Dead to the World II

Terminei o livro. Foi o melhor dos quatro até agora. Todos os acontecimentos se encaixaram, houve humor, ação, mistério e romance. Eu já disse que Erik é meu vampiro favorito e devo reforçar que com memória ou sem memória ele realmente faz uma diferença enorme. Foi neste livro, também, que a autora deu mais espaço para a Pam, que com seu jeito frio, superior e cor de rosa (*ela só se veste de preto em serviço para agradar os turistas*), mostrou-se uma ótima amiga da Sookie e fiel ao Erik em todos os sentidos.

Sookie só conseguiu um admirador a mais neste livro. E a comunidade “estranha” de Hotshot, com seus metamorfos que sofrem por causa da consangüinidade foi uma boa idéia. O chefe da comunidade vê Sookie como uma boa reprodutora e é um sujeito legal, ainda que excessivamente patriarcal. E o Jason – seu desaparecimento é um dos nós da trama – foi uma personagem que me pareceu simpática. Ele não amadureceu, não é disso que falo, mas ele mostra que é inteligente ou tem bom senso para algumas coisas, e que ama muito a irmã. E, claro, ele vai sofrer grandes mudanças depois deste livro, ele agora vai estar muito próximo desse mundo sobrenatural que a irmã freqüenta tanto, mais próximo do que gostaria. Quem já leu spoilers por aí, sabe do que eu estou falando.

Houve uma profusão de seres sobrenaturais neste livro, já que vampiros, metamorfos, lobisomens, bruxas e até uma fada se juntaram contra as bruxas do mal. Aliás, a fada, Claudine, é um achado, mas sua participação foi rápida. Ela foi arrancada do recinto para que os vampiros não pulassem sobre ela. No universo da Charlaine Harris, sangue de vampiro é droga poderosa e sangue de fada é droga para os vampiros. Eles quase pularam nela. E fadas têm orelhinhas pontudas e se movem entre os três mundos... Ela não explicou quais mundos seriam.

Bill passa boa parte do livro fora, eu já disse que o prólogo foi só para despachá-lo, mas, pela primeira vez, (*estou descontando quando ele salva Sookie no primeiro livro ou segundo capítulo da primeira temporada de True Blood*) ele chega na hora da ação e ajuda na pancadaria de verdade... Que foi boa, os “malvados” deste livro eram maus mesmo e o Fangtasia vai precisar de outro barman. Erik com memória ou sem memória é um viking. Temos o Sam participando do livro inteiro, o que não acontecia desde Morto até o Anoitecer. Ele ganha o troféu fofura sem esforço. É o melhor amigo que a Sookie poderia ter, pena que ela não olhe para ele como merece.

Falando em olhar, Alcide, o lobisomen, também aparece bastante. Continua lindo, gentil com a Sookie, mas enrolado com a noiva psicopata, Debbie. Contando desde o livro passado, a doida já tentou matar a Sookie três vezes... Mas agora acabou. Infelizmente, a Sookie terá pesadelos por causa disso. A cena em que o Alcide abjura a Debbie ao descobrir que ela tentou matar a Sookie e torturou o Bill “just for fun” (*sim, ela é má*) é uma das mais fortes do livro. Abjura mas continua sofrendo... Alcide é legal, mas bobão quando se trata da criatura.

E, bem, o romance entre Sookie e Erik foi ótimo. Quando ele recupera a memória é muito triste, porque ela precisava dele e ele já tinha voltado a ser o velho Erik. Ótimo livro. Gostoso de ler, bem concatenado, cheio de ação. Tudo acontece em poucos dias. Sookie agora tem as mãos bem sujas de sangue, mas pelo menos seu pedido de Ano Novo se realizou: ela ainda não foi espancada. Não entendeu? Leia os três primeiros livros. :) Agora vamos para Dead as a Doornail.