretiam, mas isso não funciona comigo" (ou algo assim).
Pois é. Pra mim, a Rainha Branca era muito mais maquiavélica do que a Vermelha. Iracebeth era infantil, mas Mirana era manipuladora.
Devo dizer que adorei o filme, apesar de todas as críticas dos críticos de cinema. Se bem que, é Tim Burton e como fã quase número 1, eu sou suspeita pra falar xD
(E aqui fica mais uma curiosidade, mas que eu quero saber. Lewis Carroll era pedófilo mesmo? D:)
Eu não sei bem se gostei do filme ou não. Saí do cinema com uma sensação meio "...". O filme foi legal, foi divertido, mas não foi memorável.
Eu fui assistir mais pela atriz que fez a Alice. Tinha visto ela na primeira temporada de In Treatmente e a achei fanstástica. Quando li que ela ia fazer o filme, eu tive que ir ver.
Por falar nisso, já assistiu In Treatment?
Queria muito ir ver Alice... mas estou sem po$$ibilidades. ;___;
Luma, Eu ainda não consegui ver In Treatment, mas já li maravilhas sobre a série. Tenho que correr atrás. Bom você dizer que foi por causa da atriz, mas pena que não diga isso para os caras do Rapaduracast. Um deles me escreveu que muita gente pensava que Alice era o Chapeleiro, tamanho o desprezo por essa menina. E, pior, acho que ele estava falando sério.
Eu quero ver como ela defende a sua Jane Eyre.
Mas é por aí mesmo. Não é um filme memorável, não é nem de longe o melhor filme do diretor, mas pegou em pontos interessantes. Por isso mesmo, não será esquecível. aliás, pode ser lembrado para falar de acertos e erros. O final, para mim, foi um erro. ;)
debie-chan, eu realmente esqueci da Rainha Branca. eu a achei sinistra, muito mais do que a irmã malvada. Ela me passava a impressão de vilania por trás de todo o pó branco. Aliás, talvez o objetivo era passar a dubiedade. Quem seria pior para o País das Maravilhas?
Sai do cinema com aquele final me incomodando.
Que final mirabolante! Pior que último capítulo de novela da Globo, tudo é resolvido às pressas e ela conquista um espaço praticamente improvável, impossível. Nenhuma review até eu ler a sua tocou nesse ponto, que pra mim foi fundamental. Nada de luta contra o bem e mal como andam dizendo. Mia, Johnny e Helena fizeram um bom trabalho. Anne também, uma 'princesa Disney' com toques bizarros. Danny Elfman sem defeitos, como sempre.
Gosto da Alice criança, da Alice corajosa, da Alice que questiona tudo, até sua curiosidade sem fim. Quando a sua versão criança apareceu no filme, fiquei maravilhada. Alice é sobre ser criança. E ser criança não é tolo e muito menos simples. Não é nonsense, nem aleatório.
É uma boa releitura, enfrentar uma Alice adolescente não é fácil (vide American McGee's Alice). Mas, por que um final simplista pra questões tão complexas??
Eu só queria postar referente aos oculos...
Uso 3 graus, e a priemira vez q fui no 3d(pra ver aqueles pequenos 12 min do Harry Potter ¬¬) Achei o oculos 3d enorme!! Depois coloquei por cima do meu oculos e vi que realmente era daquele tamanho pra se adaptar ao oculos convencional...
Só isso rsrs beijim
Será que ficando no mundo de "Underland" ela não estaria fugindo da realidade? Mesmo que esta realidade fosse a pior opção para ela? Eu já não ia gostar se ela tivesse ficado em Wonderland. ^_^
Eu não achei a luta fraca porque ninguém ali era guerreiro ou coisa parecida. Eu iria sim torcer o nariz se a Alice ou qualquer outro personagem dessem golpes "ninjas" ou fossem excelentes esgrimistas. Mas amei a hora quando ela voa e decepa a cabeça do dragão. =D
Acredita que eu pensei na Joana D´Arc quando a vi vestida com a armadura? Mas só por por conta do visual, só isso.
