Eu gosto de cinema, gosto muito mesmo. E fico feliz em ver o avanço do cinema nacional. Ver notícias como essa, dizendo que filmes nacionais superaram blockbusters americanos me deixa feliz, ainda que venha uma vozinha dizer "Ah, mas são filmes ruins! São da Globofilmes!". Oras, toda a indústria de diversão - e entram os mangás aí - produz muito lixo, muita coisa ruim que cai no gosto do público, e algumas poucas jóias. Por que com o cinema nacional tem que ser diferente? Por que um filme da Globofilmes, ainda que ruim, é pior do que ver um blockbuster americano igualmente ruim liderando? Se o lucro com esses filmes que parecem TV filmada resultarem em investimentos em bons filmes nacionais ou mais espaço para os bons filmes brasileiros na proporção, digamos de 1/15, eu fico feliz. Mas veja que o que vai na cabeça de muitos é isso aqui "O filme de público destruiu o cinema brasileiro". Você faz filme para quem? Quem é seu público? Ora bolas, está cheio de (supostos) filme de "arte" brasileiro muito ruim, mas aí, o diretor vem e diz que a culpa é do público, incapaz de compreender sua genialidade.
Falando de "Se eufosse você", o primeiro, porque o segundo não vi, é cheio de clichês de gênero, mas de forma nenhuma um filme ruim. Ruim é Olga, que se vendeu como filme sério e é uma desgraça do início ao fim; desgraça que eu assiti pagando no cinema. Aliás, eu considero a nova safra de cinema nacional acima da média. Há de tudo, desde a comédia romântica até o favela movie. Só falta a indústria voar com suas próprias asas. Cinema é diversão, ou pelo menos boa parte do cinema é, sim.
Falando de "Se eufosse você", o primeiro, porque o segundo não vi, é cheio de clichês de gênero, mas de forma nenhuma um filme ruim. Ruim é Olga, que se vendeu como filme sério e é uma desgraça do início ao fim; desgraça que eu assiti pagando no cinema. Aliás, eu considero a nova safra de cinema nacional acima da média. Há de tudo, desde a comédia romântica até o favela movie. Só falta a indústria voar com suas próprias asas. Cinema é diversão, ou pelo menos boa parte do cinema é, sim.
10 pessoas comentaram:
Pelo que ando vendo a indústria de filmes brasileiros está engatinhando mais depressa...
Quando "Do começo ao fim" (procurem no You Tube) sair, aí eu vou ter uma idéia do quanto essa indústria evolui.
Acho que uma hora ou outra a indústria cinematográfica daqui evolui. Muitas mentes novas por aí, nada fica parado. Eu gosto de ver filmes brasileiros quando me apetecem, assim como filmes estrangeiros.
Mas tipo, ESSE filme do post eu não vejo nem amarrado. Luana Piovani como atriz, é uma ótima modelo. Falo mesmo.
Pois é. Estou com você nessa. Me irrita muito quando as pessoas desdenham esses filmes e o tratam como "lixo". Porque é popular e não de nicho? Eu vi os dois primeiros "Se Eu Fosse Você" e achei os dois divertidos e corretos. Não vi esse "A Mulher Invisível" porque, pelo trailer, me pareceu bem chato e um amigo meu (que, vejam só, trabalhou na produção do filme) disse que é ruim mesmo mas acho ótimo que ele esteja fazendo sucesso. Os novos sucessos nacionais são, sem duvida, melhores que os sucesso que tinhamos faz alguns anos: Xuxa Requebra, Xuxa Popstar, Xuxa e os Duendes e assim por diante.
A única coisa que acho meio chata é como o cinema nacional ainda está setorizado. Filmes favela, droga e violência (Cidade de Deus, Tropa de Elite) são grandes sucessos e comédias românticas também por tanto é tudo que nós vamos ter pelos próximos dois anos. Não haverá muito investimento em um drama de qualidade ou qualquer outra coisa, diferente do que acontece na França, na Coréia do Sul e no Japão (países onde, nos últimos anos, o cinema nacional tem se mostrado mais forte do que o americano)onde dentro da produção local comercial existe bastante variedade mas tudo bem, não culpo os responsáveis por quererem apostar no seguro afinal essa explosão do cinema nacional é recente.
Eu não vi Mulher Invisível, não. Mas assistirei em DVD quando sair. Gosto dos protagonistas, acho que a Luana é uma boa atriz e talz, ainda que desocnfie que não vá gostar do filme.
De qualquer modo, acho que o leque pode se abrir, desde que se tenha o interesse. É este pensamento de cinema para o umbigo do diretor que deve morrer. Há espaço apra todo mundo.
Se passar na minah cidade, o que é improvavel eu assistirei. Lembro de uma tempo atrás quando saiu A dona da história, Se eu fosse você, Bicho de sete cabeças e tenho saudades. Nessa época eu e alguns amigos da minha idade(adolescentes) estavamos pegando gosto pelo cinema e pelo cinema brasileiro, depois dessa fase breve sumiram os bons filmes. Foi muito chato isso, só quando começarem a produzir bons filmes para o público as pessoas começarão a se interessar pelo cinema nacional. De que adianta ficar fazendo filme para Cannes ou Veneza? Isso é coisa a se pensar depois, primeiro temos que fazer o povo brasileiro gostar das produções nacionais.
