Eu não iria falar do Rapelay, o tal jogo hentai que simula o estupro de uma mãe e suas duas filhas em uma estação de metrô com o “plus” do jogador ter que obrigar suas vítimas a abortarem. Caso não consiga, ele morre, é atirado na linha do metrô. O jogo ainda oferece a possibilidade de vários jogadores violentarem a mesma vítima (gang rape). Claro que ao colocar três mulheres, uma madura e peituda, uma normal, e uma adolescente que mal tem seios, significa dar aos jogadores a maior possibilidade de fantasiar. E é a imagem das vítimas que coloquei no post. Dá para visualizar bem o que eu estou dizendo. E observem também o terror eestampado nos rostos, algo mais que fundamental para dar tesão aos estupradores virtuais.
Ora, o jogo parece ser velho no Japão, e é baixável na net sem dificuldade. Por que virou escândalo? Porque pode ser comprado regularmente pelo Amazon e, talvez outros sites, e isso gerou polêmica na Inglaterra. Daí a notícia no Telegraph e a sua multiplicação em vários sites no mundo. Como várias pessoas, inclusive políticos reclamaram, afinal, é um jogo que faz aberta apologia à violência contra as mulheres em vários níveis, o Amazon tirou o jogo do seu catálogo.
Mas o que o jogo tem de novidade? Meu marido – e foi por causa desse toque que eu estou escrevendo – matou a charada: o aborto. E, eu diria, talvez, o fato de ser uma família. Estupro faz parte de boa parte do repertório do material hentai e pornô ocidental, se não há o estupro real, há o tal “romântico” estupro consentido. O que o Rapelay traz de novo é que o jogador deve fazer a personagem abortar. Estuprar pode, violência contra as mulheres é moeda corrente nas mais diferentes mídias, mas fazer abortar é uma coisa ignóbil. Grande hipocrisia!
E eu não discordo, fazer uma mulher abortar contra a sua vontade é uma violência absurda, outra violação, mas peço para que estejam atentos para este fato, se fosse somente estupro duvido que alguém comentaria. Ainda assim, vi um site de anime e mangá (*e não vou dar o link para não dar ibope*) dizendo que seus leitores adorariam poder jogar esse game. Legal, não? Pois é, na notícia em português mais acessada e que me deu o link para o telegraph, o tom era de uma neutralidade ofensiva, acrescido da ofensa “Abaixo você vê um pouco do jogo, obviamente sem as cenas picantes.”, ou seja, não são cenas de violência, mas um dos atrativos do jogo que infelizmente, você leitor não poderá ver, porque teremos problemas com os moralistas.
Uma amiga, que não é nem feminista, nem fã de anime ou mangá, se ofendeu com o tom da matéria. Ainda bem que algumas pessoas percebem. Na verdade, boa parte da pornografia tem como objetivo reforçar a sujeição das mulheres por meio de representações humilhantes e violentas, Rapelay é um deles. E, sim, quem se delicia com esse tipo de jogo, para mim é suspeito, porque desejaria, lá no fundinho, poder encurralar mulheres e meninas, estuprá-las e fazê-las abortar. Aliás, havia um tarado à solta no metrô de São Paulo, foi noticiado em vários sites, jornais e TV. Sensacionalista, ou não, não era jogo, era realidade.
Hoje, 23/02, a Band noticiou a prisão de Alexandre Suyama. O perfil com as fotos do sujeito no Orkut é este. Pode ser falso, mas as fotos são verdadeiras. Se alguém sofreu violência por parte deste sujeito, denuncie
Ora, o jogo parece ser velho no Japão, e é baixável na net sem dificuldade. Por que virou escândalo? Porque pode ser comprado regularmente pelo Amazon e, talvez outros sites, e isso gerou polêmica na Inglaterra. Daí a notícia no Telegraph e a sua multiplicação em vários sites no mundo. Como várias pessoas, inclusive políticos reclamaram, afinal, é um jogo que faz aberta apologia à violência contra as mulheres em vários níveis, o Amazon tirou o jogo do seu catálogo.
Mas o que o jogo tem de novidade? Meu marido – e foi por causa desse toque que eu estou escrevendo – matou a charada: o aborto. E, eu diria, talvez, o fato de ser uma família. Estupro faz parte de boa parte do repertório do material hentai e pornô ocidental, se não há o estupro real, há o tal “romântico” estupro consentido. O que o Rapelay traz de novo é que o jogador deve fazer a personagem abortar. Estuprar pode, violência contra as mulheres é moeda corrente nas mais diferentes mídias, mas fazer abortar é uma coisa ignóbil. Grande hipocrisia!
E eu não discordo, fazer uma mulher abortar contra a sua vontade é uma violência absurda, outra violação, mas peço para que estejam atentos para este fato, se fosse somente estupro duvido que alguém comentaria. Ainda assim, vi um site de anime e mangá (*e não vou dar o link para não dar ibope*) dizendo que seus leitores adorariam poder jogar esse game. Legal, não? Pois é, na notícia em português mais acessada e que me deu o link para o telegraph, o tom era de uma neutralidade ofensiva, acrescido da ofensa “Abaixo você vê um pouco do jogo, obviamente sem as cenas picantes.”, ou seja, não são cenas de violência, mas um dos atrativos do jogo que infelizmente, você leitor não poderá ver, porque teremos problemas com os moralistas.
