Olha, eu estou de saída para o trabalho, mas não podia deixar passar. Tinha que comentar a demissão da idol (*atriz, modelo, apresentadora, cantora, whatever*) japonesa Miku Natsume que perdeu o emprego porque, segundo o Japan Probe (*que é um site sério*), passou a idéia, em uma propaganda de camisinhas, de que "estava fazendo sexo e gostando disso". Vejam bem, ela não é a lolita padrão, mas uma mulher de 25 anos. E muita gente adora repetir por aí que a idéia de "pecado" não existe no Japão, mas isso não quer dizer que a repressão sexual, o controle sobre a vida das mulheres e a fetichização da virgindade não existe.
Foi ridículo quando as vendas de Kannagi, um mangá com menininhas bonitinhas, despencaram e houve protestos, porque "descobriu-se" que uma personagem, tivera um namorado no passado. Como era um mangá para o público otaku hardcore, os fãs (homens) passaram a acreditar - só por esse indício - que ela não era mais virgem e, portanto, não se prestava às suas fantasias doentias. As vendagens de produtos relacionados também despencou, porque, segundo alguns sites, os consumidores não queriam uma virgem de "segunda mão" (*second hand virgin*). Isso já é doentio, mas fazer o mesmo com uma mulher de carne e osso? Aliás, mulheres até podem fazer sexo em produtos pornográficos ou eróticos japoneses - incluso alguns steamy shoujo - mas precisam passar a impressão de que estão sendo estupradas, de que não estão gostando, para que o tesão do público não se perca.
O site Japan Probe chama o caso da idol de ridículo, o caso Kannagi, sim, pode ser ridículo, embora sinalize outras coisas, já o caso dessa moça é criminoso, é um ato de misoginia. Obviamente, quando o Japão aparece em lugar vergonhoso nos rankings de igualdade de gênero, competindo com os países islâmicos mais fechados, há quem ache que há erro nos relatórios. Não, não existe. E que ninguém se engane (*ou se faça de idiota*) e venha falar aqui que o problema é a natalidade, porque eu terei de passar um monte de informações sobre o direito de aborto e como são altos os índices de aborto entre adolescentes e mulheres jovens. no Japão. Aliás, se submeter a uma série de abortos e ferrar sua saúde, pode, se precaver é imoral. A pílula anticoncepcional, por exemplo, somente foi liberada no Japão em 1999 e até hoje fazem campanha contra ela. E ainda querem culpar o preconceito das donas de casa... Sei, me engana! Só se eu não conhecesse esse outro caso.
Foi ridículo quando as vendas de Kannagi, um mangá com menininhas bonitinhas, despencaram e houve protestos, porque "descobriu-se" que uma personagem, tivera um namorado no passado. Como era um mangá para o público otaku hardcore, os fãs (homens) passaram a acreditar - só por esse indício - que ela não era mais virgem e, portanto, não se prestava às suas fantasias doentias. As vendagens de produtos relacionados também despencou, porque, segundo alguns sites, os consumidores não queriam uma virgem de "segunda mão" (*second hand virgin*). Isso já é doentio, mas fazer o mesmo com uma mulher de carne e osso? Aliás, mulheres até podem fazer sexo em produtos pornográficos ou eróticos japoneses - incluso alguns steamy shoujo - mas precisam passar a impressão de que estão sendo estupradas, de que não estão gostando, para que o tesão do público não se perca.
O site Japan Probe chama o caso da idol de ridículo, o caso Kannagi, sim, pode ser ridículo, embora sinalize outras coisas, já o caso dessa moça é criminoso, é um ato de misoginia. Obviamente, quando o Japão aparece em lugar vergonhoso nos rankings de igualdade de gênero, competindo com os países islâmicos mais fechados, há quem ache que há erro nos relatórios. Não, não existe. E que ninguém se engane (*ou se faça de idiota*) e venha falar aqui que o problema é a natalidade, porque eu terei de passar um monte de informações sobre o direito de aborto e como são altos os índices de aborto entre adolescentes e mulheres jovens. no Japão. Aliás, se submeter a uma série de abortos e ferrar sua saúde, pode, se precaver é imoral. A pílula anticoncepcional, por exemplo, somente foi liberada no Japão em 1999 e até hoje fazem campanha contra ela. E ainda querem culpar o preconceito das donas de casa... Sei, me engana! Só se eu não conhecesse esse outro caso.
