Falei em Caminho das Índias, porque estou dando uma olhada em pedacinhos da trama. É muito mais do que consegui fazer com A Favorita. Não vou mentir, adoro a paleta de cores, adoro aquela breguice, mas odeio o que a Glória Perez produz. Aquela Índia é um absurdo e detesto ver boas atrizes (*ou atores*), repetindo os mesmos papéis, caso da excelente Eliani Giardini. Indira, Nazira, a mãe neurótica de América... Que desperdício!
Fora isso, os protagonistas não conseguem me convencer. Márcio Garcia é um repolho atuando e a Juliana Paes corre o risco de ser queimada na fogueira por não conseguir segurar o papel de protagonista com a força necessária. Eu me senti muito mais tocada pelo drama do Raj (Rodrigo Lombardi) com a Duda (Tânia Khalil) do que o romance proibido dos protagonistas. Aliás, Rodrigo Lombardi eu já sabia que era ótimo desde Desejo Proibido (*quem visita o blog sabe que adorei esta novela*), mas a Tânia Khalil me convenceu. Pelo que eu senti nos fóruns da vida, a maioria das pessoas simpatizou mais com este casal. Espero que a Glória Perez ouça “a voz do povo” neste caso.
De resto, vai ser aquela repetição de clichês, nenhuma discussão de papéis de gênero ou questões sociais. Engraçado é que a pesquisa sobre a sociedade de castas foi feita pela metade. As pessoas casam na mesma casta, cada casta pode ser mesmo dividida em uma miríade de subcastas. Casar com alguém acima (*Ele é um brâmane, papai! Faz tempo que não temos um brâmane na família.*), ou abaixo, é tão problemático quanto casar com um pária (*eles não são uma casta, eles estão fora das castas e por conta disso, justificam a existência das mesmas*). Aliás, só existe mobilidade social na próxima vida. Obedeceu? Reencarna no mesmo lugar, acima ou não reencarna. Questionou? Pode voltar abaixo ou como pária. Vai encarar?
Fora, que não existe nenhuma voz potente para dizer que as castas são contra a lei e peitar o sistema. Parece aquelas novelas latinas. A Globo geralmente colcoa um rebeldezinho questionador, nesta novela, todo mundo concorda, todo mundo aceita, todas as mulheres indianas se dobram. Esquecem das astronautas, das engenheiras, das repórteres e por aí vai. Que questionam, que resistem, que dialogam com a cultura. Enfim, é melhor pegar um bom filme de Bollywood.
Fora isso, os protagonistas não conseguem me convencer. Márcio Garcia é um repolho atuando e a Juliana Paes corre o risco de ser queimada na fogueira por não conseguir segurar o papel de protagonista com a força necessária. Eu me senti muito mais tocada pelo drama do Raj (Rodrigo Lombardi) com a Duda (Tânia Khalil) do que o romance proibido dos protagonistas. Aliás, Rodrigo Lombardi eu já sabia que era ótimo desde Desejo Proibido (*quem visita o blog sabe que adorei esta novela*), mas a Tânia Khalil me convenceu. Pelo que eu senti nos fóruns da vida, a maioria das pessoas simpatizou mais com este casal. Espero que a Glória Perez ouça “a voz do povo” neste caso.
De resto, vai ser aquela repetição de clichês, nenhuma discussão de papéis de gênero ou questões sociais. Engraçado é que a pesquisa sobre a sociedade de castas foi feita pela metade. As pessoas casam na mesma casta, cada casta pode ser mesmo dividida em uma miríade de subcastas. Casar com alguém acima (*Ele é um brâmane, papai! Faz tempo que não temos um brâmane na família.*), ou abaixo, é tão problemático quanto casar com um pária (*eles não são uma casta, eles estão fora das castas e por conta disso, justificam a existência das mesmas*). Aliás, só existe mobilidade social na próxima vida. Obedeceu? Reencarna no mesmo lugar, acima ou não reencarna. Questionou? Pode voltar abaixo ou como pária. Vai encarar?
Fora, que não existe nenhuma voz potente para dizer que as castas são contra a lei e peitar o sistema. Parece aquelas novelas latinas. A Globo geralmente colcoa um rebeldezinho questionador, nesta novela, todo mundo concorda, todo mundo aceita, todas as mulheres indianas se dobram. Esquecem das astronautas, das engenheiras, das repórteres e por aí vai. Que questionam, que resistem, que dialogam com a cultura. Enfim, é melhor pegar um bom filme de Bollywood.
5 pessoas comentaram:
Assim que vi o primeio episodio ja tive aquela sensação de dejavu e o Clone me veio a mente.
Como comentei com amigos, a novela cortou a parte moderna da India e tb a parte de pobreza e miseria.
Sobrou os cartões postais, as danças no meio da rua e dentro de casa, e um psdo caso de Romeu e Julieta.
E pior vai ser aguentar as pessoas tentando ter "sotaque indiano", usando as expressões e comprando roupas e joias.
Eu nem acho que seja um "remake" do Clone. Eu vejo personagens iguais. Poucas até. O que marca é o estilo Glória Perez.
Agora, algo que me deixa feliz demais, e vai ser a única coisa que presta dessa coisa toda é que as roupas indianas vão pulular por aí. eu amo as batas e os vestidos. ^_^
Mas ela escolheu o Rajastão que é uma das regiões mais atrasadas da Índia. agora o justo seria mostrar essa Índia moderna. Imagina se nos grandes centros tecnológicos os indianos e indianas vão andar daquele jeito? Gente educada em escolas internacionais? Enfim...
O pior é que a globo seria a que tem mais recursos p/ fazer uma pesquisa decente da realidade Indiana.
Mas p/que mostrar a complexidade de uma sociedade não é mesmo? A ideia deve ser: vamos nos divertir com os esteriotipos e com o exotismo.
Concordo plenamente com o q vcs disseram.Nunca gostei das novelas da Gloria Perez mesmo...
Mostrar a India daquela forma é o mesmo que mostrar o Brasil com as mulheres andando nas ruas tranquilamente, vestidas como as "rainhas de bateria" das escolas de samba.
Esteriotipar é ridiculo ¬¬
Eu também andei dando umas bicadas na novela, e gostei mais do romance do Raj e Duda?
Acho que o Márcio Garcia ficou melhor no papel de malvadão (não lembro a novela, mas tinha a Malu Mader e Fábio Assunção)... Já A Juliana... nem sei classificá-la... Não é que não goste dela, mas não desce.
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