Recebi a newsletter da VIZ informando que o primeiro capítulo de Rin-Ne, novo mangá de Rumiko Takahashi, está on line. O mesmo informe avisa que acabou o espelhamento em Inuyasha - sim, existem essas fósseis por aí - e que a série será publicada em sentido original a partir do volume #38 e os demais volumes republicados em formato japonês mensalmente. Além disso, Inuyasha sairá em frmato big (*a perfect edition japonesa*). Agora, assim como ninguém votou em Jânio Quadros ou Collor, os advogados do espelhamento pelo bem do mercado também nunca existiram.
Ao que parece, o link está bloqueado para a América Latina. Nada que um programa de proxy (*tentem o Your-Freedom*) ou os fansubers não resolvam com o tempo.
Ao que parece, o link está bloqueado para a América Latina. Nada que um programa de proxy (*tentem o Your-Freedom*) ou os fansubers não resolvam com o tempo.
11 pessoas comentaram:
q bom q o espelhamento acabou aqui tem quase 10 anos
caraca!!! ano q vem faz dez anos q dragon ball e cavaleriso começaram a sair em sentido oriental
Sinceramente, nunca mudei minha opinião a respeito disso. Mas repare que Mônica Jovem, com seu sentido de leitura ocidental, vende 400.000 exemplares – quando infere-se que um naruto esteja na faixa dos 60.000. Ou seja, facilitar facilita, mas como o publico base aqui rejeita o espelhamento, não há como adotá-lo sem enfraquecer um título antes que ele possa crescer. Leia-se, estamos reféns mesmo dos nichos.
Sinceramente, discutir isso encheu. Mas minha opinião final reside no desempenho de três titulos coreanos que estão subindo na lista dos mais vendidos japoneses. Os dois mencionados abaixo...
http://is.gd/u0R2
... e este, freezing, que também subiu na lista seinen. O curioso é que quem escaneou no ocidente partiu da edição japonesa. Ou seja, estamos vendo o que fazem com os materiais coreanos – originalmente produzidos da esquerda para a direita – no Japão, em primeira mão: espelhados e com onomatopéias refeitas.
http://is.gd/u0RQ
Porque quando um material japonês aqui é espelhado vira crime e quando os japoneses espelham os coreanos, ninguém acha nada de anormal?
Alexandre, Mônica vende porque é Mônica. E você sabe disso. Além do mais é muito bonitinho e se eu tivesse dinheiro para qeimar compraria pelas capas. E mais, Mônica jovem não é mangá. E, por favor, não comece discussão sobre estética porque neste caso não existe ne sequer uma possibilidade de se afirmar o blá-blá-blá da estética.
Outra coisa, eu estou me lixando para se os coreanos são ou não espelhados no Japão. Não leio material coreano, porque nada que tenha visto prodzido por eles, fora Let's Bible (que foi feito em sentido japonês, eu acredito) me convenceu. E dois: não sou japonesa, mas sei que no Japão há material espelhado e não espelhado. Se eles espelham os coreanos, devem ter um bom motivo que é colocar em suas antologias.
O que essa turma do "nó no cérebro se ler em sentido oriental" (*e que parou em estudos do final do século XIX para afirmar isso*) não admite é que podemos, sim, ler em qualquer sentido, aprender. Não são somente os japoneses, chineses, árabes e judeus que conseguem. Ou, pelo menos, a maioria de nós pode se quiser.
Mangá ende no mundo em sentido oriental, como foi feito. E vende menos se espelhado. Consiga dados de mercado na frança, EUA, ou Brasil que mostrem o contrário e conversamos. Ou será que a vIZ quer perder dinheiro?
Pergunta: Você também votou no Collor? No Jânio, eu sei que não.
Val, eu jamais votaria no Collor. E o que me incomodou mais foi essa comparação – é mais ou menos como a Veja colocando Lulla na capa com os dois "L" do Collor. Quanto a mônica, na verdade ela só entrou na estética com o arco "o brilho de um pulsar". A partir daí eu considero mangá – e a propósito, foi escrito pelo marcelo cassaro e remete, sim, a narrativa de mangás infantis japoneses, sem sangramentos, mas sem erros. Ele soube o que fez ali, graças a deus. O que foi feito antes é um cacareco de caos narrativo e estético, que nem "mangá mestiço" é de verdade. E eles espelham os coreanos em versão tanko-hon também, e são eles quem estão na lista de mais vendidos. Isso pra mim prova meu ponto.
Não há sentido em discutir porque como eu disse, o mercado já foi tornado refém por aqui. A abertura vai ter que ser dada por outras portas.
Alexandre, refém aqui e refém em todo o Ocidente. E até que venha a crise final dos mangás (*o que muitos desejam silenciosamente*), ou uma revolução, é assim que vai continuar. Mangá se lê em sentido oriental e as pessoas passaram a desejar lê-los assim. Desta forma eles dão mais lucros às editoras. E quem quiser que pare de ler e comprar.
Para esses, as comic shops continuarão existindo, como espaços restritos, masculinos e ocidentais. Aliás, o último episódio da segunda temporada de The Big Bang Theory foi muito ilustrativo disso. Assim como as duas entrevistas que a Trina Robbins deu, uma recente para o sequential Tart, outra para o Mr. Mr. Media. O link para esta entrevista está no site dela, se interessar.
