segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Capítulo 3: Sem Olhar Para Trás (Parte 5)


Esta é a quinta parte do terceiro capítulo, a anterior está aqui. Para quem não sabe do que se trata, estou postando uma história que venho escrevendo faz algum tempo. O primeiro capítulo se chama Ecos do Passado e o segundo Sem Olhar para Trás. Prometi postar continuamente até o capítulo 3 e fico sempre no aguardo dos comentários e sugestões, pois assim posso melhorar e mexer em coisas que não estejam funcionando. Como escrevi essa parte faz mais de dez anos e fiz várias revisões, talvez hoje fizesse tudo diferente, ou não. Aguardo os comentários e boa leitura.


Ventos de Mudança
Capítulo 3: Sem Olhar Para Trás (Parte 5)

Alda retornou aos seus aposentos e trancou a porta atrás de si. Havia uma coruja na sua janela. Uma coruja laranja, com suas grandes pupilas dilatadas. Só que corujas não se mostram durante o dia, pensou, e nunca tinha visto uma coruja tão grande e de uma cor tão exótica. A ave ao vê-la entrar alçou vôo para dentro do quarto e se transformou em um rapaz que usava as mesmas insígnias do mago que apareceu no salão, só que em seu caso, o bastão servia também de bengala, pois mancava visivelmente.

— Saudações. — Falou. O cabelo do rapaz era laranja como a coruja, seus olhos eram de uma cor indefinida, e seu rosto transmitia uma grande serenidade. — Sou Gaius e estou aqui para ajudá-la.

— Eu sempre pensei que todos os magos fossem velhos com longas barbas brancas. — Alda falou um tanto ansiosa. — Mas todos parecem chegar de repente sem prévio aviso.

— Também terei minhas barbas brancas, um dia, se o tempo for bondoso comigo e ainda serei manco para completar o quadro de gentil senilidade. — Falou com ar divertido para logo em seguida assumir um ar de seriedade e concentração. — Mas nosso tempo urge e você terá muito trabalho hoje. — Enfiou a mão dentro da túnica e retirou uma bolsa. — Abra, dentro encontrará um mapa como o que foi dado aos seus companheiros. Ele será fundamental para que possa chegar até o Castelo do Amanhecer.

— E os frascos? — Alda perguntou olhando para um pequeno frasco com um líquido incandescente.

— Beba! — Ordenou. — Isso irá protegê-la dos poderes de Richard Evilblood. — Pronunciar o nome parecia um grande esforço para ele. — Depois dê um para seu escudeiro e outro para o Príncipe Guilherme. — Alda ficou olhando para o frasco com um líquido cor púrpura fosforescente e o mago repetiu a ordem: — Beba!

— Que poderes? — Alda perguntou depois de beber o líquido obedientemente.

— Ele pode ler as mentes das pessoas. — Respondeu sem querer entrar em detalhes.

— Ele é um bruxo, ou coisa parecida? — Perguntou curiosa demais para se conter.

— Bruxo!? Não. Ficaria feliz se fosse só isso. — Disse com um rápido e amargo sorriso. — Ele é um monstro, o mal em sua essência... — Respondeu misterioso e Alda notou que uma sombra de tristeza cobriu o brilho do seu olhar sereno. Depois, abrindo os braços transformou-se, outra vez, na coruja laranja. — Espero revê-la no Castelo do Amanhecer, minha cara. Até lá: cuidado! — E se foi.

“Quantas coisas estranhas acontecendo ao mesmo tempo! Até dois dias atrás, se alguém me dissesse que tinha visto algo como isso, eu diria que é loucura, ou que a pessoa estaria bêbada!”, suspirou e alguém bateu na porta: — Senhora, viemos vesti-la e penteá-la para o casamento. Deixe-nos entrar! — Alda suspirou outra vez. “Não há como recuar agora. Coragem!” E abriu a porta.

3 pessoas comentaram:

Puxa, que curtinho!! rsrs

Aguardo os outros ansiosamente.

é que faltou uma parte. Estou postando agora.

Gostei do Gaius! Homem com senso de humor é tudo ...mesmo que ele tente se controlar ^^

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