Estou eu nos meus últimos dias de férias no Rio (*volto paa Brasília ainda de férias por uns 15 dias*) e eles têm sido corridos... Ontem passei o dia fora e já estou de saída outra vez... Ha um pouco de melancolia nisso tudo, porque sei que família e amigos (*a maioria deles vivem aqui*) ficarão para trás. Enfim, desde anteontem mergulhei nos volumes de Honey & Clover ou Hahimitsu to Clover (ハチミツとクローバー ), de Chica Umino, que vinha comprando faz tempo. Tenho três comigo e um quarto em Brasília, são as edições da VIZ. Neste último período da tese, comprei muitos mangás e li muito pouco. Decidi colocar em dia, e percebi que trouxe muita coisa comigo... coisa demais...
Eu tinha lido somente o primeiro capítulo de Hachikuro e largado. Não houve a empatia imediata como com Nodame, nem a antipatia quase imediata como no caso de Nana, foi diferente. Confesso que não tinha me empolgado muito, o anime tinha me prendido mais a atenção. Aquilo que algumas pessoas (*minha amiga Mickey, por exemplo*) curtem, que é o traço descuidado, me parece preguiça e preciosismo. Sabe desenhar? Faça direito! Só que conforme as personagens e seus dramas te capturam, este detalhe perde parte do seu peso e é relevado. Até a minha má vontade com a aparência infantil da Hagu, que parece uma criança e usa calcinhas fofinhas, foi embora com a compreensão a personagem. Acho – até o momento que eu li – que Hagu é prisioneira de sua infância, do isolamento que lhe foi imposto com a morte da mãe, a aparência exagerada é só para pontuar isso.
Eu quase chorei com a cena do professor Hanamoto vendo os desenhos de Hagu menina em uma cena de flashback. Ela desenhava sempre a mesma vista, da mesma posição, ma mesma janela, isso porque era obrigada a fazer companhia para a avó idosa por anos e anos, sem poder interagir com gente da sua idade. Será que Hagu é a menininha que parece, ou só a vemos assim. Só continuando a leitura.
Para quem não sabe, Hachikuro mostra o dia-a-dia de um grupo de universitários de uma Escola de Artes (Arquitetura, Design, Escultura e outros) em vários anos diferentes do curso. Seu ponto de encontro é o apartamento do Prof. Hanamoto. Temos Hagu, que é praticamente filha – apesar de prima – do professor; Takemoto que é gentil e inteligente, mas completamente low profile e é apaixonado por Hagu; Hagu que é uma talentosíssima artista, mas vive em um mundo todo seu, presa em um corpo de criança; Morita que e o cara que nunca se forma, vive também em um mundinho todo seu, some por dias e volta sempre cansado e cheio de dinheiro. É um palhaço, é cínico, é explorador, é sábio, é amigo, enfim, ele é genial. Ele também gosta de Hagu. Até agora, o triângulo não andou.
Temos Yamada, estudante de escultura e especializada em cerâmica e potes... ou algo assim. Ela faz um pouco o gênero Narusegawa (Love Hina), mas não sei se a consideraria uma personagem tsundere. Yamada é linda, inteligente, forte e apaixonada por um cara que não dá bola para ela, Mayama. Este último parece ser o mais maduro e pé no chão de todo o grupo, porém se apaixonou por sua chefe no estágio, Rika, uma mulher mais velha, bonita, inteligente, mas presa ao passado. Ela perdeu o marido em um trágico acidente quando estava ela mesma no volante, traz no corpo terríveis marcas e parece incapaz de amar de novo. E voltamos ao professor, que foi o cara que arrumou o estágio para ajudar Mayama e sua grande amiga (*acho que o professor em uma queda por ela, também*) traumatizada e possibilitou ao rapaz se meter nessa encrenca amorosa. Ele sofre, a Rika sofre, e Yamada sofre ainda mais.
Todas as personagens são simpáticas e a história é dinâmica. O tempo vai passando, as pessoas se formam, vão trabalhar em tempo integral (*Menos o Morita, claro*), ou continuam na pesquisa. Enfim, vivem em um mundo muito próximo da realidade de qualquer universitário, mesmo aqui no Brasil. Você reconhece no stress vivido pelos sujeitos na faculdade coisas que já passou também... No meu caso nem faz tanto tempo assim. É uma boa sugestão para quem quer um mangá que conte histórias de vida e relacionamento, sempre com um pé bem preso na realidade. Há as piadinhas visuais, mas elas vão diminuindo ao longo do primeiro volume e quase não existem no segundo.
Voltando para casa, vou pegar o volume quatro (*de dez*) e tentar assistir o anime finalmente. Eu vi somente uns dois ou três episódios, mas está tudo arquivado lá em casa. A questão é encontrar os DVDs... E em os lives - série e filme - que não assisti, nem baixei. Se não tivessem me dito que Hahikuro mangá não foi bem na Itália, eu apostaria no seu lançamento pela Panini para este ano de 2009. Agora, não sei mais.
7 pessoas comentaram:
A questão é que eu sempre gostei de Hachikuro. Achei o anime depois de saber que era do mesmo estúdio de Nodame e comecei a assistir pra suprimir minha ansiedade pela chegada do Nintendo DS, mas antes que eu visse eu me apaixonei pelo anime!
