Estou de saída para o trabalho, mas volto cedo e coloco o blog em dia. Terça e quarta são os piores dias da semana para mim e tenho me ansado muito. Pois bem, abro agora a comunidade Tomodachi no Shoujo, que é para agrupar os fãs do gênero e discutir, e encontro a coisa do "Para quê os rótulos?". Até aí concordo, um rótulo não é sinônimo de coisa boa ou ruim. Mas logo em seguida, chegamos ao ponto de sempre: "Se diz que é shoujo, o povo torce o nariz!" Ein?! Putz, parece que estou escrevendo a coluna do Aime-Pró, repetindo falas de quatro, cinco anos atrás. Mas tá ai, o preconceito existe e permance e os fãs continuam meio envergonhados de sacar seu shoujo mangá (*Nana pode, porque os meninos gostam!*) da bolsa e ler. Vamos direto ao ponto.
Se "o povo" (*E quem é "o povo"mesmo, ein?*)olha torto quando dizem que um mangá é shoujo, o problema é do preconceito contra qualquer coisa que esteja associada ao público feminino. O mané, cretino, babaca (*sim, ô asunto imbecil!*), é quem discrimina, não você que está lendo mangá ou assistindo anime. Exatamente por conta disso, a classificação deve ser mantida, reforçada e as coisas devem ser ditas. "Sim, mulheres de todas as idades lêem, produzem e compram quadrinho no Japão. Este que você está lendo e gostando foi feito para elas." Agora vai lá e corta os pulsos, ou, se for pseud-inelectualóide comece a explicar porque o shoujo que você lê é diferente, superior e por isso, você não se suja com ele.
Sei que não foi a intenção de quem falou, mas o que muita gente deseja quando quer o fim dos rótulos é consciente ou inconscientemente negar a origem, esconder que "é coisa de menina". Banana para eles. Aliás,a comunidade lá (*e este blog aqui*) é exatamente para reforçar que shoujo pode ser legal, há shoujo excelente e você homem ou mulher não precisa ficar com vergonha disso.
Agora, vir com a história de "é josei é bom", "josei é tão mais maduro" me parece risível, primeiro porque há josei de todo tipo, depois porque os scans são difíceis de achar e eu duvido que quem fala, salvo se tiver fluência em japonês, porque são mangás sem furigana, vai realmente ter uma visão ampla do gênero. Aliás, difícil separar shoujo de josei, porque nem o mercado japonês sabe como fazer isso, especialmente em premiaões. Mas aquele papo que parece "mamãe eu cresci" de quem olha com desdém os seus velhos gostos. Daí, realmente a entrevista com a Helen McCarthy faz diferença, porque ele colocou bem a questão de que ser fã é espeitar a diversidade. Nem todo josei é Nodame, Nana - que todo mundo sabe que é um mangá que tem ZERO apelo para mim - é shoujo.
Se "o povo" (*E quem é "o povo"mesmo, ein?*)olha torto quando dizem que um mangá é shoujo, o problema é do preconceito contra qualquer coisa que esteja associada ao público feminino. O mané, cretino, babaca (*sim, ô asunto imbecil!*), é quem discrimina, não você que está lendo mangá ou assistindo anime. Exatamente por conta disso, a classificação deve ser mantida, reforçada e as coisas devem ser ditas. "Sim, mulheres de todas as idades lêem, produzem e compram quadrinho no Japão. Este que você está lendo e gostando foi feito para elas." Agora vai lá e corta os pulsos, ou, se for pseud-inelectualóide comece a explicar porque o shoujo que você lê é diferente, superior e por isso, você não se suja com ele.
Sei que não foi a intenção de quem falou, mas o que muita gente deseja quando quer o fim dos rótulos é consciente ou inconscientemente negar a origem, esconder que "é coisa de menina". Banana para eles. Aliás,a comunidade lá (*e este blog aqui*) é exatamente para reforçar que shoujo pode ser legal, há shoujo excelente e você homem ou mulher não precisa ficar com vergonha disso.
