Olha, eu não esperava tanto assim desse filme. Fazia muito, muito tempo que não tinha tanto prazer em ir ao cinema, que não ria tanto com um filme, que não me via torcendo tanto pelas personagens e, de quebra, ainda refletindo sobre questões seríssimas como família, casamento, divórcio, felicidade, maturidade, velhice e como ser mulher no meio dessa confusão toda.
Meryl Streep me encantou de novo, e estava com todas as suas rugas, mostrando a idade que tem (*a cena da consulta ao cirurgião plástico é um primor*), e em uma interpretação mais brilhante que a de Julia Child em Julie & Julia (*que eu assisti, mas não resenhei*). Ora, bolas! Por que não indicaram Simplesmente Complicado (It’s Complicated!) ao Oscar de melhor filme? E não adianta dizer que comédia romântica não é indicada a melhor filme, porque vou ter que lembrar que Melhor Impossível (As Good as It Gets) foi indicado e levou melhor ator e melhor atriz. Ou será que o motivo é Simplesmente Complicado ser um filme “de mulher”? Dirigido e roteirizado por uma mulher, Nancy Meyers, e protagonizado magnificamente por uma mulher, Meryl Streep.
Pois bem, para quem não conhece a história, o básico. Simplesmente Complicado fala de uma mulher beirando os sessenta, Jane (Meryl Streep), bem sucedida dona de restaurante, mas separada há dez anos do marido, Jake (Alec Baldwin), que a trocou por uma mulher muito mais jovem (*e também profissional bem sucedida, é importante ressaltar*). As feridas do divórcio não estão fechadas, ela se sente solitária e a idade começa a pesar. Quando Jane vai até Nova York para a formatura do filho do meio, ela e o ex-marido acabam se envolvendo de novo. Jane se sente culpada, confusa, e, ao mesmo tempo, satisfeita e até vingada. Só que a situação não parece tão simples assim, seja porque Jake é um "adorável cafajeste", seja porque isso coloca em questão os seus princípios, mas, também, porque o arquiteto que está cuidando da reforma da sua casa, Adam (Steve Martin), parece um cara muito mais legal e interessante do que o ex-marido canalha.
Olha, difícil ver um filme onde tudo se encaixa, com a melhor atuação de Steve Martin que eu já vi, ter Alec Baldwin me convencendo e merecendo qualquer prêmio que queiram dar para ele. Fora isso, Meryl Streep faz de novo uma chef de cozinha, que aprendeu a profissão na França, só que totalmente diferente da sua Julia Child, que lhe valeu a indicação ao Oscar. O filme é politicamente incorreto em muitos momentos (*a seqüência da maconha é fantástica*), tem umas piadas pesadas, mas é tão divertido, romântico e inteligente que mesmo naqueles momentos que eu poderia detestar, eu não consegui. E no final Nancy Meyers me fez lembrar um pouco de Recruta Benjamin (Private Benjamin), cujo roteiro ela escreveu, e que teve um final que mostrava como é necessário ter coragem para encarar a vida e recomeçar.
Eu não assisti os últimos filmes de Nancy Meyers, aliás, nem lembrava dela (*Shame on me*). Eu tinha lido no Women & Hollywood que ela era uma diretora/roteirista elitista que escrevia para a seu grupo, mulheres brancas, ricas e na meia idade. Pode até ser, Meryl Streep não tem nenhuma amiga que não se enquadre nesse grupo ao qual ela mesma pertence. Ora, ora, mesmo focando nesse grupo, ainda assim o filme não perde o interesse, porque ao tocar em questões de gênero que transcendem "a classe" como a ditadura da eterna juventude e da beleza, as angústias das mulheres que envelhecem e suas inseguranças, a dificuldade em encontrar parceiros de sua própria idade, a questão da liberdade e satisfação consigo mesma... É muita coisa nas costas da Meryl Streep e, claro, ela dá um show!
E o filme não serve somente para as mulheres brancas, ricas e de meia idade. Aliás, a fila de homens “passados na idade” com suas esposas jovens na clínica de fertilidade é ótima! E mostra as vantagens e desvantagens de querer ser garanhão quando já se está na hora de ser vovô. E a persoangem de Alec Baldwin se presta a discutir isso de forma muito intteressante. O fime não se esquece dos homens, portanto, apesar de ser o típico "filme de mulher". Por conta disso, Alguém tem que ceder (Something's Gotta Give) agora entrou na minha lista de filmes que preciso assistir, por que Nancy Meyers merece atenção, já Do que as mulheres gostam (What Women Want), eu continuo passando. A idéia do filme não me agrada.
Não sei se Simplesmente complicado é um filme para todas as idades. Acho que é necessário ter alguma vivência para entender, sentir e rir na medida que o filme pede, mas eu recomendo. Meryl Streep, Steve Martin (*um fofo*), Alec Baldwin e mesmo os elenco jovem, o filho, as filhas e genro de Jane e Jake, estão muito bem. Uma delícia de filme e terminou do jeitinho que eu queria. Saí com um sorriso de orelha à orelha e comprarei o DVD quando chegar às lojas. Não sei se posso chamar o filme de feminista, talvez não chegue à tanto, mas certamente é um filme afirmativo e que não trata as mulheres como idiotas, tampouco subestima a audiência. Eu dou nota 10!