Pela primeira vez eu consegui me indentificar com um personagem, no caso o Takemoto, não pela sua confusão amorosa pela Hagu, mas pelas dúvidas e incertezas dele sobre o futuro. Acho que graças a Deus hoje eu já não estou mais tão confuso assim sobre o meu futuro, as a verdade é que sempre tenos inseguranças e temores na nossa vida, e Honey & Clover mostra isso muito bem.
E acho que foi mais a partir daí que eu começei a largar coisas de realidades incríveis e ver o quão bom é ver um anime que tem como seu maior poder a simplicidade, apesar de todas as complicações da vida real.
Agora sobre o mangá eu desejo muito ver, ainda mais depois desse post, sempre acho melhor o mangá do que suas adaptações para TV, mas como acho quase impossivel aparecer por aqui... mas ainda há esperança (?)
Sobre o live... Assisti o primeiro e não gostei ^^ não sei se foi pelo caso de eu de vez em quando ser altamente influenciavel e ter visto comentários sobre o quão chata a Hagu pode se tornar no live que acabou me ennjoando no... 1 episódio! Mas pretendo terminar de ver!
;***
Esteja mais atenta aos sentimentos de Hanamoto, podem não ser o que parecem. ^^
Nas minhas viagens em mares de maionese eu acho que a Chika Umino deve ter se sentido muito satisfeita quanto a Honey & Clover e num sentido bem pessoal. No mangá, eu tenho a sensação de que o traço relaxado expressa que o artista está fazendo o que quer, acho mais expressivo que um traço limpo e caprichadinho. E contar uma história de maneira tão sensível, com tantos pequenos detalhes, não sei, eu sinto que há carinho na coisa toda ou seja apenas minha veia dramática pulsando açúcar para meu cérebro de novo. =P
Quanto ao anime, bem, foi meu primeiro contato com a série. E, deixa eu contar um segredo: estou enrolando há mais de um ano para ver o final, faltam uns três episódios apenas mas, dei a mim mesma a desculpa esfarrapada de que quero ver o final do mangá primeiro. Ahn, sim, e acho que no anime a Chika foi mais feliz ainda porque simplesmente colocaram ali as músicas dos seus artistas favoritos, e músicas nas quais certamente ela deve ter pensado durante a produção do mangá. Eu ficaria super feliz. =P Bom, isto é apenas uma página de meu diário de bordo em viagens na maionese. Vai saber o que se passa. =P
Não consigo não gostar de nenhum personagem mas, gosto principalmente do Takemoto e da Yamada. Fico feliz sobre sua nova imagem da Hagumi, essa parte das pinturas feitas da sala da casa onde ela vivia é mesmo de partir o coração. Estou ansiosa por um novo post seu sobre Hachikuro, e matéria prá NT, viu?! Aliás, suas matérias estão fazendo falta, só ontem comprei a edição 35 e achei...hum...deprimente. =P
Agora deixa eu sair do pc ou vou acabar encomendando logo mais volumes do mangá com esse dólar absuuuurdo. T_T
Eu adoro H&C *__*, tá certo que so assisti as 2 temporadas do anime mas foi paixão instantânea.
Tento ler o manga pelo Tsumi, mas demora muito pra sair um cap. Seria ptimo H&C aqui no Brasil.
Os personagens são cativantes e com dilemas reais, sem contar no clima de nostalgia. Gosto de todos principalmente Hanamoto, Takemoto e Yamada.
Aproveite a leitura Valéria e não esqueça de assistir o anime. Se gostar ainda tem os dramas JP e TW (dizem ser mais fiel ao manga, mas não acho traduzido) e o filme.
O animê é a coisa mais linda do mundo. Minha amiga chorava a cada episódio, eu me matei mais no final de cada temporada. No último eps, foram 20 minutos de lágrimas e soluços e quase entrando em desespero. É dolorido mas belíssimo. Recomendo muito o animê. Já o dorama deixa a desejar, já que modificam a estória e modificam características das personagens. Deixaria como última opção. Não li muito do mangás (acho que li apenas o último capitulo para comparar) e o animê segue muito a risca, com falas inteiras e mesmos ângulos de imagem, portanto se está gostando no papel, acho que irá gostar na telinha. E a trilha sonora é perfeita!!!
Eu imaginava que muita gente iria comentar. Vou escrever uma matéria sobre Hachikuro, mas vou começar com o mangá, por motivs óbvios. :)Aliás, estou pensado em pedir depoimentos de vocês... Vou pensar e depois formalizo a coisa.
Mas, Mickey, por que a edição 3 foi deprimente?
hahaha comigo já foi o oposto, pois foi amor a primeira vista!
Amo demais Hachikuro, e adoro o traço da Chika Umino! Até comprei o artbook que é a coisa mais linda!! Não me canso de olhar, adoro as cores pastéis o traço leve!
Sinceramente eu nunca tinha assistido um anime que me tocasse como H&C fez! E em um momento ou em outro a gente sempre encontra uma situação ou personagem com a qual nos idenificamos!
Depois assista o dorama, ele é bem diferente mas a sensação que ele nos passa é a mesma. A Hagu está bem mais normal no dorama ^__^
Já o taiwanes eu vi um episódio e achei terrível, realmente é fiel, mas de uma maneira ridícula, pois parece um anime com atores fazendo cosplay... ¬¬'
O filme tb é bonito, chorei bastante assistindo hehehe
PS: O Morita é um dos meus personagens favoritos de todos os tempos! XD
lina inverse
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