Para aproveitar as férias e matar minhas saudades, fui ao cinema hoje. Tem um shopping aqui ao lado e a única opção adulta e não dublada (*não pago para ver filme dublado, prefiro não assistir*) era A Proposta. Comédia romântica com Sandra Bullock e um ator bobinho que não me lembrava onde já tinha visto atuando. Parei para contar e descobri que é o terceiro filme da Bullock que assisto no cinema, os outros dois foram A Rede e Enquanto Você Dormia, e nem sou fã dela... Vá entender.
Comprei minha meia entrada, uma das vantagens em ser professora. Sentei e comecei a em incomodar com as pessoas mastigando pipoca. Nunca fui sensível a este som, mas hoje me pareceu bem desagradável. Um monte de propagandas, propaganda inclusive de como anunciar no cinema e que as pessoas ficam com seus sentidos mais agudos no escuro, mais um monte de trailers. Julie & Julia, outra parceria entre Meryl Streep e Amy Adams, me interessou. Está na minha lista. Amy Adams me conquistou em Encantada e as duas foram soberbas em Dúvida. Vi o trailer de Brüno e confesso que me deu vontade de assistir. Ou vai ser horrível, ou vai ser muito engraçado. Vamos esperar.
Mas falando de A Proposta (The Proposal), logo que Bullock, ou Margarete Tate, apareceu lembrei de O Diabo Veste Prada, isso porque seu papel é muito parecido com o de Meryl Streep. Temos a chefe super competente, mas cruel e desumana, além de ser, claro, mal amada e reprimida. Todos a odeiam, todos a temem, ninguém a ama. O secretário é o bom moço absolutamente servil. E tudo ia bem, até a tal editora chefe ser avisada de que seria extraditada para o Canadá, porque saiu dos EUA para ir à Feira do Livro de Frankfurt, enquanto pleiteava o Green Card. Ela fica chocada, afinal, não é latina ou africana, mas canadense. A saída que ela encontra é casar e o secretário é a vítima. Vale a piada em que ela explica para os chefes - dois homens com mais de 50 - que se apaixonar "pela secretária" é comum. Sim, é, entre homens, e a cara dos sujeitos diz tudo.
A partir daí temos o sujeito a humilhando para se vingar. Inclusive fazendo-a carregar suas malas pesadas e explicando para a sua mãe e avó que ela era “feminista”. Isso porque os dois vão passar o fim de semana na casa dos pais dele, no Alasca, e participar do aniversário de 90 anos da avozinha dele. Precisam se conhecer, porque o agente da imigração jurou que vai desmascará-los mais cedo ou mais tarde. Esse tipo de arranjo é crime.
O ponto alto do filme é exatamente a avó do moço, a atriz Betty White, que eu conheci no seriado Golden Girls onde fazia a doce Rose. Ela também apareceu em That’s 70’s Show fazendo a perversa avó do protagonista. Enfim, acho que ela deve ganhar uma indicação para melhor coadjuvante. E corre o risco, caso seja indicada, de levar a estatueta aos 80 e poucos anos.
De resto, o filme segue o script das comédias românticas. Eles se odeiam, eles passam a se respeitar, eles passam a se amar. Tudo em três dias. A mulher má mostra que tem um coração e o rapaz toma consciência de que sempre a amou. Final feliz e alguém no escritório gritando “Mostre a ela quem é o chefe”. Bem, ele não mostra, não dá tempo, mas a mensagem está lá.
Eu até temi que fossem ficar na cidadezinha do Alasca, onde o rapaz, que parecia pobre, na verdade era rico e poderoso. A mítica da cidadezinha é comum nos filmes americanos, é aquela coisa de que melhor a chatice do interior do que testar suas asas e conhecer o mundo. Ainda bem que essa mensagem não está lá. Andrew, este é o nome do cara, quer ser escritor e editor, não herdeiro, e corre atrás de seu sonho. Destaque também para o Ramone, um latino faz tudo – garçom, dançarino exótico, pastor – que fica fascinado pela personagem de Bullock. Fiquem assistindo a entrevista com a imigração no começo dos créditos. O sujeito dá um show.
É isso. É um filme simpático, mas cheio de clichês. Não o chamaria de francamente anti-feminista, mas ao apresentar “o monstro” como feminista, sabemos bem qual é a intenção. Valeu os 5 reais. E quase comprei a entrada para Harry Potter, pois agora sei que só viajo no dia 16. Mas havia uma grande fila e eu não quis ficar. Compro amanhã.
Comprei minha meia entrada, uma das vantagens em ser professora. Sentei e comecei a em incomodar com as pessoas mastigando pipoca. Nunca fui sensível a este som, mas hoje me pareceu bem desagradável. Um monte de propagandas, propaganda inclusive de como anunciar no cinema e que as pessoas ficam com seus sentidos mais agudos no escuro, mais um monte de trailers. Julie & Julia, outra parceria entre Meryl Streep e Amy Adams, me interessou. Está na minha lista. Amy Adams me conquistou em Encantada e as duas foram soberbas em Dúvida. Vi o trailer de Brüno e confesso que me deu vontade de assistir. Ou vai ser horrível, ou vai ser muito engraçado. Vamos esperar.
