terça-feira, 14 de abril de 2009

Morre Maurice Druon, autor dos "Reis Malditos"



Abri o site da UOL e via a notícia. Eu nem sabia que o autor de Os Reis Malditos - uma das minhas séries de livros favoritas - ainda era vivo. Mas, enfim, ele se foi, mas deixou sua marca aqui. E viveu muito tempo. Espero que alguém legende a série Os Reis Malditos para celebrar sua vida e obra.

Ontem estava com tanto sono que não completei. Adoraria ver os Reis Malditos em formato mangá. Sei que Riyoko Ikeda ou outra mangá-ka de peso poderia fazer maravilhas. Mas não precisaria ser shoujo ou josei, Os Reis Malditos poderia virar um excelente mangá em qualquer linha... Mas enfim, os franceses não se preocupam com o estrangeiro ou com o dificiente auditivo, nem a série de 2005 tem legendas. E falo de legendas em francês. Esta última série - eu gosto mesmo é da de 1972 - teve figurinos e cenários desenhados por quadrinistas famosos da França.

Maurice Druon, autor de "O Menino do Dedo Verde", morre aos 91 anos

PARIS, França, 14 Abr 2009 (AFP) - O escritor francês Maurice Druon, de origem russa, morreu nesta terça-feira aos 91 anos, anunciou à AFP a historiadora Helène Carrère d'Encausse, Secretária Perpétua da Academia Francesa, instituição da qual era membro desde 1966.

Faleceu em sua casa às 18h, hora local (16h GMT), informou Carrère d'Encausse.

Ligado ao General De Gaulle, Maurice Druon nasceu em Paris, no dia 23 de abril de 1918, tendo entre seus antepassados um bisavô brasileiro, o escritor, jornalista e político maranhense Odorico Mendes (1799-1864), que se tornou célebre pelas traduções de Homero e Virgilio.

Durante a Segunda Guerra Mundial combateu no interior da França, ingressando, depois nas forças da Resistência. Deixou a França em 1942, atravessando clandestinamente a Espanha e Portugal para trabalhar nos serviços de informações da chamada "França Livre", em Londres, junto com De Gaulle.

Maurice Druon recebeu a Grande-Cruz da Legião de Honra, sendo Comendador das Artes e das Letras e titular de muitas outras condecorações. Seus livros, entre eles "Os Reis Malditos", foram traduzidos para vários idiomas.

Compôs com Joseph Kessel o "Canto dos Partidários", musicalizado pela compositora Anna Marly, e que passou a servir de hino aos movimentos da Resistência durante a Segunda Guerra Mundial.

"Era um amigo muito chegado, é uma perda imensa para a Academia", informou Carrère d'Encausse à AFP. "Era a memória da Academia", acrescentou.

Recebeu o Prêmio Goncourt (1948) por seu romance "As Grandes Famílias" e diversas outras homenagens pelo conjunto da obra. É conhecido mundialmente por sua única obra infanto-juvenil, "Tistou les pouces verts", "O Menino do Dedo Verde", publicada em 1957, com tradução de Dom Marcos Barbosa.

No dia 8 de dezembro de 1966, foi eleito para a cadeira número 30 da Academia Francesa, sucedendo a Georges Duhamel. Foi Secretário Perpétuo dessa instituição, a partir de 1985, mas, em 1999, renunciou à função, cedendo o lugar a Hélène Carrère d'Encausse.

Em abril de 1973 foi nomeado Ministro da Cultura francês, no gabinete Pierre Messmer. Conta-se que, ao assumir o cargo, declarou não ter intenções de ajudar com o dinheiro do governo "subversivos, pornógrafos e intelectuais terroristas", motivando uma onda de protestos de milhares de artistas. Por causa disso, chegou a ser chamado de "ditador intelectual".

2 pessoas comentaram:

O mais triste é que mesmo ele tendo escrito uma obra do porte dos "Reis Malditos", ele é mais conhecido por aqui pelo "Menino do Dedo Verde" – que mesmo quando eu era moleque, achava um livro chatinho de doer.

sabe que eu nunca quis ler O Menino do Dedo Verde? Queria ler As Grandes Famílias.

Mas acho que a culpaé dos franceses, também. Nem a série de 2005 saiu com legendas em inglês. E olha que ela é pop, como figurino e cenários feitos por quadrinistas feranceses e tudo mais. Eu prefiro a de 1972, mas nenhuma das duas saiu com legendas, nem mesmo em francês.

Seria a chance de tornar a série conhecida e muito conhecida.

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