Essa notinha saiu na Folha de São Paulo de hoje. Achei muito pertinente a postura do secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, que aponta para um problema da nossa sociedade hoje: os pais não querem dizer “não” aos seus filhos e filhas, pois isso gera tensão, angústia, então, delegue-se ao Estado (*ou à escola, ou às redes de TV*) o dever de educar as crianças e adolescentes. Tornar a classificação indicativa significaria o quê? Mais mutilação? Colocar censura dez anos até meia noite, porque crianças de 5 anos continuam acordadas? E eu preciso esclarecer uma coisa, acredito que precisemos de regras, e toda regra é uma forma de censura, gostem disso, ou não, mas é preciso proteger a liberdade criativa e de expressão (*não de opressão ou de ofensa gratuita*), ao Estado cabe regulamentar, não assumir funções paternas e maternas.
Eu fico triste de ver que Escrava Isaura de 1976, com censura e governo militar e tudo mais, não passaria hoje, tenho medo de um remake de O Direito de Amar por causa disso. E eu nem quero imaginar os animes, que passavam sem censura na Manchete dos anos 80. Só que duas da tarde vemos uma série de barbaridades sem ligar para quem assiste... Bem, há gente dentro do estado brasileiro que adoraria ter mais poder, controle sobre a mídia e nossas vidas, esse tipo de pesquisa é um prato cheio. De qualquer forma, espero que prevaleça o bom senso. Segue o texto.
Eu fico triste de ver que Escrava Isaura de 1976, com censura e governo militar e tudo mais, não passaria hoje, tenho medo de um remake de O Direito de Amar por causa disso. E eu nem quero imaginar os animes, que passavam sem censura na Manchete dos anos 80. Só que duas da tarde vemos uma série de barbaridades sem ligar para quem assiste... Bem, há gente dentro do estado brasileiro que adoraria ter mais poder, controle sobre a mídia e nossas vidas, esse tipo de pesquisa é um prato cheio. De qualquer forma, espero que prevaleça o bom senso. Segue o texto.
Pais querem classificação indicativa mais rígida para TV
Pesquisa encomendada pelo Ministério da Justiça revela que 74,2% dos pais e responsáveis entrevistados são favoráveis à classificação indicativa da programação das TVs. Desses, 38,3% entendem que as regras adotadas para a análise do conteúdo exibido pelas emissoras devem ser mais rígidas. No levantamento, realizado pelo ministério para conhecer o que os cidadãos pensam sobre a classificação, foram entrevistadas 4.400 pessoas – metade pais e responsáveis e metade crianças e adolescentes.
Segundo o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, a busca por mais rigidez na classificação dos programas veiculados é um sinal de que pais e mães querem de alguma maneira transferir para o Estado sua responsabilidade na educação dos filhos. "Se o ministério e as emissoras estão cumprindo sua parte e os pais têm essa queixa, o que entendemos é que eles não estão assumindo o papel que têm", diz Tuma Júnior.
Com base no estudo, feito em 2008 e ainda inédito, a Justiça lançou uma campanha focada na importância de conhecer a fundo o que as crianças assistem. A idéia é prevenir os desavisados contra a aparência ingênua que alguns programas apresentam à primeira vista. "O Estado auxilia, mas os pais é que devem decidir o que os filhos vão ver ou não." Foram distribuídas 540 mil cartilhas explicativas. Os filmes da campanha serão exibidos em salas de cinema e nas TVs.
Pesquisa encomendada pelo Ministério da Justiça revela que 74,2% dos pais e responsáveis entrevistados são favoráveis à classificação indicativa da programação das TVs. Desses, 38,3% entendem que as regras adotadas para a análise do conteúdo exibido pelas emissoras devem ser mais rígidas. No levantamento, realizado pelo ministério para conhecer o que os cidadãos pensam sobre a classificação, foram entrevistadas 4.400 pessoas – metade pais e responsáveis e metade crianças e adolescentes.
Segundo o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, a busca por mais rigidez na classificação dos programas veiculados é um sinal de que pais e mães querem de alguma maneira transferir para o Estado sua responsabilidade na educação dos filhos. "Se o ministério e as emissoras estão cumprindo sua parte e os pais têm essa queixa, o que entendemos é que eles não estão assumindo o papel que têm", diz Tuma Júnior.
Com base no estudo, feito em 2008 e ainda inédito, a Justiça lançou uma campanha focada na importância de conhecer a fundo o que as crianças assistem. A idéia é prevenir os desavisados contra a aparência ingênua que alguns programas apresentam à primeira vista. "O Estado auxilia, mas os pais é que devem decidir o que os filhos vão ver ou não." Foram distribuídas 540 mil cartilhas explicativas. Os filmes da campanha serão exibidos em salas de cinema e nas TVs.
3 pessoas comentaram:
Infelizmente é comum pais jogando a responsabilidade de educar seus filhos para cima de qualquer coisa que puderem. Já vi uma mãe na supernanny inglesa que não queria dar regras para os filhos com medo deles a odiarem...achei o cúmulo.
Estabelecer limites são necessários para todos! E quem dever faze-los são os pais, se nem eles se comprometem a fazer isso, os outros que vão ser obrigados a faze-lo?? Não mesmo.
Valéria, outro dia eu estava vendo Tom e Jerry no Cartoon Network, eram umas 23:00hs, e havia passado um aviso que dizia que "O programa a seguir teve seu conteúdo editado para se adequar a todos os públicos".
Tom e Jerry, Valéria.UM CLÁSSICO.
Esse tipo de coisa só mostra que os pais cada vez mais querem ter menos responsabilidades com os filhos. Se não bastassem deixá-los em escolas presumindo que professoras vão educar o que eles não educam, agora querem que o governo monitore o que eles vejam! Controle de pais existe pra quê?
Dizer mais alguma cosia é chover nomolhado. Se os pais abandonam os filhos na frente da TV de quem é a culpa? A TV foi minha babá e eu cresci vendo Xuxa e todas as novelas que passavam na época, então pelo menos posso dizer que meus pais não são hipócritas. Muita hipocrisia querer jogar mais essa responsabilidade para o Estado.
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