Mas tenha certeza que o objetivo foi incomodar. E eu escrevo o que escrevo sobre a questão, porque lembro dos arautos do apocalipse que davam três meses para o cancelamento de Kenshin... Todos eles se entocaram, mas colocam as cabecinhas de fora quando as cifras das vendas oscilam um pouquinho. Bons tempos quando não se tinha mangá, ou quando se tentava enganar as pessoas mudando nomes, espelhando e colorindo para que a origem da coisa fosse apagada.
Aliás, é isos que muitos querem fazer quando o assunto é shoujo mangá. Apaga-se a origem, tira-se o rótulo e fica parecendo que é como no Ocidente. Tudo é feito apra o público masculino ou "universal", mesmo se a autora é uma mulher.
Opa, pergunta: mangá se lê em sentido oriental e acabou, então mangá coreano pode ser em qualquer sentido que você não se lixa, certo?
Bom, nesse caso ter dois pesos e duas medidas só contam quando é assunto nosso. Sendo assim, se há espelhamento no ocidente, é absurdo; se os japoneses espelham em seu país, eles tem um bom motivo. Note, esse espelhamento vem do tanko-hon – pode olhar o freezing para confirmar. A capa é do volume japonês, as onomatopéias idem. Não tenho o material coreano nesse exato momento para comparar, mas mostrei páginas do mesmo desenhista em um dos links que passei, de outra série espelhada – Unbalance X 2. Como as duas tem creditos no mangaupdates, dá para se rastrear e confirmar rapidinho o que estou falando.
Logo, ser japonês significa critério de valor. Se eu espelho, estou errado, por não ser japonês; se o japonês espelha, tem um bom motivo, porque sua niponicidade a qualifica como tal.
Ou então podemos usar desimportância. vamos aos dados: pelo seu criterio:
1) a arte espelhada e alterada é uma arte criminosamente violada.
2) eu me lixo para os trabalhos coreanos
3) eu gosto dos trabalhos japoneses
4) se os japoneses espelham, tem bom motivo
Portanto, se você não gosta, podem violar criminosamente a arte alheia a vontade que você se lixa e até acha que tem um bom motivo.
Desculpa, Val, mas eu me recuso a aceitar isso. Ou se julga pelos atos, ou não se julga. Ou se aceitam alterações como parte das necessidades de um mercado, ou se recusam essas alterações. O que não pode haver é dois pesos e duas medidas.
São minhas ultimas palavras aqui para evitar que a discussão tome rumos piores ainda, mas aí não é mais achar que o espelhamento é certo ou é errado; é dar a entender que "todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais do que outros" (você deve ter pego a citação). E sinceramente, ninguém é melhor do que ninguém nesse mundo.
A vida ia ser uma maravilha se eu não tivesse me deparado com um "we're sorry, this content is not avaliable in your region" qndo fui ler o mangá no Rumic World. ¬¬'
Alexandre, á disse que não leio os coreanos e não me importo com eles como não me importo com um monte de coisas. Você sabe disso, mas quer me conduzir par auma discussão que não me interessa e interessa para você e sua perseguição do mangá global. É assunto do seu blog, não do meu.
Outra coisa, sei que a porcentagem de material coreano no mercado japonês é mínima se compara ao produto local. No mais, eu penso no Ocidente. E aqui, meu amigo, pode espernear, mas é em sentido oriental que a maioria deseja ler mangá.
As editoras publicam para esses, os fãs de mangá, que compram e mantém as editoras funcionando. O que os japoneses fazem com os coreanos que não raro se mudam de mala e cuia para o Japão é problema deles. E mais, eles fazem isso sem permissão? Mutilam a obra ou pirateiam? Acredito que não. Os coreanos estão sendo roubados nos seus direitos?
E você sabe bem que quando um mangá é publiado na Coréia, ele tem nomes e títulos alterados. Com shoujo é assim. E eleslá que se entendam. Eu não vou brigar com a maneira como os orientais lidam com a questão, mas me importa o que se faz aqui.
Obviamente, sua percepção como defensor do espelhamento e como alguém que aspira produzir quadrinhos que tenham alance global é diferente da minha. Mas não me venha tentar enfiar uma outra discussão no meio de uma questão ocidental e comum aos franceses, italianos, espanhões, alemães, brasileiros, etc. Aqui no Ocidente o mangá deu certo em sentido oriental. E o mercado está aí para provar isso, apesar dos arautos do apocalipse. E desculpe, você era um deles junto com os caras da Castelo. Deve doer ter que negociar suas crenças, mas Kenshin não foi cancelado por ter capas iguais e ser m sentido oriental, mas Eden e Peach Girl venderam significativamente menos por causa disso e foram cancelados. Isso aconteceu aqui no brasil, independente do que coreanos e japoneses façam em sua terra.
Também não consegui ler. =/
Será que a Viz teme a América Latina?
Os japoneses tem a mesma condição de ler no sentido ocidental da que nós temos de ler no oriental. A questão no caso é mercado. No Japão o mangá é de massa, então aposto que a editora quis adaptar ao público. No Ocidente o mercado ainda é nicho, por isso o material também foi adaptado à ele.
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