Acho que o pessoal viu o Chapeleiro como o protagonista por ainda assimilarem Jhonny Deep como "mais um personagem maluco tipo Edward ou Jack Sparrow", não? Aí ficou no inconsciente coletivo algo como Disney+Deep+Jack Sparrow+Edward = sei lá o que as pessoas esperavam e se decepcionaram. =P
Procurando por críticas sobre o filme achei a crítica desse cara interesante: http://pipocamoderna.virgula.uol.com.br/?p=25432
Não me lembro mais dessa parte da história moderna, mas até que faz sentido para o final do filme.
Pra mim todos os personagens tem um pouco de insanidade. Eu cheguei a achar que o gato trairia o Chapeleiro naquela cena da prisão. Sei lá, viajei. A rainha branca para mim parecia que teria um surto psicótico a qualquer momento com aqueles trejeitos dela. =P
Realmente eu não vi luta entre o bem e o mal. Eu estava mais focada no fato de Alice vencer os obstáculos, criados em sua mente pelo "mundo real" (a mãe,no começo do filme podando/criticando o comportamento da Alice ao contrário do pai que deixava Alice ser do que jeito que ela era), e qua estavam impedindo-a de tomar a decisão de se tornar livre, sem regras, sem ninguém ditando para ela o que era certo ou errado, o que era normal ou estranho.
Katia, também não foquei na luta entre bemXmal, tanto que nem citei na resenha, porque, como falei, a Rainha Branca não me aprecia nem um pouco boazinha. Foquei na Alice e devo dizer que foram os seus comentários no Twitter que mais me estimularam a ir ver.
Quanto ao mundo real. Voltar teria sido o melhor se o desdobramento final não fosse tão tolo como foi.
E a luta foi de bom tamanho. Ninguém era guerreiro mesmo.
Diego, os que me deram aqui em BSB não conseguiram se encaixar aos meus óculos. Foi muito desagradável, só fiquei com o 3D, mas meu grau é irisório.
Debbie-cha escreveu: E aqui fica mais uma curiosidade, mas que eu quero saber. Lewis Carroll era pedófilo mesmo? D:
Olha, eu não conheço muito da vida do Caroll, mas depois que li sobre John Ruskin e assisti Desperate Romantics (Veja a resenah que eu fiz) não consigo ler sobre um sem puxar o outro. Abri a Wikipedia e descobri que o Caroll estava ligada ao Ruskin de alguma maneira, que estava próximo dos Pré-Rafaelitas. Agora tenho muito a pensar.
Caroll era pedófilo? Deveria ser, mas aquele de pedófilo do vitoriano que era inofensivo, isto é, um cara com uma sexualidade infantilizada ou que tinha tanta fixação pela pureza (*aquela idealização pervertida*) que era incapaz de se relacionar com uma mulher adulta. A trajetória dele é parecida em muitos aspectos com a do Ruskin, só que este último se casou com a jovem por quem ele se apaixonou criança, infernizou a sua vida e nunca consumou o casamento. Quando a coisa fracassou, ele cortejou uma outra menininha.
O Caroll pode até ter cortejado Alice, mas não há evidência concreta. O que existe é seu interesse por meninas (*sempre*) via fotografia, desenho e pintura. Uma busca por uma estética apurada e assexualizada, na minha opinião. Eu até posso projetar ali uma tensão sexual, mas como descrevi antes, pedofilia passiva, sem tocar, sem nada do gênero. Posso estar errada, mas não existe muito rastro de qualquer atividade pedófila concreta co Caroll que eu saiba.
não aguentei eu tinha que falar maisXDDD
amei a cena da Alice 'virando' uma Rainha de Copas, tipo na hora que ela corta a cabeça do JAGUADART e gritando: CORTEM-LHE A CABEÇA!" *o* tdos percebendo o que realmente era aquela guerra...
Debie-chan achei interessante seu posicionamento sobre a Rainha Branca o.o sério
E a parte mais legal foi a das 6 coisas impossíveis que Alice pensa antes do café^^ não tinha parado pra pensar assim qndo li os livros, gostei disso no filme
Val-chan amo seu site, abro tds os dias e cara amo seus comentários só tm uma coisa que não gostei até hj... a gente mora em Brasília e até hj não nos vimos¬¬
XDDD fica aí o convite^^
bem, eu vi alice hoje, por isso só li os comentarios hj...
sim, eu pensei q ela poderia ter ficado no país das maravilhas, mas de certa forma seria uma fuga dos problemas que ela enfrentava no mundo real. Concordo que o final ficou um pouco fantasioso e forçado, mas me deu uma impressão de alguém q enfrenta os problemas e o fato dela ter saido viajando sozinha mostrou uma independencia.