E aliás acho Luana Piovani uma boa atriz, lembro dela em algumas novelas como Suave veneno e a acho muito competente, pena que se afastou da televisão por conta de um ego sem tamanho.
Eu tb acho que a produção nacional está acima da média, parece que temos um ritmo mais alavancado na produção de filmes interessantes, embora eu ainda tenha muitas ressalvas.
Eu achei o "Se eu fosse você" um lixão. Me falaram muito bem dele, mas achei todas as situações muito forçadas e previsíveis. O segundo nem conferi. E quanto à Luana Piovanni, não sei se ela é boa atriz, porque pelo que vi só escolhe uns papéis fraquinhos - acho bem contraditório frente à postura de "intelectual" que ela banca.
Enfim, os dois maiores problemas do cinema nacional, ao meu ver, são a dependência da lei Rouanet e a distribuição. No primeiro caso, porque vc fica por conta da aprovação do patrocinador, mas acho que isso se supera com o tempo.
O segundo caso já é mais complicado: fazer um filme não é tão difícil assim, o complicado é fazê-lo chegar às pessoas. E concorrer com blockbusters de fora e com a Globo Filmes é osso. O que tem de filme brasileiro que eu li algo a respeito e achei muito bacana (entre eles uma biografia do Noel Rosa e outra do Cartola), mas nunca consegui ver o resultado final... Quem costuma apostar no certo e deixar o duvidoso de lado são as distribuidoras, aí muitos filmes vc só consegue ver em festivais, se der a sorte de puder ir em um.
Nesse ponto é que eu entendo a crítica do Júlio Bressane. Não é apenas um mimimi de "ninguém dá valor pra minha arte".
Só que Gabriela, o sistema já estava montado antes da Globo Filmes entrar. Então, de quem ele está falando? Do cinemão americano? Duvido.
Agora, é inaceitável que certos diretores me venham com o papo de eu sou o meu público ou que peguem o dinheitro dos nossos impostos como fez o Guilherme não-lembro-mais-o-sobrenome e não entregue o filme pronto, nem devolva o dinheiro e fique por isso mesmo.
Sou formado em Cinema pela FAAP e entrei no curso em 1994, o ano da retomada do Cinema Nacional.
De lá pra cá aconteceram dois avanços: um espaço de maior distribuição para os filmes brasileiros e a criação da Globo filmes.
Na verdade ambos estão entrelaçados.
Cerca de 40 filmes nacionais são lançados por ano. O único problema é que ficam por pouco tempo em cartaz. Parte por culpa do público que não dá valor (quando de fato são bons filmes) ou pela real baixa qualidade deles.
A Globo Filmes é uma indústria que investirá para sempre nos sucessos certos: comédias e/ou outro gênero com base em seu elenco estelar.
Ainda precisaremos suportar dezenas de filmes fracos, mas que gerem renda substancial, para que sobre caixa para a produção de filmes de riscos, os filmes que se chamam de "bons" ou "de verdade".
Enquanto isso, uma ou outra produtora conseguirá apoio das leis de incentivos (e duvidosas) para colocar algum filme fora do esquema.
A Mulher Invisível é vendido como uma comédia padrão. Não me disperta nenhum interesse de ir até o cinema, diferente dos Se eu Fosse Você que a dupla protagonista possui um carisma e competência mil vezes maior que Luana Piovani.
E nem a presença de Selton Mello, que já protagonizou vários filmes nacionais dignos, ajuda na atração.
E sempre é bom lembrar para quem fala mal do cinema brasileiro. Nós, consumidores mundiais, não temos em cartaz os piores filmes feitos pela indústria americana. Temos em cartaz apenas os blockbusters (que lá tem as suas qualidades) e filmes de prestígios (sejam pelos diretores ou elenco). As produções de baixo nível ficam por lá mesmo, ou até caem aqui direto na tv ou dvd.
Não somos nós, na comparaão, que fazemos filmes ruins, eles que não exibem as bombas fora do terrítório deles.
Para mim, 90% dos blockbusters é cinema ruim. Eu inclusive sinalizei isto no meu post. Eu estava comparando cinema popular com cinema popular. E ver, como eu pontuei, filmes brasileiros de alta bilheteria é muito bom.
Por isso que eu entendia parte do desabafo dele, não disse que concordava integralmente. Acho que quem é bom acaba montando o seu fã-clube, ainda que estes tenham poucos nomes fiéis, saca?!
Esse caso do Guilherme Fontes é escandaloso, essa grana já tinha que ter sido devolvida ou ele teria q ter apresentado o filme. Quanto à critérios de qualidade, acho que deve haver certos parâmetros, mas não relativos ao tipo de filme (tipo "cara q faz filme autoral ou de arte não pode porque são poucas pessoas q gostam").
Dando um exemplo: estão produzindo um filme sobre aquele livro da Bruna Surfistinha (que não li, não lerei e me disseram q é uma droga). Não pretendo ver, mas não acho q faz sentido eu dizer "não pode usar dinheiro público porque é a biografia de uma ex-prostituta" ou "porque é baseado num livro furreca".
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