Passei mais cedo no Mangablog e vi o link para a entrevista com Helen McCarthy. No início, não uni o nome à pessoa, apesar de ter dos livros ela aqui, The Anime Encyclopedia e 500 Manga Heroes and Villains. E não uni o nome a pessoa, porque acho os dois muito meia-boca. Ela não é Trina Robbins ou o Schodt ou o Mat Thorn ou o Paul Gravett, ainda que tenha mais livros que eles. Claro, que o The Anime Encyclopedia é uma obra de fôlego, já me ajudou muito, mas a primeira edição tinha muitas falhas e umas opiniões de arreiar cabelo... Mas enfim, não conhecia a trajetória da autora, suas dificuldades e não é porque acho os livros dela que li muito mais ou menos, que tudo o que ela fez perde o valor. Muito longe disso! Fui lá e traduzi. Tem outro link falando sobre o fandom inglês, limitações e possibilidades, o mercado que é pqueno. Este, não traduzi, mas o link é este aqui.
Otaku Veterana
por ELIZABETH TAI
Como ma senhora inglesa foi fisgada pelo enômeno japonês cerca de três décadas atrás?
HELEN McCarthy não se parece com o seu otaku tipico. Mas a londrina de 57anos é uma especialista em todas as questões relacionadas com anime e mangá, tendo passado 30 anos lendo, assistindo e escrevendo sobre eles.
“Eu gosto de passear pelas convenções (nas quais ela é freqüentemente uma convidada especial) porque eu ainda sou uma fã. Os cosplayers podem até imaginar, ‘Esta velha senhora está procurando a sua criança? O que ela está fazendo aqui?’ E eles vão assistir minha palestra e se mostram visivelmente surpresos quando me vêem subir no palco... Eu acho que a distância entre gerações existe somente quando nós a construímos,” ela comenta com bom humor.
“E, além disso, estereótipos são ótimos na propaganda, mas eles não funcionam com pessoas. Você não deixa de se interessa por uma coisa por causa da sua idade,” ela acrescenta sorrindo.
McCarthy estava na Malásia no mês passado para dar uma entrevista sobre a obra de Osamu Tezuka na Fundação Japão. Quando nos encontramos na sua sede em Kuala Lumpur, asenhora britânica alou com muito entusiasmo sobre o lendário mangá-ka que morreu em 1989 aos 60 anos.
Apontando que Tezuka se tornou um superstar dos quadrinhos aos 18 anos e produziu excelentes mangás enquanto cursava medicina, MacCarthy, entretanto lamenta que seu trabalho seja quase completamente desconhecido entre os falantes de língua inglesa no Ocidente.
“Ele é como um grande iceberg. E acima da água os falantes e língua inglesa vêem Astro Boy e Kimba, o Leão Banco e um ou dois outros mangás.Mas abaixo da linha dáágua há todo o resto da obra de Tezuka que é enorme e magnífica,” ela disse. (Tezuka produziu cerca de 700 mangás durante a sua vida)
O mangá de Tezuka favorito de McCarthy é MW (é pronunciado moo), um mangá sobre traição e corrupção no mundo moderno e como as ações dos políticos tem teríveis efeitos sobe as pessoas comuns.
“É um trabalho muito forte, sombrio e cheio de raiva, mas também tremendamente interessante. Eu acredito que qualquer um com algum juízo em Hollywood comprria os direitos.”
Expert Acidental
McCarthy foi picada pelo mosquito dos mangás/aimes em 1980 quando o seu então namorado (agora marido), que era um artista e ilustrador, trouxe do Japão revistas em quadrinhos e brinquedos e mostrou-os para ela.
“Foi fasinante porque era muito diferente da minha imagem do Japão – das séries e robô gigante da TV,” ela se recorda. Naquela época, a idéia que McCarthy tinha o Japão era aquela do “Japão para turista”: cerimônia do chá, cerejeiras em flor, samurais e ninjas.
