Duas danças bem diferentes

Agora à tarde estava tentando cochilar (*essa história de semana pedagógica me deprime e estressa*) e acabei assistindo A Máscara do Zorro quase todo (*dormir, não dormi*). Eu adoro o Zorro, a personagem, seja o seriado com o Guy Williams, seja o filme com o Tyrone Power, e, especialmente, o primeiríssimo com o Douglas Fairbanks (*o único que coloca claramente a sugestão, que está no livro, de que Diego poderia ter um caso com o Sargento Gonzales/Garcia*). Antes de estrear A Máscara do Zorro com o Antonio Bandeiras e assistir o filme do Douglas Fairbanks, já tinha lido o livro derivado do roteiro do filme, comprei o quadrinho e a trilha sonora. Assisti o filme três vezes no cinema. Foi um filme divertidíssimo em todos os sentidos. E, além de ser o Zorro, ainda estava na minha fase Antonio Banderas, vi até um filme em que ele era o Mussolini jovem (*podem acreditar*).

Enfim, um dos pontos altos do filme A Máscara do Zorro é a dança do Bandeiras com a Catherine Zeta-Jones, os dois lindíssimos. A dança é extremamente sensual e “vigorosa”. OK, mas não sei quanta gente sabe que ela foi um “revamp”, por assim dizer da cena de dança do filme com o Tyrone Powers de 1940. Mas vejam a diferença, não somente no ritmo (*supostamente é a mesma música*), mas especialmente no comportamento e indumentária da mocinha. Linda Darnell recatadíssima em seu vestido branco, Zeta-Jones explosiva em seu vestido vermelho.

Ambas são o objeto do desejo do herói, mas o tipo de mocinha vendido para a audiência era bem diferente, o que se esperava de uma mulher, também (*nem tanto, claro, ou não estariam xingando a tal Tessália no Twitter e não teriam quase linchado a Geisi da UNIBAN*). Já a reação de Diego é a mesma. Até a piadinha é chupada do filme de 1940 com Diego dizendo que a dança o tinha deixado cansado. A diferença é que Bandeiras acusa a mocinha de ser muito “vigorosa” e ela é repreendida pelo pai. Só que essa parte eu não consegui achar.