O mangá IS (アイエス), de Chiyo Rokuhana, chegou ao final na revista Kiss, a mesma que publica Nodame Cantabile. A série iniciada em 2003 venceu o 31º Kodansha Award de melhor shoujo em 2007. Lembrando, claro, que não existe prêmio para josei e não costumam premiar josei – por discriminação – no prêmio geral que quase sempre acaba com algum seinen. A série se centra no drama das pessoas – sim, não há protagonista – que são intersexuais, ou seja, que não tem definição clara de qual é o seu sexo biológico. Éste é um tema espinhoso, geralmente jogado para baixo do tapete, afinal, as pessoas querem evitar “confusão”, já que a natureza é sempre “perfeitinha”. Ou é menino, ou é menina, e não se fala mais do assunto. A nota sobre o fim da série estava no Pro Shoujo Spain. Tem scanlation de quase metade dos 17 volumes da série. Acredito que talvez terminem agora que a série está fechada.
Só esclarecendo, eu coloquei o link da Wikipedia, porque era o mais acessível, mas cabe fazer distinção. Pelo menos no campo dos estudos de gênero e nos estudos feministas, a tendência é fazer distinções. Sexo biológico tem a ver com características sexuais físicas, como a genitália. Gênero são papéis tidos como culturalmente aceitáveis para homens e mulheres. Assim, ser mulher e ser homem em uma dada sociedade não seria uma definição resultante da genitália, mas dos papéis de gênero que dão significado a elas.
Já a Orientação Sexual ou Afetiva tem a ver com sexualidade e desejo. Alguém pode ter nascido mulher, ter comportamentos de gênero considerados masculinos em uma dada sociedade e, ainda assim, sentir desejo por homens. É somente um exemplo. E, segundo lá a cartilha sobre diversidade sexual que a UFRJ está distribuindo nas escolas do Rio, e que está para download, ainda temos outra variante, a Identidade Sexual que é como a pessoa se vê: homem heterossexual, transexual, mulher heterossexual, etc. Não é algo simples de entender, e muitos não concordam com esta divisão, mas achei que valia a pena explicar.
Só esclarecendo, eu coloquei o link da Wikipedia, porque era o mais acessível, mas cabe fazer distinção. Pelo menos no campo dos estudos de gênero e nos estudos feministas, a tendência é fazer distinções. Sexo biológico tem a ver com características sexuais físicas, como a genitália. Gênero são papéis tidos como culturalmente aceitáveis para homens e mulheres. Assim, ser mulher e ser homem em uma dada sociedade não seria uma definição resultante da genitália, mas dos papéis de gênero que dão significado a elas.
Já a Orientação Sexual ou Afetiva tem a ver com sexualidade e desejo. Alguém pode ter nascido mulher, ter comportamentos de gênero considerados masculinos em uma dada sociedade e, ainda assim, sentir desejo por homens. É somente um exemplo. E, segundo lá a cartilha sobre diversidade sexual que a UFRJ está distribuindo nas escolas do Rio, e que está para download, ainda temos outra variante, a Identidade Sexual que é como a pessoa se vê: homem heterossexual, transexual, mulher heterossexual, etc. Não é algo simples de entender, e muitos não concordam com esta divisão, mas achei que valia a pena explicar.
5 pessoas comentaram:
Comecei a ler IS ontem e eu realmente gostei muito do manga... ainda estou a primeira história e nossa fiquei comovida pq ela trabalha as angustias, incertezas, preconceitos e vários outros pontos que rodeiam esse universo... é uma ótima leitura... recomendo
Por um instante confundi o título com a obra de Masakazu Katsura (I"s).
Ainda não tive a oportunidade de ler, mas parece ser um tema bem trabalhado e difícil.
Bom saber antes de iniciar que é uma obra que teve final ^^
Sera que tem algum fansubber aqui do Brasil traduzindo?
Também achei que fosse I's. De qualquer forma é um tema bastante interessante. Algum dia pego pra dar uma olhada nas scans.
Comecei a ler hoje e, de fato, amei a história e as personagens. Não recomendo para quem quer um yuri ou um yaoi, mas recomendo para pessoas interessadas no tema. Tenham elas a mente aberta ou não.
As duas primeiras histórias são curtas e não possuem relação, mas a terceira se foca em Hoshino Haru e sua família, cujos pais decidiram ser honestos e não esconder da menina sua interssexualidade. A história começa pouco antes do nascimento de Haru, seguindo-a ao longo de sua vida. É de longe a mais interessante de todas, embora peque no excesso de "sermão" de vez em quando.
Parece que o scanlator americano largou a série, segundo o tradudor a história havia perdido o sentido em seguir Haru (3º caso) por tanto tempo. Só espero que alguém volte a traduzir a série. XD
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