Notei também que "rola um clima" entre a alice e o chapeleiro e isso me lembrou muito das "fanarts" da bri-chan, do www.bri-chan.deviantart.com; são fantásticas, e também tem a fanfic interminada num live-journal, "when curiosity meets insanity", vale a pena dar uma olhada!
Quanto aos óculos 3D eu percebi que a qualidade varia muito conforme os cinemas que você frequenta, eu acho aqueles do cinemark péssimos, mas aqueles cinemas que usam óculos da "Dolby Digital", com marcas assim escritas na lateral do óculos costumam ser muito melhores, e também meu pai, que usa óculos e não encherga nada sem eles, não teve problema em colocar os óculos da referida marca por cima dos dele. Aliás é o segundo filme 3D que vou assistir com o meu pai (o primeiro foi como treinar o seu dragão, muito bom, principalmente com a dublagem em ingles).
Outra crítica é que mesmo aqui em são paulo é meio complicado achar lugares exibindo "Alice" em 2D, meu namorado fica tonto e não consegue assistir filmes 3D, e eu jah ouvi que há mais pessoas com o mesmo problema, mais uma vez o cinema exclui pessoas por escolhas com relação as cópias exibidas...
Entretanto adoro ler as suas impressões de filmes, desculpe tagarelar tanto!
Tava esperando vc fazer uma resenha sobre esse filme, Valéria.
Aliás, lembrei de vc ao ver a postura da Alice e até passou pela minha cabeça na hora "acho q a valéria vai gostar"
Bom, confesso que fui pro cinema não esperando muito do filme, pelo trailer, que me pareceu focar mais na ação que na história. Essa coisa da moda do 3D tb me desperta preconceito. Mas assisti em 2D mesmo. Até pq em Teresina nem tem sala 3D.
Até criei um pouco mais de expectativa quando vi uma entrevista do Tim Burton sobre o filme. Mas sinceramente, nada que ele disse ao Omelete eu vi realmente.
Primeiro: ele falou que iria ser um Alice completamente diferente de tudo o q já foi feito, mas pra mim ele simplesmente sintetizou a mensagem das histórias num enredo mais facilmente digerível. Aliás, quando soube q Tim ia fazer Alice, achei perfeito: Alice é sobre desajustes sociais, sempre foi, e questionamentos de posições hierárquicas disfarçadas de educação. Quem é o louco? É tão ruim ser o "louco"? E essa é a temática de praticamente toda a obra do Burton.
Segundo: ele falou q não havia romance entre o chapeleiro e Alice, mas me poupe: pode até não ter se focado no romance e tudo ter ficado no subentendido. Mas que há um clima, há. Até pq o chapeleiro funciona como uma contraparte do Valete e a comparação é inevitável. Pra mim, isso ficou mais explicito quando o chapeleiro brinca dos "desencontros" dos dois: "Porque quando nos vemos, você é sempre pequena demais ou grande demais?" E quando eles finalmente se veêm "do mesmo tamanho" fica aquela "coisa"...
Mas realmente, o filme não é sobre o romance entre os dois e sim, sobre a recuperação da "muitesa" da Alice.
Acho que se ela tivesse ficado no País das Maravilhas, ia reforçar esse sentido de romance, "ela ficou pq o chapeleiro pediu", e toda a idéia dela pensar por si mesma ia meio que se esvaziar. Era o mesmo que a Pocahontas ir pra Inglaterra com o Smith.(pra mim só existe o 1ª filme da disney)
A repentina ascensão social dela no final me irritou muito mesmo. Era uma coisa que merecia mais um filme sobre pra convencer. Bem disney mesmo. Mas achei poético ela ver o Absoluto "real". Eu preferia uma música tema da Imogen Heap-trilha sonora de Nárnia- que Avril. sinceramente...
Como falaram aqui, eu saí meio hiatamente do cinema, meio "...".