Agora, vir com a história de "é josei é bom", "josei é tão mais maduro" me parece risível, primeiro porque há josei de todo tipo, depois porque os scans são difíceis de achar e eu duvido que quem fala, salvo se tiver fluência em japonês, porque são mangás sem furigana, vai realmente ter uma visão ampla do gênero. Aliás, difícil separar shoujo de josei, porque nem o mercado japonês sabe como fazer isso, especialmente em premiaões. Mas aquele papo que parece "mamãe eu cresci" de quem olha com desdém os seus velhos gostos. Daí, realmente a entrevista com a Helen McCarthy faz diferença, porque ele colocou bem a questão de que ser fã é espeitar a diversidade. Nem todo josei é Nodame, Nana - que todo mundo sabe que é um mangá que tem ZERO apelo para mim - é shoujo.
10 pessoas comentaram:
Nada como começar o dia se irritando, e nada mais irritante do que um assunto que ja foi falado, discutido até a exaustão.
Mas se preconceitos fosse faceis de debelar o mundo não seria como é hoje.
Coragem, moça ^^, vc sobrevive a isso, hehehe
Pelo menos vc tem feito sua parte e ja consegui concientizar muitas pessoas sobre essa questão.
Deixa eu comentar sobre esse frase: "(...)o que muita gente deseja quando quer o fim dos rótulos é consciente ou inconscientemente negar a origem"
Por muita gente, só se for esses "otakus" sustendados pelos pais.
Sendo bem sensato, sou a favor do fim desses rótulos. Por mais que seja material de mulheres, para mulheres, etc... isso é no Japão. Aqui no Brasil a realidade é outra, e não creio que esse rótulo beneficie algo por aqui.
E muita gente fala mal dos shojos, não por preconceito, mas a verdade é que o shojo nessa última década caiu muito em qualidade, isso é inegável, mas ainda assim tem muita coisa bacana.
Sem querer ser chata, mas sendo, Moss, quantas centenas de shoujo mangá (completos) você já leu na vida Moss? E desta década? Porque para generalizar é preciso se ancorar em alguma coisa.
Devem ter sido muitos, embora eu lembre que aqui mesmo você só foi capaz de citar dois shoujo que falassem de vampiros. E eu falo sério, porque eu estou com raiva, sim, e sei que essa histoinha de dizer "os shoujo caíram" é conversinah para boi dormir, porque na média occorre o mesmo fenômeno em todos os gêneros. Mas, claro, eu não vou comentar isso por aqui, o blog é sobre shoujo e josei e o que me der na telha, claro.
Enfim, sei bem para que se quer negar que shoujo seja shoujo. Lá no Japão ou aqui no Brasil, é a mesma coisa, a maioria dos leitores são mulheres. Mas é preciso esconder a gente, né? É como o cara que matou quinze na Alemanha, só atirou em mulheres, mas falam "professores" (3 professoras) e "alunos" (11 alunas e 1 alunos). Fora os dez feridos que não sabemos se são homens e mulheres. Mas assim como no caso do shoujo, esconde-se o machismo, esconde-se a misoginia e os meninos dormam tranqüilos, porque o undo é muito justo.
" o shojo nessa última década caiu muito em qualidade, isso é inegável,"
Olha Moss, não quero ser ofensivo, mas aqui vc falou uma grande bobagem.
mesmo que vc tenha tido o azar de ler mais de um manga ruim (oq é sempre relatico com relação a publico e proposta), vc teria que ter lido dezenas e dezenas de mangas desde pelo menos os anos 80 p/ poder fazer uma camparação dessa.
E por mais que um leigo olhe nossas bancas e diga que esta entupido de manga, a verdade é que não temos nem uma fração do que é publicado nos EUA e Europa (Japão nem comento, é outro nivel como dizem), então como fazer uma afirmação tão generalizada???
