Veja só que curiosa essa matéria, segundo o Comic Natalie, está no ar uma campanha (*está mesmo, eu fui comprovar*) de promoção do mangá Sangatsu no Lion (3月のライオン) de Chica Umino, autora de Honey & Clover (ハチミツとクローバー ). Basta enviar uma mensagem elogiando ou comentando o mangá acrescentando #lion_msg no final. Se entendi bem, as melhores mensagens serão colocadas em um pôster que será afixado no dia 9 de abril em uma estação de metrô em Tokyo. Trata-se de uma campanha de promoção do mangá e, se entendi bem, ela não ficará somente no pôster. Acredito que as mensagens precisem estar em japonês. Agora, é muito importante esse papel do Twitter como instrumento de divulgação e promoção; melhor ainda ver o uso positivo da rede, pois as mobilizações BBB que eu vejo aqui no Brasil me dão náuseas.
3 pessoas comentaram:
Bom, acho as campanhas do Fora Dourado ultranecessárias. Um homem que admite não usar camisinha, bater em mulher e ainda é homofóbico tem mais é que ser expulso. O pior é ver essa gentinha batendo palmas pra um ignorante nojento como esse tal de Dourado.
Aliás, você já leu a série de livros da Princesa Sultana? Estava lendo uma discussão idiota sobre Oriente Médio dizendo que a Marjane Satrapi era uma patricinha americanizada e lembrei disso. É absurdo essa gente que apoia o regime atual do Irã.
AAAAHN! T_T Pena que tenho a mesma fluência em japonês que um balde! Devoro todos os scans que consigo de Sangatsu no Lion! E não é por ser fã de H&C, a história se sustenta muito bem e só confirma o estilo da autora. =) Tenho uma esperançazinha...
Olha, se querem atingir a Globo – porque é a emissora que está promovendo esse sujeito – basta desligar a TV e parar de acessar a página do programa. Rapidamente, a emissora iria refletir sobre a questão. O que eu vejo é um monte de gente gastando energia para atacar e defender pseudo-celebridades. Sinceramente? Dourado não vale nada, mas os outros valem? BBB, para mim, é lixo. Não há heróis ali, tampouco gente que mereça a minha atenção como telespectadora ou a minha torcida. Por exemplo, tem gente até hoje dizendo que o sujeito tem suásticas no corpo e é nazista... Bem, se ninguém ali naquela casinha, salvo o dono da tatuagem, sabe o que é um manji... E, pior, a tal doutora mostrou – se é que a história procede – uma cultura geral muito limitada. Mas o que esperar do BBB? E me pediram para falar do programa e do “Fora Dourado!” aqui. Eu me recusei, o máximo que fiz foi retwittar a campanha. E já me senti meio cretina fazendo isso.
Eu li Princesa, o primeiro e o segundo livro. Mas não há como comparar Irã e Arábia Saudita. a Revolução Islâmica não conseguiu arrancar todos os direitos das mulheres, no caso da Arábia Saudita, elas nunca tiveram direitos, ainda mais o de voto, pertencer à Suprema Corte e ao governo, usar a roupa que bem entendessem (*a lei garantia, não vamos entrar no mérito da liberdade familiar*) como no Irã pré-Revolução. Na Arábia Saudita as mulheres não podem dirigir carros e até uns dez anos atrás não tinham nem direito à documento de identidade. São países muito diferentes.
Quanto a Satrapi ser uma patricinha... Bem, de certa forma ela era, sim. Eu adoro Persépolis, consigo entender a dor e a frustração dela, assim como a da autora de Lendo Lolita em Teerã (*Lolita do Nabokov, mesmo*), mas elas, as duas, são mulheres ricas. Elas só perderam com a Revolução. Mas foi a Revolução Islâmica que possibilitou uma melhoria considerável nos níveis educacionais e de saúde do país. Ou seja, a vida das mulheres em geral piorou e melhorou. Talvez, algumas mulheres pobres tenham opinião um pouco diferente de Satrapi e outras iranianas ricas que estão na mídia, mas elas não tem voz.
Não estou defendendo o governo dos Aiatolás, não estou MESMO. Não queria ser mulher no Irã, rica ou pobre, mas não se pode colocar Irã e Arábia Saudita no mesmo saco, ou engolir esse papo de Eixo do Mal que os EUA querem empurrar para a gente. Um Irã nuclear é muito menos perigoso do que o Paquistão nuclear que os americanos criaram. Para mim, deveriam se preocupar é com o Paquistão, ou com a Arábia Saudita. Esse zum-zum-zum em torno do Irã é factóide americano.
E como é que Irã, Arábia Saudita e Dourado vieram parar na mesma conversa?
Postar um comentário