Então, o mangá abiu sua mente conforme ela ficou intrigada com a sua diversidade de arte e histórias.
“Há histórias para todos. Mulheres da minha idade lêem mangá no Japão. Há revistas para elas. Todos podem ler mangá; não importa qual seja a sua idade, fé, cultura, orientação sexual ou profissão, eles podem encontrar um mangá que fala para eles. Não existe cultura de quadrinhos tão diversificada,” ela ressalta.
Mas nunca em um milhão de anos ele poderia imaginar que transformaria a sua paixão em arreira! McCarthy, que foi uma servidora pública por 15 anos, começou a sua trajetória para se tornar uma especialista em anime/mangá por puro acidente.
Tudo começou na Convenção Nacional de Ficção Científica Britânica de 1988. McCarthy ajudou a organizar uma sessão contínua de 36 horas de anime, foi a primeira vez que animação japonesa foi apresentada em uma convenção britânica.
Satisfeita com a resposta entusiasmada no evento, ela criou uma fã newsletter para manter contato com aqueles que estavam presentes e esperançosa de criar outros interessados. Mas quando um dos seus colaboradores, um artista gráfico em uma editora, mostrou a pequena newsletter para o seu chefe, McCarthy recebeu uma proposta inesperada do chefe dele.
“Ele se ofereceu parafinanciar a revista! Assim, a partir do final do ano de 1999, eu era a editora fundadora da primeira revista britânica sobre anime, a Anime UK,” ela disse rindo.
No tempo em que fanzines traziam principalmente sinopses de anime, Anime UK foi a primeira a trazer artigos aprofundados relacionados ao universo dos animes.
“Economicamente, ela foi um desastre – nós simplesmente não conseguimos fundos para colocá-la em no nível que desejávamos. Ainda assim, nós continuamos por seis anos e ela era vendida no Japão,” ela disse, reconhecendo que ela estava “muito orgulhosa disso”.
Escever, ensinar, costurar
“Meu marido faz piada que eu costumava ter dos empregos em tempo integral: escrever e trabalhar para o governo,” ela disse.
Pertencendo à “primeira geração” de fãs de animes britânicos, McCarthy se sentia frustrada porque além dos fanzines serem difíceis e obter, na havia livros em inglês sobre anime. (Havia muitos sobre mangá em inglês e francês, entretanto.)
“Isso me incomodava tanto que eu decidi que um livro precisava ser escrito.”
Mas demorou 13 anos para que ela conseguisse vê-lo publicado, diz McCarthy. Naqueles tempos, anime era considerado “divertimento barato para as crianças nas manhãs de sábado” no Reino Unido e nenhuma editora queria arriscar publicar o seu livro. E então, Akira estreou no país e 1991, e tornou-se uma sensação.
De repente, as editoras que tinham rejeitado seu livro ficaram interessadas.
Assim, seu primeiro livro, Anime: A Beginner’s Guide to Japanese Animation, foi lançado em 1993. Desde então, ela já publicou oito livros (com mais dois a caminho este ano).
É por isso, que tornouse evidente dois anos atrás para McCarthy que isso poderia ser uma oportunidade, já que sua vida de escritora tinha se desenvolvido tanto, ela poderia se dedicar a ela em tempo integral.
Ela também começou oferecer workshops para escolas usarem anime e manga para aumentarem o as capacidades de leitura e escrita e a cooperarão entre as crianças. McCarthy passou a ensinar as crianças a escrever e desenhar o seus próprios mangás, e freqüentemente isso ajuda as crianças a perceberem a importância do trabalho em equipe e a escrever de forma correta.
Seu novo livro, Manga in Stitches, que será publicado em junho, combina duas das suas paixões – bordado e anime/mangá. Ela criou modelos para bordar inspirados em anime e mangá.
“Eu espero que esse trabalho ajude a unir dois tipos de pessoas que amam a arte e admiram trabalhos manuais, e ajudá-las a esquecer suas diferenças externas e conversar sobre o que as une e o que ambas amam,” ela diz.