13 pessoas comentaram:
Nossa, que absurdo!
Concordo plenamente com tudo o que você falou e acrescento que até há pouco tempo atrás o uso de anticoncepcionais era proibido. Estranho, não?
Pois é menina!!! Lá as idols tem de aparentar 'intocaveis'.
Você não soube da Miyabi Natsuyaki [Buono!] que estava namorando escondido um membro do Hey! Say! JUMP? Tiraram fotos deles se abraçando e beijando na rua, depois disso ela deixou de ser a líder do grupo e ainda cortou o cabelo para se mostrar redimida. Mas até hoje ela é meio 'ignorada' por não ser mais uma fantasia.
Aline, só o uso da pílula. E por qual motivo? Porque ela dá o controle à mulher. E ainda hoje, pelo que li, a liberação acredito que foi em 2000 ou 2001, se faz uma campanha velada para apresentar a pílula como "perigosa". Mas fazer abortos seguidos, não é problema. Criar a roda das crianças indesejáveis, idem.
Pô, realmente, uma verognha isso! No meu blog, comentei saobre isso, dei minha opinião. Bom, dei um Ctrlr-C Ctrl-V na parte que fala sobre o mangá, pra comentar sobre o que foi dito. ^^"
Esse caso beira o ridículo.
Por trás desse "conceito" de castidade necessário para mulheres que desejam ser "idols", existe a satisfação de uma perversão masculina arraigada na sociedade japonesa. Incoerente, não? Para dizer o mínimo.
E tem gente que ainda acredita que o Japão é a terra do 'pode tudo",como se toda sociedade não tivesse sua escala de repressão, de modelos a se seguir, como se lá as tb não empurrassem as mulheres p/ o sistema "santa vs puta", como aqui no Brasil.
Sabe o que isso lembra? O Star System Hollywoodiano anterior ao final dos anos 60, quando isso não colava mais. Talvez o Japão precise de um novo período culturalmente conturbado como os 60 para completarem o serviço.
E juro que se fosse um cineasta puxava essa menina para um papel importante imediatamente, por pior atriz que ela seja. Nessas ocasiões, só essas atitudes mudam algo.
Verdade Lancarster.
mas sera que tem um cineasta antenado com o caso e com coragem p/fazer isso?
Esse tipo de gente que faz essa discriminação não tem o que fazer da vida. Que tipo de gente doente despreza alguem ou algo( como o manga de Kannagi) só porque não serve mais para suas ridiculas fantasias sexuais??( talvez nem precise ser sexuais).
Quem sabe um dia os japoneses tomam consiencia de parar de fabricar coisas que estimulam a ver mulheres como objeto?? Talvez assim esse tipo de pensamento doente não seja mais criado, mas do jeito que esses produtos vendem que nem agua e por estarmos em um mundo onde "quando o dinheiro fala, tudo se cala", duvido que isso vá parar.
Ops, quis dizer pílulas anticoncepcionais mesmo.
Segundo li, as pílulas foram legalizadas em 1998, mas até hoje ainda é difícil de se conseguir, pois os médicos não se sentem bem em prescrevê-las. A desculpa é que elas trazem muitos efeitos colaterais e não seriam boas para a saúde da mulher... Pois sim...
Ninguém merece!
Erramos as duas: "(...) it was legalized in June 1999" Japanese Women Shun The Pill Eu tinha usado este artigo em outro post.
Sem comentários, esse assunto é absurdo demais para falar alguma coisa, surreal demais... em que mundo da fantasia eles vivem?
Então é por isso que as meninas em cenas ousadas, especialmente para o público masculino, sempre fazem cara de violentadas... -_-" E talvez por isso poucos homens se aventurem a acompanhar os shoujo mais "modernos", e alguns até critiquem até o fim a qualidade dessas histórias.
E talvez por isso também algumas protagonistas de steamy shoujo exerçam todo tipo de prática sexual, e continuem "virgens" até o fim. *as más impressões depois de ler Shinjo Mayu*
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