Se eu tenho algum vício, certamente é comprar livros. Já tenho tantos, e muitos não lidos, que o bom senso exigiria que eu parasse ou começasse a doar ou vender livros que não me interessem mais, que não lerei de novo, ou nunca lerei. Só que não consigo. Dito isso, hoje esperando para ir para o curso teórico do Detran – minha ordália de 9 dias – acabei entrando na Saraiva. Batata! Saí de lá com dois livros. Mas não poderia evitar mesmo. Ganhei 10% de desconto por ser professora e resgatei os R$15,00 que tinha de desconto acumulado por compras. Nada mal, paguei 65% do valor ou algo assim.
O primeiro é O Grande Livro das Histórias de Fantasmas da editora Suma. Eu nem gosto tanto de fantasmas, prefiro vampiros mesmo, mas vi dois nomes familiares na capa: Charlote Brönte (Jane Eyre), Edith Wharton (A Era da Inocência). Um, abri. No índice, outros nomes conhecidos como Elizabeth Gaskell (Norte & Sul), Antonia Fraser (da biografia de Maria Antonieta). Daí, fui ler a contra-capa. Olha só que legal, tratava-se de uma coletânea de contos de fantasmas escritos somente por mulheres. Bem, não poderia deixar de trazer para casa, pela própria curiosidade. Vou tentar ler um conto por dia tão logo termine esse curso. Para quem se interessar, o melhor preço é o da FNAC, só que tem o frete, então dá na mesma.
O outro livro, Os Livros e os Dias – Um Ano de Leituras Parazeirosas, é mais fininho, muito caro para o número de páginas, mas de um autor que eu realmente amo: Alberto Manguel. Eu ganhei o primeiro livro de Manguel na época da faculdade, de um amigo muito querido. O nome é Uma História da Leitura. Hoje, tenho mais outros livros dele e não poderia deixar de trazer um livro em que o autor se propôs a fazer a releitura de alguns de seus livros favoritos em um ano. Um deles Memórias Póstumas de Brás Cubas do nosso Machado de Assis, mas, também, O Signo dos Quatro (*Putz, esse é o Sherlock Holmes favorito dele? Quero saber o motivo!*) de Arthur Conan Doyle e O Livro de Cabeceira da japonesa Sei Shonagon, um livro do século XI! Poderia ter um Jane Austen, eu até abri o índice torcendo muito, mas, enfim, duvido que o Manguel me decepcione. Melhor preço dessa vez é do Submarino.
Pois bem, estão feitas as recomendações. Duvido que não valham a pena. E termino citando um dos parágrafos do prefácio escrito pelo Manguel: “Existem livros pelos quais deslizamos os olhos alegremente, esquecendo uma página logo depois de virá-la; outros, que lemos com reverência, sem ousar concordar ou discordar; há também os que oferecem mera informação e dispensam nosso comentário; outros ainda que, por tê-los amado tanto e por tanto tempo, somos capazes de repetir palavra por palavra, uma vez que os conhecemos ‘de cor’, no sentido mais profundo da expressão.” Quando terminei, senti uma lágrima vindo aos olhos, lembrei dos meus livros mais queridos e senti que tinha feito uma boa compra, pois essa partezinha é de uma sabedoria e sensibilidade tão grande que vale por mil páginas.
O primeiro é O Grande Livro das Histórias de Fantasmas da editora Suma. Eu nem gosto tanto de fantasmas, prefiro vampiros mesmo, mas vi dois nomes familiares na capa: Charlote Brönte (Jane Eyre), Edith Wharton (A Era da Inocência). Um, abri. No índice, outros nomes conhecidos como Elizabeth Gaskell (Norte & Sul), Antonia Fraser (da biografia de Maria Antonieta). Daí, fui ler a contra-capa. Olha só que legal, tratava-se de uma coletânea de contos de fantasmas escritos somente por mulheres. Bem, não poderia deixar de trazer para casa, pela própria curiosidade. Vou tentar ler um conto por dia tão logo termine esse curso. Para quem se interessar, o melhor preço é o da FNAC, só que tem o frete, então dá na mesma.
O outro livro, Os Livros e os Dias – Um Ano de Leituras Parazeirosas, é mais fininho, muito caro para o número de páginas, mas de um autor que eu realmente amo: Alberto Manguel. Eu ganhei o primeiro livro de Manguel na época da faculdade, de um amigo muito querido. O nome é Uma História da Leitura. Hoje, tenho mais outros livros dele e não poderia deixar de trazer um livro em que o autor se propôs a fazer a releitura de alguns de seus livros favoritos em um ano. Um deles Memórias Póstumas de Brás Cubas do nosso Machado de Assis, mas, também, O Signo dos Quatro (*Putz, esse é o Sherlock Holmes favorito dele? Quero saber o motivo!*) de Arthur Conan Doyle e O Livro de Cabeceira da japonesa Sei Shonagon, um livro do século XI! Poderia ter um Jane Austen, eu até abri o índice torcendo muito, mas, enfim, duvido que o Manguel me decepcione. Melhor preço dessa vez é do Submarino.
Pois bem, estão feitas as recomendações. Duvido que não valham a pena. E termino citando um dos parágrafos do prefácio escrito pelo Manguel: “Existem livros pelos quais deslizamos os olhos alegremente, esquecendo uma página logo depois de virá-la; outros, que lemos com reverência, sem ousar concordar ou discordar; há também os que oferecem mera informação e dispensam nosso comentário; outros ainda que, por tê-los amado tanto e por tanto tempo, somos capazes de repetir palavra por palavra, uma vez que os conhecemos ‘de cor’, no sentido mais profundo da expressão.” Quando terminei, senti uma lágrima vindo aos olhos, lembrei dos meus livros mais queridos e senti que tinha feito uma boa compra, pois essa partezinha é de uma sabedoria e sensibilidade tão grande que vale por mil páginas.
1 pessoas comentaram:
Se um dia quiser se livrar de livros, pelo amor de Deus não esqueça de mim aqui. \o
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