Independente de se concordar ou não com a questão de genero levantada pela Valeria (e eu concordo), não é preciso esforço p/ ver o quanto ainda ha uma visão preconceituosa com a relação a qualquer material feita p/ o publico feminino (basta ver o pessoal que diz que não deviamos reclamar da qualidade baixa da serie Crepusculo, afinal foi feita p/ garotas adolescentes, e elas não precisam de nada muito elaborado não é mesmo?).
Sou a favor do fim de rotulos, mas apenas como inibidores: queria ver as pessoas olhando um filme,livro, manga,etc sem se preocupar se ele foi feito p/ publico a ou z (embora deixar claro quem fez e p/ quem fez te ajude a avaliar melhor as caracteristicas proprias de cada um)mas sim se foi bem feito.
E, desculpe de novo, mas pq esses otakus que não tem renda propria seriam os unicos culpados? só pq são otakus? pq são jovens? pq vivem com os pais?
Isso p/ mim é outro preconceito dos grandes.
Sem ofensas, mas mandou mal.
PS: Valeria, no caso da Alemanha quem fez a desinformação foi o pessoal de la ou os tradutores de ca?
Anderson, eu não sei como a coisa foi noticiada na Alemanha. Eu não leio alemão. Não entrei na BBC em inglês para ler por lá, foi a mídia brasileira mesmo.
O SBT deu a notícia (*aquele jornal da madrugada que rebobina de hora em hora. Hoje eu acordei e pouca*)e eles frisaram bem isso. Os outros jornais, simplesmente falam 15 pessoas (14 mulheres e 1 homem, morto na fuga. As mulheres executadas com tiros na cabeça*). A Globo agora no Jornal Hoje falou "pessoas" e "professores", para no finalzinho dizer que eram "professoras". Você pode falar alunos, afinal há um garoto, mas poessores para três mulheres?! Entende o ponto? Vamos esconder que ele ntrou lá para matar mulheres. Mas os dez feridos? Eles poderiam desmentir minha conclusão... Mas ninguém fala se são homens ou mulheres.
Vocês estão sendo radicais, só estou colocando minhas opiniões baseados no que já li e no fato de ser um grande consumidor de quadrinhos.
Do começo: pela minha listinha, li cerca de 172 shojos mangás já completos, desses, cerca de 59 são dos últimos 10 anos. Sem contar os que estou lendo e que ainda estão em andamento.
Sim, como o tema vampiros não é de meu agrado, na época só citei aqueles (embora posteriormente descobri outros), não tem como saber de tudo, da mesma forma que sei que tem vários mangás históricos que você não conhece, principalmente os fora do mainstraem mas mesmo assim relevantes.
Tudo é uma questão de opinião, não quero generalizar nada, mas é preciso se ater a um ponto de vista.
Nem todos que participam de discussões assim consomem esses mangás, ou seja, são irrelevantes para o mercado, e sobre esse ponto de vista que abordei.
Qualquer leitor bem informado sabe que os shojo mangá não passaram por bons momentos na última década, embora os grandes sucessos de alguns possam eclipsar esse fato (lá no ANN mesmo, onde fui Best Contributor, já li algumas notas sobre isso).
Agora, o que uma pessoa que não ajuda o mercado (não consumindo), deprecia o gosto alheio e posta sua opinião de forma agressiva tem a ver com esse fato em si? É apenas a opinião do sujeito, olhando pelo mercado, ele não tem valor, assim como certos tipos de opiniões para mim.
Não sei exatamente como foi essa discussão, então não farei julgamentos. Mas acho que foram muito radicais comigo e acabaram sendo muito agressivos, o que acaba tirando o brilho de suas palavras.
Bom, eu gosto muito de shojo manga, e não é por causa da opinião dos outros que vou deixar de ler ou gostar ou ficar nervoso, afinal, curto esse meio para me entreter.
Entendo, perguntei pq pelo alguns colegas linguistas me contaram, o alemão tem formas neutras p/ quase tudo, diferente do portugues, e podia ser erro dos tradutores dos nossos telejornais, que quase nunca fazem uma verificação decente, sem contar o habito de se colocar o masculino como universal.