Não é de admirar que ela recebeu o prêmio da Fundação Internacional de Mangá e Anime do Japão em 2006 em reconhecimento às suas contribuições para a cultura pop japonesa.
“Prêmios sempre são agradáveis,” ela diz modestamente. “Eu amo escrever e eu amo escrever sobre anime e mangá... Esta é a melhor coisa que existe.”
Otaku Veterana
por ELIZABETH TAI
Como ma senhora inglesa foi fisgada pelo enômeno japonês cerca de três décadas atrás?
HELEN McCarthy não se parece com o seu otaku tipico. Mas a londrina de 57anos é uma especialista em todas as questões relacionadas com anime e mangá, tendo passado 30 anos lendo, assistindo e escrevendo sobre eles.
“Eu gosto de passear pelas convenções (nas quais ela é freqüentemente uma convidada especial) porque eu ainda sou uma fã. Os cosplayers podem até imaginar, ‘Esta velha senhora está procurando a sua criança? O que ela está fazendo aqui?’ E eles vão assistir minha palestra e se mostram visivelmente surpresos quando me vêem subir no palco... Eu acho que a distância entre gerações existe somente quando nós a construímos,” ela comenta com bom humor.
“E, além disso, estereótipos são ótimos na propaganda, mas eles não funcionam com pessoas. Você não deixa de se interessa por uma coisa por causa da sua idade,” ela acrescenta sorrindo.
McCarthy estava na Malásia no mês passado para dar uma entrevista sobre a obra de Osamu Tezuka na Fundação Japão. Quando nos encontramos na sua sede em Kuala Lumpur, asenhora britânica alou com muito entusiasmo sobre o lendário mangá-ka que morreu em 1989 aos 60 anos.
Apontando que Tezuka se tornou um superstar dos quadrinhos aos 18 anos e produziu excelentes mangás enquanto cursava medicina, MacCarthy, entretanto lamenta que seu trabalho seja quase completamente desconhecido entre os falantes de língua inglesa no Ocidente.
“Ele é como um grande iceberg. E acima da água os falantes e língua inglesa vêem Astro Boy e Kimba, o Leão Banco e um ou dois outros mangás.Mas abaixo da linha dáágua há todo o resto da obra de Tezuka que é enorme e magnífica,” ela disse. (Tezuka produziu cerca de 700 mangás durante a sua vida)
O mangá de Tezuka favorito de McCarthy é MW (é pronunciado moo), um mangá sobre traição e corrupção no mundo moderno e como as ações dos políticos tem teríveis efeitos sobe as pessoas comuns.
“É um trabalho muito forte, sombrio e cheio de raiva, mas também tremendamente interessante. Eu acredito que qualquer um com algum juízo em Hollywood comprria os direitos.”
Expert Acidental
McCarthy foi picada pelo mosquito dos mangás/aimes em 1980 quando o seu então namorado (agora marido), que era um artista e ilustrador, trouxe do Japão revistas em quadrinhos e brinquedos e mostrou-os para ela.
“Foi fasinante porque era muito diferente da minha imagem do Japão – das séries e robô gigante da TV,” ela se recorda. Naquela época, a idéia que McCarthy tinha o Japão era aquela do “Japão para turista”: cerimônia do chá, cerejeiras em flor, samurais e ninjas.
Então, o mangá abiu sua mente conforme ela ficou intrigada com a sua diversidade de arte e histórias.
“Há histórias para todos. Mulheres da minha idade lêem mangá no Japão. Há revistas para elas. Todos podem ler mangá; não importa qual seja a sua idade, fé, cultura, orientação sexual ou profissão, eles podem encontrar um mangá que fala para eles. Não existe cultura de quadrinhos tão diversificada,” ela ressalta.
Mas nunca em um milhão de anos ele poderia imaginar que transformaria a sua paixão em arreira! McCarthy, que foi uma servidora pública por 15 anos, começou a sua trajetória para se tornar uma especialista em anime/mangá por puro acidente.
