Já comentei que nunca li uma linha de Meg Cabot, ainda assim, sei que muitas leitoras e leitores deste blog são fãs da aurtora. Seu livros fazem muito sucesso com as adolescentes, muitas leitoras de shoujo mangá. Fora isso, ela fala da sua experiência como escritora, suas dificuldades e isso é sempre útil. A entrevista foi publicada na Folha de São Paulo.
Princesa rejeitada
Autora da série da princesa e de "A Mediadora", Meg Cabot diz que penou por 13 anos antes de vender 15 milhões de livros
DA REPORTAGEM LOCAL
De realeza, Meg Cabot tem "só" os 13 livros derivados de "O Diário da Princesa" e uma coleção de 20 coroas. Nada de rei na barriga para ela. A escritora americana vendeu mais de 15 milhões de exemplares dos 54 livros que publicou, mas ainda tem que refazer os textos que entrega, depois de broncas da editora.
Um pito deve vir em breve, ela prevê. É que, na terça passada, ela entregou o terceiro livro da série "Airhead", que a editora Record deve trazer para o Brasil em 2010. E, aos 42, ela diz que vai reagir como teen: ficar fula e, depois, acatar.
Foi o que ela contou, gargalhando ao telefone com a Folha, no dia em que chegou ao Brasil para uma turnê que inclui a Bienal do Livro (no Rio), São Paulo, Curitiba e Salvador. Arranhando frases num português engraçado, tipo "Óndi ficha o banhéééiro?", Meg disse que jovens gostam de ler sobre a morte porque estão felizes. Leia a seguir trechos da conversa. (CHICO FELITTI)
FOLHA - Qual foi a primeira coisa que você escreveu?
MEG CABOT - Foi o conto "Benny the Puppy" [Benny, o cachorrinho]. A família de Benny morre em um tornado e ele fica sozinho, e depois é adotado por índios. Eu tinha sete anos e estava superdeprimida. Ilustrei o conto e me lembro de um desenho da família voando, com as orelhas balançando.
FOLHA - Os leitores teen de hoje gostam tanto de vampiros, fantasmas e morte porque estão superdeprimidos?
CABOT - Eu acho que, às vezes, quando se está feliz e confortável na sua casa, é bacana ler sobre coisas que são tristes ou assustadoras. Muitas pessoas que são escritores e escrevem sobre coisas horrorosas são bem felizes e engraçadíssimas!
FOLHA - Você acha que a série "A Mediadora" (2000), em que a protagonista teen se apaixona por um fantasma, influenciou "Crepúsculo" (2005), em que a protagonista teen cai de amores por um vampiro?
CABOT - Não tenho a mínima ideia. Tudo o que é lançado na cultura pop influencia... me influencia. Ninguém vive num vácuo, né? Eu não fui a primeira pessoa a escrever sobre uma princesa, nem sobre uma garota que se apaixona por um morto. Quando escrevi "A Mediadora", o livro foi rejeitado porque os editores diziam "nenhuma menina vai se apaixonar por um garoto morto!" Hahahaha. Se eles soubessem...
FOLHA - Assistiu aos filmes baseados em seus livros?
CABOT - Só vi o primeiro. Não ia ver o segundo, porque tinha mudanças demais e não queria ser influenciada por ele... Amei o primeiro filme, que é lindinho! Há dois universos da princesa Mia: o do filme, que é bonitinho, e o meu, que é o certo.
FOLHA - Em seu blog, você citou a frase "sou tão misteriosa que não me entendo", de Clarice Lispector. Você se entende?
CABOT - Eu não sou nada misteriosa, infelizmente! Queria muito ser mais como ela...
FOLHA - Já leu algo de Clarice Lispector?
CABOT - Sim, alguns contos fantásticos. Agora, quero ler "A Hora da Estrela", em inglês, mas tenho dificuldade de achar a tradução.
FOLHA - Já leu a tradução de algum livro seu?
CABOT - Já leram para mim, em algumas línguas, e não fiquei muito feliz com a tradução das gírias.