Moss, vcê pode ter sido best contributor do ANN (*aliás, qual o link, por favor?*), mas para quem tem este conhecimento todo, você pisa muito na bola. Sejam nas generalizações (*o caso dos vampiros foi um deles*) ou em dizer coisas do tipo "tal mangá só faz sucesos no Japão" para se referir a uma obra que por ser nova e japonesa tem que começar por lá MESMO. Lembra da discussão, não é?
172 ainda é muito pouco para generalizações como as que você fez. Ainda assim, deu sua opinião, estamos discutindo a mesma. De qualquer forma, bom seria não repetir opiniões alheias. Mas só para ajudar, aqui mesmo neste blog, postei alguma cisa sobre o Matt Thorn criticando os roteiros de shoujo atuais e pdindom uma nova revolução dos shoujos, mas acredto que ele esteja falando daquilo que ele entende masi, pois poderia ampliar para tudo. A queda e vendas das antologias apontam para isso.
No mais, sou radical, sim, principalmente quando faejo preconceito. Continue contribindo para o ANN e fazendo um bom trabalho, mas por favor, tenha em mente que isso significa muito pouco para lhe dar autoridade aqui comigo. Já encontrei furos no ANN (*furos que eram meio óbvios e ligados ao que eu entendo mais, shoujo*), tetei corrigir e me advertiram. Deixa do jeito que esta mesmo. Gosto do site, cito asnotícias de lá aqui, mas não é perfeito, tampouco o melhor que existe.
sobre o shoujo ter caido de qualidade, como foi bem dito acredito que todo genero então deve ter caido também. Por outro lado não sou tão entendido nesse universo da mangás, de modo que minha opinião talvez seja generalizada e superficial demais.
De certa forma, uso esse último raciocínio tendo como base os animes, que é uma parte na qual estou mais por dentro, existem diversos shoujos e joseis que recebem ótimas conversões animadas, embora não apareçam em grandes quantidades. Por isso acredito que no original existe muita qualidade nessas obras.
Sobre os rótulos compartilho a opinião de que seria melhor não tê-los. Não nego que já tive preconceito no passado e rotulava coisas do tipo "isso é pra homem" e "isso é pra mulher". Mas sinceramente, depois do que já assisti e o pouco que li dos mais variados gêneros basicamente já nem faço distinção. Penso que o importante é a qualidade da história, sem distiinção de gênero. Há tantas coisas boas e ruins nos mais variados gêneros existentes, e seria ignorância deixá-los de lado apenas por preconceito.
De qualquer forma é algo complicado esse preconceito existente no mundo. Já fui rotulado de "mulherzinha" por ter assistido Lovely Complex, Bokura ga Ita e outros animes no estilo. Isso sem falar as "ótimas" opiniões que recebo quando falo que não gosto de futebol (todos devem saber o quanto gostar de futebol é sinônimo de ser homem na nossa sociedade).
Ah sim, e sobre os otakus, pela definição do Moss, pelo jeito infelizmente me encaixo na definição, já que tudo que faço é faculdade (embora seja pública, meus pais que pagam as outras despesas). Sinceramente, poderia generalizar menos as pessoas.
Moss, pena que vc se sentiu ofendido, mas a partir do momento que vc emite uma opinião vc da as outras pessoas o direito de questiona-la e mesmo de julga-la.
Não acho que eu seja radical, mas questões de preconceito de qualquer tipo não podem ser discutidas a pão-de-ló.
Elas devem ser apontadas pelo q são, preconceituosas.
"que tem vários mangás históricos que você não conhece, principalmente os fora do mainstraem mas mesmo assim relevantes."
Exato, foi oq dissemos. Ninguem consegue acompanhar tudo oq sai, então como dizer que o nivel geral esta ruim sem fazer uma grande generalização ?
Vc pode dizer que não ha grandes hits, oq é outro ponto, outra discurssão, mas da qualidade em geral, vc vai precisar de algumentos e fontes melhores.
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