Se você está lendo este post, deve ter passado pelo capítulo 1. Agora, você está na nona parte do capítulo 2. Se caiu aqui por engano, clique para retornar para a parte anterior, se você clicar na tag Rosas, poderá acessar todos as partes que coloquei no blog até aqui. Quem estiver perdido é só perguntar. Já estou chegando ao fim do segundo capítule e continuarei a postagem até o terceiro capítulo. Depois, só se realmente houver interesse. Aliás, será que vale a pena criar uma enquete para saber de qual personagem as pessoas gostam mais?
Ventos de Mudança
Capítulo 2: A Decisão de uma Vida (Parte 9)
Capítulo 2: A Decisão de uma Vida (Parte 9)
— Saiba, Alan que o apoiarei em tudo o que fizer hoje. — De Sayers comentou quando estavam prestes a ir para o baile. — E aguardarei a sua volta.
— Eu agradeço sua confiança, senhor. — Sua voz estava um pouco trêmula devido à emoção. — Espero que explique à Flora porque parti. Nós...
— Com certeza, meu filho. Com certeza. Só que antes tenho um presente para você. — E dizendo isso retirou a belíssima bainha, com a espada, que pendia de sua cintura e colocou no rapaz. — Fica melhor em um jovem como você. — Os olhos de Alan se arregalaram. — Mas lembre-se que esta espada só lhe será fiel enquanto estiver ao lado da verdade. Isso é fundamental!
— Mas, Senhor... É parte da herança de Konrad. — Ele disse sem jeito. — É um tesouro de família.
— Você também é parte de minha família, rapaz. Desde que tomei o lugar de seu pai... — Sua voz tremia sempre que recordava seu amigo. — Além disso, Konrad não está pronto para empunhá-la, e Evilblood já lhe deu uma outra espada. — Disse isso e o beijou, neste momento, Konrad e Flora entraram. O rapaz sentiu-se ofendido pela cena, retesou os músculos do rosto mas nada disse. A princípio, quando fora enviado para Corte, odiara seu pai por isso, depois compreendera que era para seu bem, para que se tornasse um grande guerreiro, só que agora, sentia como se seu lugar tivesse sido ocupado por outro, tanto no coração de seu pai quanto no de Flora. Já Flora sentiu o quanto eles estava furioso. Ela não sabia o que estava acontecendo, mas sentia o que ele sentia, ou conseguia ler seus sentimentos. Ela ficou confusa. Coisas estranhas estavam acontecendo nos últimos tempos.
— Pai, todos esperam por nós. — Ao ouvir a voz de Konrad, Alan corou imediatamente, pois entendeu a intensidade do seu olhar. Este, logo em seguida, desviou seus olhos para Flora que em sua simplicidade, seria para ele, e para Alan também, a mulher mais bela da festa. — Creio que devemos ir. — Disse mordendo o lábio inferior e reprimindo seus sentimentos. “Não posso explodir a cada contratempo. Devo honrar minha educação, o homem que se move de acordo com seu coração é sempre um tolo.”
No salão de baile, Lívio procurava uma pessoa com os olhos e logo que a viu ao lado do Marquês De Mülle, foi em sua direção, com um sorriso gentil.
— Muitas boas noites, Senhor Marquês. — Depois, se voltando para Alda, beijou-lhe a mão e fez uma mesura. — Esta mais bela do que antes, admiro sua versatilidade. E desejo cumprir minha promessa, com sua permissão, Senhor, é claro. — Alda não estava acostumada a ser chamada de bela por ninguém, salvo seu pai. Considerou o elogio bem-vindo e lançou um olhar suplicante para o pai.
— Tem minha permissão, meu jovem, só que... Não teme Humberto De Dorsos?