FOLHA - Por quê?
CABOT - Ah, é sempre difícil adaptar gírias, bem como palavrões.
FOLHA - Você gosta de escrever com palavrões?
CABOT - Sim! É ótimo escrever para adultos porque dá para usar palavrões. Hahaha!
FOLHA - O que tem escrito?
CABOT - Entreguei ontem o terceiro livro da série "Airhead". Mas sei que vou receber um e-mail da minha editora dizendo que preciso reescrever bastante coisa.
FOLHA - E você refaz numa boa?
CABOT - Isso sempre acontece! Fico brava na hora e digo: "Você está errada!". Depois vejo que ela tem sempre a razão.
FOLHA - Dá um exemplo?
CABOT - Claro: eu queria chamar o segundo livro de "O Diário da Princesa" de "Princess of Puke" (princesa do vômito). Ela me disse: "É o pior título da história". Era mesmo.
FOLHA - Quantas vezes foi rejeitada antes de ficar famosa?
CABOT - Foram três anos de pura rejeição e mais dez até que pudesse largar meu trabalho "de verdade". Todo mundo é rejeitado, é bom que os jovens saibam. Só não desista!
FOLHA - Só lê "coisa de menina"?
CABOT - Não! Atualmente, leio algo de mangás, e não gosto dos "de menininhas", que são altamente sexualizados. Gosto dos "de garotos", mais violentos.
FOLHA - Como é sua rotina?
CABOT - Tomo café da manhã e vou para o trabalho. Mas meu trabalho é em casa. Tento escrever umas duas mil palavras por dia, mas é difícil porque a gente se distrai com comida, gatos, marido, sabe como é...
FOLHA - Já foi a uma vidente, como a protagonista de "A Mediadora"?
CABOT - Fui, quando estava no ensino médio, e ela estava completamente errada! Disse que eu ia ser bibliotecária e nunca ia ter um namorado!
FOLHA - Em várias fotos você aparece de coroa. Você usa elas em casa, com o pijama?
CABOT - Bem que eu queria. A verdade é que as coroas são desconfortáveis. Tenho mais de 20 delas -nenhuma de diamantes. Queria comprar uma. Meu marido não deixou...
DIAS DE PRINCESA
Onde encontrar Meg em SP
QUARTA, ÀS 17H sessão de autógrafos na livraria Saraiva do Morumbi Shopping (av. Roque Petroni Júnior, 1.089, São Paulo, tel. 0/xx/11/5181-7574)
>> 250 senhas serão distribuídas na porta do evento
QUINTA, ÀS 18H palestra e sessão de autógrafos na Livraria Cultura (av. Paulista, 2.073, São Paulo, tel. 0/ xx/11/3170-4033)
>> 150 senhas para a palestra e mais 150 para a sessão de autógrafos serão distribuídas na livraria, a partir das 9h
SEXTA, ÀS 11H30 sessão de autógrafos na Fnac (av. Paulista, 901, São Paulo, tel. 0/xx/11/2123-2000)
>> 200 senhas serão distribuídas
Autora da série da princesa e de "A Mediadora", Meg Cabot diz que penou por 13 anos antes de vender 15 milhões de livros
DA REPORTAGEM LOCAL
De realeza, Meg Cabot tem "só" os 13 livros derivados de "O Diário da Princesa" e uma coleção de 20 coroas. Nada de rei na barriga para ela. A escritora americana vendeu mais de 15 milhões de exemplares dos 54 livros que publicou, mas ainda tem que refazer os textos que entrega, depois de broncas da editora.
Um pito deve vir em breve, ela prevê. É que, na terça passada, ela entregou o terceiro livro da série "Airhead", que a editora Record deve trazer para o Brasil em 2010. E, aos 42, ela diz que vai reagir como teen: ficar fula e, depois, acatar.