Sinceramente, Tim não revolucionou nada em Alice: ela sempre foi questionadora e curiosa, nunca foi fresca nem histérica: Tim só desenvolveu a personalidade esperada q ela alcançasse. Só transformou-a numa "Joana D'arc.": lembrei muito mesmo da referência.
Alice sempre foi uma heroína, de armadura e espada ou de vestido vitoriano. Vi esse elemento mais como um chamariz para uma ação a fim de atrair o público infantil atual do q por causa de uma mensagem feminista.
Coisas que eu gostei muito:
1.As homenagens do Tim: desde ele explorar o enigma do corvo e da escrivaninha lembrando as brincadeiras com lógica do Lewis Carrol "matemático", à "Alice" de verdade, a Lidell, inspiração de Carrol, que chegou a se apaixonar por um principe e eles não puderam se casar: isso está homenageado na tia "solteirona e louca" da Alice no começo do filme. Fora a homenagem a Michel Jackson...não espereva ver o John Deep fazer aquilo.*ri horrores*
O visual gótico e cabeçudo da rainha de copas tb é uma homenagem ao artista surrealista e sombrio Ray Caesar: famoso por pintar retratos de meninas "endiabradas", representando seu lado mimado e perverso dando à elas enormes cabeças e aquele olhar malicioso.
2.A atuação da esposa do Tim me comoveu muito: sério, fiquei com pena da rainha de copas...quando ela chega a conclusão q é melhor ser temida q amada. Gente, é triste. Concordo com a Val, dessa vez ela acertou no tom.*Esqueci da voz de Lilica dizendo q matou o sirius black*
Como comentaram aqui, pode até não ter essa intenção, mas a redução da rainha branca em boazinha e a de copas, a má, é visível: e nos livros, é bem claro q cada uma traz os horríveis defeitos da realeza: uma a tirania, outra a manipulação. Mas a interpretação da copas humanizou tanto a personagem q eu achei o final dela injusto.
Pra mim, os únicos personagens codjuvantes bem trabalhados são o Chapeleiro, o Valete e a rainha de Copas. Os outros, pra mim, nem deu tempo de sentir carisma, só de rir um pouco. Gostei muito da corte literalmente falsa da rainha de copas tb.
Sim, ainda acho q o Chapeleiro foi desnecessariamente estrelão, com cenas de relembrança q funcionaram mais para valorizar a atuação do John Deep do q realmente fazer a história caminhar: tempo q poderia ser usado em outros personagens.
Por último, mas não menos importante: a dublagem. Na minha cidade não existiam opções legendadas. Mas felizmente, a dublagem não é de lascar, tirando a voz da Alice, que é muito infantilizada pra uma garota de 17 anos.*é a mesmo tom de quando tinha 13*
Gostei bastante da crítica. Eu concordo com toda a parte do roteiro a la Mulan, sobre o crescimento da Alice, o amadurecimento e ela descobrir que tem forças pra enfrentar os percalços da vida.
O que eu não gostei no filme é que ele acabou ficando uma mistura estranha: nem filme do Tim Burton, nem "filme da Disney". São duas maneiras de fazer filmes que são ótimas no que se propõe a fazer, mas que não funcionaram mesclados.
Por conta disso, sobrou espaço pra muita coisa exagerada e desnecessária, mas confesso que eu já estava de má vontade com o Depp só pelos trailers (achei os trejeitos dele muito parecidos com o do Jack Sparrow), e pra piorar ainda peguei sessão cheia e com 4 mal educadas atrás de mim que não paravam de rir e conversar. Mas também não sinto vontade de ver de novo.
No mais, eu não tinha prestado muita atenção na Rainha Branca ser manipuladora. Acho que o filme não deu espaço pra gente perceber que não há dualidade entre as duas, que elas não são bem/mal.
Por fim, gosto dela ter voltado pra casa e dispensado o almofadinha, mas o resto achei bem cagado.
Vi Alice a muito tempo e só achei o post do blog agora x]~~.
Mas pelo final não podemos esquecer que ela se "transforma" de uma recém em heroína para uma Imperialista que vai explorar um outro povo. Acaba sendo uma conversa com as Rainhas Victoria I que atuou na época dourada do imperialismo britânico e Elizabeth I com seus corsários nos mares do caribe.
As cenas finais podem ter sido "fáceis" mas a transformação que elas fazem na Alice são bem maiores.
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