— Temo encontrar com ele em uma noite escura como temeria encontrar o próprio diabo, pois sendo imprestável como cavaleiro, ele me destruiria com um simples toque, ou com sua cara feia. — Os três sorriram ante o comentário. — Mas aqui, na frente de todos, ele não pode me tocar. — Ele olhou em volta para ver se não era ouvido. — Algumas vezes, ser sobrinho da Rainha pode ser uma benção. — Sorriu de novo. — Perdoe minha franqueza, Senhor, mas, creio que odiaria a mim mesmo se não dançasse com a Senhora Alda pelo menos uma vez.
O Marquês lamentou outra vez a sorte de sua filha, enquanto observava os dois se afastando rumo ao centro do salão. De Sayers entrando, procurou com os olhos alguém conhecido e achou De Mülle, indo postar-se ao seu lado. De longe, ele não perdia de vista, também, o trio formado por Konrad, Flora e Alan e analisava o impasse daqueles três corações que tanto amava.
— Eles partirão esta noite, Louis. — Fez pausa. — Quisera que Konrad partisse com eles, também.
— Minha filha não irá com eles. — Respondeu sem adulterar a expressão vazia de seu rosto.
— Como, não?! — O Conde se assustou. — Sua filha pareceu muito decidida... Tão diferente de você, para dizer o mínimo. — A face do Conde permaneceu imóvel, mas por dentro estava furioso com aquele covarde que outrora chamara de amigo. — Como conseguiu demovê-la? Seu...
— Não demovi ninguém, De Sayers. — Louis manteve sua expressão despreocupada, mas por dentro sentia-se cada vez mais humilhado. — Ela se casa amanhã. É tudo. — Disse com os olhos baixos.
— Amanhã?! Como?
— A Rainha o exigiu e para que eu não sofresse uma retaliação, ela aceitou.
— Sacrificou-se por você? Deus! Aja como homem pelo menos uma vez em sua vida! Pague o preço e não arraste sua filha para lama junto com você!
— Não depende de mim agora. Ela não se parece comigo, como tão bem ressaltou. Ela é mais De Brier do que eu nunca consegui ser e já se decidiu. — Fez pausa. — Além disso, De Sayers, fale por si mesmo, pois não é meu, o filho que age como se tivesse sido engendrado por Richard Evilblood.
— Se estivéssemos em outro lugar, garanto-lhe que pagaria esta afronta com sua vida.
— Perderia seu tempo comigo, De Sayers? — Ele balançou a cabeça. — Como bem sabe, sou pior do que um verme e faz muito tempo que sou um morto, em vida. Não sou digno do seu aço, honrado De Sayers. — Disse suspirando resignado.
— Eu agradeço sua confiança, senhor. — Sua voz estava um pouco trêmula devido à emoção. — Espero que explique à Flora porque parti. Nós...
— Com certeza, meu filho. Com certeza. Só que antes tenho um presente para você. — E dizendo isso retirou a belíssima bainha, com a espada, que pendia de sua cintura e colocou no rapaz. — Fica melhor em um jovem como você. — Os olhos de Alan se arregalaram. — Mas lembre-se que esta espada só lhe será fiel enquanto estiver ao lado da verdade. Isso é fundamental!
— Mas, Senhor... É parte da herança de Konrad. — Ele disse sem jeito. — É um tesouro de família.
— Você também é parte de minha família, rapaz. Desde que tomei o lugar de seu pai... — Sua voz tremia sempre que recordava seu amigo. — Além disso, Konrad não está pronto para empunhá-la, e Evilblood já lhe deu uma outra espada. — Disse isso e o beijou, neste momento, Konrad e Flora entraram. O rapaz sentiu-se ofendido pela cena, retesou os músculos do rosto mas nada disse. A princípio, quando fora enviado para Corte, odiara seu pai por isso, depois compreendera que era para seu bem, para que se tornasse um grande guerreiro, só que agora, sentia como se seu lugar tivesse sido ocupado por outro, tanto no coração de seu pai quanto no de Flora. Já Flora sentiu o quanto eles estava furioso. Ela não sabia o que estava acontecendo, mas sentia o que ele sentia, ou conseguia ler seus sentimentos. Ela ficou confusa. Coisas estranhas estavam acontecendo nos últimos tempos.
