Este vídeo foi postado no site Japan Probe mostra fila dos sem teto ou mendigos ou desempregados que vão até a Igreja Anglicana em Asakusa receber refeições. O serviço começou há oito anos e costumavam ser no máximo 50 refeições nos dias de distribuição, hoje, com a crise, são cerca de 500. A fila ordenada é algo bem japonês, mas a imagem me lembrou a Grande Depressão. Enfim, o título da matéria - infelizmente sem legendas - é Alimente os sem teto, mas não na minha vizinhança, Okay?.
Já tinha lido sobre a questão em outro lugar, dizendo que am prefeitura de Tokyo tinha proibido a distribuição feita por cristãos em uma das estações de metrô, por reclamação principalmente dos pais de alunos que não queria que suas crianças convivessem com este tipo de gente... leia-se fracassados (*aqui vale bem o masculino, pois a maioria dos que aparecem nas fotos e vídeos são homens*). A caridade em relação a qualquer próximo (*leia-se: gente fora do seu círculo de obrigações*) é estranha à cultura japonesa. Esse é um ponto. Já eu acredito que a isso se soma o incomodo que deve ser para os pais, com filhos em idade escolar, que suas crianças percebam que o futuro é incerto, que você pode fracassar, que muitos flhos abandonam seus pais e que o emprego não é mais eterno na economia japonesa.
De qualquer forma e por qualquer ângulo é muito triste. E isso nada tem a ver com a nossa miséria endêmica brasileira, estimulada pela pouca vergonha e pela corrupção de nossos sucessivos governos, mas com uma crise econômica que coloca em questão a própria estrutura da sociedade japonesa, sua visão de mundo.
Já tinha lido sobre a questão em outro lugar, dizendo que am prefeitura de Tokyo tinha proibido a distribuição feita por cristãos em uma das estações de metrô, por reclamação principalmente dos pais de alunos que não queria que suas crianças convivessem com este tipo de gente... leia-se fracassados (*aqui vale bem o masculino, pois a maioria dos que aparecem nas fotos e vídeos são homens*). A caridade em relação a qualquer próximo (*leia-se: gente fora do seu círculo de obrigações*) é estranha à cultura japonesa. Esse é um ponto. Já eu acredito que a isso se soma o incomodo que deve ser para os pais, com filhos em idade escolar, que suas crianças percebam que o futuro é incerto, que você pode fracassar, que muitos flhos abandonam seus pais e que o emprego não é mais eterno na economia japonesa.
De qualquer forma e por qualquer ângulo é muito triste. E isso nada tem a ver com a nossa miséria endêmica brasileira, estimulada pela pouca vergonha e pela corrupção de nossos sucessivos governos, mas com uma crise econômica que coloca em questão a própria estrutura da sociedade japonesa, sua visão de mundo.
4 pessoas comentaram:
Realmente, Brasil e Japão estão, na verdade, em dois mundos. Enquanto lá o medo é causar insegurança nas crianças, as daqui nem mudariam de expressão se a realidade lhe fosse esfregada nas fuças, tamanho é o estrago que o assistencialismo empregado aqui já causou.
A prefeitura de minha cidade a-do-ra se vangloriar do bendito sistema de self service adotado nas escolas. Tudo muito lindo porque não são eles que ficam todo santo dia a ponto de surtar tentando convencer as crianças de que devem se servir apenas da quantidade que realmente vão comer. E dá-lhe pratos de comida jogados ao lixo, a justificativa vem em forma de sorriso sarcástico, balançar de ombros ou um "grande coisa!" que tive que ouvir dia desses. =P Na verdade a explicação é que tudo hoje em dia virou obrigação do governo. Queria ver se a crise se abatesse aqui tão violentamente até onde duraria essa farra.
Criei pavor de crianças, vou adotar mais gatos. =P
Eu busco sempre ver o que de melhor uma cultura tem. No caso brasileiro, este desespeito pela coisa pública, pelo espaço público, o desperdício de recursos (*porque teremos sempre, somos abençoados por Deus*) é horrível. Neste aspecto, poderíamos aprender muito com os japoneses...
Mas Mickey, não desanime. As crianças são em grande parte fruto da educação que recebem da família. É isso que conta. Mas se você realmente não quer ter filhos, vá fundo, porque é direito seu. ;)
Achei isso mor absurdo!
Proibir as pessoas d ajudarem pra as crianças nao verem?
querem criar as crianças na disneylandia? Achei bem egoista e idiota os motivos deles.
Aqui perto da minha casa distribuem comida tarde da noite pra pessoas q precisam e acho uma atitude mto gentil nunca tive medo do futuro por isso.
E mais importante do q as possiveis inseguranças nas crianças sao as pessoas q precisam...vendo ou não um dia elas irao encarar a realidade seja ela qual for.
É, cada cultura tem seu proprio paradigma de fracasso, e de como lidar com ele.
Os norte-americanos tem o conceito de "loser", o perdedor, não popular,feio, esquisto, etc.
Mas, mesmo eles não criaram um sentimento de vergonha por oferecer ou aceitar ajuda.
Ja o Brasil...bem, aqui em alguns casos, a sociedade tem raiva mesmo é de quem é bem sucedido, principalmente se for por esforço e não só por "talento", e muitas vezes a questão da ajuda é vista como algo obrigatorio do governo, as vezes até de maneira excessiva na minha opinião.
Não todos é claro, mas muitas pessoas parecem não saber se virar, querendo que o governo (qualquer governo) cuide de todos os seus problemas e tome todas as decisões dificies por eles.
Quanto ao Japão, esperava que a recessão que eles tiveram anos atraz tivessem mudado algo na cultura deles, mas parece que não foi o caso.
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