"Eles são jovens, ganham pouco e gastam pouco, e não se interessam por moda ou aparência pessoal - conheça os 'homens herbívoros' do Japão."
Eu já tinha visto algo sobre os homens hebívoros no Panorama Nihon, mas não dei muita atenção. Agora, o Japanator fala sobre este novo fenômeno cultural japonês que é o dos homens que não se interessam pela aparência ou pelas mulheres. Parece que as notícias sobre esta “onda”, que pode comprometer ainda mais as já baixas taxas de natalidade do país, é uma coqueluche na mídia.
Segundo artigo do CNN Asia, o termo “homens herbívoros” foi cunhado pela colunista Maki Fukasawa, especializada em cultura pop, em 2006. Segundo a autora, esse novo tipo de masculinidade emergente não é agressiva e não valoriza aquilo que outras gerações consideravam como virilidade. Segundo a autora, “No Japão, sexo é traduzido como ‘relação carnal’, assim, eu dei a esses garotos o rótulo de ‘garotos herbívoros’, pois eles não estão interessados em carne.”
Lendo o artigo da CNN, eu vejo algo de positive nessa mudança. Em primeiro lugar, o modelo de masculinidade como ação e violência está sendo questionada. A nova geração, ao olhar para seus pais, não se sente feliz com o que vê, especialmente com a crise econômica mostrando que as coisas não funcionam como se espera. Outra coisa apontada pela matéria é que as mulheres japonesas estão abrindo seu leque de opções e assumindo para si uma postura mais ativa, que era e é desestimulada na cultura tradicional. Enfim, os homens vêem essas mulheres com admiração e, também temor, mudando suas atitudes.
Agora, essa onda de “herbívoros” pode ser mais uma das desculpas para o isolamento e não a interação entre os gêneros e isso é ruim. Mas se, no final, a sociedade japonesa e as relações de gêneros se tornarem mais equilibradas, talvez essa moda de herbívoros passe, mas tenha cumprido uma função.
Eu já tinha visto algo sobre os homens hebívoros no Panorama Nihon, mas não dei muita atenção. Agora, o Japanator fala sobre este novo fenômeno cultural japonês que é o dos homens que não se interessam pela aparência ou pelas mulheres. Parece que as notícias sobre esta “onda”, que pode comprometer ainda mais as já baixas taxas de natalidade do país, é uma coqueluche na mídia.
Segundo artigo do CNN Asia, o termo “homens herbívoros” foi cunhado pela colunista Maki Fukasawa, especializada em cultura pop, em 2006. Segundo a autora, esse novo tipo de masculinidade emergente não é agressiva e não valoriza aquilo que outras gerações consideravam como virilidade. Segundo a autora, “No Japão, sexo é traduzido como ‘relação carnal’, assim, eu dei a esses garotos o rótulo de ‘garotos herbívoros’, pois eles não estão interessados em carne.”
Lendo o artigo da CNN, eu vejo algo de positive nessa mudança. Em primeiro lugar, o modelo de masculinidade como ação e violência está sendo questionada. A nova geração, ao olhar para seus pais, não se sente feliz com o que vê, especialmente com a crise econômica mostrando que as coisas não funcionam como se espera. Outra coisa apontada pela matéria é que as mulheres japonesas estão abrindo seu leque de opções e assumindo para si uma postura mais ativa, que era e é desestimulada na cultura tradicional. Enfim, os homens vêem essas mulheres com admiração e, também temor, mudando suas atitudes.
Agora, essa onda de “herbívoros” pode ser mais uma das desculpas para o isolamento e não a interação entre os gêneros e isso é ruim. Mas se, no final, a sociedade japonesa e as relações de gêneros se tornarem mais equilibradas, talvez essa moda de herbívoros passe, mas tenha cumprido uma função.
13 pessoas comentaram:
Mas se ele não comer carne, a espécie não se reproduz. :D
Hum... Bem, por um lado, o espírito absurdamente consumista e fútil de alguns jovens japoneses me assusta. Mas acho que chegar a esse ponto de querer tanto distância disso que as pessoas começam a se isolar também é muito ruim.
Qualé! Comer é uma das necessidade primárias do ser humano pow!
Ai, po galera.
As piadas poderiam ser melhores.
E não se preocupem, os herbivoros ainda são uma minoria da especie, tem carnivoros suficiente p/ manter as novas gerações.
Em menor escala é verdade, mas quem sabe uma população menor não ajuda a sociedade japonesa a ser mais tolerante com imigrantes?
