domingo, 30 de agosto de 2009

Anatolia Story #26: até Nakia e Urhi têm coração



Não me lembro bem quando comecei a ler Anatolia Story (天は赤い河のほとり), mas sei que já faz uns cinco anos. Anatolia Story é o mangá mais longo que acompanho, e torna-se ainda mais demorado porque as edições americanas saem de quatro em quatro meses mais ou menos. Só que agora, chegamos ao volume #26, na verdade, o penúltimo de fato da série. Digo isto, pois o volume #28 é uma coletânea de gaidens com somente um pedacinho da história original, mas tudo já se passa depois dos grandes desenlaces. E a maior das side stories – Orontes no Renka – pode ser entrada em inglês desde antes do licenciamento ela VIZ. Aliás, a qualidade de tradução e adaptação da VIZ deixa muito a desejar. Continuo lendo, mas sei que estou com um mangá censurado, ou seja, os textos nem sempre dizem tudo o que as personagens falaram, o que é uma pena. Quem manda não ler japonês?

Apesar do volume #26 ter sido traduzido por um grupo de scanlators, no melhor estilo enfia a mão no saco e tira um, eu não peguei para ler, mesmo tendo baixado. Tenho os scans coreanos de toda a série, então já tinha olhado as imagens. Mas foi só isso, esperei pelo volume da VIZ. E foi certamente um dos melhores volumes de toda a série. Se o #25 ficou morno até a metade, este mantém um ritmo frenético e fecha em um gancho desesperador... Agora, só em outubro.

Neste volume, o passado de Urhi e Nakia é revelado e acredito que a maioria dos leitores se sinta tocada por ele. Eles são terríveis, cruéis, implacáveis, mas tiveram uma adolescência tão sofrida que odiar o mundo não era o bastante. Eu não poderia compreender pelas imagens o grau de fidelidade de Urhi à rainha, tampouco o amor que Nakia dedicava ao sacerdote. O passado de Urhi lembra um pouco o de Nakago de Fushigi Yuugi (ふしぎ遊戯), mas o sacerdote foi castrado e isso faz toda diferença dentro do curso dos acontecimentos. E é neste volume que vemos Ilbani errar pela primeira vez. E estou falando isso, porque não levo em conta a avaliação errônea que ele fez de Yuuri lá no início. Simplesmente ele subestima Urhi e, por conta disso, Nakia escapa e Yuuri corre perigo, um grande perigo.

Apesar de toda tensão, algum humor temperou a história, mas só um sorrisinho aqui e ali, nada que pudesse quebrar a gravidade do encadeamento da trama principal. Alexandra, que no início eu considerava muito chatinha, deu novas tintas ao drama do Príncipe Juda, chamando-o às suas responsabilidades. Com isso, fica claro para Kail, Yuuri e Ilbani que é necessário casar os dois. Nefert, a irmã escandalosa de Ramssés, também aparece em Hatusas, já que Kail e Yuuri estão com seu casamento marcado.

Há também as cenas de amor, poucas, em virtude da linha dos acontecimentos, mas são muito ternas, já que Yuuri e Kail correm o risco de serem separados para sempre. E é isso. Queria poder ler de enfiada o volume #27. Quando terminar tudo em janeiro de 2010, faço uma grande análise da série e seus melhores e piores momentos, grandes idéias e furos de roteiro. Com certeza, Anatolia merecia um anime e poderia ser uma série realmente excelente, desde que tivéssemos uma quantidade decente de episódios. Por agora é só isso. :)

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