Postagem da semana, décima parte do capítulo 4. Falta somente mais uma parte do capítulo agora, o que indica que vocês – leitores e leitoras – ficarão algum tempo sem ler nada, pois nem comecei o capítulo 5. Para quem não leu a parte anterior, clique aqui. Quando terminar a postagem, reunirei tudo em um arquivo *.pdf, para facilitar a leitura. Os três primeiros capítulos já estão em *.pdf e podem ser acessados neste link. Espero que minha descrição do confronto não seja tão rasa como eu imagino que seja. Acho que não sou boa descrevendo combates. Como já disse antes, se alguém quiser comentar, sugerir, criticar (*educadamente*), eu agradeço. Até semana que vem.
4º Capítulo: SEGUINDO O CAMINHO - Parte 10
— Vocês três para trás. — Falou Alan.
Dessa vez Marina não correu. Ela parecia pregada no chão. Já Elaine olhava ansiosa para a cachoeira.
— Por que não aparece ninguém, Haroldo? Elas sabem que estamos em perigo. — Ela tinha um tom desesperado na voz.
— Não sei, Elaine. Só sei que agora estou com medo por seu irmão. — E depois se virando para a menina. — Ele também quer matar você, não quer, Elaine? — Ela fez que sim com a cabeça e Haroldo segurou forte a sua mão. — Nunca imaginei que teria alguém como Sir Richard como inimigo... Na verdade, nunca poderia imaginar que ele poderia vir a notar a minha existência.
Marina estava com os olhos fixos nos dois, não havia muito que ela pudesse fazer, sabia bem disso. Já tinha visto exibições de Richard e não conhecia ninguém que o superasse no manejo da espada, mas Alan talvez não soubesse disso. Por que não aparecia alguma fada agora? Os dois começaram a lutar, ou melhor, Richard parecia estar brincando com Alan. Parecia um gato torturando o inseto que não necessariamente pretende devorar. Poderia matá-lo bem rápido, mas talvez essa não fosse a sua intenção. Já o rapaz era visivelmente inferior como espadachim e tentava em vão furar a guarda do adversário. Só que seu nervosismo e ansiedade, o atrapalhavam ainda mais.
Alan mal conseguia se esquivar de golpes que eram propositalmente pouco precisos, e Marina, como expectadora, percebia bem o que estava acontecendo. “Sir Richard está brincando com ele. Vai torturá-lo antes de acabar com essa luta.” Das sombras, Jerôme também observava e aguardava. A tarefa que a Rainha lhe dera era um tanto ingrata, já que deveria, caso necessário, impedir Richard de matar Alan. Observando seu antigo mestre, ele sabia bem que tudo poderia terminar em segundos, se Richard de fato quisesse. “Mas ele não quer. Só não sei qual laço o faz obedecer à Rainha, se ele é tão superior à ela... Ou será que eu estou enganado?”
“Controle-se, controle-se...”, pensava consigo mesmo, “Eu sei que posso me sair melhor do que isso... Eu sei. Ele não é invencível... Ele precisa pagar pelo que fez...” Richard atacava e recuava, girava em torno do rapaz e mantinha um leve sorriso nos lábios. Mas tudo o que fazia era bem humano, em nenhum momento usou de seus poderes.
— Vamos, De Brier! Seu pai e sua mãe eram melhores do que você na sua idade... De Sayers não lhe ensinou nada? Konrad aos dez anos fazia mais que isso. — E parecia bem satisfeito. Será que esquecera que o nascer do sol estava próximo? — Assim não haverá graça nenhuma em matar você. — E cortou a manga da camisa do rapaz, fazendo com que ele sangrasse.
— Alan! — Elaine arquejou.
— Talvez você acorde se eu disser que matarei sua irmã também. Que me diz? Matei seu outro irmão, causei a morte de seu pai e de sua mãe... Mais um De Brier, menos um De Brier... Porque é isso que são, salvo por seu irmão mais velho, parece que não há nada de Elizabeth na ninhada. — Falou com desprezo e, também, uma pontada de despeito. Afinal, fora rejeitado, Elizabeth preferira Estevão De Brier. “O que morreu pelo menos tinha os olhos dela.”, pensou ressentido. — Talvez deva matá-la primeiro para que você comece a lutar como De Sayers o ensinou.
— Não Elaine! Fique onde está! Segure-a, Haroldo. — Disse recuando sem conseguir esconder a dor e mudou a espada para a mão esquerda sem tirar os olhos de Richard. — Posso usar meu outro braço também.
Ele realmente fez menção de se lançar sobre Elaine. Era um óbvio blefe. Só que Alan estava tão cego de raiva que se virou abruptamente e caiu na armadilha. Richard colocou um pé em sua frente e o derrubou, a espada voou longe e ele ficou indefeso. “Não! Como fui tolo... Não tenho competência para vingar meus pais. Sou um fiasco!”