Foi o que ela contou, gargalhando ao telefone com a Folha, no dia em que chegou ao Brasil para uma turnê que inclui a Bienal do Livro (no Rio), São Paulo, Curitiba e Salvador. Arranhando frases num português engraçado, tipo "Óndi ficha o banhéééiro?", Meg disse que jovens gostam de ler sobre a morte porque estão felizes. Leia a seguir trechos da conversa. (CHICO FELITTI)
FOLHA - Qual foi a primeira coisa que você escreveu?
MEG CABOT - Foi o conto "Benny the Puppy" [Benny, o cachorrinho]. A família de Benny morre em um tornado e ele fica sozinho, e depois é adotado por índios. Eu tinha sete anos e estava superdeprimida. Ilustrei o conto e me lembro de um desenho da família voando, com as orelhas balançando.
FOLHA - Os leitores teen de hoje gostam tanto de vampiros, fantasmas e morte porque estão superdeprimidos?
CABOT - Eu acho que, às vezes, quando se está feliz e confortável na sua casa, é bacana ler sobre coisas que são tristes ou assustadoras. Muitas pessoas que são escritores e escrevem sobre coisas horrorosas são bem felizes e engraçadíssimas!
FOLHA - Você acha que a série "A Mediadora" (2000), em que a protagonista teen se apaixona por um fantasma, influenciou "Crepúsculo" (2005), em que a protagonista teen cai de amores por um vampiro?
CABOT - Não tenho a mínima ideia. Tudo o que é lançado na cultura pop influencia... me influencia. Ninguém vive num vácuo, né? Eu não fui a primeira pessoa a escrever sobre uma princesa, nem sobre uma garota que se apaixona por um morto. Quando escrevi "A Mediadora", o livro foi rejeitado porque os editores diziam "nenhuma menina vai se apaixonar por um garoto morto!" Hahahaha. Se eles soubessem...
FOLHA - Assistiu aos filmes baseados em seus livros?
CABOT - Só vi o primeiro. Não ia ver o segundo, porque tinha mudanças demais e não queria ser influenciada por ele... Amei o primeiro filme, que é lindinho! Há dois universos da princesa Mia: o do filme, que é bonitinho, e o meu, que é o certo.
FOLHA - Em seu blog, você citou a frase "sou tão misteriosa que não me entendo", de Clarice Lispector. Você se entende?
CABOT - Eu não sou nada misteriosa, infelizmente! Queria muito ser mais como ela...
FOLHA - Já leu algo de Clarice Lispector?
CABOT - Sim, alguns contos fantásticos. Agora, quero ler "A Hora da Estrela", em inglês, mas tenho dificuldade de achar a tradução.
FOLHA - Já leu a tradução de algum livro seu?
CABOT - Já leram para mim, em algumas línguas, e não fiquei muito feliz com a tradução das gírias.
FOLHA - Por quê?
CABOT - Ah, é sempre difícil adaptar gírias, bem como palavrões.
FOLHA - Você gosta de escrever com palavrões?
CABOT - Sim! É ótimo escrever para adultos porque dá para usar palavrões. Hahaha!
FOLHA - O que tem escrito?
CABOT - Entreguei ontem o terceiro livro da série "Airhead". Mas sei que vou receber um e-mail da minha editora dizendo que preciso reescrever bastante coisa.
FOLHA - E você refaz numa boa?
CABOT - Isso sempre acontece! Fico brava na hora e digo: "Você está errada!". Depois vejo que ela tem sempre a razão.
FOLHA - Dá um exemplo?
CABOT - Claro: eu queria chamar o segundo livro de "O Diário da Princesa" de "Princess of Puke" (princesa do vômito). Ela me disse: "É o pior título da história". Era mesmo.
FOLHA - Quantas vezes foi rejeitada antes de ficar famosa?
CABOT - Foram três anos de pura rejeição e mais dez até que pudesse largar meu trabalho "de verdade". Todo mundo é rejeitado, é bom que os jovens saibam. Só não desista!
FOLHA - Só lê "coisa de menina"?
CABOT - Não! Atualmente, leio algo de mangás, e não gosto dos "de menininhas", que são altamente sexualizados. Gosto dos "de garotos", mais violentos.
FOLHA - Como é sua rotina?
