domingo, 17 de janeiro de 2010

Artista de Mangá Russa inspira compatriotas



O link para esta matéria do Jornal Mainichi estava no Japan Probe. Todo mundo que visita aqui o meu blog sabe que eu tenho muita resistência em dissociar mangá de origem geográfica, até porque foram muito poucos os trabalhos estrangeiros auto-intitulados "mangá" que conseguiram me convencer, quanto mais me confundir. enfim, mas este não é o caso, pois acredito, sim, que meninas (*sim, cada vez mais meninas*) e meninos de todo o mundo possam buscar no mangá a sua inspiração para tentar seguir carreira como quadrinista. Esse parece ser o caso da russa Chezhina Svetlana que começou com... adivinhem... shoujo mangá! Quanta gente não pegou Fushigi Yuugi e se inspirou também nessa obra para começar?

Enfim, a matéria é curta, mas a moça tem página própria, identidade no Facebook e é verbete na Wikipedia. Minha única crítica, e isso aponta para a dependência, é o pseudônimo nipônico. Mas ela é "a pioneira", e abrir caminho nunca é fácil. Imagine quantas vezes ela deve ter ouvido "Largue essa bobagem!", "Você não vai conseguir!", mas vejam que ela tem uma profissão, que ela estudou e se sustentou até conseguir, como ela diz, "viver de mangá". Esse detalhe, muitos aspirantes perdem de vista e perdem, sim, tempo na sua vida. Segue a matéria.

Artista de Mangá Russa inspira compatriotas

O primeiro encontro da artista Svetlana Chezhina com o mundo do mangá aconteceu aos 15 anos, depois que um/a amigo/a lhe deu uma cópia de Fushigi Yuugi de Yu Watase em japonês. Incapaz de ler o texto, mas fascinada pela arte, ela decidiu aprender a desenhar mangá, mas crescendo nos subúrbios de Chelyabinsk, próxima dos montes Urais, não havia quem lhe desse aulas, assim, ela imitava alguns dos seus autores de mangá favoritos.

Depois de se formar na escola de artes e conseguir um emprego como escultora, ela continuou a trabalhar com quadrinhos e ilustrações; e em 2007, ela publicou o primeiro mangá produzido na Rúsia, chamado “Portrait”, como um livro independente.

“A partir de então, eu pude viver de mangá,” ela disse.

O livro ganhou um prêmio de excelência do Ministério (Japonês) de Assuntos Estrangeiros como parte do International Manga Awards de 2008. Visitando o Japão para a cerimônia de premiação, Chezhina ficou surpresa ao ver a multidão de colegiais uniformizadas que ela só tinha visto antes nos mangás.

No entanto, as condições dos quadrinistas na Rússia são duras, e muitas editoras não gostam dos riscos associados a publicação de um trabalho isolado. Em todo o caso, há muitas pessoas que sonham em ser artistas de mangá e vem consultar Chezhina. Em uma tentativa de fazer algo positivo para mudar a situação, Chezhina começou um curso de mangá online, que já atraiu maios ou menos 70 mil visitantes.

Agora, aos 25 anos, ela escreve sob o pseudônimo de Tsuyoshi Midorikawa. "'Midori' (verde) mostra amor, e eu fui atraída por este primeiro nome que significa ‘espírito forte,’” disse Chezhina.

1 pessoas comentaram:

Olha só que bom exemplo! Queria muito estar na pele dela!Enfim, preciso realizar um sonho primeiro antes de realizar este...Faz mais de 3 anos que não desenho mangá e acredito ter perdido muito da prática! Mas eu volto! Estou tentando ler vários tipos de coisas pq quero trabalhar com roteiro tbm.

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