— Quanta inépcia... — E sua lâmina começou a brincar no pescoço do rapaz. — Sabe, senti vontade de fazer isso desde que você era um garotinho.
Marina engoliu seu orgulho, e lançou-se de joelhos aos pés do cavaleiro.
— Não, Sir Richard! — Engoliu seco. — Eu sei que devo voltar. Sei que veio atrás de mim. Não lhes faça mal. — “Não mate Alan!” — Eu... eu... retornarei e aceitarei qualquer que seja o castigo...
— Tola. Não vê que para mim você e toda essa história de espadas mágicas e profecias é somente um detalhe? — Olhava para ela com profundo desprezo. — Minha vingança contra os De Brier vem antes de qualquer coisa.
— Não! — Ela se jogou sobre o corpo de Alan. — Não faça nada com ele!
— Parece que é de praxe as mulheres tentarem se matar por você, não é mesmo? Não foi assim que sua mãe se feriu mortalmente? Impedindo que eu o partisse em dois com minha espada... — Sorriu e Alan sentiu-se inútil e culpado. — Princesa, não me faça ser descortês. Saia da minha frente.
— Eu não vou sair! Não vou! — Agarrou tão forte que não deixava sequer espaço para que Alan respirasse.
— Você está me sufocando, Marina! — Falou com voz fraca. — Saia da frente dele, por favor.
Enquanto isso, Haroldo tinha ido até a nave e pego uma barra de ferro. Sua intenção era acertar Richard. Só que o outro, simplesmente olhou para ele e o rapaz foi atirado longe. Caindo e batendo com a cabeça, que começou a sangrar.
— Não tente me atrapalhar, inseto. — Fez pausa. — Aguarde a sua vez e quietinho. — Dito isso, agarrou Marina pelo pescoço e a levantou como se fosse um graveto, atirando-a para o lado. Não com a mesma força que usara com Haroldo, mas o suficiente para que ela sentisse uma dor considerável. — Cuidarei de você depois. Para a sua sorte, a Rainha a deseja inteira de volta. — E voltando-se para Alan. — Onde tínhamos parado mesmo?
Uma descarga de energia, vinda não se sabe de aonde, acertou Richard e ele cambaleou.
— Quem? — Elaine estava de pé e olhava assustada para as suas mãos. Ela não sabia o que tinha acontecido ou como tinha acontecido, mas fora tomada por uma carga de energia mágica. Haroldo que mal conseguia se mexer estava aturdido com tudo o que estava acontecendo. — Foi você? Ah, sim, você tem alguma coisa de sua mãe no fim das contas. — Richard começou a avançar para ela. — Mas não terá tempo de aprender a usar seus poderes. A Rainha não me disse para preservar a sua vida.
Dessa vez Marina não correu. Ela parecia pregada no chão. Já Elaine olhava ansiosa para a cachoeira.
— Por que não aparece ninguém, Haroldo? Elas sabem que estamos em perigo. — Ela tinha um tom desesperado na voz.
— Não sei, Elaine. Só sei que agora estou com medo por seu irmão. — E depois se virando para a menina. — Ele também quer matar você, não quer, Elaine? — Ela fez que sim com a cabeça e Haroldo segurou forte a sua mão. — Nunca imaginei que teria alguém como Sir Richard como inimigo... Na verdade, nunca poderia imaginar que ele poderia vir a notar a minha existência.
Marina estava com os olhos fixos nos dois, não havia muito que ela pudesse fazer, sabia bem disso. Já tinha visto exibições de Richard e não conhecia ninguém que o superasse no manejo da espada, mas Alan talvez não soubesse disso. Por que não aparecia alguma fada agora? Os dois começaram a lutar, ou melhor, Richard parecia estar brincando com Alan. Parecia um gato torturando o inseto que não necessariamente pretende devorar. Poderia matá-lo bem rápido, mas talvez essa não fosse a sua intenção. Já o rapaz era visivelmente inferior como espadachim e tentava em vão furar a guarda do adversário. Só que seu nervosismo e ansiedade, o atrapalhavam ainda mais.
Alan mal conseguia se esquivar de golpes que eram propositalmente pouco precisos, e Marina, como expectadora, percebia bem o que estava acontecendo. “Sir Richard está brincando com ele. Vai torturá-lo antes de acabar com essa luta.” Das sombras, Jerôme também observava e aguardava. A tarefa que a Rainha lhe dera era um tanto ingrata, já que deveria, caso necessário, impedir Richard de matar Alan. Observando seu antigo mestre, ele sabia bem que tudo poderia terminar em segundos, se Richard de fato quisesse. “Mas ele não quer. Só não sei qual laço o faz obedecer à Rainha, se ele é tão superior à ela... Ou será que eu estou enganado?”