CABOT - Tomo café da manhã e vou para o trabalho. Mas meu trabalho é em casa. Tento escrever umas duas mil palavras por dia, mas é difícil porque a gente se distrai com comida, gatos, marido, sabe como é...
FOLHA - Já foi a uma vidente, como a protagonista de "A Mediadora"?
CABOT - Fui, quando estava no ensino médio, e ela estava completamente errada! Disse que eu ia ser bibliotecária e nunca ia ter um namorado!
FOLHA - Em várias fotos você aparece de coroa. Você usa elas em casa, com o pijama?
CABOT - Bem que eu queria. A verdade é que as coroas são desconfortáveis. Tenho mais de 20 delas -nenhuma de diamantes. Queria comprar uma. Meu marido não deixou...
DIAS DE PRINCESA
Onde encontrar Meg em SP
QUARTA, ÀS 17H sessão de autógrafos na livraria Saraiva do Morumbi Shopping (av. Roque Petroni Júnior, 1.089, São Paulo, tel. 0/xx/11/5181-7574)
>> 250 senhas serão distribuídas na porta do evento
QUINTA, ÀS 18H palestra e sessão de autógrafos na Livraria Cultura (av. Paulista, 2.073, São Paulo, tel. 0/ xx/11/3170-4033)
>> 150 senhas para a palestra e mais 150 para a sessão de autógrafos serão distribuídas na livraria, a partir das 9h
SEXTA, ÀS 11H30 sessão de autógrafos na Fnac (av. Paulista, 901, São Paulo, tel. 0/xx/11/2123-2000)
>> 200 senhas serão distribuídas
7 pessoas comentaram:
Coitada, deram alguma coisa da Shinju Mayu pra ela ler. Ou coisa do tipo. Só isso pra fazer alguem ter uma idéia tão ruim de shoujo. Só queria saber que shounen ela tá lendo. (derepente me veio a iéia de que deram Love Hina pra ela dizendo que é shoujo, só pq é comédia romantica. Como se fossem fazer um shoujo em q um nerd feio e burro é cercado de garotas. Seria mais lógico uma garota cercada de garotos maravilhosos.)
Tinham que ter enfiado Crepúsculo na história. Achei legal que ela fala como se Crepúsculo fosse assustador. Acho que ela ñ faz idéia de como é a história. XD
Quanto aos filme, o 2º foi tosquinho. Fizeram um final muito besta. Jogaram os livros longe quando escreveram o roteiro. (ñ que o 1º tenha sido fiel.)
Ela também deve fugir dos mangás inteligentes... Tem Basara nos EUA e é mangá de "menina", por assim dizer, assim como Banana Fish... Mas esperar o que? ^_^
E Crepúsculo faz parte de qualquer entrevista!
Ela pediu dicas de roupas no blog dela, pra usar no Brasil. Podia ter pedido um mangá shoujo que ñ fosse do tipo sexualizado. Ou então as leitoras dela são bem safadinhas nos EUA, dizendo pra ela ler desse tipo. ¬¬
Eu confesso... Amo demaaaaaaaais os livros da Meg Cabot. XDDDDDDDD
Eu até meio que a levo como inspiração nos meus livros, só que em vez de focar para meninas, quero focar aos leitores gays. Veremos se conseguirei isso.
Achei essa entrevista muito divertida.
Agora alguém, por favor, recomende um shoujo legal para ela. Fruits Basket, será que ela já leu?
OMG!! eu tenho O AUTOGRAFO DA MEG CABOT!!!!!!! *-*
EU FUI LÁ NA BIENAL DO LIVROONTEM FIQUEI 12 EM FILAS PRA CONSIGIR *-*
ELE É LINDA E FOFA!!!
Eu não gosto dos livros dela tenho horror, mas pelo que eu vi na Bienal e nas entrevistas dela (essa inclusa) ela é muito simpática com seus fãs e aparenta ser uma pessoa legal. Vi muitas garotas(de tiara de princesa) chorar depois de ganhar um autógrafo dela.
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