Meryl Streep me encantou de novo, e estava com todas as suas rugas, mostrando a idade que tem (*a cena da consulta ao cirurgião plástico é um primor*), e em uma interpretação mais brilhante que a de Julia Child em Julie & Julia (*que eu assisti, mas não resenhei*). Ora, bolas! Por que não indicaram Simplesmente Complicado (It’s Complicated!) ao Oscar de melhor filme? E não adianta dizer que comédia romântica não é indicada a melhor filme, porque vou ter que lembrar que Melhor Impossível (As Good as It Gets) foi indicado e levou melhor ator e melhor atriz. Ou será que o motivo é Simplesmente Complicado ser um filme “de mulher”? Dirigido e roteirizado por uma mulher, Nancy Meyers, e protagonizado magnificamente por uma mulher, Meryl Streep.
Pois bem, para quem não conhece a história, o básico. Simplesmente Complicado fala de uma mulher beirando os sessenta, Jane (Meryl Streep), bem sucedida dona de restaurante, mas separada há dez anos do marido, Jake (Alec Baldwin), que a trocou por uma mulher muito mais jovem (*e também profissional bem sucedida, é importante ressaltar*). As feridas do divórcio não estão fechadas, ela se sente solitária e a idade começa a pesar. Quando Jane vai até Nova York para a formatura do filho do meio, ela e o ex-marido acabam se envolvendo de novo. Jane se sente culpada, confusa, e, ao mesmo tempo, satisfeita e até vingada. Só que a situação não parece tão simples assim, seja porque Jake é um "adorável cafajeste", seja porque isso coloca em questão os seus princípios, mas, também, porque o arquiteto que está cuidando da reforma da sua casa, Adam (Steve Martin), parece um cara muito mais legal e interessante do que o ex-marido canalha.
Olha, difícil ver um filme onde tudo se encaixa, com a melhor atuação de Steve Martin que eu já vi, ter Alec Baldwin me convencendo e merecendo qualquer prêmio que queiram dar para ele. Fora isso, Meryl Streep faz de novo uma chef de cozinha, que aprendeu a profissão na França, só que totalmente diferente da sua Julia Child, que lhe valeu a indicação ao Oscar. O filme é politicamente incorreto em muitos momentos (*a seqüência da maconha é fantástica*), tem umas piadas pesadas, mas é tão divertido, romântico e inteligente que mesmo naqueles momentos que eu poderia detestar, eu não consegui. E no final Nancy Meyers me fez lembrar um pouco de Recruta Benjamin (Private Benjamin), cujo roteiro ela escreveu, e que teve um final que mostrava como é necessário ter coragem para encarar a vida e recomeçar.
Eu não assisti os últimos filmes de Nancy Meyers, aliás, nem lembrava dela (*Shame on me*). Eu tinha lido no Women & Hollywood que ela era uma diretora/roteirista elitista que escrevia para a seu grupo, mulheres brancas, ricas e na meia idade. Pode até ser, Meryl Streep não tem nenhuma amiga que não se enquadre nesse grupo ao qual ela mesma pertence. Ora, ora, mesmo focando nesse grupo, ainda assim o filme não perde o interesse, porque ao tocar em questões de gênero que transcendem "a classe" como a ditadura da eterna juventude e da beleza, as angústias das mulheres que envelhecem e suas inseguranças, a dificuldade em encontrar parceiros de sua própria idade, a questão da liberdade e satisfação consigo mesma... É muita coisa nas costas da Meryl Streep e, claro, ela dá um show!
E o filme não serve somente para as mulheres brancas, ricas e de meia idade. Aliás, a fila de homens “passados na idade” com suas esposas jovens na clínica de fertilidade é ótima! E mostra as vantagens e desvantagens de querer ser garanhão quando já se está na hora de ser vovô. E a persoangem de Alec Baldwin se presta a discutir isso de forma muito intteressante. O fime não se esquece dos homens, portanto, apesar de ser o típico "filme de mulher". Por conta disso, Alguém tem que ceder (Something's Gotta Give) agora entrou na minha lista de filmes que preciso assistir, por que Nancy Meyers merece atenção, já Do que as mulheres gostam (What Women Want), eu continuo passando. A idéia do filme não me agrada.
Não sei se Simplesmente complicado é um filme para todas as idades. Acho que é necessário ter alguma vivência para entender, sentir e rir na medida que o filme pede, mas eu recomendo. Meryl Streep, Steve Martin (*um fofo*), Alec Baldwin e mesmo os elenco jovem, o filho, as filhas e genro de Jane e Jake, estão muito bem. Uma delícia de filme e terminou do jeitinho que eu queria. Saí com um sorriso de orelha à orelha e comprarei o DVD quando chegar às lojas. Não sei se posso chamar o filme de feminista, talvez não chegue à tanto, mas certamente é um filme afirmativo e que não trata as mulheres como idiotas, tampouco subestima a audiência. Eu dou nota 10!
3 pessoas comentaram:
Adorei o filme, além de fazer uma reflexão sobre tudo o que você comentou ainda dá pra dar muita risada. Personagens cativantes e atuação perfeita do trio, só acho que Meryl deveria ser indicada por esse filme e não por Julie & Julia. Realmente o filme fez falta na lista de melhor filme.
Riffael, eu também acho que ela deveria ter sido indicada por este filme. eu gostei muito de Julie & Julia, mas Simplesmente Complicado é muito superior.
Adorei a resenha e eu TENHOQ UE ASSISTIR!! Comassim vc ainda não viu "Alguém tem que ceder"? Você pode estar certa de que vai curtir bastante se conseguir aguentar o início.
Puxa vida, sabendo que a diretora fez "Alguém tem que ceder" eu não tenho como deixar de assistir esse filme.
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