Mas falando de A Proposta (The Proposal), logo que Bullock, ou Margarete Tate, apareceu lembrei de O Diabo Veste Prada, isso porque seu papel é muito parecido com o de Meryl Streep. Temos a chefe super competente, mas cruel e desumana, além de ser, claro, mal amada e reprimida. Todos a odeiam, todos a temem, ninguém a ama. O secretário é o bom moço absolutamente servil. E tudo ia bem, até a tal editora chefe ser avisada de que seria extraditada para o Canadá, porque saiu dos EUA para ir à Feira do Livro de Frankfurt, enquanto pleiteava o Green Card. Ela fica chocada, afinal, não é latina ou africana, mas canadense. A saída que ela encontra é casar e o secretário é a vítima. Vale a piada em que ela explica para os chefes - dois homens com mais de 50 - que se apaixonar "pela secretária" é comum. Sim, é, entre homens, e a cara dos sujeitos diz tudo.
A partir daí temos o sujeito a humilhando para se vingar. Inclusive fazendo-a carregar suas malas pesadas e explicando para a sua mãe e avó que ela era “feminista”. Isso porque os dois vão passar o fim de semana na casa dos pais dele, no Alasca, e participar do aniversário de 90 anos da avozinha dele. Precisam se conhecer, porque o agente da imigração jurou que vai desmascará-los mais cedo ou mais tarde. Esse tipo de arranjo é crime.
O ponto alto do filme é exatamente a avó do moço, a atriz Betty White, que eu conheci no seriado Golden Girls onde fazia a doce Rose. Ela também apareceu em That’s 70’s Show fazendo a perversa avó do protagonista. Enfim, acho que ela deve ganhar uma indicação para melhor coadjuvante. E corre o risco, caso seja indicada, de levar a estatueta aos 80 e poucos anos.
De resto, o filme segue o script das comédias românticas. Eles se odeiam, eles passam a se respeitar, eles passam a se amar. Tudo em três dias. A mulher má mostra que tem um coração e o rapaz toma consciência de que sempre a amou. Final feliz e alguém no escritório gritando “Mostre a ela quem é o chefe”. Bem, ele não mostra, não dá tempo, mas a mensagem está lá.
Eu até temi que fossem ficar na cidadezinha do Alasca, onde o rapaz, que parecia pobre, na verdade era rico e poderoso. A mítica da cidadezinha é comum nos filmes americanos, é aquela coisa de que melhor a chatice do interior do que testar suas asas e conhecer o mundo. Ainda bem que essa mensagem não está lá. Andrew, este é o nome do cara, quer ser escritor e editor, não herdeiro, e corre atrás de seu sonho. Destaque também para o Ramone, um latino faz tudo – garçom, dançarino exótico, pastor – que fica fascinado pela personagem de Bullock. Fiquem assistindo a entrevista com a imigração no começo dos créditos. O sujeito dá um show.
É isso. É um filme simpático, mas cheio de clichês. Não o chamaria de francamente anti-feminista, mas ao apresentar “o monstro” como feminista, sabemos bem qual é a intenção. Valeu os 5 reais. E quase comprei a entrada para Harry Potter, pois agora sei que só viajo no dia 16. Mas havia uma grande fila e eu não quis ficar. Compro amanhã.
3 pessoas comentaram:
Ryan Reinolds, é o namoradinho ou noivo da Scarlet Johanssen. Eu prestei atenção nele no filme Três Vezes Amor. No universohq.com tem um nota dizendo que ele vai ser o Lanterna Verde. E parece que ele foi o deadpool no X-men origins. (ele fica bem com uma espada nas mãos). Sandra Bulluck, Enquanto você dormia é um filme encantador. LOVE IT. Acredite nossa dublagem é boa. O problema é a tradução e as adaptações textuais. Um tempo atrás assiste uma versão dublada em espanhol do filme GATTACA, 20 min depois percebi que eram trÊs atores dublando TODAS AS VOZES.
Danilo, em questão de dublagem não se trata de acreditar, eu tenho a experiência. Crença tem a ver com religião e eu não sou devota da dublagem nacional. Como tenho mais de 30, sei o que faziam antes e a porcaria que fazem hoje. Com a diferença que muito fã de anime ajudou a elevar o ego de quem é, no máximo, mediano.
É intragável ouvir sempre as mesmas vozes e interpretações. Muda a personagem e a atuação é amesma.
Eu não vou assistir dublagem espanhola, mas dizer que lá é pior então aqui é bom, não cola comigo.
Rlrd podem até por o mesmo sujeito fazendo três vozes. Nós aqui colocamos o mesmo sujeito, fazendo a mesma voz, em vários personagens diferentes. Pode não irritar você, mas me irrita MUITO.
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