Sem querer ser preconceituoso. Mas primeiro temos um crescimento astronomico no número de lésbicas, depois a "moda" da castidade dos jovens americanos transforma o sexo em problema (quem teria imaginado um futuro em que isso seria moda?), agora esses herbívoros. Parece que a cada dia, em algum lugar do mundo, estão inventando uma nova forma de abolir as velhas relações heterossexuais. Parece que pra bilhões de pessoas, o heterossexualismo é um "problema".
Será que aos poucos a população mundial está ficando tão egocêntrica que está tentando até evitar o "problema" das relações com o sexo oposto?! Sempre respeitei a diversidade (pelo menos eu tento compreender), mas será que já não é hora da gente começar a discutirr sobre inversão de valores na sexualidade?
Estranha essa coisa sde crescimento astronomico no número de lésbicas. Me aponte onde, pois aqui no Brasil e no resto desse mundo ordinário nosso não é. Há homens que levam um "não" ou são um pé no saco e começam a ver chifre em cabeça de cavalo. Até as Tatu no fim das contas eram bem heterozinhas.
Outra coisa, esse final "ismo" tende a caracterizar doença. Daí, os homossexuais lutarem tanto para que se use "heterossexualidade". Mas de novo, a heterossexualidade ainda é norma. Mesmo que esses meninos aí cismem de não procriar, são em sua maioria heterossexuais, os supostos castos, também são. Só parecem dispostos a esperar pelo casamento para morder os pescocinhos. A heterofobia não é a regra.
Quanto aos papéis sexuais, eles continuam binários para a maioria das pessoas. Pode deixar que se os herbívoros forem um problema, eles são sintoma e não a origem.
Alexandre, deletei o link para o Sankaku. eu conheço o site, e, exatamente por isso, não acho legal postar links de lá aqui.
Mas não tome como crítica, não.
Pelo que eu entendi esses "garotos herbívoros" não estão desinteressados nas mulheres por outro motivo senão falta de dinheiro para manter um relacionamento (relacionamentos são investimentos caros, ainda mais no Japão).
Isso me parece ser um efeito da recessão, sem dinheiro para manter uma família eles se resumem a viver sem criar uma família, isso é triste.
Outra coisa triste é esse discursinho homofóbico fantasiado de "estou perdendo meus direitos de ser hétero", muito triste esse comentário do Jáder.
De qualquer forma é melhor não ter uma família do que criar uma aos trancos e barrancos como é o costume aqui no Brasil.
Concordo com a Kadu.
Familia, filhos, tem que ser p/ quem relamente deseja e se prepara p/os desafios.
Agora ,Jader, bilhões de pessoas achando que o heterossesualida é um problema?????????
Onde isso, será que moro no unico lugar do mundo onde casais de sexos oposto ainda são a maioria?
E que tipo de valores sexuais estão sendo invertidos?
Eu já ia postar um "comentários homofóbicos em 10, 9, 8, 7...", mas parece que eles chegaram antes de mim.
Só que eu esperava comentários de outro tipo, juro.
Sinceramente, o que me incomoda é o elogio à bananice que existe no discurso herbívoro. "Namorada? Ah, há tanta pressão envolvida, tanta cobrança, pra que me desgastar?""Ambição? Ah, tô com uma leseira na idéia...""Independência? Para que se há quem faça isso por mim?"
Isso é triste para cacete.
Discordo disso em dois pontos.
Primeiro, o panorama dos sexos no japão apenas melhorara quando houver umas consciência por ambos os lados de que o modo atual das coisas não está dando muito certo.
Não é o homem começar a se portar como fragil que nem esses herbivoros.
E segundo porque mulher no geral, independente dos costumes locais sempre vai procurar um homem que possui personalidade forte e desperte o minimo de interesse fisico/sexual.
Esses herbivoros alem de estarem negando algo tao basico como a propia sexualidade se colocam apenas como passivos na estrada da vida, e é fato que a mulher japonesa está correndo de homens sem perspectiva.
Tá bom, D'Kaeser, é cultural quando te convém, mas é natural, também quando te convém.
Já leu algo sobre papéis de gênero e expectativas em relação aos comportamentos entre os sexos? Nos diferentes lugares e épocas da história?
Porque acreditar que as coisas vão "melhorar" mudando padrões culturais para depois dizer que mulher gosta de ser dominada (*leia-se do cara forte, provedor, protetor, patriarcal*) é profundamente contraditório. Mas, claro, nada mais lugar e senso comum. Só faltou a homofobia.
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