Uma amiga, que não é nem feminista, nem fã de anime ou mangá, se ofendeu com o tom da matéria. Ainda bem que algumas pessoas percebem. Na verdade, boa parte da pornografia tem como objetivo reforçar a sujeição das mulheres por meio de representações humilhantes e violentas, Rapelay é um deles. E, sim, quem se delicia com esse tipo de jogo, para mim é suspeito, porque desejaria, lá no fundinho, poder encurralar mulheres e meninas, estuprá-las e fazê-las abortar. Aliás, havia um tarado à solta no metrô de São Paulo, foi noticiado em vários sites, jornais e TV. Sensacionalista, ou não, não era jogo, era realidade.
Hoje, 23/02, a Band noticiou a prisão de Alexandre Suyama. O perfil com as fotos do sujeito no Orkut é este. Pode ser falso, mas as fotos são verdadeiras. Se alguém sofreu violência por parte deste sujeito, denuncie
7 pessoas comentaram:
Este jogo passaria completamente despercebido se não fosse a questão do aborto, matéria tão sensível hoje em dia. Aliás, estupro é matéria comum nos doujinshis hentai e games, mas é muito raro que se mostre a gravidez que, na vida real, pode resultar de tais atos. No caso deste jogo, a gravidez é apenas um ingrediente a mais num prato rotineiro.
Segui o link que vc passou, achei "interessante" essa parte:
"Como não poderia ser diferente, os críticos de jogos violentos, como o parlamentar britânico Keith Vaz, já se manifestaram contra o simulador. Para Keith, este tipo de conteúdo necessita ser mais rigorosamente regulamentado."
O autor dizendo isso faz uma crítica subliminar à quem criticou esse ABSURDO jogo, ou foi impressão minha?
Olha, é absurdo, podre, e definitivamente dá vergonha de ser humano às vezes.
Revoltante, só sinto nojo de um jogo desses, e o pior que existem muitos outros por aí, tratando a mulher como LIXO.
Isso é a coisa mais degradante de que ouvi falar nos últimos tempos.
Concordo com a Diana, dá vergonha de ser humano nessas horas....
Impressionante o nivel de barbarie a que chegaram esses jogos, mais ainda a naturalidade com que "o mercado" assume isso como entretenimento e pronto.
outro fato q causa impressao é que eu nunca ouvi nada a respeito na "grande (sic) mídia".
vamos divulgar-denunciar.
parabens pelo blog.
abraço.
h.
queria mandar esse comentario direcionado a autora do artigo, se ela acha suspeito quem jogaria esse jogo e oque ela acha de quem joga GTA e outros jogos que são praticamente simuladores de assassinato a sange frio ??? Eu não sei se jogaria ou não esse jogo, talvez só por curiosidade, mas eu acho hipocresia quem critica esse tipo de jogo quando GTA é jogado por crianças hoje em dia.
Agora gostaria de ter uma resposta sua e de todos que lerem esse comentario, oque é mais grave simuladores de assassinatos como GTA e afins que hoje são jogados abertamente por crianças ou esse jogo que vai atrair na minha opinião maiores de idade.
Quero deixar claro que não estou diminuindo a gravidade do crime estupro, mas assassinato eu ainda acho um crime mais grave e um simuladores como GTA de assassinato deveria causar muito mais polemica, não concordam ???
E se eu fui muito ofensivo gostaria de me desculpar desde ja.
ass: Patty
Primeira coisa, ninguém aqui exige resposta para post algum, e quem quer que comentar o seu comentário, terá que passar pelo meu crivo antes. E eu não vou deixar isso aqui se tornar terreno de defesa velada de simuladores de estupro. Fora isso, claro, o blog não é chat. Mas vou responder aos seus comentários, sim:
Pelo final e o uso do “ofendido”, acredito que se trata de um homem, ou de alguém do sexo masculino. Dito isso, não me surpreende que ache o estupro um crime menor, sua possibilidade de passar pela violência é mínima. Morrer pode ser definitivo, mas há danos causados por outras violências que podem tornar a vida miserável. Reflita sobre isso.
Quanto ao GTA, acredito que você não viu os posts do blog ou seus objetivos principais. Aqui não é um blog de games e GTA não aparece nos sites sobre animes e mangás ou cultura pop japonesa. Então, não comento GTA ou qualquer jogos que não tenham:
1. Relação com shoujo/josei
2. Relação com a questão dos direitos e/ou violência contra as mulheres.
3. Relação com qualquer interesse meu particular, afinal, quem terá o trabalho de garimpar a “notícia”, sou eu. Não tenho trabalho com o que não me interessa, ainda mais no meu blog. Já basta o meu trabalho de verdade, do qual não posso fugir.
Mas vou ser direta, eu, Valéria, proibiria tais games. Gostou? Fique feliz que eu não tenha nenhum poder para vetar games, especialmente os simuladores de estupro que você acredita não merecerem tamanha atenção.
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