— Pai, todos esperam por nós. — Ao ouvir a voz de Konrad, Alan corou imediatamente, pois entendeu a intensidade do seu olhar. Este, logo em seguida, desviou seus olhos para Flora que em sua simplicidade, seria para ele, e para Alan também, a mulher mais bela da festa. — Creio que devemos ir. — Disse mordendo o lábio inferior e reprimindo seus sentimentos. “Não posso explodir a cada contratempo. Devo honrar minha educação, o homem que se move de acordo com seu coração é sempre um tolo.”
XXX
No salão de baile, Lívio procurava uma pessoa com os olhos e logo que a viu ao lado do Marquês De Mülle, foi em sua direção, com um sorriso gentil.
— Muitas boas noites, Senhor Marquês. — Depois, se voltando para Alda, beijou-lhe a mão e fez uma mesura. — Esta mais bela do que antes, admiro sua versatilidade. E desejo cumprir minha promessa, com sua permissão, Senhor, é claro. — Alda não estava acostumada a ser chamada de bela por ninguém, salvo seu pai. Considerou o elogio bem-vindo e lançou um olhar suplicante para o pai.
— Tem minha permissão, meu jovem, só que... Não teme Humberto De Dorsos?
— Temo encontrar com ele em uma noite escura como temeria encontrar o próprio diabo, pois sendo imprestável como cavaleiro, ele me destruiria com um simples toque, ou com sua cara feia. — Os três sorriram ante o comentário. — Mas aqui, na frente de todos, ele não pode me tocar. — Ele olhou em volta para ver se não era ouvido. — Algumas vezes, ser sobrinho da Rainha pode ser uma benção. — Sorriu de novo. — Perdoe minha franqueza, Senhor, mas, creio que odiaria a mim mesmo se não dançasse com a Senhora Alda pelo menos uma vez.
O Marquês lamentou outra vez a sorte de sua filha, enquanto observava os dois se afastando rumo ao centro do salão. De Sayers entrando, procurou com os olhos alguém conhecido e achou De Mülle, indo postar-se ao seu lado. De longe, ele não perdia de vista, também, o trio formado por Konrad, Flora e Alan e analisava o impasse daqueles três corações que tanto amava.
— Eles partirão esta noite, Louis. — Fez pausa. — Quisera que Konrad partisse com eles, também.
— Minha filha não irá com eles. — Respondeu sem adulterar a expressão vazia de seu rosto.
— Como, não?! — O Conde se assustou. — Sua filha pareceu muito decidida... Tão diferente de você, para dizer o mínimo. — A face do Conde permaneceu imóvel, mas por dentro estava furioso com aquele covarde que outrora chamara de amigo. — Como conseguiu demovê-la? Seu...
— Não demovi ninguém, De Sayers. — Louis manteve sua expressão despreocupada, mas por dentro sentia-se cada vez mais humilhado. — Ela se casa amanhã. É tudo. — Disse com os olhos baixos.
— Amanhã?! Como?
— A Rainha o exigiu e para que eu não sofresse uma retaliação, ela aceitou.
— Sacrificou-se por você? Deus! Aja como homem pelo menos uma vez em sua vida! Pague o preço e não arraste sua filha para lama junto com você!
— Não depende de mim agora. Ela não se parece comigo, como tão bem ressaltou. Ela é mais De Brier do que eu nunca consegui ser e já se decidiu. — Fez pausa. — Além disso, De Sayers, fale por si mesmo, pois não é meu, o filho que age como se tivesse sido engendrado por Richard Evilblood.
— Se estivéssemos em outro lugar, garanto-lhe que pagaria esta afronta com sua vida.
— Perderia seu tempo comigo, De Sayers? — Ele balançou a cabeça. — Como bem sabe, sou pior do que um verme e faz muito tempo que sou um morto, em vida. Não sou digno do seu aço, honrado De Sayers. — Disse suspirando resignado.
1 pessoas comentaram:
Ficou legal mesmo. Parabéns. E também parabéns pelas novas velinhas que serão sopradas.
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