“Controle-se, controle-se...”, pensava consigo mesmo, “Eu sei que posso me sair melhor do que isso... Eu sei. Ele não é invencível... Ele precisa pagar pelo que fez...” Richard atacava e recuava, girava em torno do rapaz e mantinha um leve sorriso nos lábios. Mas tudo o que fazia era bem humano, em nenhum momento usou de seus poderes.
— Vamos, De Brier! Seu pai e sua mãe eram melhores do que você na sua idade... De Sayers não lhe ensinou nada? Konrad aos dez anos fazia mais que isso. — E parecia bem satisfeito. Será que esquecera que o nascer do sol estava próximo? — Assim não haverá graça nenhuma em matar você. — E cortou a manga da camisa do rapaz, fazendo com que ele sangrasse.
— Alan! — Elaine arquejou.
— Talvez você acorde se eu disser que matarei sua irmã também. Que me diz? Matei seu outro irmão, causei a morte de seu pai e de sua mãe... Mais um De Brier, menos um De Brier... Porque é isso que são, salvo por seu irmão mais velho, parece que não há nada de Elizabeth na ninhada. — Falou com desprezo e, também, uma pontada de despeito. Afinal, fora rejeitado, Elizabeth preferira Estevão De Brier. “O que morreu pelo menos tinha os olhos dela.”, pensou ressentido. — Talvez deva matá-la primeiro para que você comece a lutar como De Sayers o ensinou.
— Não Elaine! Fique onde está! Segure-a, Haroldo. — Disse recuando sem conseguir esconder a dor e mudou a espada para a mão esquerda sem tirar os olhos de Richard. — Posso usar meu outro braço também.
Ele realmente fez menção de se lançar sobre Elaine. Era um óbvio blefe. Só que Alan estava tão cego de raiva que se virou abruptamente e caiu na armadilha. Richard colocou um pé em sua frente e o derrubou, a espada voou longe e ele ficou indefeso. “Não! Como fui tolo... Não tenho competência para vingar meus pais. Sou um fiasco!”
— Quanta inépcia... — E sua lâmina começou a brincar no pescoço do rapaz. — Sabe, senti vontade de fazer isso desde que você era um garotinho.
XXX
Marina engoliu seu orgulho, e lançou-se de joelhos aos pés do cavaleiro.
— Não, Sir Richard! — Engoliu seco. — Eu sei que devo voltar. Sei que veio atrás de mim. Não lhes faça mal. — “Não mate Alan!” — Eu... eu... retornarei e aceitarei qualquer que seja o castigo...
— Tola. Não vê que para mim você e toda essa história de espadas mágicas e profecias é somente um detalhe? — Olhava para ela com profundo desprezo. — Minha vingança contra os De Brier vem antes de qualquer coisa.
— Não! — Ela se jogou sobre o corpo de Alan. — Não faça nada com ele!
— Parece que é de praxe as mulheres tentarem se matar por você, não é mesmo? Não foi assim que sua mãe se feriu mortalmente? Impedindo que eu o partisse em dois com minha espada... — Sorriu e Alan sentiu-se inútil e culpado. — Princesa, não me faça ser descortês. Saia da minha frente.
— Eu não vou sair! Não vou! — Agarrou tão forte que não deixava sequer espaço para que Alan respirasse.
— Você está me sufocando, Marina! — Falou com voz fraca. — Saia da frente dele, por favor.
Enquanto isso, Haroldo tinha ido até a nave e pego uma barra de ferro. Sua intenção era acertar Richard. Só que o outro, simplesmente olhou para ele e o rapaz foi atirado longe. Caindo e batendo com a cabeça, que começou a sangrar.
— Não tente me atrapalhar, inseto. — Fez pausa. — Aguarde a sua vez e quietinho. — Dito isso, agarrou Marina pelo pescoço e a levantou como se fosse um graveto, atirando-a para o lado. Não com a mesma força que usara com Haroldo, mas o suficiente para que ela sentisse uma dor considerável. — Cuidarei de você depois. Para a sua sorte, a Rainha a deseja inteira de volta. — E voltando-se para Alan. — Onde tínhamos parado mesmo?
Uma descarga de energia, vinda não se sabe de aonde, acertou Richard e ele cambaleou.
— Quem? — Elaine estava de pé e olhava assustada para as suas mãos. Ela não sabia o que tinha acontecido ou como tinha acontecido, mas fora tomada por uma carga de energia mágica. Haroldo que mal conseguia se mexer estava aturdido com tudo o que estava acontecendo. — Foi você? Ah, sim, você tem alguma coisa de sua mãe no fim das contas. — Richard começou a avançar para ela. — Mas não terá tempo de aprender a usar seus poderes. A Rainha não me disse para preservar a sua vida.
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