Tudo começou na Convenção Nacional de Ficção Científica Britânica de 1988. McCarthy ajudou a organizar uma sessão contínua de 36 horas de anime, foi a primeira vez que animação japonesa foi apresentada em uma convenção britânica.
Satisfeita com a resposta entusiasmada no evento, ela criou uma fã newsletter para manter contato com aqueles que estavam presentes e esperançosa de criar outros interessados. Mas quando um dos seus colaboradores, um artista gráfico em uma editora, mostrou a pequena newsletter para o seu chefe, McCarthy recebeu uma proposta inesperada do chefe dele.
“Ele se ofereceu parafinanciar a revista! Assim, a partir do final do ano de 1999, eu era a editora fundadora da primeira revista britânica sobre anime, a Anime UK,” ela disse rindo.
No tempo em que fanzines traziam principalmente sinopses de anime, Anime UK foi a primeira a trazer artigos aprofundados relacionados ao universo dos animes.
“Economicamente, ela foi um desastre – nós simplesmente não conseguimos fundos para colocá-la em no nível que desejávamos. Ainda assim, nós continuamos por seis anos e ela era vendida no Japão,” ela disse, reconhecendo que ela estava “muito orgulhosa disso”.
Escever, ensinar, costurar
“Meu marido faz piada que eu costumava ter dos empregos em tempo integral: escrever e trabalhar para o governo,” ela disse.
Pertencendo à “primeira geração” de fãs de animes britânicos, McCarthy se sentia frustrada porque além dos fanzines serem difíceis e obter, na havia livros em inglês sobre anime. (Havia muitos sobre mangá em inglês e francês, entretanto.)
“Isso me incomodava tanto que eu decidi que um livro precisava ser escrito.”
Mas demorou 13 anos para que ela conseguisse vê-lo publicado, diz McCarthy. Naqueles tempos, anime era considerado “divertimento barato para as crianças nas manhãs de sábado” no Reino Unido e nenhuma editora queria arriscar publicar o seu livro. E então, Akira estreou no país e 1991, e tornou-se uma sensação.
De repente, as editoras que tinham rejeitado seu livro ficaram interessadas.
Assim, seu primeiro livro, Anime: A Beginner’s Guide to Japanese Animation, foi lançado em 1993. Desde então, ela já publicou oito livros (com mais dois a caminho este ano).
É por isso, que tornouse evidente dois anos atrás para McCarthy que isso poderia ser uma oportunidade, já que sua vida de escritora tinha se desenvolvido tanto, ela poderia se dedicar a ela em tempo integral.
Ela também começou oferecer workshops para escolas usarem anime e manga para aumentarem o as capacidades de leitura e escrita e a cooperarão entre as crianças. McCarthy passou a ensinar as crianças a escrever e desenhar o seus próprios mangás, e freqüentemente isso ajuda as crianças a perceberem a importância do trabalho em equipe e a escrever de forma correta.
Seu novo livro, Manga in Stitches, que será publicado em junho, combina duas das suas paixões – bordado e anime/mangá. Ela criou modelos para bordar inspirados em anime e mangá.
“Eu espero que esse trabalho ajude a unir dois tipos de pessoas que amam a arte e admiram trabalhos manuais, e ajudá-las a esquecer suas diferenças externas e conversar sobre o que as une e o que ambas amam,” ela diz.
Não é de admirar que ela recebeu o prêmio da Fundação Internacional de Mangá e Anime do Japão em 2006 em reconhecimento às suas contribuições para a cultura pop japonesa.
“Prêmios sempre são agradáveis,” ela diz modestamente. “Eu amo escrever e eu amo escrever sobre anime e mangá... Esta é a melhor coisa que existe.”
1 pessoas comentaram:
Pena que praticamente nada do material dos academicos que vc citou venham p/ o Brasil.
Aliais parece que estamos sempre recebendo menos que os outros paises...que ficamos só com o basico do basico.
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