quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Homofobia em Brasília



Professor perde o emprego por causa de letra de música e é acusado de fazer apologia ao homossexualismo e o uso de álcool. Sim, os dois juntinhos, como se fossem ambos vícios. Trata-se de mais uma demonstração de homofobia, uma das mais escandalosas dos últimos tempos. Esta musiquinha, assim como tantas outras, não estimulam a prática homossexual, até porque é só lesbianismo fake (*vejam que o namorado está no centro da questão. Beijar a outra garota é um joguinh à três*) tipo Tatu (*Lembram que virou modinha menina beijando menina?*) e tem a função de seduzir e estimular as fantasias masculinas.

Pois bem, a musiquinha está na boca dos adolescentes e serve para ensinar verbos. Em Brasília, Tati Quebra Barraco era conteúdo para o vestibular da UnB... Como I Kissed a Girl é problema? Eu digo qual é o problema: o professor. Eu entenderia, mas não aceitaria, se fosse um colégio religioso, mas não é, trata-se da rede pública de Brasília. Homofobia precisa ser criminalizada neste país, para que coisas assim não aconteçam. Segue a matéria do Correio Braziliense e aí em cima a matéria da Globo.

Rede pública
Música polêmica rende rescisão de contrato

João Campos
Da equipe do Correio


A música I kissed a girl (eu beijei uma garota), da cantora americana Katy Perry, 24 anos, fala sobre uma jovem que experimenta um beijo homossexual. Para isso, bebe para ter coragem. A personagem admite ter gostado da experiência com outra menina. No fim do ano passado, o professor do Centro Interescolar de Línguas de Brazlândia, Márcio Barrios, 25, sugeriu a tradução da música como parte de um exercício com alunos entre 12 e 14 anos da rede pública. A diretoria vetou, alegando conteúdo impróprio. Mesmo assim, o educador trabalhou a letra com os estudantes. Denunciado pela escola, Márcio teve o contrato temporário rescindido. Ele acusa a Secretaria de Educação de preconceito e perseguição. O governo descarta qualquer tipo de discriminação e justifica o afastamento pela desobediência à orientação pedagógica.

A polêmica teve início em setembro, quando Márcio apresentou a música à diretoria. O professor temporário, que trabalhava havia dois anos na escola, admite que ignorou a orientação da coordenação pedagógica. "A música tinha os verbos no passado, conteúdo que eu estava trabalhando. Em momento algum fiz apologia ao homossexualismo ou ao consumo de bebidas alcoólicas", defendeu. A diretoria do centro enviou documento à Regional de Ensino de Brazlândia pedindo a rescisão do contrato por intransigência. "A sindicância apontou o desvio de comportamento e decidiu pelo rompimento", explicou o diretor da regional, Humberto Lopes. Márcio, que teria contrato até dezembro, deixou a sala um mês antes. "Isso é homofobia, me senti discriminado e vou atrás de um advogado", alegou.

Para o secretário José Valente, não há discriminação em relação às preferências sexuais dos professores, mas preocupação com o conteúdo. "O problema foi a conduta dele no que tange o processo pedagógico", explicou Valente. Como foi condenado pela desobediência, Márcio fica impedido de se inscrever em concursos para temporários durante dois anos.

Colaborou Érika Klingl

Trecho

Música: I kissed a girl
(Eu beijei uma garota)
Autora: Katy Perry

Tradução:
Eu beijei uma garota e gostei / Do gosto do brilho de cereja dela / Eu beijei uma garota só para experimentar / Espero que meu namorado não se importe / Pareceu tão errado / Pareceu tão certo

Editor: Marcelo Tokarski // marcelotokarski.df@diariosassociados.com .br
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Categoria: Notícias e política

5 pessoas comentaram:

E ainda por cima por causa de uma letrinha boba dessa.

Às vezes, fica até difícil acreditar que já estamos no século 21.

eu realmente me decepciono cada vez mais com a sociedade...........é muita hipocrisia.........

o cara tava encomodando p/ ser doferente e na primeira oportunidade eliminaram o q incomodava..............

só digo uma coisa:

acho isso um ABSURDO!!!!

e como a colega aí disse: "E ainda por cima por causa de uma letrinha boba dessa."

Estou bege porque por aí vi gente muito boa e muito gay alguns deles dizendo que foi correta a direção, porqu eo conteudo era impróprio. O conteúdo não tem nada de impróprio. A discussão é dos tempos verbais, não da promiscuidade (*ter namorado/a e sair beijando por aí*), ou do uso de alcóol. Eu gravei a entrevista do professor e postei. É óbvio que ele não foi punido por causa da música. Ele foi punido por sua aparência, jeito ou mesmo por sua orientação sexual. Isso não é justo.

Ainda assim é HOMOFOBIA, dizer que a música induz ao homossexualismo. Assim, escrito deste jeito e colocado do lado de uso de alcool, como poderia ser pedofilia ou uso de drogas. Beijar aos 12 ou 14 é impróprio? Não é. Namorar é impróprio? Não é. Se embriagar é impróprio? É. Vamos usar a música e discutir isso em outra aula? educar é isso, não tapar o sol com a peneira. Eles são capazes dse entender e discutir, não somente tempos verbais. E isso não porque são promiscuos, perdidos, gostam de lixo, mas porque são inteligentes e capazes de abstrair.

O deio Kelly Key. Quando dava aula para uma 5ª série em 2002, em uma escola particular liberalzinha, as meninas pediram para colocar a música do Cachorrinho. OPs meninos reclamaram. Crianças de dez anos. Que tal analisarmos a música. Os meninos estão certos em reclamar? Por que as meninas gostam da música. Isso é educação. Dizer que menina que beija menina é impróprio é impor a heteronormatividade. Como disse, esse tipo de coisa em escola particular é até cmpreensível, em escola pública, não. Beijar não é impróprio, ser homossexual não é crime ou pecado. E despedir professor por isso deveria ser crime. Falar em proposta político pedagógica é HIPOCRISIA e MENTIRA. Pronto, está aí.

Bem, esse caso me deixo injuriado com tamanha mostra de hipocrisia por parte do diretor da escola.realmente ta na cara que era pretexto pra colocar o rapaz pra fora.a cantora kity Perry é uma daquela cantora tipo breteny que usam letras com conteúdo sexual,mesmo assim acho ela bem mais leve que a da briteny,não achei que não tinha nada com apologia as drogas e homossexualismo(carrai ele colocaram como se fosse doença,foi triste mesmo,_ _)espero que professor consiga uma novo emprego bem longe desta gente estúpida que querem serem a consciência do mundo. Que justiça seja feita,embora dependendo do Brasil ,hum sei não,mas nunca pega Fé.

Acho que o ensino de verdade é aquele que aborda diversos assuntos aos jovens,seja eles polêmicos ou não.E isso pode sim ser relacionado a matéria no caso sobre verbos.Vai da consciência de cada um analisar sobre o tema.Censurar um professor,ou uma letra de música por ser considerada imprópria,é muita hipocrisia em vista de tantos problemas sociais que o pais enfrenta,e os adolescentes pelo menos a maioria não são "Tão inocentes" assim para não enxergar a realidade.

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